1 / 5

N OTAS I NTRODUTÓRIAS AO C ONCEITO DE E SCRITA: E STUDO DE C ASO

N OTAS I NTRODUTÓRIAS AO C ONCEITO DE E SCRITA: E STUDO DE C ASO. Fonoaudióloga, Professora Assistente da Universidade Federal Fluminense, Especialista em Linguagem (2005), Mestre em Fonoaudiologia (2007) e Doutoranda em Fonoaudiologia pela PUC-SP, bolsista CAPES OBEDUC Gisele GOUVÊA

italia
Download Presentation

N OTAS I NTRODUTÓRIAS AO C ONCEITO DE E SCRITA: E STUDO DE C ASO

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. NOTAS INTRODUTÓRIAS AO CONCEITO DE ESCRITA: ESTUDO DE CASO Fonoaudióloga, Professora Assistente da Universidade Federal Fluminense, Especialista em Linguagem (2005), Mestre em Fonoaudiologia (2007) e Doutoranda em Fonoaudiologia pela PUC-SP, bolsista CAPES OBEDUC GiseleGOUVÊA Fonoaudióloga, Professora Titular do PEPG em Fonoadiologia, Mestre em Linguística Aplicada e Doutora em Psicologia da Educação pela PUC-SP, Pós Doutorada em Psicolinguística pela USP Regina FREIRE

  2. Introdução: O conceito de escritana Fonoaudiologia estáarticulado a noção de produçãográficano papelrepresentadaporletrasougrafemas, que se caracterizariapelosprocessos de codificação e decodificaçãodalíngua. No entanto, o conceito de escritaqueiremosintroduzir se articula a um outrotipo de leituraquepodemosterfrente à escrita, que se caracterizapelasmarcasvocais, visuais, gestuais e táteisqueimprimem no sujeito a suaentradanalinguagem. Objetivo: Introduzir o conceito de escritanaclínica fonoaudiológica. Método: Narrarumavinhetaclínica a partir dos detalhes de leiturarealizadossobre a faladacriança e a fala do outro

  3. Material: Um menino de 04 anos e 08 meseschega, acompanhado de seupai, aoconsultório de Fonoaudiologia. Pai e filhoaguardamsentadosem um sofá. Enquantofolheiaumarevista, o meninoalternaresmungos com umafalaquenão é reconhecidacomolínguapelooutro e gritaquandoalguémfazsoar o barulhode umacampainha, levando, aomesmo tempo, as mãosàsorelhas. O fonoaudiólogopassa a traduzirosresmungosdacriança, chama-o pelonome, mas a criança se recusa a olharpara o fonoaudiólogomantém o olharemdireção a revista. O fonoaudiólogo o convida a brincar de “estourarbolinhas de sabão”, enquantoproduz as primeirasbolhas. Essabrincadeira de fazeraparecer e desapareceralgoquebrilha, encanta a criançapois o júbiloreaparece a cadaestouro e aparição de uma “bolinha” e elapassa a olhare a desviar o olhardo outro, a virar o corpo, enquantoumasucessão de sonsaomodo de vocalizações se reapresenta. Convido-o a ircomigoaté a sala.

  4. A criança se levanta, dá alguns passos, hesita, vai até o pai, pega em suas mãos, enquanto este observaa cena. O fonoaudiólogo traduz esse movimento de ida, hesitação e toque como um pedido para que o pai lhe acompanhe. No trajeto da sala de espera à sala do fonoaudiólogo, as bolinhas continuam a realizar o seu movimento de aparecer e desaparecer, acompanhadas por pai e filho que caminham de mãos dadas. Dentro da sala, a criança abre o armárioe pegaum jipe com quatro bonecos sentados em seu interior e o coloca sobre a mesa. Passa a realizar o movimento de vai e vemdo carro, enquanto em sua fala aparece um texto que se assemelha a um barulho sem sentido lido como um texto com sentido pelo fonoaudiólogo, mas antes disso, o fonoaudiólogo recorre à estratégias onomatopaicas e vocaliza o barulho de um carro como um brum-brum-brum com variação melódica, e reaparece o efeito de alternar o olhar e não olhar para o outro (aparecer e desaparecer), o de sorrir e o de vocalizar.

  5. O fonoaudiólogo pergunta: cadê H? ao alternar o aparecimento e o desaparecimento da imagem da criança no espelho, respondendo: - achei! Uma pausa, um intervalo de tempo e a fala: sumiu! Depois de uma série de repetições dessa brincadeira, a criança pega o espelho e passa a olhá-lo em diferentes posições, aproximando e afastando o espelho de si. Responde à fala do fonoaudiólogo com “achou” e depois “papai”. Para finalizar, o fonoaudiólogo lhe conta a história dos três porquinhos, utilizando os gradientes vocais grave e agudo para representar a fala do lobo e a dos porquinhos, faz de conta que dorme, fazendo barulho do ronco e do assobio. Bate na mesa, imitando a batida na porta pelo lobo. Resultados: o caso acima narrado apresenta uma outra leitura sobre o conceito de escrita na Fonoaudiologia, podemos observar que a escrita aqui não incidiu sobre a produção gráfica em papel, mas sim pela leitura dos traços e das marcas e traços (olhares, gestos, movimentos, hesitações, barulhos, sons, variações melódicas) que antecedem a fala e que inscrevem a criança na linguagem.

More Related