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HISTÓRIA NAVAL. INTRODUÇAO A HISTÓRIA DO MAR. DOMÍNIO DO MAR: - impedir que o inimigo use suas comunicações marítimas, bem como garanti-las em proveito próprio => normalmente decide-se por uma batalha naval: - o aniquilamento da esquadra inimiga => batalha naval decisiva;
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INTRODUÇAO A HISTÓRIA DO MAR DOMÍNIO DO MAR: - impedir que o inimigo use suas comunicações marítimas, bem como garanti-las em proveito próprio => normalmente decide-se por uma batalha naval: - o aniquilamento da esquadra inimiga => batalha naval decisiva; - a paralisação da frota inimiga => bloqueio <= batalha naval indecisa (Jutlândia - 1ªGM); e - domínio do mar contrastado => s/ domínio do mar e ambos tentam usá-lo.
As primeiras civilizações As primeiras grandes civilizações nasceram à beira d’água: Egito (Nilo), Mesopotâmia (Tigre e Eufrates), chinesa (Hoang-Ho – Amarelo e Yang-Tse-Kiang – Azul) e hindu (Ganges e Bramaputra). Além dessas, há ainda as situadas em ilhas (Creta e Japão). Os povos marítimos A primeira Talassocracia (governo de homens ligados ao mar) foi a cretense (03P) Seguiram-se os fenícios - principal colônia foi Cartago.
O navio mercante na antiguidade. Tinha as seguintes características: ØForte calado; ØBoca relativamente larga (navio redondo); ØMeio de propulsão era à vela, mas possuía remos (entrada saída de porto ou calmaria); ØFundeava através de uma poita; e ØPossuíam em média comprimento de 55 metros e boca de 13 metros (NM gregos).
O transporte de riquezas pelo mar estimulou o surgimento da pirataria. Isso levou à necessidade de se defenderem os NM, para o que se embarcaram guarnições aptas para o combate de abordagem. A ameaça ao comércio marítimo, contudo, só pôde ser controlada pela criação de navios especiais, com grande capacidade de manobra, cujo fim era a defesa dos poucos manobreiros “navios redondos”. Assim surgiu o navio de guerra, a serviço dos NM e, portanto, da economia das nações.
Os navios de guerra tinham as seguintes características: Fundo chato; ØPouca boca (navio comprido); ØPropulsão principala remo (velas para travessias longas; usadas também para aumentar a velocidade de fuga (içar as velas = fugir); ØPor causa do fundo chato e da pouca resistência aos temporais não fundeavam, eram puxados para terra (ocorrerambatalhas navais em terra – Micale, em 479 a.C., gregos vencem os persas e Egos-Patamos, em 405 a.C., espartanos vencem os atenienses); e (99AC) ØPossuíam em média comprimento de 25 metros e boca de 6 metros (Trirreme grega).
Os guerreiros eram soldados terrestres que embarcavam e seus comandantes comandavam a batalha naval. Assim foi na Batalha de Salamina (480 a.C.), a primeira grande batalha naval da história.(03P) A arma principal do navio de guerra não era o soldado que ia a bordo, mas uma protuberância colocada na proa do navio chamada esporão, aríete ou rostrum, destinada a penetrar profundamente na nave inimiga para pô-la a pique. Foram os fenícios os grandes aperfeiçoadores do esporão (revestimento em bronze). O navio de Guerra devido à tripulação numerosa era mais caro, só os governos podiam manter.
A DIMENSÃO RESTRITA DO MAR Berço da Civilização Ocidental, foi no Mediterrâneo que floresceram as atividades marítimas da Antiguidade. Para a Antiguidade Ocidental, o mar era o Mar Mediterrâneo. As embarcações eram feitas para navegar nas distâncias curtas de um mar fechado.
O MODELO IMPERIAL: Por mar ou por terra? Na antiguidade, o tipo mais comum de crescimento econômico e demográfico dos povos era através da conquista de novas terras e outras gentes, a custas de vastos investimentos em vidas e equipamentos bélicos, consumindo recursos naturais e humanos. Este modelo exigiu um elemento essencial a sua execução: forças armadas, ou seja, o Poder Militar.
A primeira vez que aparece o emprego do elemento naval em grande escala foram nas 3 tentativas persas para dominar a Grécia (séc. V a.C.): A 1a tentativa foi em 492 a.C. - exército pelo Helesponto (Dardanelos), acompanhado por uma esquadra a fim de garantir-lhe o flanco esquerdo e o apoio logístico - foi destruída pelo mau tempo. A 2a tentativa, em 490 a.C. realizou-se através do mar, constituindo-se do desembarque persa na Ática, após ter cruzado o mar Egeu. A tentativa frustrou-se com a derrota que os persas sofreram junto a Maratona. Na 3a tentativa, em 480 a.C. um exército de cerca de 180.000 homens atravessou o Helesponto, sendo seguido por uma forte Esquadra que tinha a mesma missão da primeira tentativa de invasão.
Depois de passar pelo canal de Xerxes (especialmente aberto para evitar o contorno do monte Athos), a esquadra prosseguiu ao lado do exército. A Batalha de Salamina redundou em vitória grega, que obteve a superioridade no mar. Sem possibilidade de receber o apoio logístico, o exército persa viu-se forçado a retirar-se. Em Micale (batalha naval terrestre), os gregos destruíram o restante da Esquadra persa.
Ficou provada a vulnerabilidade de exércitos operando longe de suas bases, dependentes de comunicações marítimas, se estas não forem devidamente conservadas. Mais tarde, Napoleão, no Egito, ficará na mesma situação de Xerxes na Península Helênica.
O mar neutralizado Assim como a ruptura das linhas de comunicações marítimas pode implicar na derrota de forças terrestres, pode-se neutralizar ou eliminar a ação marítima por operações terrestres bem orientadas. Alexandre avançava contra os persas, quando se sentiu ameaçado na retaguarda pelo poder naval inimigo. Os persas ameaçavam desembarcar na Grécia. Alexandre avançou sobre o litoral e dominou as bases da Marinha persa, impedindo-a de dispor dos recursos que só nesses pontos encontraria. Após isto prosseguiu para conquista da Ásia persa.
“É preciso destruir Cartago!” (“Delenda est Carthago!”) A luta entre Roma (potência terrestre) e Cartago (potência marítima) foi causada pela rivalidade comercial marítima, e gerou as Guerras Púnicas. A tática naval tinha apenas um componente marinheiro: as manobras de aproximação. O resto era como numa batalha campal: abordagem e luta corpo a corpo. Entretanto, os navios possuíam esporões e nas manobras marinheiras os cartagineses eram mais hábeis e poderiam fazer a aproximação de forma tal que não permitiria aos romanos se valerem de sua superioridade militar.
Os romanos inventaram o corvo (prancha articulada com um gancho na ponta que imobilizava o navio inimigo e permitia o desembarque da tropa). Tal engenho, aliado à surpresa com que apareceu, foi à causa da primeira vitória romana no mar sobre os cartagineses, na batalha deMiles, na costa da Sicília em 260 a.C. Em 241 a.C. (00AC) Conseqüência da 1a Guerra Púnica: Roma foi transformada em potência marítima, apta a expandir-se pelo o mar.
Mare Nostrum (nosso mar) (99AC) No período compreendido entre 133 e 31 a.C., Roma enfrentou problemas internos gerados pela sua própria expansão. As disputas internas encontraram um ponto final na disputa entre Otávio, no Ocidente, e Marco Antônio, no Oriente, que foi derrotado Batalha de Ácio, em 31 a.C. (03P)
O Mar Mediterrâneo era dos romanos. Durante 5 séculos depois da Batalha de Ácio, navios mercantes movimentavam-se do Mar Negro para a fronteira atlântica protegidos apenas por pequenas forças de patrulha. O Mediterrâneo inteiro e quase todas as suas águas tributárias haviam se tornado um mar fechado, com todas as costas e bases navais controladas por Roma. Estabeleceu-se a “Pax Romana”, o mais longo período de paz relativa na história.
A sombra do crescente Diversas tentativas fizeram os maometanos para a conquista de Constantinopla, até a invenção do “fogo grego” pelos bizantinos (era uma mistura altamente inflamável que resistia até mesmo à ação da água e que aderia fortemente à madeira das embarcações). O “fogo grego” permitiu a destruição da Esquadra árabe junto ao Mar de Mármara. (00/02AC)
O Navio de Guerra Medieval Todas estas lutas no mar eram realizadas a bordo de navios a remo. Na alta idade média, o navio empregado era o drômon (navio rápido ou corredor). No meio destes navios elevava-se um grande castelo com traves e seteiras para os arqueiros. No castelo de proa elevava-se uma pequena torre, da qual um canhão primitivo lançava o fogo grego. O drômon tinham dois mastros de velas latinas (triangular e que se enverga no sentido longitudinal do navio).
Depois da invenção do canhão, este foi adaptado à proa das galeras, de modo a atingir o inimigo pela frente, durante a aproximação das esquadras. Não poderia ser de outra forma já que os bordos eram tomados por remos. A última grande ação entre navios a remo da história foi a Batalha Naval de Lepanto, travada em 1571, junto à Península Helênica, entre mouros e católicos. Não teve qualquer significação estratégica já que a vitória cristã não foi explorada devidamente. Foi talvez a única batalha naval importante sem estar ligada direta ou indiretamente a qualquer campanha terrestre.
A arma do diabo O surgimento da pólvora veio dar novas dimensões à guerra. A invenção do canhão determinou profundas alterações na Historia e não apenas de caráter militar. Contribuiu para o fim do feudalismo, em beneficio do poder dos reis, porque estes, apoiados pela burguesia, tinham mais recursos financeiros para comprar a nova arma. Na marinha, o canhão forçou lentamente o abandono dos navios a remo que, embora mais manobreiro que o navio a vela, não podia conduzir o mesmo número de canhões. (00AC)
Guerra e comércio na Idade Média Na Inglaterra havia um acordo entre os armadores e o rei, pelo qual aqueles cediam seus navios ao Estado em caso de necessidade, para servirem como navios de Guerra, nos quais eram feitas pequenas alterações: construção de castelo na proa e na popa, para a proteção dos guerreiros, devido à tática da abordagem. A tática naval da Idade Média, mesmo para navios a pano, era a abordagem. O pouco poder ofensivo dos primitivos canhões impunha que essa arma fosse usada contra o homem, e não o material.
A EXPANSÃO DO MAR As grandes invenções Em suas primeiras navegações os portugueses empregaram navios como a barca e o barinel e, a partir de 1440, aperfeiçoaram um novo tipo de navio, que viria a ser o mais característico dessa época: a Caravela, capaz de enfrentar mares tempestuosos e condições atmosféricas adversas. A caravela: tinha borda alta, era mais alongada que seus antecessores e usava velas latinas, o que lhe permitia navegar quase contra o vento. Foi o navio dos descobrimentos.
O papel de Portugal Após a conquista de Ceuta (1415), o Infante D. Henrique instalou-se no Promontório de Sagres. Inicialmente, o objetivo era explorar a costa da África além do Cabo Não. Cada navegante que partia já o fazia baseado nas descobertas dos seus antecessores. As conquistas na costa africana foram se sucedendo. Até que, em 1488, Bartolomeu Dias descobriu o Cabo das Tormentas (Boa Esperança).
Uma vez descoberto esse caminho, por que somente onze anos depois os portugueses finalmente chegaram àquelas terras tão desejadas? Por que Vasco da Gama não seguiu o mesmo caminho que Bartolomeu Dias? Por que os portugueses não exploraram o continente africano do lado do Índico, como tinham feito com o Atlântico?
Após descobrir o extremo sul da África, Portugal tratou de: ÞConsolidar seu domínio sobre o litoral africano já explorado; ÞEstudar os ventos e as correntes marinhas do Atlântico; e ÞPreparar uma expedição que tentasse descobrir as Índias.
A viagem de Cristóvão Colombo Após longos dissabores ele teve sua idéia aceita na Espanha, graças a Rainha Isabel. A composição de sua pequena frota era a seguinte: Santa Maria; Pinta e Niña. Em 1493, Cristóvão Colombo voltou anunciando ter chegado às Índias. Foram descobertos: a ilha de Guanahani (Watling Island - Bahamas), Cuba e Hispaniola (Haiti), mas Colombo imaginava ter chegado nas Índias.
A partição do mundo por Alexandre VI Atendendo aos clamores de Portugal, mas ao mesmo tempo sem querer desagradar à Espanha, o Papa Alexandre VI dividiu o mundo descoberto e por descobrir entre os dois Estados. Pela bula Inter Coetera, o Papa estabeleceu que as terras situadas a 100 léguas a oeste do meridiano das ilhas dos Açores e do Cabo Verde seriam de Espanha e, as situadas à leste, de Portugal. Era injusta com Portugal uma vez que igualava o trabalho de 70 anos com uma única viagem dos espanhóis.
O decreto papal era impossível de ser aplicável devido as seguintes razões: 1. Não estabelecia qual o meridiano seria o ponto de partida para contagem da longitude; 2. O meridiano de Açores não é o mesmo de Cabo Verde; 3. Seria necessário estabelecer o ponto exato e que ilha seria o ponto de partida; 4. A légua portuguesa era diferente da légua espanhola.
Mesmo desprezando as diferenças decorrentes das imperfeições, toda a América seria espanhola. Saberia Portugal disso? É muito sintomático o fato de Portugal ter se recusado a assinar a bula papal e se preparado para a guerra.
O tratado de Tordesilhas A Espanha não queria Guerra com Portugal, devido asua extenuante luta com os mouros e era perigosa a Guerra para um país que tinha acabado de fazer a sua unificação. Além disso, a Espanha não fazia idéia das terras que Colombo havia descoberto.
A solução para o impasse foi diplomática, através do Tratado de Tordesilhas, que estabelecia um meridiano a 370 léguas a oeste do Arquipélago de Cabo Verde, o que garantia a Portugal grande parte das terras do Brasil. Todas as terras a oeste deste meridiano seriam de Portugal e a oeste da Espanha. (00ME)
A descoberta do caminho marítimo para as Índias Portugal só retomou a jornada para as Índias após ter garantido a posse das terras já descobertas nas costas da África e afastada durante muito tempo a possibilidade de conflito com a Espanha (diplomacia e o casamento do Rei de Portugal com a filha dos Reis Católicos em 1497).
Em 1497, quando Vasco da Gama parte para as Índias, ele segue a mesma derrota de todos os navegantes que demandavam a costa da África até a altura de Serra Leoa e daí, surpreendentemente, guina para alto mar, afastando-se do Golfo da Guiné, local onde as calmarias são freqüentes e onde começa o trecho em que a Corrente de Benguela e os ventos são contrários. Á corrente Sul Equatorial e os ventos dominantes o levaram para além do meio do atlântico, a ponto de avistar sinais de terra, do que teria dado notícia a Cabral. Somente na altura do Prata e do Sul da África vai encontrar ventos e correntes favoráveis que o levam ao extremo Sul da África. É óbvio que os portugueses andaram esquadrinhando todo o atlântico Sul.
Contratando um piloto árabe, Vasco da Gama chega a Calicute em 1498. Embora os navios lusos não tivessem tanta mobilidade quanto os árabes, eram melhores dotados de poder de fogo. O mundo estava entrando numa era da supremacia do fogo sobre o movimento e o choque.
O descobrimento do Brasil Provavelmente estiveram antes de Cabral no Brasil: o espanhol Vicente YanezPinzon (acompanhou Colombo em sua primeira viagem e percorreu o litoral do Nordeste e do Norte em janeiro de 1500) e o português Duarte Pacheco Pereira (signatário do tratado de Tordesilhas e um dos comandantes de Cabral).
Argumentos a favor da casualidade do descobrimento: 1. Trecho da carta de Pero Vaz Caminha atribuindo ao acaso a descoberta; 2. A Esquadra de Cabral não tinha os padrões de pedras para assinalar a posse das novas terras; 3. As instruções do rei de Portugal não falavam do Brasil; 4. Desvio feito por Cabral para evitar a calmaria do golfo da Guiné, já feito por Vasco da Gama.
Em compensação, em favor da intencionalidade há as seguintes razões: 1. A atitude portuguesa diante da divisão feita pelo Papa (bula Inter Coetera); 2. O conhecimento da ciência náutica e da geografia do atlântico; 3. A presença de Duarte Pacheco Pereira na frota de Cabral; e 4. O fato de que qualquer desvio causado pela corrente sul equatoriana (duvidoso) não levaria a Esquadra à Bahia, mas bem mais ao norte, em Pernambuco. As calmarias não seriam responsáveis por tão dilatado desvio.
Assim o mais provável é que Portugal já conhecia o Brasil antes de 1500, mas por razões políticas tenha esperado o momento oportuno para fazer o descobrimento oficialmente. E se considerarmos isso, os três primeiros argumentos a favor da casualidade caem por terra.
Outras navegações portuguesas 1491 – João Vaz Corte Real e Álvaro Martins Homem – Terra Nova. 1492 – João Fernandes Labrador e Pedro de Barcelos – Península de Labrador. 1501 – Gaspar Corte Real descobre o estreito de Davis, entre a Groelândia e a América do Norte. 1516 – Duarte Coelho – Cochinchina (Vietnã). 1525 – Luiz Vaz Torres – Austrália. 1538 – João Fogaça – Nova Guiné. 1541 – Fernão Mendes Pinto e Antônio da Mota – Japão.
1588 – João Martins descobriu a Passagem do Noroeste, passando pelo Estreito de Davis, Mar de Baffin, Ilhas Árticas, norte do Alasca e estreito de Behring, vindo a sair no Pacífico. Ponto alto das navegações lusitanas. 1660 – David Melgueiro descobriu a Passagem do Nordeste saindo do Japão, passando pelo norte da Sibéria, ilhas Spitzberg e chegando à Portugal pelo norte do Atlântico. A decadência portuguesa começou com entrega da coroa ao rei espanhol Felipe II, em 1580, o que fez com eu os holandeses, em luta com os espanhóis, passassem a atacar os navios portugueses.
Navegações de outros povos Os espanhóis só se tornaram navegadores depois da viagem de Colombo. Exploraram as costas do Mar das Caraíbas até que, em 1511, Vasco Nuñez Balboa, atravessando o istmo do Panamá, chega ao Oceano Pacífico.
As lutas pelo domínio dos mares A descoberta do caminho marítimo para as Índias e do Novo Continente alargou as dimensões do mar, tal como ele era conhecido pelos europeus. O principal eixo comercial do mundo, que até então fora o Mar Mediterrâneo, passou a ser o Atlântico e assim permanece até hoje.
Árabes X Portugueses (02ME) A viagem de Vasco da Gama colocou em confronto os portugueses e os árabes. Os príncipes hindus se dividiram em sua preferência. A frota de Cabral já teve que lutar contra os muçulmanos. Em 1505, Francisco de Almeida firma o domínio do mar no Oceano Índico para Portugal, após uma série de combates navais, obtendo uma categórica vitória na Batalha de Diu. (99AC) Afonso de Albuquerque continuou a obra de conquista e, em 1515, os portugueses dominavam todos os mares do oriente com exceção do Mar Vermelho.
Portugueses X Holandeses Os Países Baixos, possessão espanhola, revoltaram-se contra a intolerância religiosa e a opressão econômica de Felipe II. Em 1580, a morte do Cardeal-Rei D. Henrique interrompeu a linha de sucessão dinástica em Portugal. A sucessão coube a Felipe II d’Espanha. Na prática, isto tornou os portugueses inimigos dos holandeses. Quando Felipe proibiu a entrada dos navios holandeses em Lisboa, maior porto da Europa, os holandeses foram buscar as mercadorias do Oriente diretamente nas fontes. O domínio do mar passou então para a bandeira dos Países Baixos. Porém estava surgindo uma nova potência: a Inglaterra.
Holandeses X Ingleses (98AC) Em 1651, a monarquia havia sido derrubada na Inglaterra, que era governada, com mão de ferro, por Oliver Cromwell. O Ato de Navegação,baixado nesse ano, restringiu os direitos de outros países em favor da marinha mercante inglesa; era um golpe muito sério para a Holanda, que vivia principalmente do comércio marítimo.
1a Guerra: Batalha dos Três Dias – indecisa, os ingleses levaram vantagem, mas os holandeses conseguiram salvar a maior parte do comboio que protegiam. Foi o principal encontro. Batalha de Scheveningen – morreu o grande Almirante holandês, Martin Tromp (usava uma vassoura no alto do mastro).
2a Guerra: Batalha de Lowestoft – ambas as esquadras se mantiveram em longas colunas, chamadas linhas de batalha, que serviu de modelo para embates navais por mais de um século. Batalha dos Quatro Dias – os holandeses conseguiram penetrar no Rio Tamisa e bombardear as suas margens. Foi a principal batalha.
3a Guerra: A França, que havia auxiliado a Holanda na guerra anterior, agora estava do lado da Inglaterra. Apesar de algumas vitórias, os holandeses estavam esgotados por anos de Guerra e foram obrigados a negociar a paz. Daí em diante a Inglaterra vai se tornar a maior potência marítima do mundo.