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DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS

DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS. Avanços patogênicos e terapêuticos Maria do Carmo Friche Passos Ana Flávia Passos Ramos. Qual o conceito amplo de DII?. Q ualquer processo inflamatório envolvendo o trato gastrointestinal , seja este agudo, seja crônico. Como classificar ?.

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DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS

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Presentation Transcript


  1. DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS Avanços patogênicos e terapêuticos Maria do Carmo Friche Passos Ana Flávia Passos Ramos

  2. Qual o conceito amplo de DII? • Qualquer processo inflamatório envolvendo o trato gastrointestinal, seja este agudo, seja crônico

  3. Como classificar ? • DII com causa conhecida • Infecções • Parasitoses • Enterocolite • Actínica • Isquemia etc. • DII com causa não totalmente esclarecida

  4. Com que freqüência ocorrem as de causa desconhecida ? • 80% a 90% • Retocolite ulcerativa inespecífica ou idiopática • (RCUI) e doença de Crohn (DC) • 10% a 20% • colites linfocítica (colono normal) • colite colagênica (colono normal) • bolsiteou pouchitis (inflamação da bolsa ilealpóscolectomia para RCUI) • doença de Behçet • enterocoliteeosinofílica (colono normal)

  5. Quando iniciou o conhecimento destas doenças ? • RCUI • desde o século XIX • DC • recebeu esse nome por causa da sua descrição, em 1932, pelos médicos americanos Crohn, Ginzburg e Oppenheimer

  6. O que está envolvido na fisiopatogenia das DII ? a) fatores genéticos b) fatores luminais, relacionados a microbiotaintestinal, seus antígenos e produtos metabólicos, e os antígenos alimentares c) fatores relacionados à barreira intestinal, incluindo os aspectos referentes à imunidade inata e à permeabilidade intestinal d) fatores relacionados à imunorregulação, incluindo a imunidade adaptativa ou adquirida.

  7. O que se sabe sobre os fatores genéticos ? • Em 1996, os ingleses identificaram locus de suscetibilidade para as duas doenças nos cromossomos 3, 7 e 12 • Os franceses, identificaram um lócus de susceptibilidade para a DC, no cromossoma 16 (lócus IBD1)

  8. O que se sabe sobre os fatores genéticos ? • A seguir, três grupos independentes identificaram mutações no gene NOD2/CARD15 (localizado na região IBD1) • Presentes em 15% a 30% dos portadores de DC • Este gene codifica uma proteína presente nas células apresentadores de antígenos (macrófagos etc– primeira barreira de defesa)

  9. Qual o resultado desta mutação ? • A forma mutante de NOD2 deixa de exercer seu efeito normal inibitório da cascata inflamatória • Resultado • Produção de citocinas inflamatórias • fator de necrose tumoral [TNF] • interleucina-12 • interleucina-18 etc.) • Amplificação do processo inflamatório.

  10. Há outros genes responsáveis ? • Uma região de susceptibilidade denominada IBD2 foi reconhecida no cromossomo 12 e parece relacionar-se com a RCUI

  11. Há participação do sistema HLA ? • Os estudos envolvendo o sistema HLA (HumanLeukocyteAntigen) têm fornecido resultados mais consistentes no caso da RCUI que no da DC.

  12. O que se sabe de parentes de portadores de DII ? • Parentes de primeiro grau de pacientes com DC, assintomáticos, podem apresentar aumento da permeabilidade intestinal, especialmente após uso de AINES • Deficiência seletiva de mucina em gêmeos monozigóticos • um com RCUI, o outro sadio

  13. O que se sabe de parentes de portadores de DII ? • Familiares de pacientes com RCUI ou colangiteesclerosanteprimária têm freqüência aumentada de anticorpos séricos do tipo ANCA (anticorpo contra estruturas citoplasmáticas do neutrófilo)

  14. Qual a participação de fatores luminais ? • Pacientes com DII apresentam alterações quantitativas e qualitativas da microbiotaintestinal

  15. Que bactérias estão aumentadas na DC ? • Bactérias anaeróbicas Gram-positivas • Streptococcusintermedius, Peptostreptococcusproductus, Coprococcus comes, Eubacteriumcontortum) • Bactérias Gramnegativas • Bacteroidese Fusobacterium

  16. Que bactérias estão aumentadas na RCUI ? • Bactérias cujos produtos metabólicos são agressivos à mucosa intestinal • produção de citotoxinas • produção de hialuronidaseetc • Produção de Sulfato de hidrogênio • inibição do metabolismo do butirato(fonte energética do colonócito).

  17. Quais evidências laboratoriais da participação de fatores luminais ? • Ratos com mutação transgênica desenvolvem DII em ambientes habituais, e não desenvolvem a doença em ambiente estéril

  18. Como está a tolerância imunológica de portadores de DII ? • Há evidências de perda da tolerância aos antígenos da própria microbiota intestinal • Oorganismo reage exageradamente a esses antígenos • Hiperestímulo do sistema imune da mucosa

  19. Quais os componentes não imunológicos da barreira intestinal ? • Acidez gástrica • Secreções digestivas (ex., bile) • Motilidade gastrointestinal • Microbiotaintestinal, • Camada de mucina/fator trefoil • Etc

  20. O que é o fator trefoil (FIT) ? • Produzido pela mesma célula que produz mucina • Envolvido na restituição da célula epitelial e na reparação da mucosa lesada • Compõe e incrementa a camada protetora viscosa em conjunto com a mucina

  21. Quais os componentes imunológicos da barreira intestinal ? • Produção de IgAsecretora • Imunidade inata (exs., neutrófilos, células apresentadoras de antígenos – macrófagos, células dendríticas, células epiteliais etc.), • Imunidade adquirida ou adaptativa (exs., linfócitos T e B).

  22. O que há de desequilíbrio entre imunidade natural e adquirida ? • Pacientes com doença de Crohn têm redução significativa da atuação do sistema imune inato • O sistema imune adaptativo ou adquirido é hiperestimulado, • amplificação do processo inflamatório.

  23. Como os antígenos intestinais são apresentados normalmente ao sistema imune ? • Em condições normais, a apresentação antigênica pelas células apresentadoras de antígenos é encaminhada, preferencialmente, para a atividade imunossupressora (cel T supressoras)

  24. E nos portadores de DII ? • Ocorre na direção dos linfócitos T auxiliadores (helper, CD4 positivos) • Amplifica e cronifica o processo inflamatório com a participação de citocinas

  25. Enfim • Nas DII ocorre, predisposição genética, prejuízo dos mecanismos de defesa da mucosa, modificação da microbiota, e, por diversos motivos, um desequilíbrio no sistema imune, com predominância na produção de citocinas inflamatórias, sobre a produção de citocinas antiinflamatórias

  26. Qual o objetivo atual dos estudos clínicos sobre tratamento (terapia biológica) ? • Bloquear seletivamente os mediadores inflamatórios • Incrementar a imunidade inata

  27. O que tem sido testado para melhorar a defesa (efeito barreira) ? • Administração de fatores de crescimento • fator epidérmico de crescimento • Fator trefoil • TGF-β (também ação antiinflamatória) • hormônio de crescimento • fator de crescimento do queratinócitoetc

  28. Qual o efeito de prebióticos e probióticos ? • Modificam a microbiotaintestinal • Normalizam o conteúdo de Bifidobacteria e Lactobacilli • Reduzem o contingente antigênico imposto às células imunológicas da lâmina própria intestinal • Estimulam a secreção de mucina e de TGF-β, incrementando a capacidade de defesa

  29. Há outras ações dos pré e probióticos ? • Ações imunomoduladoras • redução de citocinaspróinflamatórias (exs., IL-1, IL-8, TNF etc.) • aumento de citocinas antiinflamatórias (ex., IL-10),

  30. Qual o objetivo do uso de fatores estimuladores ? • O fator estimulador de colônias de granulócitose macrófagos (GM-CSF, sargramostim) • Uma forma de melhorar a imunidade inata do organismo

  31. Como agir na imunidade adquirida ? • Bloquear a IL-12 (anti-IL-12 ou ABT-874) • Bloquear a IL-2 (anti-IL-2, daclizumabee basiliximabe) • Bloquear o interferon-γ (anti-IFN-γ, fontolizumabe ou HuZAF) • Bloquear clones de células T CD4 positivas (anti-CD3,visilizumabeou HuM291) • Bloquear a IL-6 (atlizumabe) • Bloquear moléculas de adesão como a integrina a4 (natalizumabe) • Bloquear a integrinaa4b7 (MLN-02, LDP-02) • Bloquear a molécula de adesão intercelular 1 (ICAM 1, alicaforsenou ISIS 2302) e, finalmente, • Bloquer o fator de necrose tumoral (TNF-α) através do infliximabe (75% humano), certolizumabe(CDP-870, 95% humano), adalimumabe(100% humano) e certolizumabe(CDP-870).

  32. Que outras opções têm sido estudadas ? • Administração de citocinas antiinflamatórias como a IL-10. • Recentemente, a capacidade de secretar IL-10 e fator trefoil foi incorporada ao probióticoLactococcuslactis, por engenharia genética • Somando atividade como antiinflamatório, imunomodulador e reparador

  33. Qual a substância mais usada no Brasil ? • O infliximabe(anti-TNF), com resultados favoráveis tanto na doença de Crohnquanto na RCUI.

  34. Quais os índices de melhora com o uso de corticóide ? • Melhora dos índices clínicos de atividade da doença em cerca de 80% a 90% dos casos • Melhora endoscópica é da ordem de apenas 30%

  35. Qual a melhora endoscópica com a terapia biológica ? • Ovalor sobe para 70%.

  36. Que índices têm sido obtidos com terapia nutricional ? • Índices semelhantes de melhora endoscópica/histológica (70% a 75%)

  37. Quais são os índices para avaliação terapêutica na DC ? • Índice de Best • CDAI, Crohn’s disease activity index • Índice de Harvey & Bradshaw • Outros

  38. Qual a desvantagem do uso desses índices ? • Não levam em conta as condições macro nem microscópica da mucosa intestinal

  39. Qual deve ser a tendência futura para acompanhamento ? • Provavelmente, esses métodos clínicos/laboratoriais darão lugar a exames endoscópicos, ultra-sonográficos, de cápsula endoscópica, colonoscopia virtual etc., • Com o tempo, deverão ter seus custos mais reduzidos, possibilitando abordagem mais rotineira

  40. Qual deve ser a tendência futura para o tratamento ? • Associações de terapias biológicas (ex., sargramostim+ anti-TNF-α) talvez sejam utilizadas a fim de se obter melhor efeito terapêutico. • Tudo indica que os corticóides tradicionais estão com seus dias contados.

  41. FIM

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