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Intervenção Psicoterapeutica na Doença Crónica. Luís Pires Fernando Casimiro Pedro Batista Rui Sá Sérgio Silva. Intervenção Psicoterapeutica na Doença Crónica. De acordo com a OMS as doenças crónicas são a principal causa de morte e incapacidade do mundo. A prevenção é possível…
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IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica Luís Pires Fernando Casimiro Pedro Batista Rui Sá Sérgio Silva
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica De acordo com a OMS as doenças crónicas são a principal causa de morte e incapacidade do mundo. A prevenção é possível… …Mas quando já não é possível seguir o caminho da prevenção é necessário que o doente e todos os sistemas que o circundam se consigam adaptar às exigências da doença para que esta não se sobreponha às suas próprias vidas.
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica Apresentação dos casos O caso do Sr. “Manuel” e da Sra. “Denise”…
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • O Sr. Manuel… • É um idoso de 76 anos que “nascido, baptizado, criado e casado em Coimbra”. • Vive com a mulher de 70 anos e a filha de 40 anos. Para além da filha tem mais três filhos que constituíram família mas que se encontram fora de Coimbra. • Reformado há cerca de 18 anos depois de “45 anos de trabalho árduo a construir peças de casa de banho”
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Quanto ao seu estado de saúde o Sr. Manuel apresenta várias doenças: • Hipertensão arterial moderada • Hipertrofia benigna da próstata (HBP) • Fibrilação auricular ou Fibrilação Atrial crónica • Silicose • Teve um Acidento Isquémico Transitório há dois anos. • Aponta como principal fonte dos seus problemas de saúde a sua longa actividade profissional
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Mostrou-se satisfeito com a sua vida conseguindo realizar as suas actividades diárias sem problemas. • Conhece o médico de família há 26 anos com quem tem uma excelente relação • A consulta a que assistimos tinha como principal objectivo a prescrição de mais doses de medicamentes e a avaliação do estado geral de saúde
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Tratamento… • Tratamento Farmacológico: Anti-hipertensivos, anti-coagulantes, anti-inflamatórios entre outros. – Polimedicação • Exercício físico – Caminhada • Dieta Alimentar pobre em sal e lípidos
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Rede Social vasta constituída essencialmente por antigos colegas de trabalho reformados • Rotina diária: • Cuidar do Quintal • Jogar cartas com os amigos • Ver televisão • Não sente diferenças no tratamento por parte dos que o rodeiam em relação ao tempo em que era mais saudável. Percepciona cuidados por parte da mulher e da filha em não o contrariar
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • O Sr. Manuel não gosta de ir ao Hospital fazendo tudo para o evitar. • Quando se dirige aos serviços de saúde vai “felizmente” sozinho • Como principal medo em relação ao seu estado de saúde aponta a perda de mobilidade com o passar dos anos… • Recentemente a sua mulher foi operada aos pulmões
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Plano de Intervenção • Sessão 1 – Entrevista para complementar informação do guião e elaboração de um mapa de rede e ecomapa. • Sessão 2 – Participação do médico de família • Distinguir entre problemas da idade e da doença • Estigma da idade e da doença • Emoções e cognições sobre as doenças e sobre o papel dos familiares • Analisar as relações familiares
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Plano de Intervenção • Sessão 3 – Comportamentos adaptativos e não adaptativos na interacção familiar • A vida além da família • Introdução à temática do burnout • Tarefas: • “se me o meu cuidador principal não existisse quais seriam as alternativas?” (internas e externas à família) • “pedir aos filhos que compareçam à próxima sessão”
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Plano de Intervenção • Sessão 4 – Primeira parte: sessão com a filha, falar da sua vida pessoal além da família, prevenção do burnout e codependência.Refém patológico • - Segunda parte: Realizada com os 4 filhos – diálogos entre os irmãos; comunicação das dificuldades; partilha de emoções e cognições; tentar estabelecer uma rede de apoio entre irmãos. • - Terceira parte: Realizada com pais e filhos – diálogo entre filhos e pais; flexibilizar a abertura da família a elementos exteriores; promover a independência da filha/irmã; operacionalização da tarefa da sessão 3.
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Plano de Intervenção • Sessão 5 – (com um mês de intervalo) • Verificar a reestruturação familiar (emoções, relações e papeis), tarefas instrumentais, opinião sobre a terapia • Conclusões e manutenção de contactos
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • A Sra. Denise… • Brasileira de 37 anos, divorciada, com um filho • Vive em Portugal há 7 anos, reside em Coimbra com o filho • Diabetes tipo II, Depressão Major, em tratamento farmacológico, filho com possível DHDA • Dificuldade em manter o emprego, ex-marido toxicodependente, sofre de esquizofrenia • Apoio por parte da irmã
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Quanto ao seu estado de saúde a Sra.Denise sofre: • Diabetes tipo II, medicada • Depressão Major, em tratamento farmacológico Aponta como problemas a perda de memória, fruto da medicação ansiolítica, e a dificuldade de manter um regime alimentar estruturado
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Mostrou sinais de esgotamento, em virtude do horário de trabalho extenso(segunda a sábado, 8h dia) e do stress diário • Dificuldades de assertividade com o filho • Boa relação com a médica de família • A consulta a que assistimos tinha como principal objectivo a prescrição de mais doses de medicamentes e a avaliação do estado geral de saúde
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica Plano de Intervenção Participação num Grupo de auto-ajuda para a depressão visando a partilha de experiências e o aumento da rede social. É um grupo aberto realizando-se encontros semanais, com duração de 1h a 1h:30 com o objectivo de estabelecer novas relações e fomentar uma rede de apoio, partilha de informação e experiências sobre a depressão; a decorrer em paralelo com a terapia individual.
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Plano de Intervenção • Psicoterapia para o tratamento da depressão, promoção da auto-estima e das suas competências relacionais com sessões de 15 em 15 dias. • Sessão 1 – Entrevista para complementar informação do guião e elaboração de um mapa de rede e ecomapa. • Esclarecimentos sobre a diabete tipo II com a médica de família • Contacto com o psicólogo da instituição de apoio a menores, e com o psiquiatra que acompanha Denise.
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Plano de Intervenção • Sessão 2 – Sessão de esclarecimento acerca da depressão em conjunto com a médica de família: ultrapassar a depressão (educação para o uso dos medicamentos e psicoterapia, comportamentos adaptativos e não adaptativos na depressão). • Construção de uma narrativa acerca da vida ideal da Sra. “Denise” realçando os pontos positivos da sua vida. • Treino e reconhecimento de competências.
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Plano de Intervenção • Sessão 3 – Depressão – Psicoterapia individual • Relação com o filho (entrevista não estruturada) – dificuldades, sentimentos e objectivos. • Comportamentos adaptativos, assertividade e limites. • Sessão de relaxamento. • Abordar a adaptação ao grupo de auto-ajuda. • Tarefa: trazer o filho e a irmã na próxima sessão
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Plano de Intervenção • Sessão 4: • 1º parte: Depressão Psicoterapia individual. • 2º parte: Presença do filho. Avaliação da interacção deste com a mãe, para a compreensão de estilo de vinculativo existente e o tipo de comportamentos não adaptativos presentes e que possam contribuir para o quadro de hiperactividade do filho. • 3ª parte: Presença do filho e da irmã. Discussão das relações entre estes e com o resto da família. Promoção das capacidades interpessoais de todos os membros envolvidos.
IntervençãoPsicoterapeuticanaDoençaCrónica • Plano de Intervenção • Sessão 5: Feedback acerca dos progressos conseguidos através das sessões e do grupo de auto-ajuda. • Reavaliação da rede social percepcionada. Sessão de relaxamento com “Denise” e o seu filho. • Discussão sobre a continuação da psicoterapia, e possível psicoterapia individual com a criança. • Manutenção do contacto.
Bibliografia Simões, A. (2002). Um novo olhar sobre os idosos. Revista Portuguesa Pedagogia, 36 (1,2,3), 559-569 Relvas, Ana Paula; Mendes, Álvaro; Sousa, Liliana (2007), Enfrentar a Velhice e a Doença Crónica. Apoio das Unidades de saúde e Doentes Crónicos Idosos e suas Famílias, Lisboa,Climepsi Editores. Rolland, J. (1994), Families, Illness and Disability: An Integrative Teatment Model, Nova Iorque, Basic Books. McDaniel, S.; Hepworth, J.; Doherty, W. (1992), Medical Family Therapy: A Biopsychossocial Aproachto Families with Health Problems, Nova Iorque, Basic Books