1 / 12

A ECONOMIA DO PAU-BRASIL * Corante roxo-avermelhado usado na tapeçaria e tecelagem européia

A ECONOMIA DO PAU-BRASIL * Corante roxo-avermelhado usado na tapeçaria e tecelagem européia. Profa. Valeria da Vinha Instituto de Economia / UFRJ. Movimento Pau-Brasil.

gilon
Download Presentation

A ECONOMIA DO PAU-BRASIL * Corante roxo-avermelhado usado na tapeçaria e tecelagem européia

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. A ECONOMIA DO PAU-BRASIL*Corante roxo-avermelhado usado na tapeçaria e tecelagem européia Profa. Valeria da Vinha Instituto de Economia / UFRJ

  2. Movimento Pau-Brasil “O primitivismo que na França aparecia como exotismo era para nós, no Brasil, primitivismo mesmo. Pensei, então, em fazer uma poesia de exportação e não de importação, baseada em nossa ambiência geográfica, histórica e social. Como o pau-brasil foi a primeira riqueza brasileira exportada, denominei o movimento de Pau-Brasil.” Oswald de Andrade

  3. Poesia Pau-Brasil A poesia existe nos fatos A formação étnica rica. Riqueza vegetal. O minério A Poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma criança A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica A síntese. O equilíbrio. A invenção. Qualquer esforço natural nesse sentido será bom. Poesia Pau-Brasil. Nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com olhos livres. Temos a base dupla e presente – a floresta e a escola. (...) Um misto de “dorme nenê que o bicho vem pegá” e de equações. Uma visão que bata nos cilindros dos moinhos, nas turbinas elétricas, nas usinas produtoras, nas questões cambiais, sem perder de vista o Museu Nacional. Pau-Brasil. Oswald de Andrade. “Manifesto da Poesia Pau-Brasil” (fragmentos) In: Gilberto Mendonça Teles. Vanguarda Européia e Modernismo Brasileiro. Petrópolis: Vozes, 1973, pp. 203-208.

  4. O Território Brasileiro Há 80 milhões de anos predominava na Terra o clima típico dos trópicos, e a vegetação no Brasil já existia. O meio ambiente sofreu alterações pela ocorrência de cataclismas geológicos e períodos de frio intenso (períodos glaciais) causando modificações na topografia e no clima da biosfera terrestre. Com o resfriamento dos pólos, a vegetação, que era adaptada a um clima quente e úmido, passou a ocupar apenas uma estreita faixa da Terra, a região tropical situada entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. A presença de luz, calor e umidade o ano inteiro fez com que o Brasil possuísse ecossistemas únicos como a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica, que se mantiveram originais até a chegada dos portugueses. Compreendendo uma área de aproximadamente 5,2 milhões de quilômetros quadrados, o País era ocupado apenas pelos índios.

  5. Mata Atlântica É considerada um dos maiores repositórios de biodiversidade do planeta e também um dos mais ameaçados. Nos últimos 500 anos, a floresta foi reduzida de 1,3 milhão de km2 para 91 mil km2. (menos de 8% da sua extensão original), em áreas dispersas e fragmentadas.   A Mata Atlântica é um mosaico de vegetação, ostenta os dois maiores recordes mundiais de diversidade de árvores: 454 espécies em um único hectare do sul da Bahia e 476 espécies em 1 hectare na região serrana do Espírito Santo. Possui cerca de 20.000 espécies vegetais, metade das quais são endêmicas. Mais de 2/3 dos primatas são espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.

  6. Arabutan "Devo começar pela descrição de uma das árvores mais notáveis e apreciadas entre nós por causa da tinta que dela se extrai: o pau-brasil, que deu nome a essa região. Esta árvore, a que os selvagens chamam de arabutan, engalha como o carvalho de nossas florestas, e algumas há tão grossas, que três homens não bastam para abraçar-lhes o tronco". Jean de Lery, descrevendo a exuberância do Pau-Brasil

  7. Os índios e o Pau-Brasil Em 1500, Pero Vaz Caminha descreveu assim o Pau-Brasil: "mataria [mato] que é tanta, e tão grande, tão densa e de tão variada folhagem, que ninguém pode imaginar". Os índios utilizavam a madeira para a confecção de arcos, flechas, e a seiva para pintura de enfeites. A técnica foi ensinada aos portugueses pelos índios, encarregados de cortar, aparar e arrastar as árvores até o litoral, onde carregavam os navios a serem enviados para a Europa.

  8. Origem do nome Brasil Com a intensa exploração em pouco tempo Pindorama (denominação tupi que significa Terra das Palmeiras), oscilou entre os nomes oficiais Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Terra do Brasil e logo em seguida apenas por Brasil Nome científico do Pau-brasil: Brasileína(composto químico com propriedades corantes e que é responsável por sua pigmentação vermelha)

  9. O “ciclo” do Pau-Brasil 1530 – início da extração intensiva que durou 30 anos. Foram exploradas, em média, 300 toneladas de madeira por ano. A madeira era enviada para Portugal e de lá ia para Antuérpia, na Bélgica, de onde seguia para os principais consumidores (Inglaterra, Alemanha e Itália). A exploração era monopólio da Coroa portuguesa. Os donos de Capitanias Hereditárias não podiam explorar e comercializar, nem impedir que representantes da Coroa o fizessem. O monopólio teve existência curta: a França, Inglaterra, Holanda e Espanha passaram a participar das atividades extrativistas ajudados pelos índios (em troca de quinquilharias) e com a descoberta do corante artificial que o substituiu, a cobiça sobre a árvore desapareceu.

  10. Leis de “Proteção” 1542 - devido à dificuldade de controlar o contrabando, a Coroa criou a 1ª Carta-Régia estabelecendo normas para o corte e punição ao desperdício de madeira. 1605 - Regimento fixa a exploração em 600 toneladas por ano, visando limitar a oferta de madeira na Europa e, assim, manter os preços elevados Muitas outras proibições surgiram sem resultado, entre elas a Carta de Lei de outubro de 1827, onde poderes foram delegados aos juizes de paz das províncias na fiscalização das matas e na interdição de corte das madeiras de construção em geral. Surge, então o termo popular madeiras de lei

  11. Função histórica do desmatamento “O algodão [nativo] e as especiarias só figuravam nos carregamentos a título de curiosidade, mas o mesmo não se pode dizer quanto às madeiras preciosas, principalmente as de tinturarias, que formavam o carregamento essencial de nossos navios” (Jean de Lery) O Pau-Brasil sofreu o mais intenso processo de exploração contínua da história do Brasil Foram 375 anos de exploração. Restou a quase extinção da espécie com capoeiras de florestas secundárias e terras que passaram a ser utilizadas na plantação da cana do açúcar. Contudo, sem o extermínio do Pau-Brasil não seria possível plantar a cana. São etapas do mesmo processo

More Related