1 / 33

Liga acadêmica de Clinica Médica

Liga acadêmica de Clinica Médica. Aluno: Nátilla Francine Dias 5º período – Medicina Funorte Outubro/2013. CASO CLINICO. ID:  CCS, 28 anos, feminina, faxineira de escola, negra, natural e procedente de São Paulo, solteira. Q.P. :  alteração na pele desde janeiro 2013.

telma
Download Presentation

Liga acadêmica de Clinica Médica

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Liga acadêmica de Clinica Médica Aluno: Nátilla Francine Dias 5º período – Medicina Funorte Outubro/2013

  2. CASO CLINICO • ID: CCS, 28 anos, feminina, faxineira de escola, negra, natural e procedente de São Paulo, solteira. • Q.P. : alteração na pele desde janeiro 2013. • HMA: paciente refere que por volta de janeiro de 2013, quando estava gestante de 4 – 5 semanas, iniciou quadro de descamação da pele em membros superiores, associado a prurido importante. Refere que durante a gestação esse quadro progrediu para outras partes do corpo, e no final da gestação (que foi acompanhada por 9 consultas de pré natal) notou aparecimento de edema em membros inferiores. Há dois meses, após um parto prematuro,tais sintomas se intensificaram e a paciente notou um espessamento da pele de forma difusa.

  3. ANTECEDENTES • PESSOAIS:Nega HAS, nega DM, nega outras doençasG5P5, todos normais, um prematuro (Último).Nega hipertensão durante a gestação.Refere 2 parceiros sexuais, nega internações, ou cirurgias, nega tabagismo, etilismo, ou uso de drogas ilícitas. • FAMILIARES:ndn

  4. ISDA: • Geral: refere adinamia, fraqueza muscular há dois meses, sem febre. • Cab/pesc: refere dificuldade para se alimentar por diminuição da abertura da boca; refere queda de cabelo de pequena quantidade; refere borramento visual há dois dias. • Cardio/resp: nega dispnéia, nega tosse, nega precordialgia, nega taquicardia. • TGI: refere pirose e empachamento pós prandial desde a gestação. • TGU: diminuição importante da diurese há 15 dias. • Pele e anexos:há 2 meses palidez nos dedos das mãos associados ao frio.

  5. HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS????????

  6. Exame Físico: • Geral: REG, descorada ++/4, acianótica, anictérica, afebril PA 170/110 FC:90 • Cab/pesc.: sem linfonodomegalia, sem estase jugular, diminuição da abertura oral, com cavidade oral sem alterações a não ser pelo mal estado de conservação dos dentes. F.O.:retinopatia hipertensiva severa, exudatos algodonosos e descolamento de retina em área da mácula. • Cardio: ritmo cardíaco regular, com Bulhas normofonéticas em 2 tempos, sem ausculta de atrito pericárdico.

  7. Resp.:expansibilidade um pouco diminuída de forma simétrica, eupneica com FR:16, ausculta com MV presentes, simétricos e diminuídos em bases bilateralmente sem ruídos adventícios. • ABD.: plano, normotenso, RHA+, sem VMG. • Pele: espessamento cutâneo difuso (membros superiores, inferiores e tronco), com áreas de leucomelanodermia, perda do pregueamento, perda de linhas naturais da pele. • Osteoart: esclerodactilia, postura de flexão dos dedos das mãos; postura em flexão dos cotovelos, punhos, ombros, e joelhos com diminuição da amplitude de movimento. • Neuro: orientada no tempo e espaço, com Força muscular G IV globalmente.

  8. SUGESTÕES PARA DIAGNÓSTICO?????????????

  9. Exames Complementares: • Exames de entrada:HB: 9,2( 12- 16g/dl) Htc: 29(35-47%)plaq: 209.000leuco: 9100(0-73)Na: 138 (135-145) K: 3,7(3,5-5)Creat: 5,8( mulher – 0,6 a 1,2 mg/dl)U: 94(15 a 40 mg/dl)urina tipo 1 : ++proteinúria

  10. Radiografia de Toráx

  11. Evolução: Paciente evoluiu com controle dos níveis pressóricos com 200mg dia de I-ECA (captopril) além de 40mg de nifedipina. Necessitou de diálise, por aumento de escórias. Está no momento em programa de hemodiálise.

  12. HIPÓTESE DIAGNÓSTICA: Esclerodermia sistêmica difusa   -Crise renal esclerodérmica

  13. 1.INTRODUÇÃO • Doença sistêmica Crônica que acomete tecido conjuntivo presente na pele, pulmões, coração, vias gastrointestinais, rins e sistema musculoesqueléticas. • É marcada por: 1) fibrose tecidual; 2) vasculopatia de pequenos vasos ; 3) resposta auto imune específica . • É de 3 a 14 vezes mais frequente em mulheres do que em homens. • Ocorre em todas as faixas etárias, mas o pico de incidência ocorre na vida adulta dos 35 aos 54 anos.

  14. 2. Classificação • ESCLERODERMIA CUTÂNEA LIMITADA – Alterações cutâneas ficam restritas a face, pescoço, áreas distais do cotovelo, joelho. Segue curso benigno. pode se apresentar na forma CREST (calcinoses, fenômeno de Raynaud, doença esofágica, esclerodactilia e telangiectasias). anticorpo anticentrômero no soro. • ESCLERODERMIA CUTÂNEA DIFUSA – Envolvimento cutâneo disseminado, incluindo áreas proximais dos cotovelos, joelhos e tronco.Evolução agressiva, maior prevalência de fibrose pulmonar, acometimento precoce de órgãos internos e à presença do anticorpo antitopoisomerase I (anti-Scl-70) no soro.

  15. 3. ETIOPATOGÊNESE FATORES ENVOLVIDOS: Imunólogicos, genéticos, ambientais, ativação endotelial e fibrose. Imunólogicos: resposta imune estimulada por auto-antigenos e dependente de cel.TCD4 e TCD8 encontrados em números anormais e relacionados ao processo inflamatório. Tem se detectado auto-anticorpos: anticentromero, antitopoisomeraseI(anti-Scl70), antiRNApolimerase(I,II,III), antifibrilarina,anti-Th. Ativação endotelial: disfunção caracterizada pelo aumento da permeabilidade e vasorreatividade, aumento da expressão de moleculas de adesão, ativação plaquetaria e diminuição de NO, levando a isquemia dos orgão afetados.

  16. Fibrose: resultante da produção excessiva de colágeno e outras moleculas extracelulares. Diversas citocinas como TGF-B, PDGF, interleucinas 1 e 2 ativam fibroblastos ,alterando sua genética, a produzir colágeno tipo I e III. • Fatores genéticos: é controverso a associação com antigenos de histocompatibilidade HLA II. • Fatores ambientais: solventes organicos(ex: benzeno), silica, silicone, drogas(ex: inibidores do apetite).

  17. 4.Manifestação clinica • PELE:. Fases: 1) fase edematosa: edema difuso, inicialmente em mãos e pés; eritema cutâneo e prurido intenso. • 2) fase indurativa: endurecimento progressivo da pele e regressão do edema. • 3) fase atrófica: espessamento cutaneoassentuado, levando a retraçoestendineas e contraturas em flexão. pele espessada, não- depressivel, não- pregueavel.

  18. Calcinose e telangectasias – presente na esclerodermia limitada. • Leucomelanodermia- hipo e hiperpigmentação em areas expostas ao sol. • Ulceras cutâneas – em polpas digitais , cotovelos, joelhos e tornozelos.

  19. microstomia contratura em flexão de dedos

  20. Gangrena leucomelanodermia

  21. Raynaud 1º Raynaud 2º

  22. Telangectasias Calcinose

  23. VASCULAR: fenômeno de Raynaud mais frequente manifestação. Caracteriza-se por uma isquemia digital provocada pelo frio ou emoçao, sendo que a palidez reflete o vasoespasmo, a cianose reflete a hipoxia e o rubor é causado pela hiperemia reativa. Progressão da doença = aparecimento de ulceras isquemicas. • ARTICULAR: Poliartralgia, Poliartrite e Tenossinovitesmanifestaçoes do inicio da doença; com evolução, contraturas em flexão em dedos das mãos podem ocorrer. • MUSCÚLO ESQUELETICO: Dor , rigidez e desconforto muscular difuso presente na fase inicial. Fraqueza muscular ou astenia ( causada pela atrofia).

  24. TGI: Observado em mais de 90% dos pacientes. Mastigação dificil devido a abertura oral diminuida e saúde dental precária.Envolvimento esofágico é o mais frequente e associado a sintomas como: pirose, regurgitação e disfagia. Em 60 a 80% dos casos observa no esofagograma a diminuição do peristaltismo em 2/3 inferiores do esôfago podendo levar a uma esofagite crônica. O esvaziamento gástrico retardado causa saciedade precoce, anorexia ou sensação de distensão abdominal. No intestino, pode-se observar má absorção devido a dilatação e atonia intestinais , cursando com diarréia. E no Intes.Grosso, pode ter constipação devido a lentidão da motilidade colônica.

  25. PULMÕES: principal causa de óbito. A lesão pulmonar resulta: 1) doença pulmonar restritiva – dispnéia progressiva aos esforços,tosse seca e dor pleurítica. Cursa com estertores em bases ao exame fisico e evolui a COR PULMONALE. Hipertensão pulmonar aparece na ES limitada, cursa com dispnéia evoluindo para Insuficiência cardíaca direita. • CORAÇÃO: clinicamente pode aparecer em 5 a 20% , sendo o acometimento sintomático fator de mau prognóstico com mortalidade em 60% em 2 anos. Manifesta-se como pericardite, miocardite e arritmia.

  26. RINS: A crise renal esclerodérmica é mais grave manifestação visceral da ES, acometendo mais pacientes com ES difusa nos primeiros 5 anos. Caracteriza-se por inicio abrupto de HAS grave, acompanhada insuficiência renal , hematuria, proteinuria , retinopatia, convulsões, anemia hemolítica. • HISTÓRIA GINECÓLOGICA: gestações após inicio da doença revela aumento da incidência de partos prematuros. Maior incidência de anormalidades do trato genital( secura vaginal, dispareunia). Na ES difusa nos primeiros 5 anos deve alertar para o uso de ACO, pois é a fase em que podem se iniciar manifestações viscerais graves.

  27. 5. DIAGNÓSTICO • A orientação diagnóstica na ES para doença estabelecida é baseada nos critérios do Colégio Americano de Reumatologia (AmericanCollegeofRheumatology – ACR, que classifica o paciente de ES na presença do critério maior ou 2 dos critérios menores: • - Critério maior: fibrose simétrica da pele proximal às metacarpofalangenas ou metatarsofalangeanas; • - Critérios menores: 2 ou mais das seguintes manifestações: esclerodactilia; úlceras ou microcicatrizes ou perda de substância das polpas digitais; fibrose pulmonar bilateral. Embora apresentem altas sensibilidade e especificidade diagnósticas, estes critérios não detectam adequadamente pacientes com doença inicial. Neste sentido, LeRoy e Medsger propuseram critérios para o diagnóstico de formas iniciais de ES : - evidência objetiva (observada pelo médico)de fenômeno de Raynaud mais padrão SD (scleroderma) na capilaroscopiaperiungueal (CPU) ou auto-anticorpos específicos para ES; ou - evidência subjetiva (na anamnese) de fenômeno de Raynaud mais padrão SD na CPU e autoanticorpos específicos para ES. Atualmente, grupos internacionais estão desenvolvendo critérios de classificação diagnóstica de ES inicial com a inclusão de exames laboratoriais e de imagem, porém ainda sem validação na prática clínica.

  28. EXAMES: • AUTO-ANTICORPOS • CAPILAROSCOPIA PERIUNGUEAL - especificidade 92% e sensibilidade 94%. Equipamentos: estereomicroscópico – videocapilaroscópio – dermatoscópio(100%especifico). • Permite diagnóstico precoce • Avalia gravidade • Prognóstico.

  29. 6. TRATAMENTO • De maneira geral, as drogas podem se divididas em antifibróticos, drogas vasoativas, imunossupressores e estimuladores da motilidade.

  30. Ciclofosfamida: redução da progressão da fibrose pulmonar e cutânea. • - Metotrexato: melhora dos escores de pele. • - Sildenafila: melhora do FR e cicatrização e diminuição do número de úlceras digitais isquêmicas. • - Captopril: normalização da pressão arterial e da função renal. • - Nifedipina: diminuição das frequência e gravidade de ataques isquêmicos relacionados ao FR • - Penicilamina: melhora das manifestações cutâneas da ES inicial (difusa) quando doença estável. • - Azatiopriona: redução da progressão da fibrose pulmonar. • - Metoclopramida: melhora da motilidade esofágica e plenitude gástrica. • - Omeprazol: melhora de refluxo gastroesofágico.

  31. 7. REFERÊNCIAS: • Tratado de medicina interna- Cecil – 23ed • Protocolo clinico e diretrizes terapêuticas – esclerose sistemica – 2012- ministério da saúde. • Reumatologia – diagnóstico e tratamento – 3ed marco antônio carvalho. • Recomendações sobre diagnóstico e tratamento da esclerose sistêmica – R E V. B R A S. R E U M AT O L. 2 0 1 3 ; 5 3 ( 3 ) : 2 5 8 – 2 7 5.

  32. FIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

More Related