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Equipe de Coordenação do Projeto / RedeSist Coordenadora: Valdênia Apolinário Maria Lussieu da Silva Thaís de Miranda M

Projeto Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais no Norte, Nordeste e Mato Grosso e dos Impactos dos Grandes Projetos Federais no Nordeste Amazonas - Apresentação ENCOMEX Manaus, 09 de Abril de 2010.

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  1. ProjetoAnálise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais noNorte, Nordeste e Mato Grosso e dos Impactos dos Grandes Projetos Federais no NordesteAmazonas - Apresentação ENCOMEXManaus, 09 de Abril de 2010 Os dados, informações e análises apresentados resultam do projeto depesquisa Análise das Políticas de APLs no Brasil, financiado com recursos do Fundo de Estruturação de Projetos, realizado sob a coordenação daSecretaria de Arranjos Produtivos e Inovativos e Desenvolvimento Local doBNDES.

  2. ProjetoAnálise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais noNorte, Nordeste e Mato Grosso e dos Impactos dos Grandes Projetos Federais no NordesteAmazonas - Apresentação ENCOMEX Equipe do Estado do AmazonasPesquisadores:Mauro Thury de Vieira SáAristides da Rocha Oliveira JuniorAnderson Litaiff Feitosa da CostaLaura Regina Nascimento EgasEstagiários:Thaísa Correia da GamaEvelen Ester da Silva Lima BastosGeási MoraisDiego Eguez da Silva Equipe de Coordenação do Projeto / RedeSistCoordenadora:Valdênia ApolinárioMaria Lussieu da Silva Thaís de Miranda Moreira

  3. INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS NO APOIO AOS APL • A Secretaria do Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico – SEPLAN, é o ponto focal no Amazonas na identificação, caracterização e (conjugação de esforços no) apoio aos APL. • Órgãos proeminentes: SUFRAMA, BASA, Ministério da Integração Nacional, EMBRAPA, IBAMA (da esfera federal) SEPROR, IDAM, SECT, FAPEAM (da órbita estadual, entre outras), Prefeituras Municipais, SEBRAE – AM, FUCAPI (como instituições de fora do governo) para citar aquelas de presença ou atuação mais proeminente ou espalhadas nos APLs identificados e apoiados. • O envolvimento em torno dos APL passou a fazer parte da agenda de instituições como a SUFRAMA, que iniciou o apoio a APL já vigentes em algumas áreas de sua jurisdição, e.g.: APL do açaí no município de Codajás – AM, e APL de preservativos de borracha natural de Xapuri – AC, entre outros. O BASA também passou a integrar os esforços do NEAPL, bem como o Ministério da Integração Nacional mediante o Programa de Sustentabilidade de Espaços Sub-regionais (PROMESO) • A Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (FUCAPI) assumiu em 2002 a condição de executora das Plataformas Tecnológicas no Amazonas. Participa no NEAPL, contribuindo para a elaboração dos PDP, Planos de Desenvolvimento Preliminares e atua como executora em projeto no âmbito do APL de Madeira, Móveis e Artefatos.

  4. MAPEAMENTOS DE APL NO AMAZONAS • Dentre os primeiros esforços de mapeamento de APL abarcando o Estado do Amazonas está o da Iniciativa Amazônia, liderado pelo BASA, apoiado pelo IPEA e pela ANPEC. Embora seus documentos de divulgação incluam a expressão “Arranjos Produtivos Locais” no corpo dos referidos textos não constam “arranjos produtivos locais”, mas o termo cluster. • Posteriormente, a ADA, sucessora da SUDAM, buscou identificar APL, tendo por trás a primeira versão do Plano Amazônia Sustentável (PAS). • Com o advento do GTP-APL no plano federal, um de seus primeiros mapeamentos, de 2005, trouxe à baila os seguintes APL no Amazonas: Apicultura; Agricultura; Extração de Substâncias Tanantes, Produtos Aromáticos, Medicinais e Tóxicos; Fabricação de Produtos da Mandioca, Eletroeletrônico; Extração Florestal/ Madeireiro; Farmacologia/ Produtos Fitoterápicos; Horticultura; Madeira e Móveis; Turismo; Extração de Látex da Seringueira; Artesanato Indígena; Piscicultura e Extração Mineral/ Calcário. Nesse caso, a identificação foi feita a partir de fontes secundárias.

  5. MAPEAMENTOS DE APL NO AMAZONAS: IDENTIFICADOS E APOIADOS Por fim, com o advento do NEAPL-AM no âmbito da SEPLAN-AM, foram identificados e apoiados pela SEPLAN, tendo como ponto de partida as plataformas tecnológicas : • Madeira, Móveis e artefatos – Pólo Manaus; • Fécula e farinha de mandioca – Pólo Manaquiri; • Polpa, Extratos e Concentrados de Frutas Regionais – Pólo de Itacoatiara; • Produção de Pescado – Pólo de Tabatinga; • Fototerápicos e Fitocosméticos – Pólo de Manaus; • Turismo Ecológico e rural – Pólo de Manaus; • Produtos e serviços ambientais – Pólo de Boa Vista do Ramos; • Construção Naval – Pólo de Manaus; • Artesanato – Pólo de Tabatinga; e • Base Mineral Cerâmico-oleiro – Pólo de Iranduba.

  6. MAPEAMENTOS DE APL NO AMAZONAS: IDENTIFICADOS E APOIADOS

  7. ARRANJOS IDENTIFICADOS E NÃO APOIADOS OU NÃO IDENTIFICADOS • Conforme o mapeamento feito, existem certos arranjos não inclusos nas políticas de apoio intermediado pelo NEAPL como, por exemplo, alguns segmentos fomentados pelos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM), como visto no mapeamento da Iniciativa Amazônia e outros cujo próprio segmento ou cadeia tem demandado a condição de APL junto ao núcleo. • Apesar da SUFRAMA não questionar os APLs identificados e apoiados pela SEPLAN, há receptividade dentro da instituição para a idéia de se ampliar a identificação de novos APL, bem como de se “desfazer” da cisão entre APL e segmentos associados à ZFM, em especial ao Pólo Industrial de Manaus (PIM), como por exemplo: i) Software; ii) Bioindústria; e iii) Duas rodas; entre outros. • Além dos identificados e apoiados pela SEPLAN, encontra-se em ou para análise no NEAPL-AM, como possíveis arranjos: i) Floricultura - Presidente Figueiredo; Rio Preto da Eva; Alto Solimões; Benjamin Constant; ii) Confecções – Manaus; iii) Informática – Manaus; e iv) Juta e Malva (fibras vegetais) – Manacapuru.

  8. O BALANÇO DE PAGAMENTOS DO ESTADO EA IMPORTÂNCIA DOS APLS NO FLUXO DE COMÉRCIO • Perfil produtivo: • posição destacada da indústria de transformação, alvo das políticas de incentivos fiscais, com participação de aproximadamente 38% no valor agregado total do estado em 2006. • Baixo peso do setor primário na economia amazonense, cuja participação no VA estadual ficou abaixo da razão VA do setor/ VA total do Brasil em 2006. • Quanto aos APL, • peso pequeno dos mesmos nos fluxos comerciais. • Tal fato atrelado a uma percepção ou a uma trilha de execução da política de APL como algo alternativo à ZFM. • Isto é, não tem considerado até o momento, uma maior interação entre o dinamismo dos segmentos incentivados do PIM e a lógica dos APL.

  9. A BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DO AMAZONAS • Em termos gerais, a balança comercial amazonense foi superavitária em R$ 23,3 bilhões. • Trocas de mercadorias entre as UF em 2006: o superávit atingiu R$ 33,6 bilhões, com saídas de R$ 51,3 bilhões e entradas de R$ 17,7 bilhões. R$ 2,9 bilhões de saídas não tiveram seus respectivos destinos identificados, já das entradas só não se identificaram as UF de origem equivalentes a R$ 213 mil. • Saldo positivo atrelado a duas seções: indústria de transformação e comércio e reparação de veículos, ambos com superávit de R$ 34,8 bilhões. • Das demais seções, somente a indústria extrativa foi também superavitária. • Já agropecuária, extração vegetal, pesca e aqüicultura registrou déficit de R$ 21 milhões e saídas de R$ 8,5 milhões. • Quanto aos APL, dentre os segmentos da indústria de transformação superavitários, o maior destaque se encontra em uma atividade do APL da Produção de Pescado, a Preservação do pescado e fabricação de produtos do pescado, saldo de R$ 24 milhões, contrabalançando em boa medida o déficit naval e contribuindo ainda mais para o superávit desse arranjo, de R$ 28,1 milhões. Já a atividade industrial do APL de Polpas, extratos e concentrados de frutas, Fabricação de conservas de frutas, legumes e outros vegetais, logrou superávit de R$ 7,7 milhões.

  10. A BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DO AMAZONAS BalançaInterestadualem 2006

  11. A BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DO AMAZONAS • Frente ao Exterior, constatou-se em 2006 saldo negativo de R$ 10,3 bilhões, importações de R$ 13,6 bilhões ante exportações de R$ 3,3 bilhões. • O déficit está em boa medida associado à indústria de transformação, com o segmento eletroeletrônico tendo peso expressivo • Já no âmbito dos APL, a produção de pescados se destaca enquanto segmento superavitário, com exportações de R$ 1,6 bilhão, enquanto a construção naval registrou déficit não desprezível. • Isso contribuiu sobremaneira para que o conjunto dos APL registrasse superávit junto ao Exterior, distinguindo-se do resultado para o Amazonas como um todo.

  12. A BALANÇA COMERCIAL DO ESTADO DO AMAZONAS Balança com o Exterior em 2006

  13. CONSIDERAÇÕES SOBRE A BALANÇA COMERCIAL AMAZONENSE • A balança comercial amazonense assaz influenciada pelo Pólo Industrial de Manaus, com os incentivos da ZFM. • Padrão comercial encontrado: superlativo superávit em relação ao restante do País, em especial a São Paulo, com déficit pronunciado vis-à-vis o Exterior, embora sem que este atinja a magnitude daquele. • Como um todo, os segmentos típicos dos APLs identificados e apoiados experimentaram comportamento contrário ao do Estado como um todo: superávit frente ao Exterior e déficit no intercâmbio com outras UF. • Antes de se identificar esse dado como indicativo de caminho para uma inserção externa geradora de divisas, há de se constatar que os números foram altamente ditados pelas atividades ou produtos típicos de dois APL: da Construção naval e da Produção de Pescado. A indústria naval se mostrou deficitária seja perante outros países, seja diante de outras UF. Já a produção de pescado ficou superavitária em ambos. A diferença é que, no comércio dentro do Brasil, a construção naval sobrepujou o saldo positivo da pesca, aqüicultura e produção de alimentos correlatos. No comércio internacional isso se inverteu.

  14. ESTRUTURA INSTITUCIONAL DE APOIO E AS POLÍTICAS PARA APLS NO ESTADO • No Amazonas a atuação no desenvolvimento de APLs é relativamente recente. Antecedentes: “Estudo das potencialidades regionais” (SUFRAMA – 1997/2002) representou marco relevante para o processo de análise. A idéia de “plataformas tecnológicas” (MDIC – 2002/2003), foi precursora dos arranjos produtivos no Amazonas, tendo como ponto de apoio a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia do AM – SECT/AM. O Grupo de Trabalho Permanente para os Arranjos Produtivos Locais (GTP-APL), estabelecido no MDIC em 2004, objetivou adotar uma metodologia de apoio integrado a arranjos produtivos locais, com base na articulação de ações governamentais. A partir de 2006, teve início a atuação efetiva da Secretaria de Planejamento do Estado do Amazonas a partir do enfoque em APLs, com a criação do Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais (NEAPL), sem implicar em saída da SECT desses esforços.

  15. ANÁLISE DAS POLÍTICAS • As políticas e seus instrumentos foram analisadas em dois estágios, • Quanto à institucionalidade da estrutura operante no estado do AM e • À situação de cada Arranjo em termos de seus desafios e conquistas. • Constatou-se que a SEPLAN-AM desempenha papel crucial na qualidade de principal agente do Governo do Estado, na condução e orientação das políticas de apoio a APLs. O trabalho executado pela área responsável pela condução do NEAPL-AM, instalada na SEPLAN-AM na aglutinação e sistematização das políticas e ações de apoio aos APLs tem sido positivo ao colocar os atores para conversar sobre problemáticas comuns aos APL. • Críticas que se pode lançar: • A própria estrutura organizacional enxuta; • a ausência de uma necessária estruturação de sistemáticas de avaliação mais robustas dos resultados das políticas de apoio aos APLs que forem sendo identificados (ex: matrizes de contas sociais ascendentes, utilizada pela ADA e UFPA para analisar as dinâmicas do APL de fruticultura no Nordeste paraense). • a falta de visibilidade de suas ações no âmbito estadual, em comparação com outras ações que obliteram a atividade de apoio a APL. Ex: funcionam na SEPLAN também as Câmaras da Indústria, Agroindústria, Comércio e Serviços, Turismo, Bioindústria e Micro e Pequenas Empresas, órgão colegiado que enxerga as políticas de desenvolvimento da produção pelo viés setorial. Mesmo ações constantes dos PDP, por vezes, recebem divulgação, mas sem que se atribua a mesma a uma lógica de APL.

  16. ANÁLISE DAS POLÍTICAS: AS INSTITUIÇÕES • Forte presença da SUFRAMA: • participou do processo de mudança de Plataformas tecnológicas para APLs, • é órgão regional para execução da política industrial, tecnológica e de comércio exterior, assim como para financiamento e articulação das políticas de promoção do desenvolvimento, dentro do qual está o apoio aos 10 APL identificados e selecionados. • Ministério da Integração, via Programa de Sustentabilidade de Espaços Sub-regionais - PROMESO, mencionada principalmente nos PDP de Madeira, Móveis e Artefatos e de Produção de Pescado. • FUCAPI tem desempenhado papel de proponente dos PDP e executora, somente no APL de Madeira, Móveis e Artefatos. Com a SEPLAN-AM compartilha a demarcação conceitual de APLs e para quem presta assessoria no NEAPL e, com a SUFRAMA compartilha o acompanhamento da transição do Programa Plataformas Tecnológicas para APLs e recebe apoio institucional. • SEBRAE-AM não mostrou aderência a uma política específica de apoio aos APL, em que pese não se negar a participar de ações para este tipo de apoio. O argumento reside na necessidade de um trabalho de identificação mais sistemática dos APL. • Banco do Brasil no Amazonas atua pela lógica do seu Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), utilizando-o como critério de apoio financeiro a projetos constantes dos PDPs albergados pelo NEAPL-AM, mas sem se obrigar a apoiar todos eles, não se prendendo ao apoio aos APLs.

  17. CONSIDERAÇÕES ESUGESTÕES DE POLÍTICAS PARA APLS NO ESTADO Considerações de Caráter Conceitual-Analítico • APL identificados e mapeados partiram das plataformas tecnológicas, a exemplo do que ocorreu com Mato Grosso do Sul (Le Bourlegat, 2008). Mas as plataformas tecnológicas definidas para o Amazonas encontraram respaldo em outra categoria analítica, peculiar à SUFRAMA: potencialidades regionais. • Grosso modo, a apreensão da categoria analítica dos APL encontra-se espremida, • de um lado, pela concepção de potencialidades associadas à disponibilidade de recursos, a exemplo da decantada biodiversidade, ainda que tais recursos nem se apresentem ainda como oportunidades de negócios e, • de outro, por segmentos produtivos da maior participação no valor adicionado amazonense, vinculados à ZFM, tratados ora como pólos, ora como subsetores ou cadeias produtivas.

  18. Considerações de Caráter Conceitual-Analítico • Como o GTP-APL limita o número de APL a serem apoiados, • isso provavelmente concorre para que localidades e atores sem qualquer afinidade de interesses sejam abrigados em um mesmo APL. • Logo, municípios que não estão em territórios geograficamente contíguos, podem compor um mesmo APL. Ex: no Amazonas, isso implica em suscitar questionamentos sobre a lógica de se ter Tabatinga, na fronteira com a Colômbia, e Manaus em um mesmo APL. • Isso pode esvaziar o próprio conceito de APL, pouco arraigado no Estado, • cedendo lugar a cadeias produtivas e setores ou atividades econômicas, • perdendo-se a noção de que “as atividades produtivas e inovativas são diferenciadas temporal e espacialmente, refletindo o caráter da assimilação e do uso de conhecimentos e capacitações, resultando em requerimento específicos de políticas” (Cassiolato, Lastres e Stallivieri, 2008: p. 15).

  19. Considerações de Caráter Conceitual-Analítico Sugestões: • A questão de envolver “municípios distantes entre si” tem sido tentativamente sanada pelas visitas e realização de oficinas in loco. Mas a peculiaridade mencionada dos APL amazonenses deve ser tratada a contento, ampliando a atuação de facto para além de clusters e das aglomerações setoriais. Implicaria em talvez subdividir alguns dos APL. • Em face das grandes distâncias e baixa densidade urbana fora da capital amazonense, o conceito de APL emanado do GTP-APL corre o risco de se perder ou virar peça de retórica, inclusive pela ausência de um esforço sistemático mais aprofundado de identificação dos arranjos. Mesmo que se considerem os méritos do Estudo das Potencialidades, não só o marco conceitual é distinto como há uma preemência de atualização. Entrementes um esforço nessa direção deve partir ou ter o aval do próprio NEAPL, a fim de referendá-lo.

  20. Considerações de Ordem Geral • Onipresença do setor público no padrão de apoio: a iniciativa, a condução, o planejamento, aporte de recursos financeiros e, em muitos casos, até parte da operacionalização, encontram-se a cargo de entes governamentais. Segundo os PDP, os recursos públicos dominam as fontes de financiamento das ações já realizadas e a realizar. Embora tal condição seja necessária no ambiente sócio-econômico periférico, em especial em casos como o Interior amazonense, a conformação e sedimentação de APLs tende a se perpetuar como desafio, caso não se verifique o aparecimento ou difusão do capital social, de lideranças e empreendedorismo de fato. • Papel da SUFRAMA e do PIM: Quanto ao apoio da SUFRAMA aos APLs, a Autarquia parte do conceito de Potencialidades Regionais, que alicerça seu Programa de Interiorização do Desenvolvimento e adota o próprio critério de APLs que emana do MDIC. Assim, destina recursos a ações em quase todos os APLs em tela, assumindo papel ímpar, mas sem que necessariamente critérios definidores ou conceitos de APL sejam visualizados nos projetos e ações de seu programa de interiorização.

  21. Considerações de Ordem Geral • O fato da economia amazonense estar centrada em atividades de propriedade de não residentes e estas terem sua origem vinculada à ZFM em período no qual o termo da moda era “pólos de crescimento”, não deve significar o alijamento a priori dessas atividades da idéia de APL ou, melhor de ASPIL. Se a noção de ASPIL não deve ficar presa a de cluster, não implica que um APL não possa abarcá-lo e ter características de aprendizagem e interação entre atores privados, públicos e da sociedade civil em geral. • Portanto, se nos livros mais recentes da REDESIST, há o subtítulo “Uma Alternativa para o Desenvolvimento”, no AM, aparentemente os APL apoiados são “Alternativas à ZFM, a segmentos produtivos não vinculados diretamente aos recursos naturais do Estado”. Mas tal característica pode implicar numa perda para a economia e desperdício da base produtiva propiciada pela ZFM, por se desprezar o ganho analítico em se averiguar a pertinência de se encampar atividades “zonafranquinas” enquanto ASPIL, ampliando o risco de se deixar de lado oportunidades de inserção produtiva e abdicando de um esforço no aprofundamento das relações entre atores e para aprendizagem.

  22. Sugestões • O NEAPL-AM usar de sua experiência em articulação, para promover ainda mais a discussão sobre os conceitos e instrumentos de promoção de APLs no estado. • À SEPLAN-AM, a partir de sua uma maior visibilidade e divulgação a partir das instâncias superiores da SEPLAN-AM também contribuiria para a difusão da idéia de APL e a implementação desse tipo de política. Projetos de envergadura, Zona Franca de Manaus, Zona Franca Verde e “outras bandeiras” – e.g.: Copa do Mundo de Futebol 2014 – têm deixado os APL sem o apelo logrado em outras UF. • Envidar esforços para melhor identificar e “delimitar” os APL e suas especificidades, não apenas por conta da similaridade de atividades nos municípios. Tais esforços visariam: • Ampliar o alcance da idéia de APL para além dos clusters sem ficar refém daquilo que foi identificado no Estudo das Potencialidades. • Permitir ao setor público enxergar o APL mesmo antes de ocorrerem demandas específicas neste sentido. Se de um lado, o fato de haver demanda poder significar a existência de certa organização, de outro, pode reforçar o comportamento “buscador de renda” por parte de pessoas ou entidades que não necessariamente estejam participando efetivamente do tecido sócio-produtivo local. Essa proatividade do NEAPL amazonense e de outras instâncias e órgãos é essencial para que a lógica dos APL não fique restrita a demandas, condizentes ou não.

  23. Considerações Específicas • Todos os APLs analisados aparentemente padecem de lideranças mais atuantes do setor produtivo ou pelo menos de maior organização a ponto de capitanear mais incisivamente suas iniciativas • Baixa expressão do desempenho comercial dos APL, quer com as demais unidades federativas, quer com o Exterior, excetuando-se a produção de pescado e a construção naval. Essa baixa participação decorre do vulto do PIM e do fato de alguns APL estarem assentados em intercâmbio intra-regionais ou atividades informais. Sugestões: • Identificar com maiorprecisãoosgargalosinfraestruturais de apoioaos APLs (logística de transporte e de comunicações, energiaelétrica, etc.), permitindomaiorconcatenação dos APL com açõesemcursoouprevistas no PAC ou no PNLT • Analisar meios para que os agentes privados, como comunidades, cooperativas e empresas assumam ou aprofundem gradativamente os rumos do APL em que atuam e, por conseguinte, • adotar instrumentos nos quais a responsabilidade pelas ações programadas nos vários APLs apoiados seja paulatinamente transferida, no que couber, a entes privados, prevendo deixar a cargo dos entes apoiadores tarefas de apoio e de solução de gargalos específicos.

  24. Obrigado!

  25. REFERÊNCIAS • BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Secretaria de Programas Regionais. Agencia de Desenvolvimento da Amazônia. Coordenação Geral de Planejamento e Gestão Estratégica. I Jornada de Seminários – Participativos para indicação de referenciais locais prioritárias ao planejamento do desenvolvimento regional da Amazônia - SPIRAL I. Belém: ADA 2003. 120 p. • CASSIOLATO, José Eduardo; LASTRES, Helena M. M; STALLIVIERI, Fabio (organizadores). Arranjos produtivos locais: uma alternativa para o desenvolvimento: experiências de políticas, volume 2. Rio de Janeiro: E-papers, 2008. 376p • CASSIOLATO, José Eduardo; LASTRES, Helena M. M; STALLIVIERI, Fabio. Introdução: políticas estaduais e mobilização de atores políticos em arranjos produtivos e inovativos locais. In: CASSIOLATO, José Eduardo; LASTRES, Helena M. M; STALLIVIERI, Fabio (organizadores). Arranjos produtivos locais: uma alternativa para o desenvolvimento: experiências de políticas, volume 2. Rio de Janeiro: E-papers, 2008. • Costa, Eduardo Jose Monteiro da; Políticas publicas e o desenvolvimento de arranjos produtivos locais em regiões periféricas – Campinas, SP: 2007. • IBGE. Contas Nacionais, número 25. Contas Regionais do Brasil 2003-2006. Rio de Janeiro. 2008 • LE BOURLEGAT, Cleonice Alexandre. Impactos das políticas públicas na promoção dos arranjos produtivos locais em Mato Grosso do Sul. In: CASSIOLATO, José Eduardo; LASTRES, Helena M. M; STALLIVIERI, Fabio (organizadores). Arranjos produtivos locais: uma alternativa para o desenvolvimento: experiências de políticas, volume 2. Rio de Janeiro: E-papers, 2008. • LIMA, Mariomar de Sales et al. (2005), A Hélice Tríplice e Desenvolvimento Regional: criação e disseminação de conhecimentos em Fármacos & Cosméticos e Piscicultura no Estado do Amazonas. In: XI SeminarioLatino-Iberoamericano de Gestión Tecnológica. Salvador: ALTEC. • NORONHA, Marcondes (2009), Os Arranjos Produtivos Locais como Incremento das Agroindústrias e dos Negócios Sustentáveis no Estado do Amazonas de 2001 a 2008. Manaus: Universidade Federal do Amazonas – UFAM (Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento Regional). • Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais (A). Plano de Desenvolvimento Preliminar – APL de Artesanato– Cidade Pólo: Tabatinga. Manaus: NEAPL, Maio/2009.

  26. REFERÊNCIAS • Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais (C). Plano de Desenvolvimento Preliminar – APL de Produtos e Serviços Ambientais– Cidade Pólo: Boa Vista do Ramos. Manaus: NEAPL, Maio/2009. • Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais (D). Plano de Desenvolvimento Preliminar – APL de Construção Naval– Cidade Pólo: Manaus. Manaus: NEAPL, Maio/2009. • Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais (E). Plano de Desenvolvimento Preliminar – APL de Turismo Ecológico e Rural– Cidade Pólo: Manaus. Manaus: NEAPL, Maio/2009. • Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais (F). Plano de Desenvolvimento Preliminar – APL de Fécula e Farinha de Mandioca– Cidade Pólo: Manacapuru. NEAPL, Maio/2009. • Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais (G). Plano de Desenvolvimento Preliminar – APL de Polpas, Extratos e Concentrados de Frutas Regionais– Cidade Pólo: Itacoatiara. NEAPL, Maio/2009. • Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais (H). Plano de Desenvolvimento Preliminar – APL de Fitoterápicos e Fitocosméticos– Cidade Pólo: Manaus. Manaus: NEAPL, Maio/2009. • Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais (I). Plano de Desenvolvimento Preliminar – APL de Madeira, Moveis e Artefatos– Cidade Pólo: Manaus. NEAPL, Maio/2009. • Núcleo Estadual de Arranjos Produtivos Locais (J). Plano de Desenvolvimento Preliminar – APL de Produção de Pescado – Cidade Pólo: Tabatinga. NEAPL, Maio/2009. • PIMENTEL, Nilson, MATIAS, Emerson. Arranjos Produtivos Locais- Aplicação no Estado do Amazonas. T &C Amazônia, ano 2, nº4, Abril de 2004. • SUZIGAN, Wilson (Coord.). Identificação, mapeamento e caracterização estrutural de Arranjos Produtivos Locais no Brasil. São Paulo: 2006. 59 p.

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