300 likes | 424 Views
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. Professor Universitário Enfermeiro Educador. Prof. Luciene Santoro. Professor Universitário. Que tipo de conhecimento o enfermeiro deve obter na sua formação para tornar-se um professor?.
E N D
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Professor Universitário Enfermeiro Educador Prof. Luciene Santoro
Professor Universitário Que tipo de conhecimento o enfermeiro deve obter na sua formação para tornar-se um professor? O profissional da Enfermagem ao abraçar a carreira docente, em geral, valoriza as disciplinas pedagógicas em sua formação? Por quê?
Formação do Professor Universitário REQUISITOS LEGAIS Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Art. 66 - A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado. A LDB estabelece também que as universidades deverão apresentar “um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado”. Nada esclarece, entretanto, em relação aos demais estabelecimentos de ensino superior. Resolução nº 20/77
REQUISITOS PESSOAIS Características Físicas e Fisiológicas: · Resistência à fadiga · Clareza vocal · Acuidade visual · Acuidade auditiva Psicotemperamentais: · Estabilidade emocional · Versatilidade . Iniciativa · Autoconfiança · Paciência · Cooperação
Intelectuais: · Inteligência verbal · Memória · Observação · Raciocínio lógico · Rapidez de raciocínio · Imaginação · Orientação · Crítica
REQUISITOS TÉCNICOS 1. Preparo Especializado na Matéria 2. Cultura Geral 3. Conhecimentos e Habilidades Pedagógicas · Estrutura e Funcionamento do Ensino Superior: análise dos objetivos a que se propõe o ensino superior; · Planejamento de Ensino: previsão das ações para alcance dos objetivos;
· Psicologia da Aprendizagem: esclarecimento de fatores facilitadores de aprendizagem; · Métodos de Ensino: conhecimento dos variados métodos para melhor aproveitamento dos mesmos; · Técnicas de avaliação: capacidade para construção de instrumentos; aplicação da avaliação formativa cujo objetivo é facilitar a aprendizagem. Fonte: GIL, A.C. Metodologia do ensino superior. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1997
Será que todos estes ingredientes são mesmo necessários? Professor qualificado
AO MESTRE COM CARINHO PARTE 2 Vamos analisar alguns aspectos nos trechos selecionados do filme. • Situação do grupo; • Objetivos percebidos; • Características do professor; • Postura com a turma; • Resultados obtidos.
Posso não ser tudo que um professor precisa, mas sei que preciso dar tudo de mim para ser o que meus alunos precisam!!! ......
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS A que profissional elas cabem?
PRINCIPAIS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS QUE CONVIVEM NO BRASIL 1. Pedagogia Liberal: Sustenta a idéia de que a escola tem a função de preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com suas aptidões. As diferenças de classe social não são levadas em conta, cabendo a cada um o esforço de procurar o seu aprimoramento pessoal, qualquer que seja a sua condição inicial. Está representada pelas Pedagogias Tradicional, Renovada e Tecnicista.
Pedagogia Tradicional: Iniciou-se no século XIX e dominou grande parte do século XX, sendo ainda hoje utilizada. Professor: centro do processo, único detentor de todo saber, disciplinador, treinador. Objetivo: transmitir grande quantidade de informações. Metodologia: aula expositiva, conteúdo pré-determinado e fixo. Aluno: ser passivo, acrítico, mero receptor e reprodutor.
Pedagogia Renovada: É a chamada Pedagogia Nova, conhecida como movimento do Escolanovismo ou Escola Nova, origina-se na Europa e Estados Unidos, no final do século XIX, influenciando o Brasil por volta dos anos 30. Professor: facilitador no processo de busca de conhecimento, organizador e coordenador das situações de aprendizagem, adaptando suas ações às características individuais dos alunos, para desenvolver suas capacidades e habilidades intelectuais.
Objetivo: levar o aluno a aprender pela descoberta, aprender a aprender. Metodologia: ensino guiado pelo interesse do aluno, por experiências. Aluno: centro do processo, ser livre, produtor de trabalhos artísticos, com expressão, revelação de emoções, de insight, de desejos.
Pedagogia Tecnicista: Determinada pela crescente industrialização, quando a Pedagogia do Escolanovismo não responde às questões referentes ao preparo de profissionais. Desenvolveu-se na segunda metade do século XX, nos Estados Unidos, e, no Brasil, de 1960 a 1979. Professor: mero especialista na aplicação de manuais e sua criatividade fica restrita aos limites possíveis e estreitos da técnica utilizada. Objetivo: formar novos usuários e produtores da tecnologia em crescimento no país e no mundo, produzir indivíduos competentes para o mercado de trabalho.
Metodologia: técnica para atingir objetivos instrucionais, aprender-fazendo, altamente controlada e dirigida pelo professor, com atividades mecânicas inseridas numa proposta educacional rígida e passível de ser programada em detalhes. Aluno: indivíduo que reage aos estímulos de forma a corresponder às respostas esperadas pela escola, para ter êxito e avançar. Seus interesses e seu processo particular não são considerados e a atenção que recebe é para ajustar seu ritmo de aprendizagem ao programa que o professor deve implementar.
2. Pedagogia Progressista: No final dos anos 70 e início dos 80, constituíram-se as denominadas Pedagogias Progressistas, tendo como proposta uma educação crítica a serviço das transformações sociais, econômicas e políticas para a superação das desigualdades existentes no interior da sociedade. Está representada pela Pedagogia Libertadora e pela Crítico Social dos Conteúdos.
Pedagogia Libertadora: Iniciou-se no final dos anos 50 e início dos anos 60, quando seu movimento foi interrompido pelo golpe militar de 1964; teve seu desenvolvimento retomado no final dos anos 70 e início dos anos 80. Professor: coordenador de atividades que organiza e atua conjuntamente com os alunos. Objetivo: engajar as camadas sociais menos favorecidas economicamente na luta política, com atuação mais efetiva na educação extra escolar, apesar de presente também nas escolas.
Metodologia: discussões de temas sociais e políticos, ações sobre a realidade social imediata; analisa-se os problemas, seus fatores determinantes e organiza-se uma forma de atuação para que se possa transformar a realidade social e política. Aluno: ser crítico, atuante e político.
Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos: Surge no fim dos anos 70, como reação de alguns educadores que não aceitam a pouca relevância que a Pedagogia Libertadora dá ao aprendizado chamado ‘saber elaborado’, historicamente acumulado, que constitui parte do acervo cultural da humanidade. Professor: deve ajudar os alunos a ultrapassarem seus saberes por meio do desenvolvimento do senso crítico, mediando entre o individual e o social, entre o aluno e a cultura social e historicamente acumulada.
Objetivo: levar os alunos a terem o domínio de conhecimentos, habilidades e capacidades, possibilitando assim interpretar suas experiências de vida e defender seus interesses de classe, buscando a transformação da sociedade. Metodologia: valorização da ação pedagógica enquanto inserida na prática social concreta. Difusão de conteúdos concretos, indissociáveis das realidades sociais. Aluno: ser crítico, concreto e histórico
Por que é importante conhecermos sobre tendências? Qual a tendência do Prof. Tackeray? E a do enfermeiro encenado? E a sua?
Aplicação destes conhecimentos na ação educativa do enfermeiro assistencial Em qual destas situações ela é possível? • Treinamento e orientação à equipe de enfermagem e estagiários • Orientação ao paciente e à família em ambiente hospitalar • Orientação à vítima e transeuntes em situações de urgência e emergência
Há muitos anos atrás, quando eu trabalhava como voluntário em um hospital, conheci uma menininha chamada Liz que sofria de uma terrível e rara doença. A única chance de recuperação para ela seria através de uma transfusão de sangue de seu irmão mais velho, de apenas 5 anos, que, milagrosamente, tinha sobrevivido à mesma doença e parecia ter, então, desenvolvido anticorpos necessários para combatê-la. O enfermeiro encarregou-se de explicar a situação para o menino e perguntou, então, se ele aceitava doar o sangue dele para a irmã. Eu o vi hesitar um pouco, mas depois de uma profunda respiração ele disse: __ "Tá certo, eu topo, já que é para salvá-la...".
À medida que a transfusão ia progredindo, o menino, deitado na cama ao lado da cama da irmã, sorria, assim como nós também, ao ver as bochechas dela voltarem a ter cor. De repente, o sorriso dele desapareceu e ele foi entristecendo. Com uma lágrima nos olhos, apertou a mão do enfermeiro que havia conversado com ele e perguntou com a voz trêmula: __ “Eu vou começar a morrer logo?”... ----------------------------- Por ser tão pequeno e inocente, o menino tinha interpretado mal as palavras do enfermeiro... pensou que teria que dar todo o seu sangue para salvar a irmã, dando, assim, sua vida pela dela! A maneira como as palavras são ditas, pode fazer grande diferença...
Atividade escrita para próxima aula
Leituras complementares: “Competências e Habilidades”, “As principais tendências pedagógicas que convivem no Brasil” e “As tendências pedagógicas e a prática educativa nas ciências da saúde” Bom fim de semana!!