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A Escravidão Clássica Grécia e Roma

A Escravidão Clássica Grécia e Roma. História Econômica UNICURITIBA Professor Renato Carneiro. Escravidão como modo de produção.

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A Escravidão Clássica Grécia e Roma

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Presentation Transcript


  1. A Escravidão ClássicaGrécia e Roma História Econômica UNICURITIBA Professor Renato Carneiro

  2. Escravidão como modo de produção “As cidades-Estado gregas são as primeiras a tornar a escravidão absoluta na forma e dominante na extensão, transformando-a de trabalho auxiliar e complementar, em um sistemático modo de produção.” Rezende, 2007. Roma, no entanto, aproveitaria o modelo, levando-o a um nível de maior extensão e mais profunda utilização. Nas civilizações anteriores, o trabalho compulsório era limitado no tempo e, na maioria das vezes, executado por homens que permaneciam livres, embora atendessem à uma necessidade do Estado ou da coletividade.

  3. Trabalho Manual X Liberdade Ao dissociar o homem do resultado de seu trabalho, a escravidão transformou o trabalhador em ferramenta, um objeto falante, criando ainda uma separação entre o trabalho manual e a liberdade. Com isso bloqueou o espaço para o desenvolvimento técnico, fato que explica a exigüidade de invenções que visassem aprimorar os processo produtivos. O trabalho era destinado apenas a adaptar a natureza e não de transformá-la. Assim, a única forma de prover desenvolvimento para estas sociedades era uma contínua expansão territorial e a crescente incorporação de novos escravos ao sistema.

  4. Características gerais • Apesar da limitação de um mercado interno, em função mesmo do trabalho compulsório não-remunerado, essas sociedades foram altamente monetarizadas. • Embora organizadas em torno a núcleos urbanos, as cidades greco-romanas foram núcleos de proprietários de terras e não centro de artesãos e comerciantes. • Baseavam seus modelos sócio-econômicos na contínua guerra de conquista, quando incorporavam novos escravos, terras e mercados. Quando uma destas sociedades esgotava seu ímpeto guerreiro, dava início à sua decadência.

  5. A Economia Grega Particularidades geográficas: poucas terras férteis; relevo acidentado e proximidade do mar. Por estas razões, os gregos se organizaram em cidades-Estado independentes, em permanente rivalidade entre si e sua economia fosse orientada para a navegação e para o comércio exterior. A economia grega foi marcada por três fases distintas de sua evolução: • Período Arcaico: século VIII a meados do V a.C. • Período Clássico: meados do V a finais do século IV a.C. • Período Helenístico: finais do IV a meados do II a.C.

  6. Período Arcaico: emigração(século VIII a meados do V a.C.) Quando a Grécia adquiriu suas características básicas: produção de vinho e azeite; urbanização; monetarização e escravidão. Depois da desestruturação do sistema pastoril rudimentar e comunal do período homérico (séculos XII a IX a.C.). Devido à pouca oferta de alimentos, emigração em massa, pela colonização grega do Mediterrâneo, ocupando a Sicília e o sul da Itália, para produção de cereais (775 a 675 a.C.). Outra onda colonizadora, mais de caráter comercial, buscou complementar a economia das cidades-Estado da Grécia continental, com matérias-primas (675-500 a.C.).

  7. Período Arcaico: colonização Em ambos períodos, as cidades fundadas tinham uma relação de independência quanto às cidades-mãe. Mantinham apenas laços culturais e religiosos, podendo fundar outras colônias e comercializar livremente. Colonização funcionava como especialização produtiva em nível regional, o que impulsionou a monetarização em prata, metal abundante na região da Grécia. Predominância do regime de propriedade privada, que somada à pressão demográfica e à produção de vinhas e oliveiras, tornaram o trabalho escravo de auxiliar em condição fundamental na economia grega.

  8. Período Clássico: escravidão (meados do V a finais do IV a.C.) Grande prosperidade neste período, tornando o trabalho escravo em padrão social. A técnica permaneceu rudimentar e a produção continuou baseada nos produtos tradicionais, que levou até os pequenos proprietários a utilizar regularmente o trabalho escravo. Escravidão por três motivos: nascimento; inadimplência (na Ática, até VI a.C.) e a guerra. Principalmente a guerra, constante entre cidades rivais, era a maior fonte de escravos, fazendo com que os preços ficassem baixos e estimulando uma atividade paralela de comércio de escravos, utilizados generalizadamente e não concentrados em algumas atividades econômicas.

  9. Período Clássico: manufaturas Fora Estado, que era o maior empregador de escravos, manufaturas de grande porte empregavam entre 20 e 30. Em Atenas, Samos, Corinto e Mileto a pequena oficina, dirigida pelo proprietário, com poucos escravos e alguns artesãos assalariados, requeria parcos investimentos, ferramentas rudimentares, matérias-primas compradas sem sobras. Produziam tecidos, cerâmica, mobílias, armas, objetos de vidro e metais. Transporte exclusivamente por via marítima. Navios saíam na primavera com figos secos, lã, prata, armas, cerâmica, vinhos, azeite e voltavam com cereais, peixe seco, carne salgada, ferro, cobre, madeiras, cera, marfim, peles e linho até o outono. Balança comercial deficitária, pois importavam mais que exportavam.

  10. Período Helenístico(finais do IV a meados do II a.C.) Guerra do Peloponeso (431 a 404 a.C.) que opôs Atenas a Esparta, acabou por permitir que a Macedônia, sob liderança de Alexandre Magno, dominasse a Grécia continental e mais o Egito, Fenícia, Síria, Mesopotâmia, Pérsia e a Índia, a oeste do rio Indo, mesmo que por pouco tempo (334-325 aC.). Alargamento do espaço econômico grego, ampliação de mercados e da atividade econômica. Pela primeira vez, um império reúne sistemas econômicos tão diferentes entre si, precursor da centralização político-econômica-militar de Roma sobre a antiguidade Clássica.

  11. Império Helenístico

  12. Período Helenístico 50 anos após estabelecimento do Império Helênico, a Grécia deixou de ser o eixo econômico da região, passando à condição periférica, atrás das economias da Mesopotâmia (selêucidas) e do Egito, dos Ptolomeus. Escravidão grega não se tornou a forma de trabalho dominante nas regiões das civilizações hidráulicas. Economia helenística da segunda fase foi caracterizada por fusão do dirigismo estatal das civilizações hidráulicas, com o sistema comercial grego. Mineração, cantaria, salares, produção oleira e cerâmica de materiais de construção eram monopólio do Estado.

  13. Período Helenístico No Egito, mesmo a produção e comercialização de óleos e tecidos de linho eram monopólio do Estado. Em toda a área helenística, houve desenvolvimento de corporações fechadas de artesãos, para controle de custos. Muitas terras passaram para os reis: controle também da produção de alimentos. Ampliação do controle real exigiu crescimento da burocracia de homens livres assalariados, mais um elemento de dominação social e ampliação da monetarização. Circulação em larga escala do ouro e prata persas: bimetalismo e alta de preços, que só voltaram aos níveis do período Clássico, no século II aC.

  14. A Economia Romana De pequena cidade-Estado a uma capital de um império que durante muitos séculos ocupou toda a costa do Mediterrâneo, indo até às regiões interiores da Europa ocidental e à Inglaterra. Seu sistema econômico tinha por características: • Escravidão como forma de trabalho; • Monetarização como padrão de troca; • Comércio como atividade motora; • Cidade como unidade produtora, sem deixar de estar ligada às atividades rurais.

  15. Criação do Estado Itálico(século VIII a inícios do III a.C.) Destaque inicial pela geografia: dominava embocadura do rio Tibre, no vau que ligava norte e sul da Itália. Especialmente comercial, até III a.C. foi predominante na produção trigo e criação de gado bovino, em médias e pequenas unidades produtivas. Principal fonte foi a comercialização do sal, padrão para trocas (salário). Produtores livres que pagavam impostos em espécie, prestavam serviço militar gratuito, pouca escravidão, mais doméstica. Em 367 aC. proibição da escravidão por origem de inadimplência. Guerras de conquista para aumentar áreas agricultáveis.

  16. Criação do Estado Itálico Dependência das atividades agrícolas causou guerras de conquista para aumentar áreas agricultáveis aos territórios vizinhos. Em inícios do III a.C., Roma era capital da região ao sul do rio Arno, sem maiores mudanças econômicas, que troca de pequenas barras de bronze por moedas de prata cunhadas a partir de 269 a.C. Completou incorporação das cidades gregas ao sul da Itália, iniciando processo que a levaria de núcleo agrícola a centro financeiro, aberto às influências da economia helenística.

  17. Estabelecimento do Império Mediterrâneo (séculos III a I a.C.) Conquista da Magna Grécia fez Roma assumir disputa comercial entre sul da Itália e Cartago (fenícios) pelo controle do Mediterrâneo ocidental. Daí passou a dominar também as ilhas, o norte da África e península ibérica. Mais adiante, Grécia, Macedônia e Ásia Menor; Síria-Palestina, Gália e Egito. Saques, indenizações pagas pelos vencidos, impostos regulares e exploração de jazidas minerais levaram enormes volumes de capitais para Roma. Surgimento de sistema bancário público e privado e sociedades por ações para explorar recursos das colônias. Minas de prata da Ibéria cerca de 8 toneladas anuais.

  18. Império Romano

  19. Império Romano Fortalecimento de economia monetária, junto com maior espaço econômico permitiu especialização produtiva regional muito maior que a grega. Trigo pela Sicília, África do Norte e Egito; vinho e azeite pela Itália e Grécia; minérios, Ibéria. Gado, Itália e Ásia Menor; manufaturados pela Gália e Síria. Não havia competição entre regiões do Império, levando a incremento do comércio marítimo, c/ Roma no centro. Monopólios estatais (minas, sal, transportes) e Estado tornou-se maior proprietário de terras dos vencidos. Tudo era explorado para conforto dos cidadãos romanos: ociosidade e acúmulo de riquezas.

  20. Império Romano Estímulo ao ócio e destruição da base militar-administrativa-econômica do sistema romano: o campesinato itálico causaram início da decadência. Guerra contra Cartago durou 15 anos, provocando enorme devastação mesmo nos territórios romanos, pelo abandono das terras pelos camponeses. Migração em massa para as cidades. Campos só produziam vinhas e azeite, com mão de obra escrava não-itálica em grandes latifúndios. Império chegou a ter 3 escravos para cada 5 homens livres. Escravismo dominante inibiu progresso técnico, separando trabalho manual da condição de liberdade.

  21. Apogeu e Crise da Escravidão Clássica(séculos I a III d.C.) Crise generalizada em inícios do séc. III. No anterior, Roma tinha 90mi habitantes, em núcleos urbanos, com funções administrativas ou militares, todas as demais atividades exercidas pelos escravos. Romanização do Império, levou ao êxodo rural, pois foram deslocados homens livres para as periferias: concentrou propriedades fundiárias e expandiu a escravidão rural. Crescentes populações ociosas nas cidades, mantidas pela caridade dos cidadãos ou pelo Estado. Limitação da demanda e conseqüente redução da produção, sem redução de custos, levando a diminuir os recursos do Estado para manter exércitos, obras e consumo de artigos de luxo, importados do Oriente a peso de ouro.

  22. Apogeu e Crise da Escravidão Clássica Problemas do Império: menor arrecadação impostos e menos homens livres; produção e circulação de mercadorias atingidas por invasões e guerras civis; crescente inflação por manipulação monetária. Não havia como manter situação, uma vez que a última guerra de conquista foi a Inglaterra, 43 d.C. Permitiram que tribos bárbaras se instalassem como agricultores nas franjas do Império, sem repor suas necessidades. De 235 a 285 d.C. grande desequilíbrio entre exércitos romanos e bárbaros; entre despesas e arrecadação do Estado; entre campo e cidade; entre produção e consumo; entre homens livres e escravos. No fim do III século, escravidão deixou de ser modo produção dominante, pela incapacidade de repor escravos.

  23. Economia do Dirigismo Estatal(séculos IV a V d.C) Reconstrução do Império Romano, após crise, passou por intervenção do Estado em todos os aspectos da vida econômica, inclusive pela superação da escravidão para assegurar o funcionamento do próprio Império. Dirigismo estatal pelos imperadores Diocleciano (285-305) e Constantino (324-337): artesãos e comerciantes eram obrigados a corporações de ofício e serviços gratuitos ao Estado; todos os que cultivavam a terra eram inamovíveis, apesar de nominalmente livres (colonato); impostos e remunerações recebidos/pagos em espécie; hereditariedade de funções profissionais permanentes; preços de mais de mil artigos fixados pelo Estado. Resultado: retração da economia, oposta ao que se pretendia.

  24. Economia do Dirigismo Estatal Crescente processo de ruralização do Império ocidental, pois citadinos para fugir de impostos e serviços pesados e gratuitos para o Estado, como construção muralhas, conservação urbana, pagamento de funcionários, além da crise constante de abastecimento. Classe mais abastadas fogem para o campo, onde era mais difícil serem alcançados pelo Estado. Seguidos pelo pobres e dependentes da caridade dos cidadãos. Esvaziamento das cidades e decadência do Império, em movimento que dominaria a Europa pelos sete séculos seguintes. Oriente, onde escravidão nunca foi absoluta, assumiu o eixo econômico do império que se fragmentava, dando início a um período de feudalização do ocidente.

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