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PRIMEIRA LÍNGUA E CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO: UMA TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

PRIMEIRA LÍNGUA E CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO: UMA TRANSFORMAÇÃO SOCIAL. Ana Claudia Balieiro lodi Maria Cecília de moura. Política Educacional Bilíngue. Desde 1980 ocorre um movimento mundial com a necessidade de se implantar uma política educacional bilíngue, pensando na educação para surdos;

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PRIMEIRA LÍNGUA E CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO: UMA TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

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  1. PRIMEIRA LÍNGUA E CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO: UMA TRANSFORMAÇÃO SOCIAL Ana Claudia Balieiro lodi Maria Cecília de moura

  2. Política Educacional Bilíngue • Desde 1980 ocorre um movimento mundial com a necessidade de se implantar uma política educacional bilíngue, pensando na educação para surdos; • Esta educação considera que os surdos devam desenvolver a língua de sinais como primeira língua (L1), e a partir daí aprender a escrita da língua majoritária, que toma como base os estudos sobre ensino-aprendizagem de segunda língua (L2).

  3. Regulamentação da LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) A partir do Decreto nº 5.626, em 2005, a LIBRAS foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão das comunidades surdas. Com esta lei, tornou-se obrigatório em cursos de graduação relacionados à área da saúde e educação , a formação de professores surdos e ouvintes para a educação infantil.

  4. Barreiras encontradas no ensino-aprendizagem da LIBRAS • Desenvolvimento da libras restrito aos filhos de surdos; • Muitos surdos desconhecem a libras e buscam aprender o português como única língua; • Surdos frequentam escolas para ouvintes, com profissionais sem formação especifica para o ensino-aprendizagem dos mesmos, levando muitos ao abandono de frequência escolar; • Com a importância tardia da LIBRAS, jovens e adultos surdos sofrem ainda mais, pois em sua infância eram submetidos a práticas que procuravam apagar a surdez; • Tratamento da LIBRAS como representação do português por gestos;

  5. O Que Se Entende Por L1?! • Origem: é entendida como a primeira língua desenvolvida pelos surdos; • Identificação interna: é a língua que os sujeitos se auto identificam como falantes; • Identificação externa: é a língua pela qual os sujeitos são identificados pelos outros como falantes; • Competência: é a língua que os sujeitos possuem maior domínio; • Função: é a língua mais utilizada socialmente pelo sujeito.

  6. CONTEXTO DA PESQUISA • Em 2001 sujeitos surdos adultos buscaram a clínica de Fonoaudiologia da Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP); • Objetivo: aprender a linguagem escrita; • Desenvolvimento de oficinas bilíngues de leitura; • Interação discursiva realizada em LIBRAS; • Língua portuguesa presente apenas nos aspectos verbais; • 8 sujeitos participaram do grupo, a autora deste artigo e outros 7 surdos adultos; • Submissão dos surdos a processos que buscavam o controle das diferenças; • Grupos desenvolvidos por instrutor surdo, com o objetivo de levar os sujeitos surdos a desenvolverem a LIBRAS.

  7. Desenvolvimento Das Oficinas Bilingues De Leitura • Apresentação de revistas, jornais da cidade, gibis, entre outros, onde os sujeitos escolheram os textos que mais se interessaram; • Duas práticas de leitura dos textos pelos surdos: 1. Aspectos verbais textuais, enfatizando os itens lexicais; 2. Base no conhecimento construído no decorrer de suas práticas sociais cotidianas; • Hábito de pular as palavras desconhecidas; • As palavras reconhecidas pelos surdos eram “traduzidas” em sinais, tratadas como sendo de sentido único; • Acreditavam que a LIBRAS e o português eram a mesma língua, se distinguindo em gestos, oralidade e escrita; • A pesquisadora assumiu o papel de mediadora entre a leitura e o grupo; • As leituras dos textos fizeram com que a LIBRAS fosse refletida e compreendida nos diversos discursos presentes nos textos.

  8. Considerações finais • Ao se pensar em educação de e para surdos, deve-se garantir o conhecimento e uso da LIBRAS pelos surdos e realizar movimentos para uma real transformação desses sujeitos possa ser empreendida; • Aproximação das diferentes linguagens sociais em LIBRAS e em língua portuguesa; • Os sujeitos participantes da pesquisa assumiram a LIBRAS como primeira língua independente do período em que ela foi desenvolvida; • Os surdos passaram a olhar-se e foram vistos pelos outros como falantes da LIBRAS.

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