1 / 37

Parasitoses intestinais

Disciplina de Pediatria Bruno Nascimento dos Santos n°12. Parasitoses intestinais. Protozoários. Giardíase. Protozoário flagelado ( Giardia lamblia ) Habita preferencialmente porções mais altas do intestino delgado

xarles
Download Presentation

Parasitoses intestinais

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Disciplina de Pediatria Bruno Nascimento dos Santos n°12 Parasitoses intestinais

  2. Protozoários

  3. Giardíase • Protozoário flagelado (Giardia lamblia) • Habita preferencialmente porções mais altas do intestino delgado • 2 formas: trofozoítos e cistos ( disseminação, viabilidade de 3 meses em ambientes úmidos e resistentes à cloração) • Transmissão: direta (pessoa a pessoa) ou indireta (ingestão de água ou alimentos crus contaminados) • Cistos: eliminados de forma não constante nas fezes (desaparece de 7 a 10 dias)

  4. Giardíase - epidemiologia • Maior prevalência em grupos sociais com condições precárias de vida • Susceptibilidade à infecção com manifestações clínicas parece decrescer com a idade e aumentar com a carga de parasitas ingerida • Desnutrição primária: etiologia importante para diarréia crônica

  5. Giardíase – quadro clínico • Diarréia aguda autolimitada até diarréia crônica acompanhada ou não de má absorção • Quadro agudo: início abrupto, com fezes líquidas, explosivas e fétidas, distensão abdominal, náuseas, anorexia, vômitos e cólicas abdominais • Quadro crônico: persistência ou recorrência de diarréia leve ou moderada (levando à distensão abdominal e esteatorréia) com períodos de fezes normais ou ressecadas

  6. Giardíase – diagnóstico • Exame microscópico direto das fezes ou fluido jejunal ( trofozoítos e cistos) – coleta de 3 amostras em dias alternados • Detecção de antígenos de G. lamblianas fezes por meio de exames imunoenzimáticos • Entero-Test: cápsula gelatinosa com fio delgado deglutida que permite obtenção de amostras no suco duodenal

  7. Giardíase – tratamento • Assintomáticos não é recomendado (contatos domiciliares com grávidas, em pacientes com hipogamaglobulinemia e fibrose cística) • 1º escolha: metronidazol, tinidazol (dose única, baixa aceitação em suspensão), secnidazol (dose única, melhor aceitação em suspensão) e nimorazol • Quimioterápico furazolidona apresenta índices de cura mais baixos (80%) mas tem um custo menor

  8. Amebíase • 2 gêneros: Entamoebahistolytica (patogênica) e Entamoebadispar (portadores sadios) • Disseminação dependente de fatores de higiene • Transmissão: ingestão de água ou alimentos crus contaminados com cistos da E. histolytica, pessoa a pessoa devido a presença de fezes contaminadas nas mãos, adubo contaminado com fezes humanas e insetos • Doença: causada pelos trofozoítos que habitam porções do íleo e intestino grosso (IG) com eliminação de cistos pelas fezes e contaminação do ambiente • Pode evoluir para forma invasora: destrói parede do IG com destruição de tecidos e formação de úlceras

  9. Amebíase – quadro clínico • Forma mais comum: assintomática (90% das infecções por E. histolyiticae todas por E. dispar) • Colite amebiana não-disentérica: surtos de diarréia alternados com períodos de melhora, quando fezes se tornam normais ou ressecadas • Colite amebiana disentérica: tríade constituida por evacuações frequentes com muco e sangue, cólicas abdominais e tenesmo. Não mais que 10 evacuações/dia. Temperatura normal ou menor que 38°C • Progressão doença: colite fulminante com ulceração de colo e da área perianal e mais raramente, perfuração intestinal • Quadro mais comum em crianças: febre alta, distenção abdominal, irritabilidade e às vezes, taquipnéia e hepatomegalia

  10. Amebíase – diagnóstico • Considerar diagnóstico: diarréia com muco e sangue, abscesso hepático e quadro clínico com febre alta, dor abdominal no QSD e distensão abdominal ou taquipnéia • E. histolyticano exame de fezes ou de fragmentos obtidos por biópsia. Em fezes formadas, pesquisa de cistos • Testes sorológicos: formas invasivas • US e TC: abscessos hepáticos e em outros locais extra-intestinais

  11. Amebíase – tratamento • Etofamida e teclosam: ação direta sobre o protozoário, não são absorvíveis e eficazes na luz intestinal) • Tetraciclina e eritromicina: alteram flora intestinal necessária a sobrevivência sendo eficazes na luz e parede intestinal • Emetina, desidroemetina e cloroquina: luz e parede intestinal além do fígado • Metronidazol, tinidazol e secnidazol: eficácia em todas as localizações

  12. Amebíase – tratamento • Todos pacientes, mesmo assintomáticos devem ser tratados • Colite disentérica ou não disentérica: metronidazol tinidazol ou secnidazole um de ação luminal exclusivo • Abscesso hepático a droga de escolha é metronidazol • Diagnóstico de cura exige confirmação laboratorial

  13. Criptosporidiose • Agente etiológico: Cryptosporidium • Coccídio intracelular que infecta o epitélio gástrico e respiratório e contaminação ocorre por meio de oocistos eliminados nas fezes do homem ou de animais infectados • Transmissão: via fecal-oral, inalação(?) • Resiste à cloração e à filtragem habitual das águas de abastecimento público • Período de incubação: 2 a 14 dias • Até 5 semanas após quadro de diarréia aguda existe eliminação assintomática de oocistos nas fezes

  14. Criptosporidiose – quadro clínico • Diarréia em imunocompetentes é autolimitada e benigna • Alguns casos: febre, vômitos, dor abdominal e desidratação • Quadro clínico tende a ser mais grave em crianças pequenas, nos desnutridos e nos imunodeprimidos • Imunodeprimidos: comprometimento das vias respiratórias, sem diarréias, associada com quadros de tosse, taquipnéia, sibilância, laringite e rouquidão

  15. Criptosporidiose - diagnóstico • Identificação de oocistos nas fezes, escarro, lavado brônquico e na biópsia pulmonar

  16. Criptosporidiose – tratamento • Imunocompetentes: não há medicação específica, apenas fluidoterapia adequada • Imunodeprimidos: hidratação, Paromomicina, Azitromicina (diminuição da eliminação de oocistos nas fezes e melhora do quadro clínico em pacientes com AIDS)

  17. Helmintos

  18. Ancilostomíase • Agentes etiológicos:Ancilostoma duodenale e Necatoramericanus • Jejuno (vilosidades): anticoagulante → sangramento determinando anemia e sintomas intestinais • NecatorAmericanus: via percutânea apenas • Ancilostomaduodenale: também por via oral pela ingestão de ovos ou larvas presentes em água ou alimentos contaminados • Ciclo: larvas penetram pele→ ciclo de Loss (pulmonar) → deglutidas → adultos no duodeno e jejuno • Larvas destruídas por destruídas pelo calor, ressecamento e frio

  19. Ancilostomíase – quadro clínico • Depende do estado de nutrição do indivíduo infectado e da carga parasitária • Leve em bem nutridos: oligossintomáticas • Desnutridos: anemia ferropriva, hipoalbuminemia pela enteropatia com perda de proteína e má absorção • Manifestações agudas: prurido intenso, edema, eritema e erupção papulo vesicular que dura até 2 semanas pela penetração da larva, síndrome de Loeffler (pneumonia intersticial) e ulcerações com hemorragias • Clinicamente: abdominal, diarréia profusa, enterorragia ou melena e anemia (cansaço, sonolência, anorexia, pele descorada, geofagia)

  20. Ancilostomíase – diagnóstico • Diagnóstico laboratorial é feito pelo exame de fezes • Desnutridos: anemia ferropriva, hipoalbuminemia pela enteropatia com perda de proteína e má absorção • Hemograma: anemia microcíticahipocrômica, podendo ocorrer leucocitose com eosinofilia na fase aguda

  21. Ancilostomíase – tratamento • Mebendazol, albendazol e pamoato de pirantel • Tratar anemia (sulfato ferroso) • Esquemas terapêuticos: Mebendazol 100mg/dose, 2 vezes ao dia, durante 3 dias, VO, distante das refeições. Pamoato de pirantel 20 mg/kg/dia, durante 3 dias, VO, dose única. Albendazol criança com mais de 2 anos e adultos: 400mg/dia, VO, dose única. • Controle de cura deve ser feito uma semana após o término do tratamento, com repetição após prazo igual

  22. Ascaridíase • Agente etiológico: Ascaris lumbricoides • Vermes adultos habitam o intestino delgado, jejuno e íleo (ovos) • Contaminação: solo contaminado, em locais de defecação promíscua • Sobrevivem a condições ambientais desfavoráveis (2 anos em T de 5 a 10ºC, por 2 semanas a 22ºC, mas destruídos após exposição a luz solar por 12 h) • Infecção: ingestão de ovos que contêm larvas na fase infectante e que são levados à boca com os alimentos contaminados, legumes e verduras cruas, água ou poeira • Postura ovos após 2 ou 3 meses após infecção

  23. Ascaridíase – manifestações clínicas • Pneumonia intersticial e asma brônquica, com sinais de insuficiência respiratória e sintomas gerais (febre, cefaléia, mal estar) – Sd de Loeffler até tolerância à presença do parasita • Crianças desnutridas: desconforto e dor abdominal vaga ou cólicas em região epigástrica ou periumbilical, acompanhada e náuseas e as vezes, diarréia • Outros sintomas: flatulência, meteorismo, anorexia, digestão difícil, irritabilidade, cefaléia, emagrecimento, manifestações alérgicas e agravamento da desnutrição

  24. Ascaridíase – diagnóstico • Feito facilmente pela identificação do parasita ou de seus ovos o exame de fezes Ascaridíase – tratamento • Escolha: levamisol (não age em outras parasitoses) e albendazol • Ascaridíase e enterobiose: pamoato de pirantel • Parasitoses múltiplas, mebendazol por 3 dias consecutivos • Esquemas terapêuticos: Tetramisol < 2 anos: 40mg, 2-8 anos: 80mg, >8 anos: 150mg, VO, dose única à noite antes de deitar. Pamoato de pirantel: 10mg/kg/dia, VO, dose única, qualquer horário. Mebendazol: 100mg/dose, 2 vezes/dia, durante 3 dias, VO, distante das refeições. Albendazol: Criança > 2 anos e adultos: 400mg/dia, VO, dose única.

  25. Enterobíase (Oxiuríase) • Agente etiológico: Enterobius vermicularis ou Oxiurus vermicularis • Parasitam o ceco, colo ascendente, apêndice e reto • Incidência: condições higiênicas, não dependendo do nível socioeconômico com maior prevalência em pré-escolares e escolares • Transmissão resulta da presença de ovos na região perianal, pois as fêmeas, após fecundação, migram do intestino grosso para reto e ânus, onde depositam ovos já embrionados (noite) – prurido • Após ingestão do ovo, há liberação da larva no duodeno, que alcança o íleo e origina o verme adulto

  26. Enterobíase – manifestações clínicas • Maioria dos casos: assintomática • Dor abdominal, diarréia, náuseas e, raramente, vômitos (fixação do verme à mucosa intestinal) • Reto: evacuações mucossanguinolentas e tenesmo • Principal sintoma: prurido anal e/ou vulvar, favorecendo a auto-infecção acompanhado de irritabilidade e insônia Enterobíase – diagnóstico • Dados epidemiológicos e clínicos, principalmente pela queixa de prurido anal • Swab anal: presença de ovos

  27. Enterobíase – tratamento • Pessoas infectadas da família ou agrupamento institucional • Pamoato de pirvínio, pamoato de pirantel, mebendazol e albendazol • Esquemas terapêuticos: Mebendazol 100mg/dose 2 x/dia por 3 dias VO, distante das refeições Repetir após 2 semanas; Albendazol 400mg/dia VO dose única para maiores de 2 anos. repetir após 2 semanas; Pamoato de Pirantel 10 mg/kg/dia VO dose única. repetir após 2 semanas; Pamoato de pirvínio 10mg/kg/dia, VO, dose única, pela manhã. Repetir após 2 semanas • Controle: uma semana após o término da medicação, repetindo-se outro exame dentro de uma semana

  28. Estrongiloidíase • Agente etiológico:Strongyloides stercoralis • Brasil: taxa média de prevalência é de 20 % • Infecção: penetração ativa de larvas filarióides (forma infectante) através da pele que, após atingir a circulação, realizam ciclo de Loss e após deglutidas habitarão a mucosa duodenal e jejunal • Pode ocorrer a penetração da larva ainda nos segmentos inferiores do cólon (auto-infecção interna) ou na região perianal (auto-intecção externa) • As larvas (rompimento de ovos fecundados) são liberadas ainda no intestino e alcançam o meio externo com as fezes

  29. Estrongiloidíase – quadro clínico • Formas assintomáticas até agudas sintomáticas e crônicas hiperinfecciosas – disseminação larvária por todo o organismo (imunodeprimidos) • Manifestações cutâneas: geralmente despercebidas • Manifestações gastrointestinais: diarréia ou disenteria crônica, acompanhadas de dor abdominal epigástrica e queimação • Formas graves: alteração da mucosa intestinal, diarréia grave e esteatorréia (má absorção) Estrongiloidíase – diagnóstico • Pesquisa de larvas nas fezes • Teste sorológico de IgG específica para o verme (cuidado com falsos positivos)

  30. Estrongiloidíase – tratamento • Todos os indivíduos com estrongiloidíase (principalmente antes de tratamento imunossupressor) • Tiabendazol, o cambendazol e o albendazol • Esquemas terapêuticos: Albendazol 400mg/dia VO por 3 dias para maiores de 2 anos; Cambendazol 5mg/kg/dia VO dose única; Tiabendazol 25-50mg/kg/dia VO após refeições 2x/dia por 2 dias (na hiperinfecção, tratamento mais prolongado) • Como a eliminação das larvas é cíclica, o controle de cura deve ser feito por meio de pelo menos 3 exames negativos, 7, 14 e 21 dias após o término do tratamento

  31. Teniase • Agente etiológico:Taeniasolium (porco) e Taeniasaginata(boi) • Ingestão de carne crua ou malcozida contendo cisticercos que representam as formas larvárias dos parasitas • Parasitas: intestino delgado • Ingestão dos ovos de Taeniasolium pode causar cisticercose no homem podendo levar a quadros neurológicos graves • Homem contamina o ambiente e os animais infectam-se ao ingerir os ovos (hospedeiros intermediários) provenientes dos proglotes grávidos

  32. Teniase – quadro clínico • Sintomatologia: escassa na maioria dos casos • Queixa mais frequente é o desconforto causado pela migração de proglotes pelo ânus (saginata) ou o encontro de vermes pequenos e chatos nas fezes • Podem ocorrer náuseas, vômitos e diarréia. também podemos ter alteração do apetite (fome exagerada ou inapetência), perda de peso, astenia ou irritabilidade Teniase – diagnóstico • Pesquisa de ovos ou proglotes nas fezes • Importante se confirmar a espécie da tênia pelo risco do portador da T. solium desenvolver cisticercose por auto-infecção

  33. Teniase – tratamento • Praziquantel é a droga de primeira escolha • Esquema terapêutico: Praziquantel 100mg/kg dose única; Mebendazol 200mg/dose 2 x/dia por 4 dias VO (contra-indicado para menores de 1 ano); Albendazol 400mg/dia VO por 3 dias para maiores de 2 anos • Orientar para observar se há eliminação de proglotes por 5 semanas (T. solium) ou por 3 meses (T. saginata) para se verificar a cura

  34. Tricocefalíase • Agente etiológico:Tricocephalus trichiurus • Localiza-se no intestino grosso, ceco, colo ascendente, apêndice e última porção do íleo • Prevalência maior em regiões quentes e úmidas e acomete preferencialmente escolares • Infecção ocorre pela ingestão de ovos embrionados que se desenvolvem no solo e contaminam alimentos, água, mãos e objetos • Os ovos são eliminados com as fezes para o meio ambiente onde as larvas infectantes se desenvolvem dentro dos ovos, após 3 semanas

  35. Tricocefalíase – quadro clínico • Diarréia crônica é o quadro mais frequente (deficiência de reabsorção de água no cólon) • Variadas e dependem da intensidade da infecção, variando desde quadro assintomático ou manifestações digestivas vagas e pouco características, até os casos graves com diarréia crônica, disenteria, enterorragia, anemia microcíticahipocrômica e prolapso retal • Anorexia, insônia, apatia, irritabilidade e sintomas alérgicos Tricocefalíase – diagnóstico • Demonstração de ovos nas fezes, ou em caso de prolapso retal com os vermes aderidos à mucosa, como fios de linha

  36. Tricocefalíase – tratamento • Esquemas terapêuticos: Pamoato de oxipirantel 6 a 8 mg/kg/dia, VO, dose única, após refeição. Mebendazol 100mg/dose, 2 vezes por dia, durante 3 dias, VO, após período de jejum. Albendazol crianças > 2 anos, 400mg/dia, VO • O controle de cura deve ser feito uma semana após o término do tratamento e repetido dentro de mais uma semana

  37. Referências bibliográficas Pediatria Básica: pediatria clínica geral, tomo II. MARCONDES, Eduardo et al. – 9ª edição – São Paulo: SARVIER, 2003

More Related