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A Psiconeuroendocrinoimunologia e a Influência Mente / Corpo no Câncer

A Psiconeuroendocrinoimunologia e a Influência Mente / Corpo no Câncer. Adriana M. Diniz Prandini Danielle A. Muller de Oliveira Marcia N. de Almeida. Contexto Histórico Relação Mente / Corpo. ANTIGUIDADE Doenças determinadas pela vontade dos Deuses.

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A Psiconeuroendocrinoimunologia e a Influência Mente / Corpo no Câncer

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Presentation Transcript


  1. A Psiconeuroendocrinoimunologia e a Influência Mente / Corpo no Câncer Adriana M. Diniz Prandini Danielle A. Muller de Oliveira Marcia N. de Almeida

  2. Contexto Histórico Relação Mente / Corpo

  3. ANTIGUIDADE Doenças determinadas pela vontade dos Deuses. HIPÓCRATES (460 a. C. – 370/80 a. C.) Considerado o pai da medicina, trouxe a luz o conhecimento de que havia algo no próprio ser humano que poderia interferir no funcionamento do corpo físico. • IDADE MÉDIA A justificativa para as doenças voltaram a ser apoiadas na ideia da vontade divina, no entanto agora regidas por um único Deus, monoteísmo da Igreja Católica. • RENASCIMENTO Visão dualista do ser humano (corpo físico e psique): IGREJA CATÓLICA → Tratamentos espirituais, psicológicos, emocionais e mentais (psique) MÉDICOS → Tratamentos físicos (corpo físico)

  4. Psicossomática

  5. Abordagem na qual há uma visão integral do ser humano (interação MENTE/CORPO) De acordo com Volich (2000), desde tempos imemoriais o combate entre a vida e a morte, e a oscilação entre saúde e doença são mistérios fundamentais para o desenvolvimento do conhecimento humano. Grande diversidade de enfoques e sendo assim abrange diferentes posicionamentos teóricos.

  6. Termo PSICOSSOMÁTICA → Heinroth - expressões: psicossomática (1818) na tentativa de explicar a origem da insônia e somatopsíquica (1828) termo aplicado às doenças nas quais o fator orgânico afetava o estado emocional. Sendo assim, psicossomática indicava o poder das “paixões amorosas sobre as doenças”, ou um mal físico que era causado na psique do indivíduo. • (1922) Deutsch → Termo MEDICINA PSICOSSOMÁTICA • (1935) Helen Dunbar → Responsável pela criação das bases fundamentais para a consolidação de uma proposta para formação de profissionais da área médica que enfatizava o conhecimento sobre o sofrimento do homem e não sobre o comprometimento de um de seus órgãos. • (Final do século XIX) Freud → Mudança de paradigma no cenário científico reafirmando de forma mais concreta a concepção hipocrática.

  7. (Meados de 1930) ESCOLA DE CHICAGO (Franz Alexander e Thomas French) → Marco da consolidação da utilização dos termos e a afirmação da proposta para a compreensão do adoecimento preconizada pela abordagem psicossomática. • (1939) Dunbar → Idealizadora e fundadora da American Psychosomatic Society e da importante revista publicada pela instituição, aPsychosomatic Medicine. • (1962) ESCOLA PSICOSSOMÁTICA DE PARIS (Pierre Marty, Christian David, Michel Fain e Michel M’Uzan) fundaram também: • (1972) INSTITUTO DE PSICOSSOMÁTICA (IPSO) Dirigido por Marty • (1970) ESCOLA DE BOSTON (Sífneos e Nehemiah) → Estudos sobre ALEXITIMIA

  8. A História da Vida Emocional no Desenvolvimento do Câncer

  9. Carta escrita por mestre LORENZO SASSOLI, médico, a um paciente, em 1402. “... deixe me falar sobre coisas com as quais você deve ter muito cuidado. Às vezes, ficar zangado e gritar me agrada, pois isso o ajudará a manter sua vivacidade natural; o que me desagrada é vê-lo se angustiar e levar todas as coisas a sério. Pois é isso, como ensina a medicina, que destrói nosso corpo, muito mais do que qualquer outra causa.”

  10. Até 1900 a relação entre câncer e fatores psicológicos havia sido comumente aceita nos círculos médicos. Os dedicados médicos do século XIX, que trabalhavam com pacientes de câncer, não possuíam nenhum dos sofisticados instrumentos e aparelhagens de que dispomos atualmente. Sem testes bioquímicos e sem raios X, sem a tomografia axial computadorizada e outras similares, eles precisavam escutar seus pacientes para que pudessem perceber o que estava acontecendo. Assim, ouviam os pacientes contar suas histórias e revelar seus sentimentos. Os fatores emocionais ligados a grandes perdas e à desesperança, que ocorriam antes dos primeiros sinais da doença, eram tão repetitivos e freqüentes que não podiam ser ignorados.

  11. Após 1900, esse ponto de vista começou a desaparecer muito rapidamente dos livros e revistas. O aspecto psicossomático foi ficando cada vez mais fora de moda durante meio século. A cirurgia desenvolvera-se nos quinze anos anteriores e surgia como a melhor maneira de se lidar com o câncer. A partir de 1955, dezenas de estudos mostraram conclusivamente que a história da vida emocional muitas vezes desempenha realmente um importante papel na determinação da resistência do indivíduo em contrair o câncer e na evolução do câncer após seu surgimento. Certamente esse não é o único fator e não atinge todo o universo de pessoas com câncer, mas a história da vida emocional dos pacientes de câncer deve ser considerada.

  12. Ao longo de seu trabalho com pacientes de câncer, durante 35 anos, Leshan identificou que o contexto em que o câncer se desenvolveu, na grande maioria das pessoas que entrevistou, se tratava de uma perda de esperança de jamais conseguir um tipo de vida que lhe proporcionasse satisfação e prazer. Com frequência, essa ausência de esperança surgia da impossibilidade da pessoa em se relacionar e se expressar e da incapacidade de encontrar um substituto significativo. Ex.: viúvos.

  13. Utilizando grupos de controle, Leshan descobriu que esse padrão de perda de esperança surgiu em 70 a 80% dos pacientes com câncer, e apenas em mais ou menos 10% no grupo de controle. Isso quer dizer que ter câncer é culpa da própria pessoa? Não!

  14. Estudos demonstram que o desenvolvimento de um câncer não exige apenas a presença de células anormais, também é necessário que exista uma supressão das defesas normais do organismo. Segundo esta teoria, todos nós produzimos células anormais no corpo, de tempos em tempos, por causa de fatores externos ou, simplesmente, por causa de uma reprodução celular incorreta. Em geral, o sistema imunológico do organismo vigia de perto o aparecimento de células anormais e as destrói.

  15. Para que o câncer possa se desenvolver, é necessário que o sistema imunológico esteja inibido de alguma maneira. Agentes externos, irradiação, genética, alimentação – todos esses quatro fatores podem desempenhar uma função no aparecimento da doença, mas nenhum deles é uma explicação em si, se não levarmos em consideração por que aquela pessoa em particular, naquele momento específico de sua vida, contraiu um câncer.

  16. O que impediu o sistema imunológico do organismo de continuar a exercer a função que vinha exercendo com sucesso há tantos anos? Existe uma ligação evidente entre o estresse e a doença. Os efeitos do estresse emocional podem suprimir o sistema imunológico, abalando as defesas naturais contra o câncer e outras enfermidades.

  17. A tarefa de validar essas observações de maneira científica foi assumida pelo Dr. Thomas H. Homes e seus associados na Universidade da “Washington School of Medicine”. Os Drs. Homes e Rahe estabeleceram uma escala com valores numéricos relacionados com acontecimentos estressantes.

  18. Essa escala inclui acontecimentos que todos reconhecemos como estressantes, como morte de conjugê, divorcio, perda de emprego e outras experiências difíceis. Por outro lado, inclui também, curiosamente, acontecimentos do tipo casamento, gravidez e sucessos pessoais excepcionais, normalmente considerados como sendo experiências agradáveis. No entanto, são experiências que implicam em mudança de hábitos. Podem exigir um grau profundo de introspecção. O ponto principal é, portanto, a necessidade de adaptação à mudança, quer ela seja positiva ou negativa.

  19. Homes e seus colaboradores observaram que: - 49% de pessoas que têm mais de 300 pontos dessa escala, num período de 12 meses, declarou ter estado doente durante o período de pesquisa; - Apenas 9% daqueles com menos de 200 pontos esteve doente, durante o mesmo período;

  20. O uso dessa escala permite predizer a probabilidade de doença, baseando-se no número de acontecimentos estressantes da vida da pessoa, mas fica difícil prever como uma pessoa, individualmente, poderá reagir a situações de estresse, como cada um vai interpretar essas situações. Toda mudança produzirá alguma forma de estresse, mas a quantidade e intensidade do estresse, varia de pessoa para pessoa. Se gastamos energia demais lutando contra o ambiente, pouco sobrará para a prevenção de doenças. Quando a vida está confusa demais, e quando a maneira de lidarmos com o que nos acontece não dá os resultados que esperamos, o resultado final é a doença.

  21. DINÂMICA

  22. Psiconeuroendocrinoimunologia e Fisiologia do Estresse

  23. A Psiconeuroendocrinoimunologia é a ciência que explica o funcionamento sistêmico do ser, integrando o conhecimento de diversas áreas como Psicologia, Psiquiatria, Neurologia, Neurofisiologia, Endocrinologia, Neuroendocrinologia e Comportamento. Para a Psiconeuroendocrinoimunologia, a saúde é o equilíbrio dinâmico entre os diversos sistemas que compõem o ser. Qualquer alteração em um dos sistemas (psicológico, endocrinológico, neurológico ou imunológico) acarreta um desequilíbrio em todas as partes do indivíduo. A tendência posterior é a de que o sistema volte ao seu equilíbrio. No entanto, um desequilíbrio continuado pode levar o sistema a falência, ensejando o aparecimento de doenças.

  24. É uma ciência relativamente nova e utiliza-se do conceito básico de estresse, o qual pode ser aplicado à abordagem psicanalítica, behaviorista, gestaltista, ou qualquer outra teoria psicológica. O sistema nervoso humano é o produto de milhões de anos de evolução. Durante muito tempo, as exigências feitas ao sistema nervoso foram muito diferentes das que estão sendo feitas atualmente pela civilização moderna. A sobrevivência nas sociedades primitivas dependia da identificação imediata de um perigo; uma escolha rápida entre lutar ou fugir, deveria ser feita. Nosso corpo fica instantaneamente preparado (através de uma mudança do equilíbrio hormonal e filamentos nervosos) para lutar ou fugir.

  25. Porém, a vida na sociedade moderna obriga-nos, com frequência, a inibir nossas respostas de luta-ou-fuga. Por exemplo, quando o nosso chefe censura nosso desempenho ou quando somos multados por um policial, nosso corpo fica instantaneamente mobilizado pela ameaça. Nessas circunstâncias, porém, a resposta de “luta” ou de “fuga” seria pouco aceitável socialmente; então temos de aprender a passar por cima das nossas reações.

  26. Durante todo dia anulamos nossas reações corporais ao estresse. Quando a resposta fisiológica ao estresse não é descarregada, há o início de um efeito cumulativo no corpo. Isso é chamado de estresse crônico, o estresse que se acumula no corpo e não é liberado. O estresse crônico, com frequência, produz desequilíbrios hormonais que levam a um aumento da pressão sanguínea e suprime o sistema imunológico, responsável pela destruição das células anormais ou dos micro-organismos estranhos ao corpo.

  27. Hans Seyle, médico endocrinologista introduziu o termo “stress” em 1926, na área da saúde. Os sinais e sintomas do nível físico que ocorrem com maior frequência são: aumento da sudorese, “nó” no estômago, tensão muscular, taquicardia, hipertensão, hiperatividade, mãos e pés frios, náuseas. Em termos psicológicos, vários sintomas podem ocorrer como: ansiedade, tensão, angústia, insônia, alienação, dificuldades interpessoais, dúvidas quanto a si próprio, preocupação excessiva, dificuldade de concentração, dificuldade de relaxamento, tédio, ira, hipersensibilidade, depressão.

  28. As três fases do Estresse são: Reação de Alarme, Fase de Resistência e Fase de Exaustão. Segundo Selye o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal tem um papel fundamental no desenvolvimento da resposta ao estresse. Ele classificou a resposta a estressores como Síndrome de Adaptação Geral (SAG).

  29. VÍDEO: Fisiologia do Estresse

  30. De fato, no estresse crônico, os hormônios liberados modificam a resposta imunológica. O cortisol funciona como inibidor do sistema imunológico e, em excesso, pode mesmo suprimir as funções de defesa. Os tumores malignos são mais frequentes em pacientes com a imunidade baixa. Estudos conduzidos pela Universidade de Stanford mostraram que as pacientes com câncer de mama cujo cortisol era mais elevado à noite, quando deveria estar reduzido, tinham uma expectativa de vida menor.

  31. Outras experiências revelaram que, sob influência do estresse ou administrando doses de cortisol, seria possível aumentar a vulnerabilidade ao câncer ou a progressão da doença. Estudos desenvolvidos na Universidade de Ohio, relacionando o estresse crônico e a saúde, demonstraram que indivíduos que convivem com a solidão, com a depressão e com a ansiedade têm também seus sistemas imunológicos fragilizados.

  32. O Sistema Imunológico

  33. O sistema imunológico humano consiste numa rede de células, tecidos e órgãos, que atuam na defesa do organismo contra o ataque de invasores externos e células anormais no organismo. A defesa corporal é realizada por um grupo de células específicas que atuam no processo de detecção do agente invasor, no seu combate e total destruição. Todo esse processo é denominado resposta imune. As células do sistema imunológico pertencem a dois grupos principais: os linfócitos e os macrófagos.

  34. Macrófagos: São importantes na regulação da resposta imune. Estão presentes nos tecidos conjuntivos e no sangue (quando são chamados de monócitos). Possuem a função de detectar e fagocitar (englobar e digerir) micro-organismos invasores. São os primeiros a perceber a presença de agentes invasores.

  35. Linfócitos: essa células, presentes no sangue, são um tipo leucócito (glóbulo branco) e se caracterizam por 3 tipos principais: • Linfócitos B: cuja principal função é a produção de anticorpos, quando maduros e ativos. • Linfócitos T auxiliadores/helper (CD4): responsáveis por comandar a defesa do organismo. Através de informações recebidas pelos macrófagos, são estimulados a ativar os Linfócitos T killers (CD8) e os Linfócitos B. • Linfócitos T matadores (CD8): responsáveis pela destruição de celulas anormais, infectadas ou estranhas ao organismo.

  36. Outro tipo de Linfócito, muito importante para a defesa do organismo é a célula Natural Killer, que têm como seu principal alvo as células tumorais e alguns tipos de micróbios. São células maiores do que os Linfócitos B e T e inciam o combate assim que formadas na medula óssea, não necessitando de maturação. Fazem parte de 10-15% dos linfócitos do sangue.

  37. O que podemos fazer para manter a saúde?

  38. VÍDEO: Emoções Positivas

  39. VÍDEO: Doutores da Alegria

  40. Rir é o melhor remédio!

  41. Obrigada!

  42. Referências Leshan, A. L. O Câncer como Ponto de Mutação. Pág. 17. 4 ed. São Paulo. Summus: 1992. Mello Filho, J. de. Conceituação – Introdução. In Mello Filho, J. de. e Cols. Psicossomática hoje. Porto Alegre: Artmed, 1992.  Neves, S. M. R. Breve panorama histórico da Psicossomática Psicanalítica. In Volich, R. M.; Ferraz, F. C. & Arantes, M. A. de A. C. Psicossoma II: psicossomática psicanalítica. São Paulo: Casado Psicólogo, 1998.  Peres, R. S., & Santos, M. A. dos. A exclusão do afeto e a alienação do corpo. São Paulo: Vetor, 2006.  Ramos, D. G. A psique do corpo. São Paulo, Summus: 2006. Sousa, A. T. de. Curso de História da Medicina: das origens aos fins do século XVI. 2 ed. Lisboa: Fundação Gulbenkian, 1996. Simonton, O. C.; Matthews-Simonton, S. & Creighton, J. L. Com a vida de novo. 9 ed. São Paulo: Summus, 1978.  Vasconcellos, E. G. O modelo psiconeuroendocrinológico de stress. In: TEDESCO, J. J. A.; CURY, A. F. Ginecologia Psicossomática. 1 ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2007.  Volich, R. M. (Org.) Psicossomática. São Paulo, Casa do psicólogo: 2000.

  43. Artigo: Comunicação na Família sobre o Final de Vida e a Morte / Escala de Readaptação Social de Homes & Rahe, pag. 21. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/999/2/20760_ulsd057593_anexos.pdf. Acesso em: 05/06/14.  Artigo: Estresse Crônico Afeta a Imunidade – Gilberto Ururahy. Disponível em: http://www.medriocheck-up.com.br/files/material/estress%20e%20imunidade.pdf. Acesso em 16/06/14.  Psiquiatria Geral – Transtornos Mentais. Disponível em: http://www.psiquiatriageral.com.br/cerebro/texto13.htm. Acesso em: 18/06/14.  Artigo: Estresse, Ciclo Reprodutivo e Sensibilidade Cardíaca às Catecolaminas – Ana Paula Tanno, Fernanda Klein Marcondes. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-93322002000300004. Acesso em: 30/06/14.  Artigo: Estresse e suas repercusões – Guilherme Cunha. Disponível em: https://www.med1.com.br/artigos/o-estresse-e-suas-repercussoes. Acesso em: 19/06/14.  Artigo: Psiconeuroendocrinoimunologia – Cassandra S. De Lyra, 2010. Disponível em: http://lyraterapeutica.com.br:8180/materiais/psicossomatica-PNI-LT.pdf. Acesso em: 06/05/14.

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