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CASO CLÍNICO

CASO CLÍNICO . Bruna B. Medeiros. CASO CLÍNICO. ID Homem, 40 anos, previamente hígido, desempregado há 1 ano Q.P. Fraqueza e febre há 10 dias. CASO CLÍNICO. HMA

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CASO CLÍNICO

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Presentation Transcript


  1. CASO CLÍNICO Bruna B. Medeiros

  2. CASO CLÍNICO • ID • Homem, 40 anos, previamente hígido, desempregado há 1 ano • Q.P. • Fraqueza e febre há 10 dias

  3. CASO CLÍNICO • HMA • História de 10 dias de evolução de febre aferida de 38,5ºC, fraqueza, cansaço aos esforços habituais,inapetência progressiva, artralgia difusa • Atendido em outros serviços com diagnóstico de “anemia leve” e “virose”, medicado com antitérmicos e complexo vitamínico com sulfato ferroso sem melhora • Hoje pela manhã queda da mesma altura, dificuldade para falar

  4. CASO CLÍNICO • HMP • Nega doenças crônicas, uso de medicações e acompanhamento médico prévio • CHV • Tabagista 20 anos/maço • Etilista 60 g álcool/dia há 6 meses • Sedentário

  5. CASO CLÍNICO • Exame físico • REG, hipocorado +/4+, taquipneico, acianótico, disártrico, sem adenomegalias, sem estase jugular • Sinais vitais Temp 37,5ºC FC= 96 bpm PA= 104 x 62 mmHg FR= 22 ipm

  6. CASO CLÍNICO • Exame físico • Bulhas rítmicas, B1 hipofonética, sopro sistólico em foco mitral 2+/4+, ictus palpável 5º EICE linha hemiclavicular • MV diminuído em bases, crepitação em 1/3 inf bilateral • Abdome doloroso difusamente, com fígado palpável há 1 cm do RCD, baço percutível • Algumas escoriações em mmii, sendo uma com hiperemia ao redor e calor local no pé direito • FM grau 3 em demídeo direito

  7. CASO CLÍNICO • Exames laboratorias • Hemograma: • anemia normo normo • leucocitose com neutrofilia e bastonetose • Parcial de urina • Hematúria microscópica • Proteinúria • Cilindros hemáticos • Bioquímica, função hepática sem particularidade • Cr 1,7 Ur 80 • VHS 90

  8. CASO CLÍNICO

  9. CASO CLÍNICO

  10. CASO CLÍNICO • Diagnósticos sindrômicos • Diagnósticos etiológicos • Exames necessários

  11. CASO CLÍNICO • Diagnósticos sindrômicos • Síndrome infecciosa • Insuficiência cardíaca • Acidente vascular cerebral • Diagnósticos etiológicos • Exames necessários

  12. CASO CLÍNICO • Diagnósticos sindrômicos • Síndrome infecciosa • Insuficiência cardíaca • Acidente vascular cerebral • Diagnósticos etiológicos • Endocardite infecciosa • Exames necessários

  13. CASO CLÍNICO • Diagnósticos sindrômicos • Síndrome infecciosa • Insuficiência cardíaca • Acidente vascular cerebral • Diagnósticos etiológicos • Endocardite infecciosa • Exames necessários • Hemocultura+ ecocardiotranesofágico

  14. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Invasão de microorganismos no endocárdio ou em dispositivos implantados no coração • Epidemiologia • Incidência não diminuiu ao longo dos anos • 1,7 a 6,2 p/ 100.000 nos EUA • Mortalidade de 40% em até um ano • No Br: pico precoce de EI pela incidência de valvulopatia reumática • Incidência maior no sexo masculino

  15. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Fisiopatologia • Lesão em jato é o evento inicial • Regurgitação de sg da câmara de alta pressão p/ de baixa pressão • Lesão ativa de fatores de coagulação deposição de substâncias trombóticas endocardite trombótica não bacteriana • Bacteremia: microorganismos colonizam e invadem a matriz fibrinóide endocardite infecciosa vegetação

  16. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Classificação • EI de valva nativa • EI de prótese valvar • EI em usuários de drogas IV • EI nosocomial

  17. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Agentes • Estreptococos • Agentes mais frequentes: 2/3 dos casos de EI • São sensíveis à penicilina • Frequente causa de febre de origem indeterminada • Enterococos • Origem no TGI, TGU e úlceras diabéticas

  18. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Agentes • Estafilococos • S. aureus: presente em mucosas, pele, nasofaringe • Mais frequentes em • DM • Hemodiálise • Dispositivos intravasculares • Bacteremia persistente • Pós op de cx cardíaca • Usuário de drogas IV • Imunossuprimidos

  19. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Agentes • Estafilococos • 90% é resistente à penicilina • Metade é resistente à meticilina: tendência à aumento • Evolução rápida, febre alta, toxicidade, artralgia, embolização séptica, sepsis • Frequente necessidade de tto cx e alta mortalidade

  20. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Agentes • HACEK • Haemophilus parainfluenzae, H. aphrophilus, H. infleunzae, H. paraaphrophilus, Actinobacillus actinomycetemcomitans, Cardiobacterium hominis, Eikella kinasaem e Kingella denitrificans • Crescimento lento em meios de cultura • EI com cultura negativa • Fúngica • Raro • Imunossuprimido, usuario de droga IV, hospitalizado • Quadro grave, indica tto cirúrgico e mau prognóstico

  21. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Quadro clínico • Período de incubação • Variável: média 2 sem para estrepto e dias para estafilo • Febre • Sinal mais comum • Precoce, não necessariamente alta • Melhora em 1 sem de tto • Se baixar precocemente -1 a 3 dias- atentar para outros diagnósticos

  22. ENDOCARDITE INFECCIOSA

  23. ENDOCARDITE INFECCIOSA MANCHAS DE JANEWAY

  24. ENDOCARDITE INFECCIOSA NÓDULOS DE OSLER MANCHAS DE ROTH

  25. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Exames • Anamnese, ex. físico, ECG, RX tórax, laboratório

  26. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Exames • Hemocultura • Fundamental para o diagnóstico • Colher 3 amostras de 1/1 hora • Hemocultura – corresponde à 2 a 5% de todos casos • Principal causa é ATB prévia • HACEK e fungos

  27. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Exames • Ecocardiografia • Suspeita moderada e alta: para todos • ECOTT • Confirma se há vegetações • Sensibilidade 29 a 63% • Especificidade próximo à 100% • ECOTE • Sensibilidade 94 a 100% • Especificidade próximo à 100%

  28. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Com ECOTT normal, quando realizar ECOTE? • Persistência da suspeita clínica de EI • Janela de ECOTT inadequada ou limitações técnicas • Presença de lesão valvar imp. com possibilidade de intervenção cirúrgica • Risco de abscesso paravalvular • Alterações de condução novas ao ECG e/ou persistência de febre a despeito de ATB e/ou suspeita de endocardite aórtica

  29. ENDOCARDITE INFECCIOSA

  30. ENDOCARDITE INFECCIOSA

  31. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Critérios maiores • Hemocultura positiva para microorganismos típicos em 2 amostras separadas • Evidência de envolvimento endocárdico • Ecocardio positivo para EI • Massa cardíaca oscilante, abscesso, nova deiscência parcial de prótese • Nova regurgitação valvar • Aumento ou modificação de sopro pré-existente

  32. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Critérios menores • Predisposição • EI prévia • Condição cardíaca ALTO RISCO: valvopatia reumática, valvopatia congênita aórtica, prótese valvar, coarctação de aorta MODERADO RISCO: prolapso de valva mitral com regurgitação, estenose mitral isolada, valvopatia mitral e pulmonar, cardiomiopatia hipertrófica BAIXO RISCO: defeito de septo, coronariopatia, RM, prolapso valva mitral sem regurgitação • Uso de drogas injetáveis endovenosas

  33. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Critérios menores • Predisposição • Febre > ou igual 38ºC • Fenômenos vasculares • Fenômenos imunes • Evidência microbiológica • Hemocultura sem preencher critérios maiores ou • Evidência sorológica de infecção ativa compatível com EI • Ecocardiograma compatível com EI, porém sem preencher critérios maiores

  34. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Tratamento • Iniciar ATB precocemente, após coleta de hemocultura • Resultado de hemocultura pode modificar ATB • Resposta ao tratamento • Melhora clínica dos sinais sistêmicos de infecção • Culturas negativas em 48-72 horas do inicio do ATB • Ausência de sinais de piora da função ventricular • Afebril em geral em 3 a 5 dias • EI por estafilo mantém febre por 5 a 7 de ATB

  35. ENDOCARDITE INFECCIOSA • Profilaxia • Indicada para procedimentos de alto risco de bacteremia • Odontológicos com lesão ou perfuração da mucosa • Proc. do trato resp. ou digestivo com envolvimento de mucosa + • Presença de lesão predisponente • Alto risco • Prótese valvar cardíaca • EI prévia • Cardiopatia congênita prévia

  36. ENDOCARDITE INFECCIOSA

  37. ENDOCARDITE INFECCIOSA E Para alergia à penicilina: Vancomicina 1 g IV 1 hora antes + Gentamicina

  38. CONCLUSÃO • Esta entre as doenças/ diagnósticos mais esquecidos pelos médicos • Dificuldade de realizar diagnóstico pela extensão de sinais e sintomas • Com tratamento adequado e precoce há 20% de mortalidade • Até ¼ dos pacientes com EI não apresenta situações prediponentes

  39. REFERÊNCIAS • PROCLIM programa de atualização em Clínica Medica- Sociedade brasileira de Clínica Médica • Barbosa MM.EI perfil clínico em evolução Arquivo Bras Cardiol. 2004 • Baddour et al. EI: diagnosis and management 2005

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