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O que é cultura?

O que é cultura?. Cultura. Cultura (do latim cultura , cultivar o solo, cuidar) é um termo com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e especificidade " Cultura é como uma lente, através do qual o homem vê o mundo” (R. Benedict). O que é Cultura.

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O que é cultura?

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Presentation Transcript


  1. O que é cultura?

  2. Cultura • Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e especificidade • "Cultura é como uma lente, através do qual o homem vê o mundo” (R. Benedict)

  3. O que é Cultura • 1.1 . Explicação Biológica – Cultura é normalmente uma criação especial de organismos ( em geral microscópicos) para fins determinados. • Cultura Erudita - No dia-a-dia das sociedades civilizadas (especialmente a sociedade ocidental) costuma ser associada à aquisição de conhecimentos e práticas de vida reconhecidas como melhores, superiores, ou seja, erudição; este sentido normalmente se associa ao que é também descrito como “alta cultura” ou Cultura Erudita, é empregado apenas no singular (não existem culturas, apenas uma cultura ideal, à qual os homens indistintamente devem se enquadrar). • 1.2 – Antropologia - “Cultura é ... este todo complexo que inclui conhecimentos crenças, arte, moral, leis costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade". (E. Tylor)

  4. Cultura • 1.3. Cultura popular – corresponde as formas de organização de um povo, seus costumes e tradições, transmitidas de geração para geração. É a identidade de um povo. • 1.4. Cultura Simbólica - O uso de abstração é uma característica do que é cultura: os elementos culturais só existem na mente das pessoas, em seus símbolos tais como padrões artísticos e mitos. • 1.5. Cultura Material – Estudo de produtos culturais concretos (obras de arte, escritos, ferramentas etc)

  5. Cultura • 1.6. Sociedade. Toda cultura precisa de uma sociedade para se desenvolver. E a sociedade tem apenas uma única cultura? • Devemos falar de uma só cultura ou de muitas culturas? Mesmo dentro de um país, existe uma cultura homogênea, ou várias culturas que se sobrepõem, coexistindo lado a lado? • Na verdade, basta olhar ao nosso redor para sabermos que há muitas culturas dentro de cada país. No caso do Brasil, temos contribuições culturais da colonização pelos portugueses, dos povos indígenas que habitavam estas terras, dos africanos que foram trazidos como escravos, dos imigrantes italianos, alemães, japoneses, coreanos. O que mantém a unidade, entretanto, entre essas várias culturas é a ocupação de um mesmo território, o uso da mesma língua, o compartilhamento de uma mesma história nacional. • É possível, entretanto, falar também de cultura caipira, cultura rural, cultura sertaneja, cultura urbana, cultura nordestina, cultura paulista, cultura carioca e assim por diante, apenas considerando a diversidade geográfica do país e os diferentes tipos de vida de cada um desses grupos. (MARTINS,Maria Helena Pires)

  6. Cultura • 1.6. Sociedade. • A sociedade então é a base para uma cultura • A cultura só se desenvolve com a interação social • 1.7. Paidéia • Falar da Paidéia Grega • A participação cultural dá-se inicialmente através da educação (Paidéia Grega) onde jovens membros de uma sociedade aprendem o que é esperado deles. • 1.8. Cultura • Aprende-se cultura de modo não instintivo. As crianças tem a propensão de aprender com mais facilidade. Já falando dos adultos, é quase impossível integrar completamente um estrangeiro numa nova cultura.

  7. Cultura 2.Vantagens da Cultura: 2.1. Mecanismo adaptativo Mecanismo Cumulativo 2.2.Consequências • Agricultura X Aumento da população Mudanças Culturais Com o mecanismo adaptativo e cumulativo a cultura sofre mudanças: • Invenção (introdução de novos conceitos) • Difusão, de conceitos a partir de outras culturas. • Aculturação, quando algo é imposto. • Transculturação quando algo é feito de comum acordo. As mudanças geralmente acarretam resistências.

  8. Cultura 2.3. Percepção: A percepção da cultura é difícil para o ser humano comum. Imerso na sua própria cultua, ele tende a encarar as escolhas como naturais, seus padrões culturais como os mais racionais e ajustados para a boa vida. Quando muito percebe que algo é inadequado ou poderia ser de outra forma. O que permite uma percepção cultural mais intensa é o contato com outras culturas. 2.4. Etnocentrismo - tendência natural de rejeitar outra cultura como inferior ou inatural. É uma barreira que ao mesmo tempo que preserva a identidade cultura prejudica o entendimento e relação com outras culturas.

  9. Tudo é cultura? Sim e não, dependendo de usarmos o conceito amplo de cultura ou o conceito restrito. Considerando o conceito mais amplo, cultura é o modo como os seres humanos transformam a natureza para atender às suas próprias necessidades básicas de sobrevivência e criam novas necessidades e desejos simbólicos. O ser humano, ao contrário dos animais, não vive de acordo com seus instintos, isto é, regido por leis biológicas, invariáveis para toda a espécie, mas a partir da sua capacidade de pensar a realidade que o circunda e de construir significados para a natureza.A essa construção simbólica, que vai guiar toda ação humana, dá-se o nome de cultura. (MARTINS,Maria Helena Pires)

  10. Tudo é cultura? A cultura, nesse sentido amplo, engloba a língua que falamos, as idéias de um grupo, as crenças, os costumes, os códigos, as instituições, as ferramentas, a arte, a religião, a ciência, enfim, toda as esferas da atividade humana. Os rituais de namoro e casamento, os usos referentes à alimentação (o que se come, como se come), o tipo de roupa que vestimos, a língua que falamos, as palavras de nosso vocabulário, tudo isso é regulado pela cultura à qual pertencemos. Deste ponto de vista, portanto, podemos dizer que tudo o que faz parte do mundo humano é cultura. (MARTINS,Maria Helena Pires)

  11. Tudo é cultura? Mas também se usa o termo cultura para referir-se apenas a alguns aspectos da produção humana, ligados às diferentes práticas artísticas: pintura, dança, música, teatro, literatura, cinema, vídeo, escultura. Nesse sentido, então, nem tudo é obra de cultura e é necessário estabelecer distinções entre o que é cultura e o que é entretenimento ou diversão.

  12. Arte e entretenimento • Uma obra de arte nos traz um novo conhecimento de mundo. Esse conhecimento não é lógico e racional, mas intuitivo, concreto e imediato, na medida em que nos faz compreender um sentimento de mundo. • Pensando por exemplo num vaso grego, podemos perceber que ele nos transmite o sentimento de um mundo simétrico, proporcional, razoavelmente estável e seguro. Vaso grego do século V a.C., com figura de um cantor

  13. Já uma obra de arte contemporânea, como Guernica, de Pablo Picasso, mostrando a destruição da guerra, nos traz o sentimento de um mundo desordenado, torto, inseguro. • Um exemplo mais próximo, o videoclipe, revela a velocidade da vida contemporânea (com mudanças bruscas de cena), a fragmentação e a falta de sentido aparente.

  14. A obra de arte, para ter esse efeito sobre nós, apresenta um modo novo de ver a realidade, porque ela não se refere necessariamente ao que de fato existe. A arte não representa o mundo como ele é, mas como poderia ser. • Para isso, ela inova em termos de materiais – por exemplo, uma escultura hoje pode ser construída a partir da luz e não de materiais tradicionais como a madeira, a pedra ou o metal; ou uma obra "desenhada" com cortes sobre a tela, em vez da tinta. Inova em temas, inova em estilos e linguagens, cria novos códigos para ser fiel à sua função de evocar um sentimento de mundo. • A arte não tem a obrigação de explicar nada, não é um discurso lógico e, nesse sentido, não explica nada por conceitos. Ela nos faz sentir, por meio de uma obra concreta, uma possibilidade do mundo entrevista pelo artista. Ela nos traz a compreensão de certos aspectos do mundo. • Texto Edgar Morin – Cabeça bem feita Ninfeias, de Monet

  15. Entretenimento • Um produto para o entretenimento e diversão, ao contrário, é repetitivo, só confirma o que já sabemos, ajuda-nos a passar o tempo de uma forma agradável, sem que precisemos engajar nossa sensibilidade, nossos sentimentos ou nossa inteligência na sua interpretação. • Ele reforça os valores da cultura em sentido amplo: sabemos de antemão que os maus serão punidos, os bons recompensados, a personagem principal não vai morrer no fim da história, e todos os problemas serão resolvidos a contento, a fim de não provocarem angústias e dúvidas a respeito da vida e do mundo. Esses produtos apaziguam, não criam polêmicas, não nos obrigam a mudar de atitude ou modo de ser e pensar. • Eles são construídos respeitando e reafirmando os códigos da cultura dentro da qual são criados. Por isso mesmo, têm o poder de entreter e divertir. (Martins)

  16. Cultura contemporânea • A cultura contemporânea, também chamada de pós-moderna, caracteriza-se pela flexibilização das fronteiras entre erudito e popular, tradição e novidade, cultura letrada e cultura oral, cultura regional e cultura global, cultura dominante e cultura dominada. • Caracteriza-se também pela fragmentação entre múltiplas afiliações, preferências, papéis sociais, etnias, gêneros e assim por diante.

  17. Cultura do entretenimento • A cultura do entretenimento, ao oferecer o mundo como espetáculo constante, a ser consumido e descartado a cada novo momento, propicia a falta de reflexão, a imitação de padrões às vezes inadequados às necessidades sociais do grupo ou pessoais, a confusão entre realidade e ficção. • Como exemplo, podemos citar a eleição a cargos públicos de tantos profissionais do entretenimento, sejam eles cantores, atores de cinema, ou apresentadores de programas sensacionalistas de rádio ou de televisão.

  18. A publicidade também projeta, por meio de imagens e trilhas sonoras, aquilo que gostaríamos de ser, mesmo que não o sejamos. Sempre se pode usar o produto, em lugar da qualidade anunciada. E, nessa tarefa, a moda também ajuda a projetar a imagem que se faz de si mesmo ou que gostaríamos que os outros fizessem de nós. • O que não se pode esquecer, entretanto, é que a imagem, apesar de mais concreta do que a palavra, é certamente mais ambígua, e seu sentido precisa ser interpretado com cuidado. A imagem se apresenta no espaço e pode ser percebida em um relance, em um instante.

  19. Depoimento Segue o depoimento aleatório de uma pessoa na época que ocorreu tal fato: “ Uma operadora de telemóveis italiana chamada TER há algumas semanas colocou exaustivamente por toda a cidade de Milão centenas de outdoors gigantescos onde figuravam 3 raparigas (o cliché da loira, morena e arruivada), em trajes ousados, promovendo este novo tarifário que se chamava COSTO ZERO. Ora, um dos slogans utilizados era justamente "TRE A COSTO ZERO" o que nos faz associar a outras coisas menos nobres do que um simples tarifário.Marcou-me muito porque era uma exposição extraordinária do corpo feminino e os homens não conseguiam tirar os olhos daquilo. Vi situações de discussão à frente de um destes painéis, em que a namorada tinha ficado muito zangada com o namorado porque ele não conseguia tirar os olhos das...formas das raparigas. Olha, confesso que nem eu, que sou mulher, conseguia tirar os meus olhos das curvas delas.

  20. A questão séria coloca-se quando pensamos a fundo no significado disto. O que isto nos diz sobre o nosso mundo? Que ainda vê a mulher como objecto sexual, capaz de fazer disparar as vendas de um telemóvel só porque têm vestidos abertos, com um zero nos seios? • Soube também que os outdoors criaram alguns acidentes e que a Junta Autónoma de Estradas de Itália ordenou o seu retiro. Tudo isto aconteceu durante o último mês”.(Rafaela Portugal ) • Entretanto, para que sua leitura seja mais completa e profunda, precisamos de tempo para analisá-la. Quais são os valores que a imagem projeta? Que elementos ali presentes compõem a mensagem? Como eles se articulam entre si, ou com os textos verbal e/ou musical? O que dizem do contexto de produção? Como se ligam ao contexto de consumo?

  21. A cultura contemporânea é plural, oferece inúmeras possibilidades de identificações diferentes, simultâneas ou não. • Será ela, contudo, mais democrática? Ou será que só cria a ilusão de inclusão, de permissão de múltiplas escolhas? • Devemos sempre nos lembrar que, para escolher livremente, precisamos conhecer as alternativas e o que elas significam em termos de direitos, deveres e conseqüências.

  22. Uma vez que a cultura é uma construção de grupos humanos, anterior a cada um de nós, precisamos aprender os modos de nossa cultura. Esse aprendizado se inicia no momento em que nascemos. Aprendemos com quem toma conta de nós, com as roupas em que estamos vestidos, com os sons da língua materna e assim por diante. Esse aprendizado se dá de modo informal, dentro do ambiente em que vivemos, com todas as pessoas responsáveis por cuidar de nós. • Aprendemos por imitação, por tentativa e erro, castigo e premiação. Aprendemos por meio das palavras, mas também por meio dos comportamentos e atitudes dos outros. • A partir do momento em que a criança entra na escola, ela passa para o sistema formal de aprendizado: aprende as regras da língua padrão, Geografia, História, Ciências, Artes, Educação Física e também regras de convívio social entre seus pares (outras crianças), entre crianças e professores, funcionários, dirigentes. Esse convívio social, entretanto, não é parte do "conteúdo formal" de nenhuma disciplina. Continua sendo ensinado por meio do comportamento e das atitudes de todos os envolvidos

  23. Do mesmo modo, é preciso aprender a interpretar a arte, seja ela um filme, uma peça teatral, um espetáculo de música, dança, circo, artes visuais, performance, happening uma vez que a arte é um dos modos humanos de atribuir significados ao mundo. • Aprende-se arte convivendo com obras de arte, seja na escola, em museus, em casa, no cotidiano de cada um. A freqüentação, como é chamada essa convivência com as obras de arte, ajuda a construir um certo "vocabulário" de estilos, de artistas, épocas, linguagens, suportes. Aprende-se arte por meio do fazer artístico, explorando linguagens e materiais, o que nos faz compreender melhor as dificuldades e as soluções encontradas pelos artistas. A convivência com a arte nos mostra soluções variadas para cada um desses problemas. Aprende-se arte, ainda, pelo estudo da história da arte e das linguagens artísticas, bem como pelo estudo da estética, isto é, dos diversos conceitos de valor em arte.

  24. A cultura, portanto, é o que torna a vida humana possível no mundo. Ela é, ao mesmo tempo, um produto já elaborado pelas gerações que nos precederam, e um processo contínuo de adaptação dessa herança recebida a novos modos de vida, novos problemas, novas necessidades. • E, nesse processo, a arte, por não ter utilidade prática imediata, é um campo privilegiado de experimentações, de crítica, até mesmo de denúncia de práticas sociais ultrapassadas. Por meio das obras de arte, é possível vislumbrar outros valores importantes para a vida humana.

  25. Cultura • Qual é a diferença entre cultura e cultura do entretenimento? • E entre cultura do entretenimento e cultura contemporânea?

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