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CONFLITOS DE INTERESSE

CONFLITOS DE INTERESSE. Quem sou eu?. Preceptor do PRM de Clínica Médica do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, RGS Presidente da Pan American Society of Hospitalists.

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CONFLITOS DE INTERESSE

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Presentation Transcript


  1. CONFLITOS DE INTERESSE

  2. Quem sou eu? • Preceptor do PRM de Clínica Médica do Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, RGS • Presidente da Pan American Society of Hospitalists

  3. Como vice-presidente da AMERGHC já fiz festas e torneios esportivos financiados por laboratório em troca de “atividades científicas” • Já colaborei na organização de evento médico em parceria com a indústria farmacêutica para mais de 5000 participantes, na sua maioria estudantes de Medicina

  4. Avandia FDA Announces New Restrictions on Rosiglitazone Europe Suspends the Drug Anvisa cancela registro do medicamento

  5. Quem sou eu? • Não sou contra as indústria farmacêuticas, sei da sua importância e reconheço que existirão sempre conexões entre laboratórios e médicos - e que inclusive muitas podem (e algumas devem) existir. • O que defendo é separação entre farmacêuticas e médicos para educação médica mais independente. E tenho, em parceria com entidades e muitos colegas, demonstrado que é possível.

  6. “ ...dizer em público o que muitos conhecem no isolamento e na privacidade não é supérfluo. Justamente o fato de alguma coisa estar sendo escutada por todos confere a tal coisa um poder e um brilho que confirmam sua existência real.” Hannah Arendt Como corporação, podemos optar por sermos vistos como parte da solução, ao invés de, indiferentes, sermos inevitavelmente considerados parte do problema, ou o que é pior, o problema em si.

  7. Conflitos de interesse “Um conjunto de condições em que o julgamento profissional relacionado a um interesse primário (bem estar do paciente ou validade de uma pesquisa) tende a ser definitivamente influenciado por um segundo interesse (ganho financeiro, status)”. Thompson, DF

  8. Conflitos de interesse • Enquanto muitos médicos consideram que as preocupações são justas e que discutir o assunto é necessário, outros se ofendem ao simplesmente observar esta discussão vir à tona (“é uma afronta a nossa integridade e põe em cheque a ética profissional de toda a corporação”). • Esses indivíduos acreditam que sua devoção a Medicina e aos pacientes (que efetivamente costumam ter) os protegem de influências externas. • Entretanto, esta visão pode se basear em falta de compreensão ou entendimento incompleto da psicologia humana. • Conflitos de interesse são problemáticos não apenas porque são comuns, mas principalmente porque as pessoas pensam incorretamente que sucumbir a eles ocorre apenas por corrupção intencional, o que não é verdade. Sucumbir a conflitos de interesse pode ocorrer sem que percebamos.

  9. Não insistamos em encontrar mocinhos e bandidos nesta discussão... • “ Lapsos éticos quase nunca são casos de pessoas ruins, tomando atitudes ruins, por motivos ruins. Ao contrário, são boas pessoas, fazendo coisas ruins, por bons motivos.”

  10. O cérebro ético • Estudos em neurociência e psicologia sugerem que toda pessoa pode ser um pouco mais influenciável do que costuma pensar que seja. • Há evidências científicas suficientes para que se possa afirmar que todo processo de tomada de decisões é mediado tanto por fatores racionais (dados, informações, custo, benefício, etc) quanto afetivos. Negar sempre e veementemente a possibilidade de influências externas no processo de tomada de decisões é negar a existência do subconsciente e a própria natureza humana. • Demonstrações psicológicas de conflitos subconscientes • Em avaliação publicada em 2005, no J GenInternMed, de estudantes de Medicina, 85% considera inadequado que políticos recebam presentes de corporações, mas somente 46% acha que os médicos não devem receber presentes da indústria farmacêutica. • No JAMA, em 2002, publicaram dados sobre questionário aplicado a autores de diretrizes clínicas. Oitenta e sete por cento declarou algum tipo de relacionamento com a indústria farmacêutica. Perguntaram também: 1. “Este relacionamento influencia suas recomendações?”; 2. “Este relacionamento influencia nas recomendações de seus colegas? Sete por cento respondeu sim para 1, enquanto 19% respondeu sim para 2. • Em junho deste ano, no ArchivesofSurgery, publicaram outra survey que mais uma vez demonstra que médicos pensam que eles próprios seriam menos afetados pela relação com farmacêuticas do que os seus colegas. Cerca de 35% aceita que pode ter sua prescrição afetada, enquanto 52% acredita que os colegas seriam influenciados.

  11. The multibillion-dollar continuing medical education (CME) industry JAMC • 18 JANV. 2005; 172 (2)

  12. As atividades de ensino médico se tornaram altamente dependentes da indústria para sua realização, o que fez com que médicos tenham perdido o controle sobre sua própria educação. Estima-se que 60% do investimento em atividades de educação continuada seja oriundo da indústria. JAMA 2008;299:9:1060-2

  13. ‘Doctors’ education: the invisible influence of drug company sponsorshipby Ray Moynihan, University of Newcastle, New South Wales, and visiting editor, BMJ • We’ve all been there—the educational seminars, the medical symposiums, and the scientific conferences generously sponsored by big drug companies. The visible signs of sponsorship at these events are obvious. But what about inside lecture theatres, where high quality education is delivered to doctors by respected speakers?

  14. It is not uncommon for drug company sponsors to suggest speakers at sessions that are assumed by the thousands of general practitioners who attend them to be totally independent; • In the case of one popular Australian provider of medical education, HealthEd, leaked documents and emails from a range of sources show drug company sponsors having input into the selection of some speakers at seminars held in recent years, despite the fact that these have been aggressively sold to general practitioners in brochures claiming that “all content is independent of industry influence.”

  15. Doctors in the dark about sponsorship? • In an email to the drug giant Sanofi-Aventis, HealthEd asks, “Could you please suggest a couple of speakers for our scientific committee’s approval?” One of the speakers suggested by the drug company sponsor is subsequently accepted and delivers a presentation at a HealthEd seminar. Doctors attending that seminar, held at a university, were not verbally informed of the sponsor’s role in suggesting speakers. • In another email the drug company Organon, now part of Schering-Plough, writes that “we would like to put forward the following two doctors for consideration” as speakers for a seminar on women’s health. The educational provider replies, “We will do our best to accommodate your request.” The drug company’s suggested speakers are ultimately accepted, provoking this grateful response to the educational provider: “I would like to again sincerely thank you for the political help . . . in respect of orchestrating the favourable consideration of the proposed topic and speaker.”

  16. When asked about its sponsorship arrangements with HealthEd, Schering-Plough’s managing director in Australia, Shaju Backer, said that “as part of the sponsorship, [drug] companies are allowed to suggest speakers and topics” • top level “platinum” sponsors were routinely offered the chance to “work with us to determine a speaker and topic for the programme”

  17. Changes in drug prescribing patterns related to commercial company funding of continuing medical education • Pesquisa feita com médicos 6 meses após a participação deles em cursos patrocinados pela indústria sobre medicamentos; • Foi solicitado uma média de prescrições dos medicamentos abordados nos cursos, comparando-se antes e depois.

  18. Changes in drug prescribing patterns related to commercial company funding of continuing medical education

  19. Changes in drug prescribing patterns related to commercial company funding of continuing medical education

  20. CME is a public safeguard, not a guild decision. • Soluções que foquem somente nas pessoas e não no sistema continuarão sendo inócuas. • Eu sou influenciável! Por favor, regulem-me.

  21. Ou pelo menos controlemos a qualidade para dar os “pontinhos”* • Ferramentas existem: • The Ontario CME Bias Scale - Takhar J et al., 2007. Developing an instrument to measure bias in CME. Journal of Continuing Education in the Health Professions 27(2):118-123. • The CACME RiskStratificationTool - Barnes B et al., 2007. A Risk Stratification Tool to Assess Commercial Influences on Continuing Medical Education. Journal of Continuing Education in the Health Professions 27(4):234-240. • TheMarjorieBowmanTechnique - Bowman, M. A. 1986. The impact of drug company funding on the content of continuing medical education. Journal of Continuing Education in the Health Professions 6(1):66-69. • Commercial Bias Inventory - Carlat D et al. 2006. A New Measure of Industry Bias in Psychiatry: The Commercial Bias Inventory. Presentation, APA Meeting May 2006. * Sou a favor da Recertificação, mas não da maneira que está a EMC.

  22. Obrigado! gbbarcellos@medicinahospitalar.com.br

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