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O ENSINO DE MÚSICA EM SALA DE AULA: PROPOSTAS DE KOELLREUTTER Jordana de Matos Tatiane V. de Mello Prof. Orientadora: Érica Dias Gomes. Introdução.
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O ENSINO DE MÚSICA EM SALA DE AULA:PROPOSTAS DE KOELLREUTTERJordana de MatosTatiane V. de MelloProf. Orientadora: Érica Dias Gomes
Introdução • A presente pesquisa aborda o tema da educação musical, refletindo sobre algumas propostas voltadas para improvisação de Koellreutter, por meio de pesquisa bibliográfica e também participativa, havendo a aplicação de oficinas em uma escola pública, de ensino médio.
Considerações sobre o Ensino da Música no Brasil • Breve contexto do ensino da música no Brasil, partindo para o esclarecimento dos conceitos de Koellreutter.
Koellreutter e a educação musical • Nascido na Alemanha e naturalizado brasileiro, o compositor, flautista e professor Koellreutter veio para o Brasil em 1937; • Koellreutter tinha três preceitos que norteavam suas aulas: Não há coisa errada em música a não ser aquilo que não se pode executar; errado é sempre relativo a alguma coisa; o errado absoluto em música não existe. Não acredite em nada que o professor diz; não acredite em nada que os professores dizem; não acredite em nada que você lê; não acredite em nada que você pensa’; em outras palavras, questione sempre. Pergunte sempre: por quê? Se o professor não pode explicar o porquê, precisa então pensar um pouco! (PAZ, 2000, p. 222).
Música na Escola: objetivos e formas de aplicação • O ensino de música na escola tem por finalidade desenvolver o gosto pela música e a aptidão para captar a linguagem musical e expressar-se por meio dela; • “O preconceito de que é preciso possuir o “dom” inato para se fazer música não precisa mais existir. Qualquer pessoa pode aprender música e se expressar através dela, desde que sejam oferecidas condições necessárias para a sua prática. Quando afirmamos que qualquer pessoa pode desenvolver-se musicalmente, consideramos a necessidade de tornar acessível, às crianças e aos jovens, a atividade musical de forma ampla e democrática. (LOUREIRO, 2004, p.66)”
A importância da música contemporânea • “É possível conceber a música como uma disciplina de despertar, na qual o objetivo não é tanto de aprender a música, mas de desenvolver atitudes musicais, e isto, centrando-se as atividades sobre a criação, a invenção e sobre o jogo, e não sobre a assimilação de um repertório e de técnicas (ZAGONEL, 1999, p. 04).”
Implantação das oficinas na Escola • As oficinas preparadas foram realizadas no Colégio Estadual Francisco Carneiro Martins, no município de Guarapuava, Paraná, no segundo semestre de 2011. • As oficinas foram adaptadas das propostas de Koellreutter e programadas para 06 aulas em cada turma, para duas turmas do terceiro ano do Ensino Médio, sendo aumentadas no decorrer das práticas para 08 aulas em cada turma. • A faixa etária dos alunos é de 17 a 24 anos, sendo que alguns já tinham um conhecimento prévio em música, sabendo tocar instrumentos, participando de práticas musicais como a fanfarra do colégio e corais.
Fazendo música com as propostas de Koellreutter • Os modelos de improvisação escolhidos para a realização nas escola foram: os jogos de improviso “cenas do cotidiano”, “radio novela”, jogos de comunicação, “o comício” “permitido e proibido”, “loja de relógios”, “via Dutra enfeitiçada” e “Fim de Feira”, oficinas que permitissem aos reconhecer os parâmetros do som e elementos formais da música, bem como suas variações de uma maneira diferente do modo com que os alunos estavam habituados a aprender, apesar de não estarem acostumados, houve boa aceitação por parte dos alunos.
“É preciso aproveitar o tempo para fazer música, improvisar, experimentar, discutir e debater. O mais importante é o debate e, nesse sentido, os problemas que surgem no decorrer do trabalho interessam mais do que as soluções (BRITO, 2001). Ensinar aquilo que o aluno quer saber, “É preciso aprender a apreender do aluno o que ensinar”. (BRITO,2001 p31.) Mudança nas oficinas, terminando encontros com jogos de mãos e copos.
Considerações Finais • Experimentação dos modelos de improvisação desenvolvidos por Koellreutter na aplicação em sala de aula. Possibilidades e os resultados obtidos durante todas as oficinas. • Adaptações com relação a Público Alvo; • As oficinas aplicadas, atende à muitas das necessidades do ensino de arte atual, se mostra como um agente integrador de linguagens artísticas e acima de tudo de formação humana.
Referências • BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm Acesso em: 20 mai 2011. • BRITO, T. A. Koelllreutter educador: o humano como objetivo da educação. São Paulo: Peirópolis, 2001. • CHIQUETO, M. R.; ARALDI, J. Música na Educação Básica: Uma experiência com sons alternativos. Curitiba: SEED, 2008-2009. • CUNHA, D. S. S; GOMES, E. D. Música na escola? Reflexões e possibilidades. Guarapuava: Unicentro, 2011. No prelo. • FERRAZ, M. H. C. de T.; FUSARI, M. F. de R. Metodologia do Ensino de Arte: fundamentos e proposições. São Paulo: Cortez, 2009. • FONTERRADA, M. T. O. De Tramas e Fios: um ensaio sobre música e educação. 2 ed. São Paulo: UNESP, 2008. • GANDELMAN, S. Para ler e escrever Música! Revista Ciência Hoje. Rio de Janeiro, v. 138, p. 2-5, ago, 2003. • KOELLREUTTER, H. J. Educação e cultura em um mundo aberto como contribuição para promover a paz. Cadernos de Estudo: Educação Musical. Belo Horizonte: Atravez/EMUFMG/FEA/FAPEMIG, n. 6, p. 60-68, 1997. Disponível em: http://www.atravez.org.br/ceem_6/educacao_cultura.htm. Acesso em 12 nov 2011. • LOUREIRO, A. M. A. A educação musical como prática educativa no cotidiano escolar. Revista da ABEM. Porto Alegre, n. 10, p. 65 -74. 2004. • MARTINS, R. Educação Musical: conceitos e preconceitos. Rio de Janeiro: FUNARTE/ Instituto Nacional de Música, 1985. • PAZ, E. A. Pedagogia Musical Brasileira no Século XX: Metodologias e Tendências. Brasília: MusiMed, 2000. • PORTO, N. T. H. J. Koellreutter e Música Viva. Catalisadores da música moderna no Brasil. Galáxia Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica. São Paulo: PUC, v. 2, n. 3, p. 253-259, 2002. • TOURINHO, I. Encontros com Koellreutter: sobre suas histórias e seus mundos. Estudos Avançados. São Paulo, v. 13, n. 36, p. 209-233, maio/agosto, 1999. • ZAGONEL, B. Em direção a um ensino contemporâneo de música. Ictus. Salvador, v. 1, 1999.