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INFORMAÇÕES EM SAÚDE

INFORMAÇÕES EM SAÚDE. Clarissa Duarte 2009. Ministério da Saúde Decreto n.º 5.974, de 29 de novembro de 2006. UNIDADES SUBORDINADAS Secretaria Executiva - SE Secretaria de Atenção à Saúde - SAS Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS

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INFORMAÇÕES EM SAÚDE

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  1. INFORMAÇÕES EM SAÚDE Clarissa Duarte 2009

  2. Ministério da SaúdeDecreto n.º 5.974, de 29 de novembro de 2006 • UNIDADES SUBORDINADAS • Secretaria Executiva - SE • Secretaria de Atenção à Saúde - SAS • Secretaria de Vigilância em Saúde - SVS • Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa - SGEP • Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos - SCTIE • Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde - SGTES • UNIDADES VINCULADAS • ÓRGÃOS COLEGIADOS

  3. Organograma da Secretaria Executiva do MS

  4. O DATASUS A informação é fundamental para a democratização da Saúde e o aprimoramento de sua gestão. A Informatização das atividades do Sistema Único de Saúde (SUS), dentro de diretrizes tecnológicas adequadas, é essencial para a descentralização das atividades de saúde e viabilização do Controle Social sobre a utilização dos recursos disponíveis. Para alcançar tais objetivos, foi criado o Departamento de  Informática do SUS - DATASUS, hoje vinculado à Secretaria Executiva do Ministério da Saúde. Órgão de âmbito nacional, o DATASUS, através dos seus núcleos nos Estados e Distrito Federal, presta atendimento e suporte técnico às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

  5. Ao Departamento de Informática do SUS - DATASUS compete (*): I - fomentar, regulamentar e avaliar as ações de informatização do SUS, direcionadas para a   manutenção e desenvolvimento do sistema de informações em saúde e dos sistemas internos de gestão do Ministério; II - desenvolver, pesquisar e incorporar tecnologias de informática que possibilitem a implementação de sistemas e a disseminação de informações necessárias às ações de saúde, em consonância com as diretrizes da Política Nacional de Saúde; III - manter o acervo das bases de dados necessárias ao sistema de informações em saúde e aos sistemas internos de gestão institucional; IV - assegurar aos gestores do SUS e órgãos congêneres o acesso aos serviços de informática e bases de dados, mantidos pelo Ministério; V - definir programas de cooperação técnica com entidades de pesquisa e ensino para prospecção e transferência de tecnologia e metodologia de informática em saúde, sob a coordenação do Secretário-Executivo; e VI - apoiar estados, municípios e o Distrito Federal, na informatização das atividades do SUS. (*) Decreto Nº 6.860, de 27 de maio de 2009, que trata da Estrutura Regimental do Ministério da Saúde

  6. O REFORSUS • Reforço à Reorganização do Sistema Único de Saúde. • Projeto de investimentos no SUS financiado pelo Banco Mundial (ONU) que concentra seus investimentos na média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar. • A Rede Nacional Informações em Saúde (RNIS) é um dos projetos do REFORSUS.

  7. REDE NACIONAL DE INFORMAÇÕES EM SAÚDE (RNIS) • É um projeto do MS, financiado pelo Banco Mundial (ONU) de uma rede integrada na Internet para prover acesso e intercâmbio de informações em saúde para a gestão, planejamento e pesquisa para gestores, agentes e usuários do SUS. • Missão de facilitar o desenvolvimento de uma rede de informações eletrônicas, atingindo todos os municípios brasileiros. • Coordenação Nacional da RNIS - Coordenador: Diretor do DATASUS  

  8. Quais os objetivos da RNIS? • Conectar profissionais e gestores de saúde na Infra-estrutura Nacional de Informações. • Facilitar as comunicações. • Tornar acessíveis eletronicamente as informações de saúde. • Garantir um intercâmbio de informações tão fácil e seguro quanto permita a tecnologia atual. • Disponibilizar as bases de dados de interesse da Saúde. • Estabelecer uma infra-estrutura de comunicações e informática que apoie o desenvolvimento de sistemas regionais. • Para aumentar o Controle Social sobre as ações de saúde no SUS.

  9. Como atingir esses objetivos? • Apoiar projetos dos estados para o desenvolvimento de uma rede de provedores de acesso à INTERNET-BR. • Apoiar planejamento, treinamento, assistência técnica e outras formas de suporte aos estados. • Reforçar a parceria em informação em saúde entre os níveis local, municipal, estadual e federal. • Servir como um índice orientador e multiplicador para iniciativas em Informações de Saúde. • Dar suporte à expansão de uma rede de assistência para democratizar a informação em saúde.

  10. Objetivos: • Assegurar a ampla difusão e acesso às informações necessárias à gestão e ao controle social do SUS; • Implantar e desenvolver uma Rede Nacional de Informações em Saúde, a RNIS, tendo a Internet como suporte para tráfego das informações; • Garantir, como meta prioritária, o acesso à RNIS a todos os municípios da UF em um prazo máximo de 3 anos; • Visar aumento de cobertura e melhoria na qualidade das informações dos sistemas nacionais de informação de saúde; • Implantar sistemas gerenciais, de marcação de consultas, controle de internação e outros; • Garantir um aumento da abrangência das informações  direta ou indiretamente relacionadas à saúde, incluindo dados socio-econômicos, epidemiológicos, demográficos, gerenciais, normativos e financeiro-orçamentários; • Promover treinamento no acesso às bases de dados nas modalidades previstas aos gestores e técnicos do SUS, bem como a outros usuários potenciais da RNIS.

  11. Requisitos • Diagnóstico detalhado da situação atual da captação e processamento das informações no Estado; • Recursos humanos, institucionais ou não, que participarão das atividades ligadas ao projeto; • Desenho detalhado, em termos físicos e lógicos, da rede que será implantada; • Especificação detalhada das informações que serão disponibilizadas, apontando fontes, processamento, meios utilizados e beneficiários potenciais. • Especificação, com quantificação sempre que for cabível, de metas a cumprir no âmbito do projeto. • Descrição e prazo de cumprimento das etapas caracterizadas no termo de referência. • Cronograma detalhado da execução do projeto, identificando tarefas críticas e, se for o caso, eventos que podem condicionar o cumprimento dos prazos estabelecidos. Do cronograma deverão constar as datas previstas para a finalização das etapas. • Orçamento detalhado (por elemento de despesa) e cronograma de desembolsos.

  12. Elementos de avaliação • Relevância social do projeto; • Qualidade técnica da proposta; • Adequação às normas prescritas; • Itens financiáveis • Equipamentos de informática, como computadores e componentes, impressoras, modems, roteadores, componentes para redes de computadores, mobiliário especial; • Software, incluindo sistemas operacionais, aplicativos de uso geral, software de rede; Importante: desenvolvimento de sistemas, deverá ter a aprovação do Ministério da Saúde, para evitar problemas de incompatibilidade de padrões, dificuldades na manutenção e suporte e duplicação desnecessária de esforços; • Consultorias e estudos diagnósticos, incluindo assessoria para elaboração de homepages e configuração de redes; • Treinamento de pessoal, obedecendo-se à lógica de criar multiplicadores, ou seja: efetuar o treinamento de instrutores ou monitores que irão disseminar os processos e conteúdos que foram o objeto do treinamento; • Seminários.

  13. RIPSARede Interagencial de Informações para a Saúde

  14. RIPSA pg 20 Nas últimas décadas, importantes sistemas nacionais de informação foram desenvolvidos pelo Ministério da Saúde, com notáveis avanços na disseminação eletrônica de dados sobre nascimentos, óbitos, doenças de notificação, atendimentos hospitalares e ambulatoriais, atenção básica e orçamentos públicos em saúde, entre outros. Entretanto, persiste o desafio de melhor aproveitamento dessas informações, pelas instâncias gestoras do sistema de saúde. Observa-se que a expansão do acesso aos dados não tem correspondido ao desenvolvimento qualitativo dos sistemas de informação, e que faltam análises orientadas para a gestão de políticas públicas de saúde. Há indiscutível necessidade de melhorar a articulação das instituições atuantes na área de informações e de utilizar, de forma mais efetiva, a considerável massa crítica nacional de profissionais capacitados. Tal necessidade motivou a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a instituir, em 1995, a Iniciativa Regional de Dados Básicos em Saúde. A Opas tem como uma de suas funções primordiais difundir informações sobre a situação de saúde e suas tendências. Há várias décadas, vem produzindo séries estatísticas e análises periódicas de âmbito continental, cujas limitações são inerentes à qualidade e oportunidade dos dados aportados pelos países membros. A Iniciativa Regional de Dados Básicos em Saúde tem por objetivo apoiar esforços dos países membros em reunir dados e informações para caracterizar a situação de saúde no continente, bem como tornar esses dados disponíveis ao público em geral. Sua concepção baseia-se na seleção de um conjunto de indicadores, agrupados por categorias, que permite traçar um panorama geral da situação de saúde na Região. O trabalho empreendido tem motivado as esferas nacionais a aperfeiçoar seus sistemas e bases de dados e a produzir e divulgar informações, segundo critérios comuns. Ainda em 1995, o Ministério da Saúde e a Representação da Opas no Brasil acordaram em cooperar no aperfeiçoamento de informações para a saúde, em alinhamento com a Iniciativa Regional de Dados Básicos em Saúde. Uma avaliação preliminar das experiências realizadas em passado recente indicou, como prioridade estratégica, o estabelecimento de ação interinstitucional capaz de potencializar os recursos disponíveis, e de aperfeiçoar a capacidade de formulação, coordenação, gestão e operacionalização do sistema nacional de informações em saúde, preconizado na Lei Orgânica do SUS.

  15. A estratégia proposta baseou-se na criação da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa), concebida por grupo de trabalho ad hoc no qual estiveram representadas as principais estruturas do Ministério da Saúde, a Opas e instituições-chave da política de informações em saúde no País (IBGE, Abrasco, Faculdade de Saúde Pública da USP e Ipea). O Secretário-Executivo do Ministério coordenou o grupo, com o apoio de um secretariado técnico. A Rede deveria articular entidades representativas dos segmentos técnicos e científicos nacionais envolvidos na produção, análise e disseminação de dados, viabilizando parcerias capazes de propiciar informações úteis ao conhecimento e à compreensão da realidade sanitária brasileira e de suas tendências. Em oficinas de trabalho seguintes, foram definidos os objetivos e estrutura da Rede, a matriz de indicadores, os produtos prioritários e a integração de outras instituições de importância nacional para o sistema de informações. Caberia à Ripsa promover esforços continuados para articular bases de dados e informações produzidas pelas instituições integrantes. Estruturadas em indicadores específicos, essas informações se destinariam a subsidiar processos de formulação e avaliação de políticas e ações de interesse dos poderes públicos, gestores, órgãos colegiados e de controle social do SUS, entidades técnico-científicas e organizações internacionais. Em especial, a Rede promoveria consenso sobre conceitos, métodos e critérios de utilização das bases de dados. As entidades seriam co-participantes de um processo de trabalho colaborativo, realizado com a mobilização de profissionais e de bases técnico-científicas das próprias instituições, segundo suas vocações. Os produtos resultantes da cooperação estariam, por meios apropriados, ao alcance de todos os interessados. Os mecanismos de trabalho conjunto seriam operados com recursos definidos em instrumento de cooperação entre o Ministério da Saúde e a Opas. As instituições integrantes arcariam com os custos de suas atividades de rotina, podendo a Ripsa participar do custeio de produtos previstos no plano geral de ação. A Representação da Opas no Brasil atuaria como agente catalisador das iniciativas nacionais e internacionais, fortalecendo a continuidade dos processos de trabalho.

  16. Instância da Ripsa: pg. 22 Oficina de Trabalho Interagencial (OTI) Secretaria Técnica Os Comitês de Gestão de Indicadores (CGI). Os Comitês Temáticos Interdisciplinares (CTI) Instrumentos operacionais: pg. 23 Matriz de indicadores Planejamento Operacional de produtos (POP) Base comum de dados e indicadores (sediada no DATASUS) Biblioteca Virtual de Saúde (sediada no Bireme) Os produtos da Rede baseiam-se nos dados e informações gerados em parceria e referem-se tanto ao estado de saúde da população, quanto aos aspectos de natureza econômica e social que condicionam e influenciam a situação de saúde. A divulgação dos trabalhos produzidos pressupõe a consulta prévia aos parceiros e resguarda os direitos de autoria. O primeiro produto finalístico da Ripsa é a publicação regular de Indicadores e Dados Básicos (IDB) que sistematiza informações essenciais para compreensão geral da situação de saúde e acompanhamento de suas tendências.

  17. Objetivos Formalizada em 1996, por Portaria Ministerial e por acordo de cooperação com a Opas, a Ripsa tem como propósito promover a disponibilidade adequada e oportuna de dados básicos, indicadores e análises sobre as condições de saúde e suas tendências, visando aperfeiçoar a capacidade de formulação, gestão e avaliação de políticas e ações públicas pertinentes. São objetivos da Rede: • estabelecer base de informações essenciais e consistentes para a análise das condições de saúde no País, facilmente acessíveis pelos diversos tipos de usuários e construídas mediante processo interinstitucional de trabalho; • articular a participação de instituições que contribuam para a produção, crítica e análise de dados e indicadores relativos às condições de saúde; • implementar mecanismos de apoio para o aperfeiçoamento permanente da produção de dados e informações; • promover intercâmbio com outros subsistemas especializados de informação da administração pública; • contribuir para o estudo de aspectos de reconhecida relevância para a compreensão do quadro sanitário brasileiro; e • fomentar mecanismos indutores do uso de informações essenciais para a orientação de processos decisórios no âmbito do SUS. Os produtos da Rede baseiam-se nos dados e informações gerados em parceria e referem-se tanto ao estado de saúde da população, quanto aos aspectos de natureza econômica e social que condicionam e influenciam a situação de saúde. A divulgação dos trabalhos produzidos pressupõe a consulta prévia aos parceiros e resguarda os direitos de autoria. Para compor a Ripsa, foram identificadas entidades representativas dos segmentos técnicos e científicos nacionais envolvidos na produção e análise de dados (produtores de informações estrito senso, gestores do sistema de saúde e unidades de ciência e tecnologia). Parte significativa dessas instituições formalizou sua concordância em estabelecer parcerias para aperfeiçoar informações de interesse comum.

  18. 'Indicadores de Saúde no Brasil: conceitos e aplicações', 2ª edição da RIPSA pg. 24 • O texto aqui apresentado corresponde ao conteúdo do livro 'Indicadores de Saúde no Brasil: conceitos e aplicações', 2ª edição da RIPSA, publicado pela Organização Pan-Americana da Saúde - RIPSA. • É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. • Para acessar o livro na íntegra, clique aqui, ou acesse através dos capítulos abaixo listados: • Capa • Folha de Rosto, Apresentação e SumárioCapítulo 1:Indicadores de Saúde e a RipsaCapítulo 2:Matriz de indicadoresCapítulo 3: Fichas de qualificação dos indicadores • A.DemográficosB.SocioeconômicosC.MortalidadeD.Morbidade e fatores de riscoE.RecursosF.Cobertura • Capítulo 4:Fontes de informação

  19. BVS pg 15Biblioteca Virtual em Saúde

  20. Sobre a BVS RIPSA A Biblioteca Virtual em Saúde da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (BVS RIPSA) é uma iniciativa das instâncias colegiadas da RIPSA, apoiada pelo Ministério da Saúde (MS) e pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), e realizada em colaboração com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME). A BVS RIPSA tem por objetivo promover acesso on-line, universal e eqüitativo a informação relevante para a tomada de decisões em saúde, derivadas de fontes regulares de informação sobre a situação de saúde e seus fatores determinantes, com vistas a atender diferentes perspectivas de ação: • Disponibilização de conteúdos específicos sobre a produção e uso de indicadores para a saúde, e de outras informações vinculadas aos objetivos da Rede; • Divulgação de processos interinstitucionais de trabalho adotados na RIPSA, ampliando a sua visibilidade e acessibilidade nacional e internacional; e • Disponibilização de um espaço de interação para compartilhar o funcionamento da RIPSA e experiências similares na América Latina e Caribe. O Portal da BVS RIPSA permite acesso aos seguintes recursos informacionais: Documentos RIPSA:área de acesso a bases de dados de documentos próprios ou de referência para a RIPSA. Estão divididos em: • Relatórios: relatórios técnicos elaborados pelas instâncias da RIPSA • Produtos: publicações, estudos e outros produtos técnicos resultantes da atuação da RIPSA • Normativos: documentos legais sobre a constituição e operação da RIPSA Literatura de Consulta:disponibiliza acesso a documentos de referência sobre temas trabalhados pela Rede Literatura internacional:área de acesso a documentos científicos e técnicos sobre saúde, disponíveis em bases internacionais Comunidade Virtual:espaço de interação da Rede RIPSA Diretório de Eventos:diretório de eventos selecionados Catálogo de sites:catálogo de sites selecionados e relacionados com indicadores para a saúde Sobre a RIPSA:acesso a dados sobre a concepção e estruturação da Rede

  21. Sala de situação pg. 35 • Na área de informações em saúde, no Brasil, identificamos múltiplos sistemas de informação desarticulados, com níveis de cobertura e oportunidade não homogêneos. (OPAS, 1998). • Para isto a sala de situação é concebida como um processo contínuo de articulação de quatro tipos de atividades:1. coleta, tabulação e processamento de dados, produzindo planilhas de indicadores e gráficos;2. análise e comparação de dados;3. avaliação de problemas, intervenções e tomada de decisões, e4. divulgação das informações para retroalimentar o sistema de saúde e permitir o controle social. • São, também, finalidades do processo de implantação da sala de situação, a transferência de tecnologia informacional e a criação de grupos de trabalho com profissionais de planejamento, epidemiologia e informática para a análise da situação (2000).

  22. Funcionamento A Sala de situação permite a realização de estudos descritivos da situação de saúde de um estado, microrregião, município e até do espaço-população de abrangência de uma unidade de saúde. Para isso são utilizados dados e informações agregados sobre a população da área referente ao ano de interesse. Para a construção dos indicadores a sala de situação utiliza dados secundários provenientes dos sistemas de informações em saúde de base nacional (SIM, SINASC, SINAN, SI-PNI, SIAB, SIA-SUS, SIH-SUS e SIOPS), e dados demográficos provenientes do IBGE.

  23. Histórico A sala de situação foi criada para situações de guerra. Nessa concepção, militares a utilizavam para monitorar situações de perigo imediato. Em 1977, a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe - CEPAL, publicou os primeiros estudos utilizando o conceito de salas de situações no planejamento e acompanhamento de ações governamentais (Matus, 1977). No Brasil, a primeira experiência concreta aconteceu em 1994, na gestão do Ministro Henrique Santilo, quando foi criada no Ministério da Saúde a Assessoria Técnico-Gerencial - ATG. Seu objetivo era concentrar dados por meio de sistemas informatizados e disponibilizá-los em painéis e gráficos em local de acesso público. Nesse mesmo ano começou, efetivamente, o processo de descentralização do SUS com a aplicação da Norma Operacional Básica de 1993 - NOB93. Por solicitação do Ministério da Saúde, para apoiar as secretarias municipais no processo de municipalização da saúde, o escritório de Recife do UNICEF, elaborou conjuntos de sete painéis que no início do segundo semestre de 1994, foram distribuídos para as secretarias de saúde de todos os municípios de Alagoas, Paraíba e Pernambuco. A primeira sala de situação municipal foi inaugurada em Campina Grande - Paraíba, em dezembro de 1994. Em 1997, a Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA), criada e coordenada pelo Ministério da Saúde e pela OPAS, reformulou o primeiro projeto da sala de situação. Isto foi feito através de um comitê temático específico, do qual participaram representantes dos secretários de saúde, de universidades e das principais instituições envolvidas. Entre as mudanças, destaca-se a ampliação do número de planilhas de sete para treze, e a criação de dez conjuntos de gráficos: um para cada planilha numérica. Dentre os fatores que possibilitaram o avanço da sala de situação, destacamos a coordenação do Departamento de Avaliação de Políticas de Saúde (SPS/MS) e o apoio do Departamento de Informática do SUS (DATASUS),para automatização do cálculo de indicadores, utilizando o programa Microsoft Excel. A Rede Nacional de Informações em Saúde (RNIS) contribuiu para sua disseminação participando, com a SPS/MS, de oficinas estaduais de implantação da sala de situação. Até 1999 este trabalho chegou a ser realizado em 11 dos 27 estados brasileiros, com mais de 200 Salas de Situação implantadas. Os estados que mais avançaram foram: Goiás, Paraná e Pará, além do Distrito Federal. Ressaltamos que, no estado do Paraná, o "piloto" realizado em Foz do Iguaçu contou com a participação de técnicos dos Ministérios da Saúde da Argentina, Paraguai e Uruguai, que vieram conhecer o instrumento e avaliar a possibilidade de sua aplicação. Nesta época pensava-se que a disponibilização dos dados, informações e gráficos da Sala de Situação, de forma padronizada, através das homepages municipais permitiria, no futuro, a consolidação de suas informações conforme a necessidade ou interesse de cada usuário, ou seja, agregar os dados dos municípios de determinada região geográfica, ou que apresentem a ocorrência de determinado agravo, ou qualquer outro critério, não estando restrito à regionalização hoje existente. O primeiro município a colocar a Sala de Situação em sua homepage foi o município de Caruaru, no estado de Pernambuco. Nos últimos 2 anos, após mais uma mudança de Ministro da Saúde e a extinção do Departamento de Avaliação de Políticas de Saúde, o Ministério da Saúde abandonou a continuidade destas atividades, porém, na RIPSA o Comitê Temático Interdisciplinar sobre Sala de Situação continuou suas atividades, que consistiram em novas revisões e atualizações de conteúdo e, principalmente, a continuidade do processo de informatização, agora, com a captura dos dados, diretamente dos Sistemas de Informação em Saúde de Base Nacional, e o preenchimento automático das planilhas e gráficos. Neste período foram realizadas algumas aplicações (pilotos) deste novo instrumento nos estados de Goiás e Ceará. No início de 2002, uma versão beta da sala de situação foi disponibilizada para alguns interlocutores, com os quais se pôde ter a experimentação necessária para a consolidação da versão 1.0. Esta versão, que teve uma tiragem de 6.000 cópias em CD-ROM, foi lançada pelo CENEPI e OPAS no Congresso Nacional de Secretários Municipais de Saúde, em julho de 2002, na cidade de Blumenau - SC e, posteriormente, distribuída pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS) para todas as secretarias municipais do país. Ainda em 2002, o Ministério da Saúde, através do CENEPI, cujo diretor coordenou a Secretaria Técnica da RIPSA, retomou o processo de implantação da nova Sala de Situação que, até o final do ano, foi realizado em 5 estados brasileiros. Também, por iniciativa do CENEPI, foi constituído um Grupo de Trabalho* para a revisão da versão 1.0 da Sala de Situação, a qual, tendo recebido financiamento da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, incorporou a capacidade de captura automática para a construção de Salas de Situação Regionais e Estaduais. Agora, graças ao esforço e dedicação dos componentes deste grupo, em um mesmo instrumento, e já aperfeiçoado, temos a possibilidade de executar, automaticamente, o preenchimento da Sala de Situação dos municípios, regionais de saúde e estados brasileiros.

  24. .Instalação computadores que tenham acesso às bases de dados dos SIS (SIA-SUS, SIH-SUS, SIAB, SIM, SINASC, SINAN, SI-PNI) .Funcionamento .Processamento Para o preenchimento da sala de situação dados demográficos e orçamentários são acessados, pela Internet, na página do DATASUS. Em seguida o programa de captura automática (gerente da sala de situação) é ativado de um único computador, se todos os sistemas estiverem em rede, ou o que geralmente se encontra: no setor de planejamento para as bases do SIA e SIH, na Vigilância Epidemiológica para as bases do SIM, SINASC, SINAN e SI-PNI e, no Programa de Saúde da Família, para os dados do SIAB. A maior dificuldade está em conseguir dados detalhados de recursos humanos, pois o sistema informatizado existente é, somente, para a parte financeira. Este processo de preenchimento é possível porque a sala de situação compactada, com a utilização do programa Winzip, cabe em um disquete. Para cada preenchimento os arquivos são copiados no disco rígido do computador local, descompactados, e após a captura dos dados são novamente compactados, salvos no disquete, para então passar ao próximo computador, e assim sucessivamente até finalizar o preenchimento. .Análise .Operação

  25. .Conclusões A sala de situação mostra-se um bom instrumento para identificar situações preocupantes e problemas de saúde da população, além de evidenciar alguns bons resultados já alcançados através das intervenções realizadas. Isto se deve à capacidade deste instrumento de capturar automaticamente os dados, construir indicadores previamente selecionados, utilizar parâmetros oficiais para comparação e apresentar julgamento conclusivo desta comparação através de cores "avaliativas" de fácil compreensão. A sala de situação possibilita, ainda, a identificação de tendência através do acompanhamento trimestral ou mensal dos indicadores de interesse. É, também, importante ressaltar sua capacidade de detectar fragilidades dos sistemas de informações em saúde - SIS, ao colocar lado a lado dados referentes ao mesmo evento e provenientes de diferentes fontes.

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