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CSO 089 – Sociologia das Artes

CSO 089 – Sociologia das Artes. Aula 4 – 26/03/2012 dmitri.fernandes@ufjf.edu.br www.auladesociologia.wordpress.com. Gyorgy Lukács – Introdução aos escritos estéticos de Marx e Engels – pp. 100-119.

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  1. CSO 089 – Sociologia das Artes Aula 4 – 26/03/2012 dmitri.fernandes@ufjf.edu.br www.auladesociologia.wordpress.com

  2. GyorgyLukács – Introduçãoaosescritosestéticos de Marx e Engels – pp. 100-119 • Problema: Escritorburguêsdá as costasàsquestõesessenciaisquandoidentificado com suaclasse (Eugène Sue). • Arte adapatada à superfície da sociedadecapitalistadeforma e falseia a realidade. • Mas o que é essa “realidade” quedeveserbuscada? Seusentido é estético? É histórico? É social?

  3. Validade “eterna” de umaobra? • Marx se questionaqualelementonosdeleitariaaolermosumaepopéiagregahoje. • Solução de Marx suscitadoisgrandescomplexos a seremmaisbemesclarecidos: 1 – qualsentido a significação do mundorepresentadopela arte possui no conjunto da evoluçãohumana? 2 – Qual o posicionamento do artista, o sujeito da representação, nessaevolução?

  4. Reflexo da Realidade • No materialismodialético a realidadeexisteindependentemente dos homens, devendoserapreendidapormeio de umatomada da consciência do sujeito (Kant, Hegel e Marx). • Criaçãoartística se inserenestemodo de apreensão, pois é forma de reflexo do mundo exterior naconsciência do artista. • Hápeculiaridadesprópriasaomundo da arte, no entanto, quedevemserressaltadas, leis que a distinguem de outrasformas de reflexo.

  5. Teoria do reflexo • Existedesdeosgregos: Mímesis, ouseja, representação do mundo. • Meta de quasetodososgrandesartistasfoireproduçãoartística da realidadeemsuaintegridade e totalidade. • EstéticaMarxista, paraLukács, devesercontráriaaovanguardismo (renúnciaaopassado). Deveincorporarconjunto de valoresreaisdesenvolvidosnahistória da humanidade, esclarecendoconceitose aspiraçõespretéritasem novo patamar.

  6. Realidade “representada” paraLukács • Cerne da estéticamarxista é conceito de “realismo”. • Não é a superfície dos fatos, soma de eventoscasuais e momentâneos, a representaçãoepidérmica e fotográfica da realidade (naturalismo). • Tampouco é formalismo, ouseja, um idealismoqueeleva as formasartísticas da arte à autonomiacompleta(estilizacãolivre do real).

  7. Abismo da teoriaestéticaburguesa: fenômeno X essência. • Maneira anti-dialética de enxergar o mundoseparaosdoisconceitoscomo se fossemcategoriasdistintas. • Unsforçammais a visãofenomênica, outros a essencial. Estacionamnaantítese, semsíntese (arte medieval, impressionista e naturalista, porexemplo).

  8. Dialética entre essência e fenômeno. • Ambos sãomomentos da realidadeobjetiva, manifestaçõesinextricáveisproduzidospelarealidade, nãopelaconsciência. • Realidade, no entantoapresentadiversosgraus: fugaz, epidérmica, instantânea, tendênciais, duradoura. • Essênciaestáticacontraposta a um fenômeno, após a visãodialética, transforma-se em um fenômenoligado à outraessência, e assimaoinfinito.

  9. Verdadeira arte • Aprofunda a captação da vidaaomáximoemsuatotalidadeonidirecional. • Apreende o momentoemque o fenômeno se manifestanaessência e emque a essência se revela no fenômeno. • “A verdadeira arte, portanto, fornecesempre um quadro de conjunto da vidahumana, representando-a no seumovimento, nasuaevolução e desenvolvimento” p. 105. • “A arte devetornarsensível a essência” p. 107.

  10. Arte x Ciência • Ciênciaidentifica e sistematiza leis abstratasqueregulaminteração entre fenômeno e essência. • A arte conduz à intuiçãopelasensibilidadedessemovimentocomounidade viva. • Categoriaqueesclarece o modoespecífico de apreensãoartística da realidadeemcontraposição a outros modos é o de tipo.

  11. Tipo • Ultrapassavisão de quefenômeno é único. • Ultrapassaconceitos de gênero, média, generalizaçãoidealizante. • No tipoconvergemtodosostraços da unidadedinâmicaqueatatodas as contradições de determinadasociedade. • O eterno e o determinado, o concreto e a lei, o indivíduo e o momento social universal: aqui reside o tipo, o eloexpressivoquedávida a taiscategorias.

  12. Individualidade e Realismo. • Háautonomia do artista no projetomarxista, dado queeledeveapenasexpressar a essência da realidadequeexiste for a dele, e nãocriaruma nova realidade? • Segundo Lukács, sim, pois o artistade qualidadelogratornarsensível de maneiraindividualizada (subjetiva) o processo social universal (objetivo). • Tornaracessíveltalprocessogeralpormeio de uma forma específica: eis a tarefagloriosa do artista, o processo de subjetivação da objetividade.

  13. Posicionamento do Artista • Artista é investigador da direção dos processossociais. Eledeve, portanto, definir o caráter de taisprocessos. Não é investigadorpassivo. • Representação da realidadecontémopiniões, desejos, aspirações: não é merosuporte. • O que é distinto de utilizar a arte paraafirmara priori o que é oucomodeveser a realidade (arte de tendência). • Tendênciadeve se manifestar da essênciaartística da obra, ouseja, da realidadeemsi, da qual a arte é o reflexodialético.

  14. Artistadeve, portanto, assumirapaixonadamenteposiçãoperantegrandesquestões do gênerohumano. • Sóassim se distingue o que é essencial do não-essencial, do ornamental na arte. • Deve-se amar o progresso, o bem, e repelir a reação e o mal. • E comoencarargrandesartistasrealistasreacionários?

  15. Honoré de Balzac (1799-1850) • Honestidadeestéticaincorruptível, isenta de vaidade. • Apóspesquisasaprofundadas e cansativas Balzac aproximou-se do real efetivo, o quecolocousuapersonalidadeemsegundoplano. • Deixa-se envolveratéàsúltimasconsequências com a realidadeessencialdescoberta, aindaqueelaconfrontesuasconvicçõespolíticasretrógradas. • Contradições da ordemcapitalistasãotrabalhadasemsuaessêncianesteautor.

  16. Triunfo do realismo • “Só se realiza o triunfo do realismoquandoartistasefetivamentegrandesestabelecemumarelaçãoprofunda e séria, aindaquenãoconscientementereconhecida, com umacorrenteprogressista da evoluçãohumana”. P. 115. • Devehaver a salvaguarda da integridade do homem. • “Grandezaartística, realismoautêntico e humanismosãosempreindissoluvelmenteinterligados”. p. 115.

  17. Humanismo de Marx e Engels • Difere do meroidealismo, quepretenderesgatar a essênciahumanapormeio de ideais. • Difere do romantismoou de movimentospassadistas, quepretendemvoltar a um tempo “idílico”. • “só a concepçãomaterialista da história é capaz de reconhecerque (…) a dilaceração e a mutilação da integridadehumana é apenas a consequênciainevitável da estruturaeconômica, material da sociedade”. P. 116.

  18. E qualessaestrutura? • Divisão do trabalhonassociedades de classe • Cisão entre cidade e campo • Divisão entre trabalhofísico e intelectual • Exploração do homempelohomem • Fragmentação do trabalhonaordemcapitalista e anti-humana de produção.

  19. Sociedadesocialista X capitalista • Na sociedadecapitalistatodosossentidoshumanossãoresumidos, dilacerados e desumanizadospeloato de possuir(absolutapobrezahumana). • Na sociedadesocialista, após a abolição da propriedadeprivada, haverá a emancipação dos sentidos, das faculdadeshumanasoutroraaprisionadas no sistemacapitalista. O sentidoobjetivohumanoencontra o subjetivo.

  20. Visão de totalidade da estéticamarxista • “se estaconcepçãopenetranasraízesmaisprofundamenteentranhadas no solo, nemporissonega a beleza das flores. Aocontrário, é a concepçãomaterialista da história, a est;eticamarxista, e somenteela, queforneceosinstrumentosparaumajustacompreensãodesteprocessonasuaunidade, nasuaorgânicaconexõ entre raízes e flores”. P. 117.

  21. Juízoestético e juízohistórico • Agora se compreendeporqueainda se lêem as epopéias com emoção. • Nãoháseparação entre juízoest;etico e histórico: exiteumaunidadeindissolúvel entre a análisematerialistahistórica, quedêconta do processohistórico, e o posicionamento da obraemseu interior. • Desseponto de vista irrompe o valor estético da obra.

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