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Ciência para a Justiça Ambiental: princípios e desafios

Ciência para a Justiça Ambiental: princípios e desafios. Marcelo Firpo Porto Pesquisador Cesteh/ENSP/FIOCRUZ marcelo.firpo@ensp.fiocruz.br Rio, 16-04-2012. Imagens de Situações de Risco, Vulnerabilidades e Resistências de Populações/Movimentos Sociais. A HISTÓRIA DO BARQUEIRO E DO ERUDITO.

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Ciência para a Justiça Ambiental: princípios e desafios

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Presentation Transcript


  1. Ciência para a Justiça Ambiental: princípios e desafios Marcelo Firpo Porto Pesquisador Cesteh/ENSP/FIOCRUZ marcelo.firpo@ensp.fiocruz.br Rio, 16-04-2012

  2. Imagens de Situações de Risco, Vulnerabilidades e Resistências de Populações/Movimentos Sociais

  3. A HISTÓRIA DO BARQUEIRO E DO ERUDITO

  4. Por que a crise socioambiental é cada vez mais importante e dramática ?

  5. Saúde, Ambiente e Desenvolvimento • CriseSistêmica Social, Econômica, Ambiental • Intensificação da DialéticaProdução versus Destruição • Sistemacapitalista e crise: concentração de poder, apropriação e mercantilização das relaçõessociais, da vida e da natureza 1. Conflito: Capital x Trabalho 2. Conflito: Condições de (re) produção: ambientalismo e novosprocessosemancipatóriospornovoscoletivos e movimentossociais

  6. Movimentos por Justiça Ambiental • Ambientalismo, democracia e direitos humanos • EUA: luta contra racismo ambiental • Bullard: “zonas de sacrifício” • América Latina, África e Ásia: exploração do trabalho, desrespeito aos povos e culturas tradicionais, apropriação dos recursos naturais • Ecologia Política: economia política do ambiente na atualidade • Divisão internacional do trabalho e dos riscos, metabolismo social, formação centros-periferias, comércio injusto e disputas por sentidos e valores

  7. PRIMEIRO DESAFIO: construir a questão ambiental na saúde coletiva • Politizar o debate ambiental • Desconstruir a ideologia de que somos todos igualmente responsáveis pelas causas e consequências dos problemas ambientais • Enfrentar o ambientalismo de mercado e “evangelho da ecoeficiência” • Vigilância epistemológica da incorporação acrítica pela saúde pública de visões conservadoras e alienantes

  8. O Que é Saúde? • OMS 1948- “Estado de completo bem estar físico e mental...”; • OMS final do século XX: saúde se realiza na medida em que um indivíduo ou grupo é capaz, por um lado, de realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com o ambiente. Saúde: recurso para a vida diária, não o objetivo dela; abrange os recursos sociais e pessoais, e depende das condições sociais, culturais, econômicas e ambientais.

  9. Determinação Social da Saúde • Processo histórico e organização da sociedade produz circunstâncias em que as pessoas nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem, incluindo o sistema de saúde. Tais circunstâncias estão fortemente associadas à distribuição de poder, dinheiro e recursos a nível global, nacional e local, que por sua vez depende das relações de poder, valores e políticas adotadas. • Muitos problemas de saúde decorrem das desigualdades de saúde, ou seja, de assimetrias injustas e evitáveis ​​observadas dentro e entre os países no que diz respeito ao estado de saúde.

  10. O Que é Saúde? A saúde é um conceito dinâmico, multidimensional, qualitativo e evolutivo, envolvendo potenciais de realização humana em suas esferas fisiológicas, psíquicas e espirituais. O conceito de saúde humana implica o entendimento dos processos e condições que propiciam aos seres humanos, em seus vários níveis de existência e organização (pessoal, familiar e comunitário), atingir certos objetivos, realizações ou ciclos virtuosos de vida embutidos na cultura e nos valores das sociedades e seus vários grupos sociais. A saúde possui, portanto, além das biomédicas, dimensões éticas, sociais e culturais irredutíveis, sendo objeto de permanente negociação e eventuais conflitos dentro da sociedade, dependendo de como os valores e interesses se relacionam nas estruturas de poder e distribuição de recursos existentes. • (Porto, MF. Uma Ecologia Política dos Riscos – 2007)

  11. SEGUNDO DESAFIO: enfrentar reducionismos e ampliar conceito de saúde • Enfrentar reducionismos da biomedicina e dos métodos científicos quantitativos que descontextualizam e congelam a realidade. • Considerar necessidades e visões de saúde que emergem das populações, cultura, aspirações e lutas • Outras visões de saúde mais sábias dos povos tradicionais e das comunidades: saúde e dignidade, relação com a natureza, respeito

  12. O Que é Meio Ambiente ? • Vários Ambientes: Casa, Trabalho, Público, Rurais e Urbanos, Florestas, Rios e Oceanos... • Construídos/Artificiais e Naturais • De que precisamos para sobreviver e viver ? • Características Materiais e Imateriais: contemplação, sentidos, sonhos, celebração, sofrimento, tragédia, amor • Titãs: “Você tem sede de quê?/ Você tem fome de quê?/ A gente não quer só comida / A gente quer comida, diversão e arte...” • Moradora de Manguinhos: meioambiente – “ambientedivididoaomeio”

  13. Riscos, Perigos e Vulnerabilidades “Exposição de seres humanos a condições ambientais adversas decorrentes que possam prejudicar a capacidade de realização humana através de sofrimentos, doenças e mortes que, caso a exposição não ocorresse, não seriam produzidos, pelo menos na frequência e gravidade em que ocorrem pela existência do risco. Um aspecto central quando falamos de riscos à saúde dessa forma é a prevenção, ou seja, a possibilidade de redirecionar certo curso de ações que produzem condições ambientais mais adversas nas quais há exposição aos riscos, no sentido dessas condições tornarem-se mais saudáveis.”

  14. TERCEIRO DESAFIO:descontruir gestão tecnocrática dos problemas ambientais e reconstruir relação sociedade - natureza • Modelos de gestão ambiental: várias formas de combinar eficiência e democracia. • Exemplo: América Latina e Brasil • Dupla delegação: poder político aos “políticos”, solução de problemas aos “especialistas” • Articulando saberes locais, situados, populares com saberes especializados • Exemplos: nuclear e transição agroecológica • Recuperar saberes trradicionais e valores não mercantilistas – para além dos “recursos” • Do Princípio Preventivo Clássico ao Precaucionário

  15. O Que é Desenvolvimento ? Houaiss: • Sinônimo de ascensão, crescimento, progresso, evolução, melhoria... • Crescimento econômico, social, político, industrial etc. de um país, região, comunidade. • Aumento ou melhoria de qualidades físicas, morais, psicológicas, intelectuais ...

  16. Desenvolvimento: Dilemas e Desafios • Contradição: É possível Desenvolvimento Sustentável no atual capitalismo globalizado? • Compromissos da Rio 92 não cumpridos • Modelo de Desenvolvimento Brasileiro: inserção no comércio internacional com metabolismo social baseado em externalidades negativas concentradas nos territórios periféricos e da exclusão • Fetichismo do Desenvolvimento Sustentável e da Gestão Ambiental

  17. Exemplos de Situação de Injustiças Ambientais no Brasil decorrentes do Modelo • Produção de energia: para que, para quem e com quais impactos ? Belo Monte, Mineração de Urânio e Usinas Nucleares. • Agronegócio, concentração agrária e uso intensivo de agrotóxicos versus reforma agrária, segurança e soberania alimentar, agroecologia. • Ciclos ferro-aço e bauxita-alumínio: caso da TKCSA em Santa Cruz/ Rio de Janeiro. • Mercatilização da Vida e da Natureza: Biotecnologias, Transgênicos e atualmente “Economia Verde”, MDL (mecanismo de desenvolvimento limpo), crédito de carbono e os chamados REDDs (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação )

  18. DESAFIO DO CONHECIMENTO: • Como trabalhar com as populações e integrar conhecimento no campo da saúde ? • Experiências de grande valor em andamento na América Latina

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