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COLÉGIO e CURSO CONEXÃO - ETAPA Pré-Vestibular e Ensino Médio . Rolezinhos e consumo: uma apropriação pouco usual do espaço urbano. Prof. Me. Leandro Marcos Tessari e-mail: lmtessari@yahoo.com.br Araraquara – SP / 2014. Orientações bibliográficas.
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COLÉGIO e CURSO CONEXÃO - ETAPAPré-Vestibular e Ensino Médio Rolezinhos e consumo: uma apropriação pouco usual do espaço urbano Prof. Me. Leandro Marcos Tessari e-mail: lmtessari@yahoo.com.br Araraquara – SP / 2014
Orientações bibliográficas • DEBORD, Guy. A sociedade do Espetáculo. • Eu etiqueta. Carlos Drummond de Andrade.
Linhas Gerais... • Rolezinhos– dar um rolê: uma volta e se divertir (gíria) • Espaço do Shopping – espaço para dar um “rolê” • Resposta dos “MC’s” a proibição de bailes funknas ruas de São Paulo • Shopping – espaço para conhecer os “famosinhos” das Redes Sociais • Os rolezinhos, neste caso, podem estar associados ao funk ostentação (gênero musical que mistura a batida do funk e letras sobre consumo e marcas de luxo) • Condição do indivíduo estar sendo visto – conceito da visibilidade social – na lógica da sociedade do “espetáculo” (Guy Debord)/ consumo • Não há um caráter político; não simboliza nenhum tipo manifestação.
Shopping: templo do consumo • Shopping como um espaço pleno do consumo • Público ou Privado? • Espaço para fazer baderna e confusão, gerando prejuízos financeiros e de imagem para os centros comerciais • Segurança, limpeza, estilo, elegância, beleza, etc • Reflexo da falta de espaços públicos e de convivência segura para os jovens, que veem no shopping sua única saída; • Demonstração de desigualdade e elitismo da sociedade brasileira.
Usos e apropriação do espaço • Há no Brasil um regime segregacionista a partir do fenômeno dos rolezinho? • Violência ou segregação social e racial? • Democratização dos espaços de consumo. • Melhoria da renda média do trabalhador – Ascensão da Classe C • Periferia: política de isolamento de classes até os anos 2000. • Espaço é socialmente construído e não uma mera porção física; um palco das ações sociais. • Os grupos que produzem determinados espaços estabelecem padrões de uso e apropriações desse mesmo espaço.
Jovens e poder de consumo • Democratização do consumo entre os jovens (16-24anos de idade) • Jovens da classe C – potencial de consumo de R$ 129 bilhões/mês • Jovens da classe A/B/D – potencial de consumo juntas de R$ 99 bilhões/mês • Shopping: interesse em atrair, naturalmente, esse potencial econômico – INVESTIMENTO • Consumidores: visíveis pelo ato de consumir nos shopping • Lojistas em posição contraditória: consumidores com condições de consumir ou consumidores com estilo para consumir.
Jovens e poder de consumo • Rolezinhos, shoppings, marcas e consumo - processo de afirmação social e apropriação de espaços urbanos • Shopping, "DEUS DO CAPITAL", é a materialização da integração da sociedade do consumo, em especial pelo "nova classe média" • Segundo a FGV, a "nova classe média", ou "nova classe C", tem uma renda entre R$1.064,00 e R$ 4.561,00 e abriga 52,67% da população, o equivalente a quase 98 milhões de brasileiros • Melhorias sociais: aumento do salário mínimo, a diminuição do desemprego, o aumento da linha de crédito (parcelamento pelo cartão) e a diminuição de impostos de algumas mercadorias pelo Governo, a facilidade do acesso à internet e aumento da possibilidade de frequentar uma universidade.
Jovens e poder de consumo • Os produtos comprados por jovens da “nova classe média” são, em sua maioria: produtos eletrônicos e a roupas da moda que geram status e prestígio (notebook, smartphone,tablet,bonés, roupas e tênis de grife, etc) • Os rolezinhos estão sendo compreendidos, por parcelas da sociedade, para além do consumo, associando a noção de violência, vandalismo, furtos em shopping. • Sem os rolezinhos os shopping se protegem contra a “cleptomania” – linguagem Aristocrática
Para não concluir... • Rolezinhos representam um conflito de classes sociais – apropriação do espaço – • Regime democrático – assegurando o direito de ir e vir, mas há um impedimento de circular no shopping • O ato de circular em grupo – reflexo do olhar da elite • A noção de falta de etiqueta, elegância no espaço do shopping • A situação ganha conotação de força de policial • Situação de preconceitoe discriminação legitimada por diversas ações judiciárias
Leituras Complementares • Rolezinhos tem raízes na luta pelo espaco urbano. Folha de São Paulo. Caderno Cotidiano. 19/01/2014. http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1399681-rolezinhos-tem-raizes-na-luta-pelo-espaco-urbano.shtml • POCHMANN, Marcio. Nova classe média? O trabalho na base da pirâmide social brasileira. São Paulo: Boitempo, 2012. • BAUMAN, Zygmunt. Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadorias. Rio de Janeiro: Zahar, 2008, Zygmunt. • NERI, Marcelo. A nova classe média: O Lado Brilhante dos Pobres. Rio de Janeiro: FGV/CPS, 2010. • LIPOVETSKY, Gilles; ROUX, Elyette. O Luxo Eterno - Da idade do sagrado ao tempo das marcas. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. • DEBORD, Guy. A sociedade do Espetáculo. Ebooks-Brasil.com, 2003. http://www.cisc.org.br/portal/biblioteca/socespetaculo.pdf