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CONFESSO QUE VIVI: ECONOMISTA HETERODOXO EM UM TEMPO SINGULAR JOANÍLIO RODOLPHO TEIXEIRA

CONFESSO QUE VIVI: ECONOMISTA HETERODOXO EM UM TEMPO SINGULAR JOANÍLIO RODOLPHO TEIXEIRA. Breve Apresentação. Após minha graduação na UFJF, fiz pós-graduação em Economia na USP. Lecionei no ITA, onde fui o 1º aluno proveniente da área de humanas e sociais a completar o mestrado.

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CONFESSO QUE VIVI: ECONOMISTA HETERODOXO EM UM TEMPO SINGULAR JOANÍLIO RODOLPHO TEIXEIRA

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Presentation Transcript


  1. CONFESSO QUE VIVI:ECONOMISTA HETERODOXO EM UM TEMPO SINGULAR JOANÍLIO RODOLPHO TEIXEIRA

  2. Breve Apresentação • Após minha graduação na UFJF, fiz pós-graduação em Economia na USP. • Lecionei no ITA, onde fui o 1º aluno proveniente da área de humanas e sociais a completar o mestrado. • Então, tornei-me pesquisador e professor do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE). • Em seguida, fui researchstudentna London SchoolofEconomics. • Completei meu PhD na Universityof Kent atCanterbury, em 1975. • Retornei ao Brasil para lecionar e desenvolver pesquisas no INPE e ITA. • Em 1977, migrei para a Universidade de Brasília (Professor titular e chefe do departamento de economia). • Criação da Sociedade Brasileira de Econometria (SBE), onde fui o 1º Chairman e, posteriormente, Editor da Revista Brasileira de Econometria. • Passei por instituições como Cambridge (para meu primeiro pós doutoramento), Harvard, Lisboa, Oxford, Berkeley, Milão, Verona, Stanford, Sorbonne, IEDES, Lugano,Friburgo, Coimbra, etc.

  3. Agradecimentos • Eu gostaria de prestar meu agradecimento à Faculdade de Economia da Universidade Federal de Juiz de Fora pela Medalha JK . • Também, agradeço aos professores, funcionários, alunos, amigos e a nossa UFJF. • Agradeço especialmente a minha família, com carinho e gratidão.

  4. Frequentemente a causa principal da pobreza em ciência é a riqueza presumida. A finalidade da ciência não é abrir a porta ao saber infinito, mas colocar um limite à infinitude de erros. Bertold Brecht A vida de Galileu

  5. Em certo sentido, fazer uma pesquisa em Economia é um exercício mais complexo que jogar uma partida de xadrez. Existem mais de 318.979.564.000 bilhões de formas de ambos os jogadores realizarem as 4 primeiras jogadas. Ante tanta complexidade, a diferença entre um principiante e um mestre não está em saber escolher a jogada correta, mas, pelo contrário, em saber descartar as bilhões de jogadas equivocadas. Economia, como ciência social, é muito mais complexa.

  6. Por que estou falando disso? • Procuro um descolamento do ortodoxo. • “Toda ciência seria supérflua, se a aparência e a essência das coisas fossem parecidas.” • Devemos ter um “olhar desconfiado”. • “Devemos duvidar de tudo.” • Os pensadores, de alguma maneira, têm apenas interpretado o mundo de várias formas, mas o importante é modificar o ser humano e o mundo; dentro de um espírito democrático levando em conta as diversas percepções e as incertezas existentes. • “Nada do que é humano me é indiferente.” • Isso, com base nas influências que tive, principalmente, de Marx, Freud e Bertrand Russel.

  7. Freud redesenhou nossa origem e, assim, nossa identidade. Segundo Darwin os seres humanos constituem uma espécie mais primitiva proveniente da mesma árvore biológica de primatas. Freud assume a tarefa de narrar a origem da hominização a partir de um passo fundante, que transformou o primata em ser humano dentro da vida em sociedade, regida por regras (tabus) e não mais apenas pela força despótica. Essa narrativa do pacto social já tinha sido expressa por diversos pensadores. Contudo, foi Freud quem, pela primeira vez, realizou essa reflexão no contexto moderno.

  8. Se existe uma noção recorrente na obra de Freud é a que remete à estrutura temporal complexa, multi estratificada tanto da construção da nossa psique como da cultura. Nesse contexto, que reúnem diversas temporalidades, o conceito de trauma, violência, atravessa a história da humanidade. Freud em “Totem e tabu”, enfatiza os desastres e catástrofes que deixam nossa cultura e a nossa memória como uma paisagem acumulada de escombros. Daí certas dificuldades da teoria econônomica.

  9. O que é o homo economicus • Segundo a maioria dos modelos econômicos o estudo das ações econômicas do ser humano poderia ser feito abstraindo-se as outras dimensões culturais do comportamento: dimensões morais, éticas, metafísicas, políticas, etc. Concentraram seu interesse naquilo que identificaram como as duas funções elementares exercidas por todo e qualquer indivíduo: o consumo e a produção. Que ingenuidade! Mas este é um tema que escapa a esta apresentação.

  10. Quais são os fundamentos da mudança? • É preciso questionar (visão é um ato cognitivo pré-analítico): • O estudo (desconfiar dos limites da racionalidade, do agente representativo); • A disciplina (o que explica as dotações iniciais?); • A educação (que não reduza o horizonte de visão do ser humano); • Valores (limitar o egoísmo: favorecer a liberdade, igualdade e fraternidade). • Também é preciso sonhar: • "É preciso sonhar com a condição de crer em nosso sonho. De examinar com atenção a vida real, de confrontar nossas observações com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossa fantasia". • Nem sempre seremos bem sucedidos. "Do rio que tudo arrasta, se diz que é violento; mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem".

  11. Quais as motivações da mudança? • Acredito no valor do trabalho, da dedicação, e na expansão do conhecimento buscando um mundo mais solidário, justo, fraterno e democrático. • Equidade é fundamental, além, acima e não raro contrariamente a conceitos como isonomia e igualdade. A busca da equidade significa tratar desigualmente situações e condições desiguais, ainda mais, se essa desigualdade tem numa ponta a inferioridade – em níveis de renda, condições de saúde, alimentação e acesso a serviços básicos.

  12. Forma de mudança: Heterodoxia Foiimenso o fracasso da ideia de queexistiram “leis” quasenaturaisquedeterminariam a melhor forma de organização do sistemaeconômico. E queelaspoderiamser “descobertas” e exploradas para sugerir à sociedadecomoconstruí-la. Tevecomolamentávelresultadoa descrençaquehojeenvolve a economia, pensadacomo “ciência” peloseconomistasquesenteminveja da física. Desprezamoslimites dos métodosquantitativosnasciênciassociais, têmexcesso de pedantismo formal que tem acarretadoinegáveisequívocosnapolíticaeconômica. Veja o “príncipe” emilgatopardo.

  13. Forma de mudança: Heterodoxia É fundamental reconhecer: • Quenaeconomiapolítica, aocontrário da física, o agentereage, pensa, tem limiteséticosfixadosporsuacultura, imita o comportamento dos outros, tem memória e podeexistir a possibilidade de escolha; • Queosparâmetros no espaçoeconômicosãoinstáveise suascondiçõesestruturais, comoconsequência do aprendizado e da experiência, modificam-se, as vezes, com imensavelocidade (crise), quandocomparadasaomundofísico; • Quandodecisõeseconômicascruciaisdevemsertomadas, osdecisoresnãopodemmeramenteassumiremque o futuropodeserreduzido à riscosquantificáveis, calculados a partir de dados existentes de mercado. Porexemplo, decisõesquanto à investimentosdependem do animal spirite estãorodeadaspelaincerteza. O errosobre o futuropodeter alto custo.

  14. Forma de mudança: Heterodoxia • Economistasqueinfluenciarammeuesforço de pesquisae de entendimento do mundo: • Karl Marx; • Rosa Luxemburgo; • Michal Kalecki; • Joan Robinson; • Nicholas Kaldor; • MichioMorishima; • Luigi Pasinetti; • Celso Furtado. • Economistasheterodoxosraramentesãopremiados, especialmentepeloPrêmio Nobel.

  15. Algumas Honrarias Recentes • Em agosto de 2012, a UnB outorgou-me o título de PROFESSOR EMÉRITO. Desde dezembro de 2012 sou Consultor da Cambridge University Press. • Em janeiro de 2013 fui admitido como membro da “Associationdes Amis de la Foundation Maison desSciences de L’Homme” em Paris. Também da “Association de laCitéInternationale de Paris”.   • Ainda neste ano fui eleito membro do “Centro Internacional Celso Furtado”. • Em dezembro fui eleito “Fellowofthe World AcademyofArtandSciences” (WAAS), o que constitui uma das maiores honrarias internacionais para um acadêmico. • Acabo de ter a honra de receber a “Medalha JK”, da Universidade Federal de Juiz de Fora e estou feliz, pois foi a UFJF que me proporcionou a formação inicial.

  16. Atualmente • Pertenço ao quadro de professores pesquisadores voluntários (pro bono publico) da UnB, onde continuo lecionando e orientando pesquisas. Também permaneço no quadro de pesquisadores do CNPq, onde lidero o grupo de “Crescimento e Distribuição”. Posição que manterei até o início de 2016.

  17. Atualmente • Publiquei mais de uma centena de artigos em revistas de prestígio internacional e editei mais de uma dezena de livro. Convivi com scholars formidáveis. Lecionei ou fui pesquisador em universidades de grande reputação. O horizonte está aberto a amplas oportunidades, dependendo do esforço e dedicação .  

  18. Para finalizar • Diria como Bertrand Russel no prólogo de sua autobiografia: “Isto tem sido minha vida e creio que ela tem sido digna de ser vivida. Vivê-la-ia de novo com a maior alegria, se a oportunidade me fosse oferecida.” A essas palavras eu acrescentaria naturalmente que buscaria fazer as correções necessárias. • Sei que “tudo que é sólido desmancha no ar.” Contudo, espero continuar compartilhando por mais um tempo, com todos, minha experiência acumulada.

  19. Como bem conjecturou Cícero, “Sapientiaestsanitas animi”, ou seja, a sabedoria é a saúde do espírito. Com esta proposição de profunda relevância, parabenizo o esforço da Faculdade de Economia da UFJF em contribuir para o avanço do debate acadêmico, político e social. Desejo que os alunos dessa Instituição tenham sucesso como profissionais e  seres humanos. Meus agradecimentos

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