1 / 26

OS JULGADOS DE PAZ E A REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA CIVIL

OS JULGADOS DE PAZ E A REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA CIVIL. João Pedroso FEUC/CES da Universidade de Coimbra Conferência comemorativa 8 anos do Julgado de Paz de Lisboa – O Balanço 21/01/10. PRIMEIRA PARTE. A Justiça Civil, em Portugal, está em crise ?.

nellis
Download Presentation

OS JULGADOS DE PAZ E A REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA CIVIL

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. OS JULGADOS DE PAZ E A REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA CIVIL João Pedroso FEUC/CES da Universidade de Coimbra Conferência comemorativa 8 anos do Julgado de Paz de Lisboa – O Balanço 21/01/10

  2. PRIMEIRA PARTE A Justiça Civil, em Portugal, está em crise ? (Zuckerman. 1999. Civil Justice in crisis – Comparative perspectives of civil procedure. Oxford Un. Press)

  3. 1. Análise da procura e da oferta da justiça civil1.1. O movimento processual – processos PENDENTES, ENTRADOS e FINDOS 1.2 – FACTORES DE EXPLICAÇÃO a) ENDÓGENOS (sistema judicial) - Alterações legislativas Substantivas – Lei desjudicializadora (d.m.c.; tutelares cíveis) Processuais – simplificação/complexificação do processo civil – Alt. Organização judiciária – Alt. Leg. das Custas – Formação/variação de magistrados e funcionários - Alterações institucionais - Alterações técnicas - novas tecnologias (vídeo, tramitação electrónica, etc.)

  4. b) EXÓGENOS - Transformações sociais, económicas, políticas e culturais (Natureza muito diversa) - mudanças de regime político - desenvolvimento económico - variação da população - industrialização e urbanização - cultura local e sua propensão à litigação - acessibilidade do Tribunal - grau de consciência dos direitos

  5. 1.3 Movimento Processual: justiça cível Fonte: DGPJ

  6. Principais acções declarativas cíveis e injunções (2004) Fonte: DGPJ

  7. Distribuição das acções declarativas findas por tipo de autor e réu (2004) Fonte: DGPJ

  8. Duração das acções cíveis declarativas (1990 e 2004) 1990 2004 Fonte: DGPJ

  9. 2.Crise da justiça cível em Portugal: um diagnóstico dos bloqueios quase consensual 2.1. Selectividade dos Tribunais/colonização das acções de dívidas - dívidas de pequeno valor - explosão da litigância de massa - empresas v.s. consumidores (S. Santos; Marques, MML; Pedroso, João e Ferreira, Pedro. 1996. Os Tribunais nas sociedades contemporâneas: o caso português. CES/CEJ) 2.2. Morosidade/ineficiência → desadequação entre a oferta e a procura → desadequação e arcaísmo da lei processual (prazos, recursos e instâncias) → arcaísmo da organização judiciária Território procedimentos Recursos humanos e materiais

  10. Litígios ausentes Debilidades no sistema público, de mercado e comunitário de acesso ao direito e à justiça Custos (judiciais, advogados, oportunidade) Imagem de justiça distante Consciência dos direitos/não uso dos direitos 2.3. Inacessibilidade Ouvir as pessoas Fundamentação de facto e de direito Transparência/auditoria democrática Profissões ≠ corporações ≠ cidadania Serviço público 2.4. Deficit na qualidade da justiça

  11. 3. Crises das funções da justiça: “doença” da democracia 3.1. – Instrumental – Deficit na Resolução de litígios 3.2. – Política – Deficit no cumprimento direitos/deveres integração/controle social 3.3. – Simbólica – Deficit na legitimidade da vida política e social LIBERDADE Segurança (S. Santos et al. 1996, 19-34)

  12. Segunda Parte A oportunidade: a construção de um novo paradigma de justiça civil

  13. 4. A reforma da justiça civil é sistémica 4.1. – A reforma da justiça é reforma do Estado (L. Cadiet et L. Richter. 2003.) 4.2. – A reforma da justiça é a re (re)gulação do mercado 4.3. – A reforma da justiça é a promoção e garantia dos direitos das pessoas da comunidade/sociedade (cidadania)

  14. 5. Os principais tipos de reformas da justiça civil 5.1. – O argumento quantitativo dos recursos (+ Juízes, + Tribunais, + Funcionários) 5.2. – Tecnocrática e gestionária - processo civil mais flexível e expedito - gestão de recursos humanos e materiais - alteração da divisão do trabalho judicial/delegação do trabalho de rotina

  15. 5.3. – Inovação e tecnologia - desmaterialização/informatização - tecnologias de comunicação/vídeo - novos modelos/cadeias de decisão - alteração das qualificações profissionais e das regras de autoridade e de hierarquia 5.4. – Desjudicialização e resolução alternativa (substitutiva e complementar) de litígios - desjudicialização (Cons. Reg. Civil, BNI); - CCA Consumo; - Julgados de paz; - CPCJ; - Mediação (família, laboral e penal);

  16. João Pedroso et al. 2003. Por caminhos da(s) reforma(s) de justiça. Coimbra Editora (OPJ/GPLP)

  17. 6. Um novo paradigma de sistema de resolução de litígios A pirâmide da justiça (ou do sistema integrado da resolução de litígios) Adaptado de Wonters e Van Loon (1991; 23); Santos e al. (1996; 80); Dufresne (1993); Pedroso et al. 2003

  18. “A pedra de toque de um novo modelo de administração da justiça é a consequente criação de um sistema integrado (ou plural) de resolução de litígios que assente na promoção do acesso ao direito pelos cidadãos (…). Assim, a justiça deve ser entendida como a entidade (ou terceiro) que os litigantes consideram mais legítima e adequada para a resolução do seu conflito e defesa dos seu direitos. Ora, esse terceiro, tanto pode ser o Tribunal como qualquer instância que cumpra essa finalidade. (…)

  19. A questão fundamental é que a terceira parte escolhida pelo cidadão para resolver o seu litígio não lhe seja imposta, mesmo que subtilmente, pelas estruturas sociais, mas corresponda pelo contrário, ao meio mais acessível, próximo, rápido e eficiente da tutela dos seus direitos.” (Pedroso et. al. 2003: 48 e 49)

  20. Terceira Parte A JUSTIÇA DE PAZ - UM BALANÇO

  21. 7. Quadro de análise 7.1. – As relações entre a justiça e o político: o processo de criação dos Julgados de Paz 7.2. – A transformação do “campo jurídico” 7.3. – A relação entre os Julgados de Paz e os seu mobilizadores 7.4. – Os Julgados de Paz e a sociedade (Guibentif, 2007; 331-359)

  22. 7.1. – O processo político de criação dos Julgados de Paz a) consenso político: proposta do PCP apoiada pelo Governo PS; b) As profissões jurídicas não são hostis, mas não estão comprometidas (nem activas; c) um espaço novo onde Estado (governo) pode tomar iniciativas sem actores instalados (institucionais ou profissionais); d) uma nova estrutura concorrente/complementar aos Tribunais;

  23. e) ideologia e discurso centrado nos conceitos de “justiça de proximidade e mediação”; f) acompanhar o sentido de transformação das relações entre o estado e os cidadãos; g) uma justiça de pessoas e não uma justiça das organizações

  24. 7.2. – A transformação do “campo jurídico” a) a criação de um discurso sobre a diferença e a identidade de uma nova justiça face à justiça tradicional; b) novas profissões: - Juiz de Paz - mediadores c) feminização da profissão jurídica; d) consolidação de uma cultura jurídica de cooperação e de mediação;

  25. 7.3. Justiça de Paz: a relação com os cidadãos a) processos simples, demanda oral, sem necessidade de advogado; b) celeridade do processo e da decisão; c) mediação; d) instituição e processo – facilita a cooperação entre as partes; e) uma justiça nova e alternativa, ainda pouco conhecida e limitada territorialmente; f) limitada à resolução de conflitos inter-individuais civis;

  26. 7.4. Julgados de Paz e a sociedade • superação de uma lógica jurídica clássica binária e adversarial/adjudicação; • discurso de acessibilidade; • a ferramenta da mediação; • um instrumento moderno para a promoção de uma Sociedade auto-compositiva; • (Santos, Marques, Pedroso, Ferreira, 1996

More Related