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LEITURAS SINTOMAIS E ENSINO DE ARTE CONTEMPORÂNEA: INTERFACES ARTE E PSICANÁLISE

Introdução

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LEITURAS SINTOMAIS E ENSINO DE ARTE CONTEMPORÂNEA: INTERFACES ARTE E PSICANÁLISE

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  1. Introdução Este paper apresenta os aspectos teórico-metodológicos de uma pesquisa que privilegia relações entre arte, história e psicanálise, no estudo da criação e do processo criativo. Trata da leitura sintomal como reflexão teórica para a leitura de textos, livros, diários, correspondências, manuscritos e outros materiais escritos por artistas envolvidos em processos de criação visual, sonora e audiovisual. Privilegia-se o mapeamento e a produção contemporânea com enfoques para termos da modernidade e seus atores. Imagens e sons são observáveis do ponto de vista das relações intertextuais e o cruzamento da pesquisa histórica (e teórica) com a pesquisa no campo da etnografia, da clínica e da produção poética é privilegiada. Nestes termos, o trabalho procura discutir questões em torno da metodologia da produção de audiovisuais e registros documentais de processos de pesquisa em poéticas contemporâneas. LEITURAS SINTOMAIS E ENSINO DE ARTE CONTEMPORÂNEA: INTERFACES ARTE E PSICANÁLISE Objetivo Investigar a noção de leitura sintomal Analisar e comparar os procedimentos teóricos e o desenvolvimento de métodos de trabalho na clínica e nos lugares de trabalho do artista. Observar as relações destes saberes-processos-fazeres com os campos do ensino de arte e as formações atuais da História da Arte. Resultados parciais ou finais O método da pesquisa em arte assemelha-se à pesquisa no campo clínico pelo modo como a metodologia deve estar contida nas operações que as práticas propiciam – seja a da prática da clínica, seja a da prática do artista em seu ofício investigativo -, produzindo um objeto que resulta da inter-relação entre uma reflexão meta-teórica (conceitos, métodos, ferramentas de trabalho, técnicas) e a instalação do lugar de trabalho. Observar a maneira como a psicanálise instalou um lugar de saber que reúne o particular-singular (hoje, por vezes, chamado em discursos epistemológicos, de subjetivo) com uma meta-teoria da clínica (a formação de uma rede conceitual que designa o corpus da psicanálise). Justificativa A importância dos estudos e das contribuições da psicanálise, freudiano-lacaniana para uma teoria da arte e dos processos criativos, bem como dos registros desenvolvidos durante os processos (livros, manuscritos etc). Entender este contributo nas formas de um saber da prática artística e nas abordagens que afetam o trabalho do historiador-teórico contemporâneo da arte, tal como na leitura dos textos de Didi-Huberman, afetando assim os modelos para um ensino de arte (e da história da arte). Marcio Pizarro Noronha – marcpiza@terra.com.br; marcio.pizarro@hotmail.com / http://marciopizarro.wordpress.com CAJ – UFG / EMAC - PPG MÚSICA / FCHF - PPG HISTÓRIA Conclusões O psicanalista funciona, na maioria das vezes, tal como o artista. A singularidade de ambas as práticas combinada aos modos do funcionamento do lugar da teoria nesta prática – da clínica, do ateliê, do treinamento, etc. – enfocam este duelo entre uma prática que produz sua teoria e um universo de conceitos que são operadores simbólicos e ferramentas de trabalhos (técnicas psicanalíticas, técnicas artísticas) a serem recriados e problematizados no campo empírico, tendo como princípio a atenção flutuante do analista e a própria flutuação do artista, traduzindo-se em estados onde uma comoção da identidade subjetiva (edípica) sofre seus acidentes de percurso e se põe num estado derivativo. . Na pesquisa histórica e, em meu caso particular, na pesquisa em História da Arte, uma vertente importante deste encontro é dada, num lugar fora da psicanálise, mas por ela contaminado – no pensamento de Walter Benjamin. Nos termos mais gerais da História (e de uma Teoria da História), por exemplo, seguindo a lógica proposta por Freud-M”Uzan, a estruturação psíquica edípica apenas conhece uma história ordenada na forma de reconstrução do passado, sustentada em mecanismos de exclusão (apagamento) e de invenção. Nestes termos, toda a história oficial do sujeito – como toda a história oficial da cultura e de uma sociedade – são formações inconscientes edipianizantes, na medida em que se sustentam, por conta de uma estruturação narrativa de exclusão de suas outras versões. Um ponto de vista clínico (psicanalítico) e da investigação poética (dos artistas) não permite sustentar ao infinito tal teorização. Uma história inventada é uma sobrevida aos escombros daquilo que faz parte de seu conteúdo latente. A História acaba por ter a forma de uma novela, um modo romanesco de funcionamento, onde tudo pode ser refeito, mas não repetido identicamente. Ou melhor, a repetição existe no princípio do remake, onde repetir é refazer diferente, ou melhor, fazer o Mesmo de modo que a cada vez surja o Diferido, como procura para frente e para trás de um Idêntico que não poderá jamais ser reencontrado. Referências bibliográficas AMBRIZZI, M. L; NORONHA, M. P. Vídeos experimentais em história da arte. De Interartes: Kandinsky, música, pintura e o espiritual na arte ao estudo documental de Santuários artísticos [Kracjberg (BA), Dona Romana (TO), Projeto AREAL (RS) e Nêgo (RJ)] in: Anais Eletrônicos do XII Congresso Regional de História – ANPUH / RJ, Simpósio Temático O Audiovisual na Contemporaneidade. DERRIDA, J. A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 1971. DERRIDA, J. 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