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Pensamento Crítico, Prática 2

Pensamento Crítico, Prática 2. Argumentação. Argumentação. Estrutura de um Argumento. Estrutura de um Argumento. Conclusão. Estrutura de um Argumento. Razões. Conclusão. Estrutura de um Argumento. Razões. Conclusão. Inferência. Análise de um Argumento.

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Pensamento Crítico, Prática 2

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Presentation Transcript


  1. Pensamento Crítico, Prática 2 Argumentação Argumentação

  2. Estrutura de um Argumento

  3. Estrutura de um Argumento • Conclusão

  4. Estrutura de um Argumento Razões • Conclusão

  5. Estrutura de um Argumento Razões • Conclusão Inferência

  6. Análise de um Argumento • Identificar Conclusões principais • Identificar Razões e Pressupostos • Esclarecer termos

  7. Avaliação de um Argumento • As Razões são aceitáveis? • As Razões apoiam as conclusões? • (As inferências são aceitáveis?) • Qual a avaliação geral quanto à estrutura, fundamento, pressupostos e inferências?

  8. Exemplo: • “Bento XVI contra o Irão” • Anselmo Borges • Padre e professor de Filosofia • (Diário de Notícias, 24-9-06)

  9. Bento XVI contra o Irão (1) • Tudo aconteceu no contexto de uma Vorlesung (lição universitária) e, mesmo admitindo que Bento XVI tenha sido talvez imprudente ao apresentar, no desenvolvimento da sua tese, a já famosa citação e que poderia fazer também uma referência à violência dos cristãos ao longo da História, deve-se reconhecer que não há razões objectivas para a indignação e os protestos do mundo islâmico.

  10. Bento XVI contra o Irão (1) • Tudo aconteceu no contexto de uma Vorlesung (lição universitária) e, mesmo admitindo que Bento XVI tenha sido talvez imprudente ao apresentar, no desenvolvimento da sua tese, a já famosa citação e que poderia fazer também uma referência à violência dos cristãos ao longo da História, deve-se reconhecer que não há razões objectivas para a indignação e os protestos do mundo islâmico. ?

  11. Bento XVI contra o Irão (2) • Como se sabe, nas universidades públicas alemãs, há duas faculdades de Teologia: uma católica e outra protestante. Ora, se a fé nada tivesse a ver com a razão, com que direito se justificaria a presença da Teologia na universidade? Daí o tema da lição do professor Joseph Ratzinger na Universidade de Regensburg: "Fé, razão e universidade."

  12. Bento XVI contra o Irão (2) • Como se sabe, nas universidades públicas alemãs, há duas faculdades de Teologia: uma católica e outra protestante. Ora, se a fé nada tivesse a ver com a razão, com que direito se justificaria a presença da Teologia na universidade?Daí o tema da lição do professor Joseph Ratzinger na Universidade de Regensburg: "Fé, razão e universidade."

  13. Bento XVI contra o Irão (2) • se a fé nada tivesse a ver com a razão, com que direito se justificaria a presença da Teologia na universidade? • Pergunta retórica... • Equivale a: • Se a teologia se justifica na universidade, a fé tem a ver com a razão.

  14. Bento XVI contra o Irão (2) • Daí o tema da lição do professor Joseph Ratzinger na Universidade de Regensburg: "Fé, razão e universidade.“ • “Daí”?

  15. Bento XVI contra o Irão (2) • Daí o tema da lição do professor Joseph Ratzinger na Universidade de Regensburg: "Fé, razão e universidade.“ • “Daí”? • De “a fé tem a ver com a razão”

  16. Bento XVI contra o Irão (2) • Se a teologia se justifica na universidade, a fé tem a ver com a razão. • e • nas universidades públicas alemãs há Teologia • Inferência aceitável?

  17. Bento XVI contra o Irão (2) • Se a teologia se justifica na universidade, a fé tem a ver com a razão. • e • nas universidades públicas alemãs há Teologia • Inferência aceitável? Não (pode haver sem se justificar)

  18. Bento XVI contra o Irão (2) • Se a teologia se justifica na universidade, a fé tem a ver com a razão. • e • nas universidades públicas alemãs há Teologia • Pressuposto: o que se dá na universidade justifica-se

  19. Bento XVI contra o Irão (2) • Se a teologia se justifica na universidade, a fé tem a ver com a razão. • e • nas universidades públicas alemãs há Teologia • e • o que se dá na universidade justifica-se • Inferência OK. Mas razões aceitáveis?

  20. Bento XVI contra o Irão (2) • Daí o tema da lição do professor Joseph Ratzinger na Universidade de Regensburg: "Fé, razão e universidade.“

  21. Bento XVI contra o Irão (2) • Daí o tema da lição do professor Joseph Ratzinger na Universidade de Regensburg: "Fé, razão e universidade.“ • Será que é por ter a ver com a razão? Podemos aceitar que sim, mas o problema encontra-se mais atrás...

  22. Bento XVI contra o Irão (3) • O conceito moderno de razão baseia-se na síntese entre platonismo (cartesianismo) e empirismo. Só as ciências naturais poderão reivindicar certeza, pois detêm o monopólio da cientificidade, que deriva da sinergia de matemática e experiência. Assim, não admira que as ciências humanas tenham procurado aproximar-se deste critério. Por outro lado, este método exclui o problema de Deus, "fazendo-o aparecer como problema a-científico ou pré- -científico".

  23. Bento XVI contra o Irão (3) • Resumindo: • Ciências humanas querem certeza • Por isso excluem o problema de Deus

  24. Bento XVI contra o Irão (3) • Resumindo: • Ciências humanas querem certeza • Por isso excluem o problema de Deus • (é preciso excluir deuses para ter certeza, ou é excluído por falta de evidências?)

  25. Bento XVI contra o Irão (4) • Torna-se, porém, claro que, nesta concepção, o próprio homem sofre uma redução, já que as perguntas radicais sobre o fundamento e fim últimos e as questões da religião e da ética não encontrariam lugar no espaço da razão universal, devendo ser deslocadas para o âmbito da mera subjectividade.

  26. Bento XVI contra o Irão (4) • Torna-se, porém, claro que, nesta concepção, o próprio homem sofre uma redução, já que as perguntas radicais sobre o fundamento e fim últimos e as questões da religião e da ética não encontrariam lugar no espaço da razão universal, devendo ser deslocadas para o âmbito da mera subjectividade.

  27. Bento XVI contra o Irão (4) • Torna-se, porém, claro que, nesta concepção, o próprio homem sofre uma redução, já que as perguntas radicais sobre o fundamento e fim últimos e as questões da religião e da ética não encontrariam lugar no espaço da razão universal, devendo ser deslocadas para o âmbito da mera subjectividade.

  28. Bento XVI contra o Irão (4) • Torna-se, porém, claro que, nesta concepção, o próprio homem sofre uma redução, já que • as perguntas sobre o fundamento e fim últimos não têm lugar no espaço da razão • devem ser deslocadas para o âmbito da mera subjectividade.

  29. Bento XVI contra o Irão (4) • A ciência exclui o problema de Deus • as perguntas sobre o fundamento e fim últimos não têm lugar no espaço da razão • devem ser deslocadas para o âmbito da mera subjectividade. • o próprio homem sofre uma redução

  30. Bento XVI contra o Irão (4) • A ciência exclui o problema de Deus • as perguntas sobre o fundamento e fim últimos não têm lugar no espaço da razão (Precisam de Deus?) • devem ser deslocadas para o âmbito da mera subjectividade. • o próprio homem sofre uma redução • (havia algo mais?)

  31. Bento XVI contra o Irão (5) • Não se pode voltar atrás em relação ao iluminismo. Mas impõe-se superar a limitação da ciência ao que é verificável na experimentação e abrir a razão à amplidão de todas as suas dimensões, isto é, não se pode ficar encerrado na razão positivista.

  32. Bento XVI contra o Irão (5) • Resumindo: • Mas impõe-se superar a limitação da ciência ao que é verificável • Mas como? Se não é verificável, como saber que é verdade?

  33. Bento XVI contra o Irão (6) • A própria razão, feito todo o seu percurso, mostra a sua abertura à transcendência. Há a estrutura racional da matéria e a correspondência entre o nosso espírito e essa estrutura. Isso é um facto, mas a pergunta sobre o porquê desse "dado de facto" já não é do domínio das ciências naturais, mas da filosofia e da teologia.

  34. Bento XVI contra o Irão (6) • Resumindo: • A correspondência entre o nosso espírito e a estrutura da matéria não é do domínio das ciências naturais, mas da filosofia e da teologia. • Porquê?

  35. Bento XVI contra o Irão (5-6) • Os parágrafos 5 e 6 parecem ser apenas afirmações, e não um argumento.

  36. Bento XVI contra o Irão (7) • Ao contrário do que, dentro do cristianismo, pensou o nominalismo e, no quadro do islão, Ibn Hazn, que defenderam um Deus arbitrário, não vinculado à verdade e ao bem, a Bíblia, nomeadamente o Evangelho de São João, refere-se a Deus como Logos: "No princípio, era o Logos" (Razão, Palavra). Por isso, criou um mundo que é inteligível racionalmente.

  37. Bento XVI contra o Irão (7) • Ao contrário do que, dentro do cristianismo, pensou o nominalismo e, no quadro do islão, Ibn Hazn, que defenderam um Deus arbitrário, não vinculado à verdade e ao bem, a Bíblia, nomeadamente o Evangelho de São João, refere-se a Deus como Logos: "No princípio, era o Logos" (Razão, Palavra). Por isso, criou um mundo que é inteligível racionalmente.

  38. Bento XVI contra o Irão (7) • O Evangelho de São João, refere-se a Deus como Logos. • Por isso, [Deus] criou um mundo que é inteligível racionalmente. • Explicação ou argumento?

  39. Bento XVI contra o Irão (7) • O Evangelho de São João, refere-se a Deus como Logos. • Por isso, [Deus] criou um mundo que é inteligível racionalmente. • Argumento. Aceitável?

  40. Bento XVI contra o Irão (8) • Neste contexto, Ratzinger defendeu a tese que lhe é particularmente querida: há uma concordância profunda entre a fé bíblica e a interrogação filosófica grega.

  41. Bento XVI contra o Irão (9a) • Só neste enquadramento ganha sentido a citação, que Ratzinger tinha lido recentemente na parte editada por Th. Khoury do diálogo que o douto imperador bizantino Manuel II Paleólogo manteve com um persa culto, em 1391, sobre o cristianismo e o islão.

  42. Bento XVI contra o Irão (8-9a) • Resumindo: • Só no enquadramento de Deus como Logos ganha sentido a citação • Questionável? • Relevante?

  43. Bento XVI contra o Irão (9b) • Na sétima controvérsia, o imperador, "de modo surpreendentemente brusco que nos espanta", dirige-se ao seu interlocutor com "a pergunta central" sobre a relação entre religião e violência: "Mostra-me o que Maomé trouxe de novo. Encontrarás só coisas más e desumanas, como a prescrição de difundir por meio da espada a fé que pregava."

  44. Bento XVI contra o Irão (10) • Aqui, o imperador explica a razão por que é irracional a difusão da fé pela violência: "A Deus não agrada o sangue e não agir segundo a razão é contrário à natureza de Deus." • Argumento?

  45. Bento XVI contra o Irão (10) • A Deus não agrada a violência • e • Não agir segundo a razão é contrário à natureza de Deus. • Por isso • É irracional a difusão da fé pela violência • Inferência aceitável? Razões aceitáveis?

  46. Bento XVI contra o Irão (10) • A Deus não agrada a violência • e • Não agir segundo a razão é contrário à natureza de Deus. • Por isso • É irracional a difusão da fé pela violência • O que quer dizer?

  47. Bento XVI contra o Irão (11) • Ratzinger sublinha que "a afirmação decisiva" contra a associação de religião e violência é precisamente esta: "Não agir segundo a razão é contrário à natureza de Deus e da alma." Se trouxe à colação este imperador, foi por causa desta afirmação que, para ele, como bizantino crescido na filosofia grega, era evidente.

  48. Bento XVI contra o Irão (11) • Resumindo: • O imperador afirmou "Não agir segundo a razão é contrário à natureza de Deus e da alma.“ • e • Esta é a afirmação decisiva contra a associação entre religião e violência • Por isso • Ratzinger citou o imperador

  49. Bento XVI contra o Irão (12) • Por isso, o papa-professor concluiu: " 'Não agir segundo a razão é contrário à natureza de Deus', disse Manuel II, partindo da sua imagem cristã de Deus. É a este grande Logos, a esta vastidão da razão, que convidamos os nossos interlocutores no diálogo das culturas. Reencontrarmo-la incessantemente nós mesmos é a grande tarefa da universidade."

  50. Bento XVI contra o Irão (11-12) • O imperador afirmou "Não agir segundo a razão é contrário à natureza de Deus e da alma.“ • e • Esta é a afirmação decisiva contra a associação entre religião e violência • Então • Foi por isso que Ratzinger citou o imperador, concluindo: " 'Não agir segundo a razão é contrário à natureza de Deus”

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