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CASO CLÍNICO: Cardiopatia congênita acianótica

Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Unidade de Pediatria HRAS. CASO CLÍNICO: Cardiopatia congênita acianótica. ALUNOS: Miriam Monteiro Alvares Rodolfo Costa Sousa COORDENAÇÃO: Dra. Sueli Falcão www.paulomargotto.com.br 19 de Fevereiro/2009. IDENTIFICAÇÃO. J.M.P

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CASO CLÍNICO: Cardiopatia congênita acianótica

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Presentation Transcript


  1. Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF Unidade de Pediatria HRAS CASO CLÍNICO: Cardiopatia congênita acianótica ALUNOS: Miriam Monteiro Alvares Rodolfo Costa Sousa COORDENAÇÃO: Dra. Sueli Falcão www.paulomargotto.com.br 19 de Fevereiro/2009

  2. IDENTIFICAÇÃO • J.M.P • 7 meses DN: 23/06/2008 • Masculino • Natural do Gama - DF • Procedente de Luziânia – GO • HRAS – ALA “A” – Enfermaria 504

  3. QUEIXA PRINCIPAL “Cansaço e choro há 1 semana”

  4. H.D.A • Criança com Síndrome de Down, nasceu no Hospital Regional do Gama onde ao exame físico foi identificado, com 4 horas de vida, cianose de extremidades que teve resolução espontânea e sopro sistólico principalmente em foco tricúspede.

  5. H.D.A • Ficou internado no HRG por 22 dias até realização de Ecocardiograma que identificou: - Presença de forame oval patente, ampla CIV perimembranosa (0,8cm). Aumento de VD, cavidades esquerdas com dimensões normais. – PCA (1,3 mm). – Sinais de hipertensão pulmonar importante.

  6. H.D.A • Mãe informa dispnéia, choro e irritabilidade há 8 dias, sem período preferencial, associado a febre não aferida nesse mesmo período. • Relata que a piora dos sintomas foi gradual nesse período e que a criança ficou apática há cerca de 1 dia, além de estar tendo dificuldades para mamar principalmente à noite. • Revisão de sistemas: Não evacua há 7 dias

  7. ANTECEDENTES PESSOAIS • Mãe: - 4 consultas de pré-natal - G4 P4 A0 - ITU • Criança: - Nasceu de parto normal, a termo (39 sem), - Apgar = 7 / 8 - Peso: 2,595 g - Est.: 48 cm - PC: 34 cm - Imunizações completas

  8. ANTECEDENTES PESSOAIS • Patológico: - Neonatal: Desconforto respiratório leve; Hipoatividade e cianose de extremidades; Incompatibilidade ABO – fototerapia. - Dx: CIV; PCA; FOP; Hipertensão Pulmonar - Síndrome de Down - Internação aos 5 meses: Pneumonia + Sibilância

  9. HÁBITOS DE VIDA • Casa de alvenaria, 5 cômodos, presença de fossa asséptica, gatos e pássaros. • Alimentação: - SME até 6º mês de vida - Hoje: SM + sopa salgada • Pai fumante (20 cigarros/dia)

  10. ANTECEDENTES FAMILIARES • Mãe, 40 anos – saudável • Pai, 47 anos – saudável • Irmãos: - 19 anos – meningite na infância - 18 anos – saudável - 6 anos – saudável • Nega consanguinidade na família

  11. EXAME FÍSICO • Ectoscopia: BEG, hipocorado (+/4+), hidratado, acianótico, anictérico, afebril. PESO: 5,835g • ACV: Presença de frêmito borda esternal esquerda. RCR em 2T, hiperfonese de 2ª bulha, sopro sistólico (4+/6+) em borda esternal esquerda baixa com irradiação para todo precódio e dorso. FC: 110 bpm • AR: MVF, sem ruídos adventícios. FR: 42 ipm • AB: Flácido, RHA +, fígado a 1,5 cm do RCD sem alterações à palpação.

  12. EXAME FÍSICO • Genitália:Masculina, testículos tópicos • Extremidades: Sem edema, boa perfusão. • Oroscopia: Sem alterações. • Otoscopia: Sem alterações • SN: Atraso de desenvolvimento neuropsicomotor: Ainda não senta com apoio.

  13. EXAMES LABORATORIAIS • Hb: 10,1 g / dl • Ht: 31,5 % • Leucócitos: 7.700 / mm³ - seg: 31 % - bast: 0 % - eos: 3 % - linf: 62 % - mono: 4 %

  14. EXAMES LABORATORIAIS • Glicemia: 84 mg / dl • Uréia: 18 mg / dl • Creatinina: 0,3 mg / dl • EAS:* - Leuc: 30 p/c - C.E.D: 2 p/c - Flora bacteriana: + + + - Muco: + *Demais parâmetros sem resultados • Urocultura: Contaminação

  15. EXAMES DE IMAGEM • Ecografia do aparelho urinário: (09/02/09) “Sem alterações. Rins com ecogenicidade e tamanhos normais” • Ecocardiograma: (30/01/09) “CIV muscular de via de entrada com extensão para via de saída. PCA de 2,6 cm. Hipertensão pulmonar. Discreta regurgitação tricúspede.”

  16. EXAMES DE IMAGEM • Raio-x Tórax: “Pulmões expandidos e transparentes. Aumento da área cardíaca, às custas de câmaras direitas.” • Outros exames: • ECG: “ÂQRS = 90. PR = 0,14 seg. Ritmo sinusal. Presença de onda T em V1 que pode significar SVD. Não há critérios de voltagem para sobrecargas ventriculares.”

  17. Radiografia: 1mês de vida Radiografia atual

  18. DIAGNÓSTICO • Dx prévios: - CIV muscular extensa - PCA moderado - FOP - Hipertensão Pulmonar Persistente importante - Regurgitação tricúspide discreta. • Dx atual: - ITU

  19. CONDUTA • Gentamicina 30 mg EV 1X/dia *Fez um dia de cefazolina inicialmente. (início: 06/02; fim 07/02) • Espironolactona 1,5 mg / kg / dia • Captopril 2 mg / Kg / dia • Furosemida 3,4 mg / Kg / dia • Sintomáticos

  20. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS ACIANÓTICAS

  21. CONCEITOS • Volemia pulmonar = Quantidade total de sangue presente no pulmão. • Fluxo pulmonar = Quantidade de sangue que atravessa o leito capilar pulmonar por unidade de tempo. • Resistência pulmonar = Persiste alta nos primeiro dias após o nascimento.

  22. CONCEITOS 90% dos casos acontecem isolados, não associados à síndromes ou malformações; Na Síndrome de Down 50% das crianças apresentam alguma cardiopatia congênita.

  23. Em estudo realizado em Curitiba-PR no ano de 2003, 4538 crianças com cardiopatias foram analisadas epidemiologicamente. A tabela analisa a distribuição das freqüências e das prevalências das cardiopatias congênitas. Destacando as cardiopatias congênitas acianóticas: Arq Bras Cardiol 2003; 80: 269-73.

  24. AVALIAÇÃO • Como avaliar uma criança com defeito cardíaco congênito? - É cianótica ou acianótica? - Existe congestão pulmonar? - ECG: Existe hipertrofia de câmara? - Existe algum sopro ou bulha característica? - Confirmação: Ecocardiograma e / ou Cateterismo cardíaco.

  25. Cardiopatias acianóticas

  26. ETIOLOGIA • Comunicação interventricular (25-30%) • Persistência do canal arterial (6-8%) • Estenose pulmonar (5-7%) • Comunicação interatrial (6-8%) • Coarctação da aorta (5-7%) • Estenose aórtica (4-7%) • Defeito no septo átrio-ventricular (4-5%).

  27. Coração sem alterações

  28. COMUNICAÇÃO INTERATRIAL

  29. COMUNICAÇÃO INTERATRIAL • Indispensável à vida no período fetal. • Septo atrial: - Primum: fibroso e delgado (AE) - Secundum: Musculoso (AD) ● Após o nascimento Reduz resistência pulmonar.

  30. Incidência mulher:homem = 2:1

  31. COMUNICAÇÃO INTERATRIAL • TIPOS: - Ostium primum - Ostium secundum (fossa oval) ● Fisiopatologia: Shunt esquerdo-direito. O aumento do fluxo das cavidades direitas promoverá aumento do AD e VD e dilatação da artéria pulmonar.

  32. COMUNICAÇÃO INTERATRIAL • Manifestações clínicas: - Sem sintomas; - Dispnéia, palpitações, fadiga; - Infecções respiratórias e perda ponderal; - Raramente IC; - Desdobramento fixo de B2 - Sopro sistólico (BEEA)

  33. COMUNICAÇÃO INTERATRIAL • Diagnóstico: - Raio-x: Aumento da área cardíaca; Aumento da trama vascular; tronco pulmonar abaulado e convexo à esquerda. - Ecocardiograma: Aumento de VD; Movimento paradoxal do septo; Tamanho e posição do CIA - ECG: Padrão de bloqueio de ramo direito

  34. COMUNICAÇÃO INTERATRIAL • Conduta: A cirurgia eletiva deve ser realizada na idade pré-escolar em sintomáticos, e para aqueles sem sintomas que apresentam relação de fluxo pulmonar e sistêmico (Qp / Qs) de 2: 1.

  35. COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR

  36. COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR • Fechamento espontâneo em 50-60% dos casos. • Classificação: - Perimembranosa: De via de entrada ou de via de saída. (Mais comum – 80%) - Muscular : de via de entrada ou de via de saída. -Duplamente relacionada

  37. COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR • Fisiopatologia: Desvio do sangue das cavidades esquerdas para as direitas. No início, como a resistência pulmonar ainda está aumentada o shunt ainda não é tão importante. Com o tempo a túnica muscular das arteríolas pulmonares involuem e a pressão no leito pulmonar diminui.

  38. COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR • CIV pequena: Relação fluxo pulmonar e fluxo sistêmico é inferior à 1,75:1 (CIV 1/3 do diâmetro da aorta) • CIV moderada: O fluxo pulmonar é o dobro do sistêmico (CIV metade ou ¾ do diâmetro da aorta) • CIV grande:Fluxo igual ou superior ao sistêmico (Diâmetro igual ou superior ao da aorta).

  39. COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR • Manifestações clínicas: - Geralmente assintomática; - Nas grandes ocorre hipertensão pulmonar, dispnéia, taquicardia, sudorese, infecções respiratórias e IC.

  40. COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR - Ictus deslocado lateral e inferiormente; - Frêmito paraesternal; - SS em BEEI holossistólico; - 2ª bulha hiperfonética na CIV grande;

  41. COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR • Diagnóstico: - Raio-x na CIV grande: Cardiomegalia, artéria pulmonar aumentada e intensificação da trama vascular pulmonar; - Ecocardiograma: Avalia a anatomia do defeito e os componentes hemodinâmicos com o Doppler

  42. COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR • Diagnóstico: - ECG: Sobrecarga biventricular ou de VE com crescimento atrial. - Indicações de cateterismo: Determinar magnitude do Shunt; Suspeita de associação com outros defeitos; Estudo da pressão Pulmonar

  43. COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR • Conduta: - Profilaxia de Endocardite bacteriana; - Uso de diuréticos, digitálicos e restrição hídrica - Cirurgia: Quando não se tem controle clínico adequado; Criança > 2 anos com Qp:Qs maior que 2:1. - Cerclagem paliativa da artéria Pulmonar.

  44. PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL

  45. PERSISTÊNCIA DO CANAL ARTERIAL • Fechamento funcional: 12 horas de vida • Fechamento anatômico: dentro de 14 a 21 dias. • PCA: Mais comum em mulheres e está associada à síndrome da rubéola congênita.

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