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Módulo I

Módulo I . Eliane Lopes Brenner. Este módulo examina primeiramente a evolução do processo turístico ao longo do tempo, expondo as principais diferenças entre o modelo turístico Fordista e seu a princípio oposto Posfordista, e relatando as novas tendências do turismo atual.

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Módulo I

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Presentation Transcript


  1. Módulo I Eliane Lopes Brenner

  2. Este módulo examina primeiramente a evolução do processo turístico ao longo do tempo, expondo as principais diferenças entre o modelo turístico Fordista e seu a princípio oposto Posfordista, e relatando as novas tendências do turismo atual. • Em um segundo momento, aborda a temática do “Turismo Alternativo”, discutindo suas tendências estruturais e espaciais, o dilema do crescimento e finalmente as implicações deste tipo de turismo. Eliane Lopes Brenner

  3. Objetivos da Aprendizagem • Entender o processo turístico a escala global. • Identificar as atuais tendências do turismo, especialmente quanto a diversificação de produtos turísticos. Eliane Lopes Brenner

  4. Os conceitos de ocio e turismo e sua evolução durante as últimas décadas • Uma aproximação a definição de “ocio” • Evolução histórica do ocio e suas funções • Uma aproximação a definição do turismo • Evolução do sistema de produção Fordista e sua incidência no turismo: desde o Pré-fordismo ao Pós-fordismo • O auge do Pós-fordismo, as tendências das últimas décadas do século XX Eliane Lopes Brenner

  5. Uma aproximação as diversas implicações das novas formas de turismo • Definições e conteúdos do turismo alternativo. • Tendências estruturais e espaciais do turismo. alternativo. • O dilema do crescimento: o perigo de morrer de êxito. • As implicações do turismo alternativo. Eliane Lopes Brenner

  6. Uma aproximação a definição de ocio

  7. Organização do Mundo Trabalhista Mudanças nas pautas culturais Ocio • Sousa (1994) Reivindicações trabalhistas, progressos tecnológicos Incremento de horas livres Oferta de produtos e serviços p/ satisfazer necessidades Tempo de liberdade para pratica do consumo • Ocio • Zorrilla (1990) crescimento do tempo livre Reivindicação ao bem estar do trabalhador Condição necessária para o desenvolvimento econômico Eliane Lopes Brenner

  8. Elias y Dunning (1992) • tipología de atividades de tempo livre • Trabalho privado e administração familiar • Descanso • Satisfação de necesidades biológicas • Relaçoes sociais • Ocio Trabalho X Vida Social = atividades e tempo depois do trabalho Conjunto de atividades prazerosas • Definições de ocio Eliane Lopes Brenner

  9. Dumazedier (1971) define ocio, como: • Unconjunto de ocupaciones a las que el individuo puede entregarse de manera completamente voluntaria, sea para descansar, sea para divertirse, sea para desarrollar su conocimiento o su formación desinteresada, su participación social voluntaria, tras haberse liberado de sus obligaciones profesionales, familiares y sociales. • Bonniface e Cooper (1978) enfatizam o caráter temporal: • Tempo que resta depois do trabalho, do descanso e dos afazeres pessoais e domésticos • Pedró (1984) se preocupa com as motivaciones: • As atividades prazerosas podem ser induzidas pelo marketing e não faze-las pode significar uma exclusão social. Eliane Lopes Brenner

  10. Mannell (1988); Jackson, (1991) y Shaw y Williams, (1994) • Caráter subjetivo do ocio: Uma mesma atividade pode ser interpretada por uma pessoa como uma obligação e por outra como um prazer • Ocio = apreciação individual da atividade + • Donaire (1996) marco social que condiciona a valorização • Escola de Frankfurt = caráter passivo do indivíduo frente ao ocio • # Graburn (1983) e Aramberri (1983) = ocio é tempo de transgreção, conjunto de atividades carnavalescas que invertem os valores da vida cotidiana. Eliane Lopes Brenner

  11. Chaves de definição do conceito de ocio • Tempo destinado a prática do consumo • Conjunto de ocupaçoes voluntárias • Tempo que sobra depois do trabalho destinado ao relachamento e outros afazeres • Conjunto de atividades prazerosas, induzidas pelo marketing e por uma valorização pessoal Eliane Lopes Brenner

  12. Evolução histórica do ocio e suas funções • Contraposição • Ricos • Elemento de formação e enriquecimento cultural • Complementaridade • Todas classes sociais • Elemento de consumo • Inicio do desenvolvimento Industrial = Ocio improdutivo • Burguesia X Proletariado • descanso trabalho sem descanso • consumo consumo mínimo Eliane Lopes Brenner

  13. XIX - XX Organização sindical = descanso domingo, redução jornada, férias pagas + Desenvolvimento Tecnológico Aumento de tempo livre • Teorias a respeito do ocio e sua relação com o turismo Krippendorf (1985/87), sistema aberto que forma parte e recebe influências da sociedade urbana-pós-industrial Ruptura com o cotidiano Cotidiano = trabalho, habitat, ocio Viagem Turismo Eliane Lopes Brenner

  14. Jafari (1989) de acordo com a ruptura do cotidiano Ocio Recuperação física/mental Rejuvenescimento Encontro com amigos Paisagem Profissionais Culturais Pessoais Físicos Motivação para fugir do cotidiano Processo de Emancipação = O indivíduo se converte em turista ruptura com as obrigações do cotidiano assume novos estilos de vida Animação, corresponde ao mundo que esta atuando o turista = Regras distintas / desconeta de suas obrigações Eliane Lopes Brenner

  15. Raymond (1959),a viagem representa a realizaçao de mitos que as pessoas constrõem. O turismo é a realização de um mito que proporciona estabilidade e liberdade. Doufour analisa como a atividade turística cumpre uma função libertadora e de desenvolvimento pessoal • Mills (1961) Ética do trabalho Ocio = Liberação meio para alcançar Imagem do cotidiano Imagem de férias • Escola de Frankfurt: O consumo do ocio é função primordial em um processo de alienação de difusão da ideologia capitalista Eliane Lopes Brenner

  16. Elias y Dunning (1992) ocio como elemento de ruptura e liberação do controle social da vida cotidiana Controle social /normas sociais que impedem manifestações públicas de emoção fortes = autocontrole Reduto para expressar em público emoção = atividades recreativas, esportes, música ... Elias # Positivistas = forma estructurada de canalizar as emoções, mediante distintas práticas de ocio, serve como elemento de controle social por parte do Estado sem desequilibrar a vida social Eliane Lopes Brenner

  17. Funções associadas ao ocio: • Psicosocial = descanso (reparador de los danos físicos), diversão (liberação do tédio) e desenvolvimento da personalidade • Comunicação = forma contemporánea de entrar em contato uns com os outros • Simbólica = signo de classe social, afirmação (para ganhar e conservar a estima não basta possuir riqueza e poder) • Econômica = motor da economía na medida que tempo livre equivale a consumo Eliane Lopes Brenner

  18. Aspectos chaves das definições de ocio • O ocio é simultáneamente um componente e uma consequência do sistema social industrial, da organização dos seres humanos e da civilização moderna • O turismo constitue uma parte do ocio já que supõe uma ruptura com o cotidiano. As viagens representam um escape em direção a libertade, mas seguem condicionadas por estruturas económicas, sociais, políticas e ambientais Eliane Lopes Brenner

  19. As teorías abarcam três pontos de vistas: • -O ocio como ruptura e liberação do controle social da vida cotidiana • -O consumo do ocio cumpre a função de alienação • -O ocio como forma de canalizar emoções estruturadas em praticas recreativas, servindo como elemento de controle social

  20. Uma aproximação a definiçao de turismo

  21. Componentes da definição de turismo: individuos, atraçoes, serviços, transporte e informação • Przeclawski (1976) enfatiza elementos e mobilidade • Conjunto de fenómenos de mobilidade temporal e voluntario ligado a mudança do meio, do ritmo de vida e do contato pessoal com o meio natural, cultural e social visitado • Leiper (1979) enfatiza viagem • Sistema que incluye el viaje discrecional y la estancia temporal de personas fuera de su lugar de residencia habitual, por una o más noches, excepto los viajes realizados por el propósito de una remuneración salarial. Eliane Lopes Brenner

  22. Lanquar (1985) destaca o prazer e a recreaçao como objetivo de viagem • Arrillaga (1985), enfatiza a relação entre turismo e consumo • Pasqualli y Jacquot (1989) pontualiza 3 elementos principales do turismo: viaje, ocio e consumo • O turismo se entende como a viagem de ocio onde se consumecertos serviços. O turista é o sujeto que realiza a ação social de viajar, e o turismo é a estructura de interrelaçoes entre os distintos elementos Eliane Lopes Brenner

  23. Jafari (1977) oferece uma definiçao considera nao somente o sujeito mais também a industria turística • Turismo es el estudio del hombre fuera de su hábitat usual, de la industria que responde a sus necesidades y de los impactos que ambos tienen en los ámbitos sociocultural, económico y medio-ambiental del espacio receptivo • Donaire (1996) • El conjunto de experiencias y actividades desarrolladas por individuos que se desplazan temporalmente hacia un espacio considerado no cotidiano, por razones esencialmente recreativas, así como las diversas formas económicas que pretenden rentabilizar este desplazamiento Eliane Lopes Brenner

  24. fenómeno estático (estada) • experiência individual • vía de preservação ou rehabilitação de espaços naturais • fenómeno dinámico (viagem) • actividade de massas • agente de degradação paisajística • O turismo é considerado ao mesmo tempo uma indústria sem chimines, um sector econômico, uma experiência hedonística, uma forma de alienação. Eliane Lopes Brenner

  25. Evolução do sistema de produção Fordista e sua incidência no turismo: desde o Pré-fordismo ao Pós-fordismo • Debbage (1997) 3 períodos na indústria de viagem • A organização inicial, o modelo Pré-fordista • O modelo precedente ao atual, o modelo Fordista • O modelo contemporáneo, o modelo Pós-fordista • Na prática turística os modelos convivem na atualidade Eliane Lopes Brenner

  26. Pré-fordismo • Resnascimento / grandes tours da aristocracia = recreação, instrução carreira política Rompe o aspecto eletista e individual do turismo Acelerada urbanização avanço tecnológico telecomunicaçoes • XIX Revolução industrial e francesa Turismo coletivo organizado Eliane Lopes Brenner

  27. XX depois da 2º Guerra Mundial Mudanças científicas, técnica, políticas, sociais, econômicas e culturais Turismo para todas classes sociais = férias pagas e melhor nível de vida e cultural • Ioannides (1994), industria Pré-fordista = alojamento e refeição, grande número de pequenos negocios familiares, gestionados independientemente. • Leontidou (1988) embora de tamanho reduzido e de propiedade individual, sua contribuição na economia é importante em termos de geração de empregos. Shaw y Willians (1994) pequenos establecimentos = frágeis habilidades de gestão e com baixos niveis de investimento. Eliane Lopes Brenner

  28. Négocio à tempo parcial de pessoas ocupadas em outros setores Flexibilidade funcional e númerica Várias funções desempenhadas por uma só pessoa = grande jornada de trabalho Alta temporada = trabalhadores ocasionais, tarefas de pouca qualificação • Níveis tecnológicos mínimos / inexperiência • computador X toque pessoal Eliane Lopes Brenner

  29. O sistema de produçao Pré-fordista • Níveis de tecnología mínimos ou inexistentes • Empresas de tamanho reduzido de propiedade independente • Penetrantesem termos de generação de emprego • Baixo nível de investimento e economicamente marginal • Frágeis habilidades de gestão, trabanho familiar dominante, com força de trabalho limitada: os empregados trabalham muitas horas e se multiplicam as funções • Fonte de ingressos adicionais para pessoas formalmente ocupadas em outros setores da economia Eliane Lopes Brenner

  30. Fordismo • Produção Indústrial dominante em grande parte do século XX produção em massa de bens que seguem o mesmo padrão Massificação do turismo • Maior grau de integração vertical e menor horizontal • Trabalhadores com uma única função, altamente especializados • Apartir da década de 50 • número reduzido de poderosas companhias turísticas • estratégia de globalização para alcançar novos mercados

  31. O sistema de produção Fordista • Produção em massa de bens que seguem o mesmo padrão • Cada trabalhador realiza uma única função altamente especializada Economia de escala e concentração industrial através da integração vertical

  32. Estrutura do turismo Fordista Processo de integração vertical e horizontal, onde enquanto aumenta a concentração do mercado através da integração horizontal, a integração vertical nao se difunde

  33. Pós-fordismo A partir da década de 70 Crise no trabalho em cadeia Novas tecnologias Homegeneização da oferta Massificação Passo de uma organização Fordista a um modelo de produção flexível = Diferenciação de produtos através de pequenos grupos especializados Multiplicação de mercados

  34. Continuidade o Ruptura??????????? • Fordismo • Homogeneização • Produçao em Cadeia • Autenticidade Teatral • Concentração Espacial • Pós-fordismo • Singularidade • Produção Modular • Artificialidade • Difusão Espacial = RUPTURA Estudos revelam que a ruptura não é tão evidente / Caldas Novas

  35. Donaire (1996) analisa as características que adquire um espaço para tornar-se turístico: • um espaço físico que possui qualidades para sua exploração recreativa: condiçoes climáticas, paisagísticas, vegetacionais, mar ou montanha, acessos. • Um espaço mental já que a percepção subjetiva do espaço recreativo se define pela valorização individual da atividade turística

  36. Urry (1990)muitos destinos perderam popularidade porque suas características distintivas tornaram-se comuns. Simultaneamente, outros lugares geraram diferentes tipos de serviços especializado, que os tornaram competitivos com destinos existentes. Entretanto, quase todos se tornaram centros de espetáculo. Atualmente os destinos possuem poucas características que os distinguem entre si. Sua identificação como centros de espetáculo, o associam com a Pós-modernidade. Ênfases cultural em certos aspectos naturais, reforçando práticas culturais contemporâneas: alimentos saudáveis, cerveja e pães artesanais, vegetarianismo, nouvelle cousine, tradiçao, ciência e medicina oriental, pratos naturais, algodão, casas restauradas, caminhadas, natação, ciclismo, vida nas montanhas e campo em detrimento do ocio organizado e planejado.

  37. Ioannides e Debbage (1997) Salientam que o olhar turístico recorre a uma coleção de experiências que demonstra os gostos sociais, vinculados a seu estilo de vida e seu status sócio-económico. Segundo a cultura pós-moderna de consumo, ao mesmo tempo que se enfatiza a busca constante de novidade e de experiências alternativas, o consumidor se torna mais perspicaz e sofisticado.

  38. O Sistema Pós-fordista e sua manifestaçao no turismo • Reação dos consumidores contra a oferta homogénea • O turismo contemporáneo implica: novas práticas turísticas, novas formas de contratação, novos cenários turísticos, novas necessidades da demanda, novas perspectivas, novos espaços. Com o fim de atender a um consumidor mais perspicaz e sofisticado, se personaliza, de diferenciam produtos de viagem e ocio através do marketing. Diferentes desenhos de anúncios “camuflam” a natureza industrializada e de massa de tais produtos.

  39. O turismo Pós-fordista é mais inauténtico, mais heteerogéneo, mais fragmentado e menos estantarizado. • O turismo se caracteriza pela imprecisa diferenciação com outras atividades (cultura, trabalho, espetáculo), a superação da concentração geográfica, a mutação da organização empresarial, a crise da massificação e a perda do conceito de autenticidade. • O espaço turístico é um espaço físico, mas também um espaço mental, já que a interiorização subjetiva do espaço recreativo constitue um elemento essencial do processo turístico.

  40. A percepção que o turista tem do espaço está condicionada, em primeiro lugar, pela natureza lúdica do fenômeno turístico e, em segundo lugar, pela imagem turística que precedeu o próprio deslocamento. • A tendência da demanda por férias reais implica a visita a algum lugar bem longe, nao visitado pelo turista de massa, valorando mais a viagem que o turismo, o particular que o coletivo e utilizando pequenos provedores mais que grandes operadoras.

  41. Os espaços do turismo Pós-fordista • Demanda por novas experiências e espaços singulares Todos os lugares são potencialmente turísticos + Tecnologias innovadoras Produção Flexível Modelando e criando novas paisagens = Experiências individuais, feitas a medida e dentro do contexto do capitalismo

  42. Featherstone (1991) considera que as atividades relacionadas como ocio se tornaram cada vez mais mercantilizadas, refletindo uma cultura de consumo a nível global • Donaire (1996) frente a crise do turismo uniforme / Fordista, classifica novas formas de turismo segundo cenários: • 1- Espaços maduros: espaços tradicionais • 2- Espaços irreais: consolidação de complexos turísticos alternando espaços tradicionais / parques temáticos • 3- Localização: globalização da economia, cultura reproduzindo em qualquer lugar signos reconhecidos universalmente • 4- Terceiro mundo. Incorporação de espaços periféricos em grandes circuitos.

  43. Respostas do mercado turístico ao Pós-fordismo Resort todo incluido: O turista pode aceder a todos serviços e atividades disponíveis no destino turístico por um custo acertado e pago com antecedência. Turismo a la carte:versao contrária aos RTI, entretanto busca também atender diversos segmentos da demanda. É uma forma de comercialização de um conjunto de ofertas turísticas, catologadas em princípio como pertencentes a diferentes formas de turismo, mas que foram eleitas pelo turista que deseja desenhar a seu gosto sua estada turística

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