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ANÁLISE INSTITUCIONAL COMO PROCEDIMENTO METODOLÓGICO DA PESQUISA EM PSICOLOGIA

ANÁLISE INSTITUCIONAL COMO PROCEDIMENTO METODOLÓGICO DA PESQUISA EM PSICOLOGIA. Prof. Dr. João Batista Martins Dep. Psicologia Social e Institucional Universidade Estadual de Londrina.

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ANÁLISE INSTITUCIONAL COMO PROCEDIMENTO METODOLÓGICO DA PESQUISA EM PSICOLOGIA

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Presentation Transcript


  1. ANÁLISE INSTITUCIONAL COMO PROCEDIMENTO METODOLÓGICO DA PESQUISA EM PSICOLOGIA Prof. Dr. João Batista Martins Dep. Psicologia Social e Institucional Universidade Estadual de Londrina

  2. As instituições criam certezas e, desde que sejam aceitas, eis o coração apaziguado, a imaginação acorrentada. Illich

  3. ANÁLISE INSTITUCIONAL Teoria em permanente construção Processo contínuo de elaboração Ordem do inacabamento MOVIMENTO INSTITUCIONAL

  4. MOVIMENTO INSTITUCIONAL ...não tem, em sua origem, uma única referência teórica: trata-se de um movimento que não se fechou em uma determinada teoria ou área de pesquisa das ciências sociais. (Hammouti, 2002, p. 12)

  5. MOVIMENTO INSTITUCIONAL Na gênese do movimento institucional há várias experiências ou correntes de práticas sociais de intervenção: psicoterapia e pedagogia institucionais francesas, psicossociologia americana de grupo, organização, formação e, ainda, a influência da filosofia e da sociologia política (Castoriadis, Sartre, Lefebvre...). (Hammouti, 2002, p. 12, n. 5)

  6. MOVIMENTO INSTITUCIONAL PRÁTICAS SOCIAIS DE INTERVENÇÃO Psicoterapia Institucional Pedagogia Institucional Análise Institucional/Socioanálise

  7. MOVIMENTO INSTITUCIONAL CONCEITOS Analisador - “...se caracteriza enquanto fenômeno de aspecto histórico, natural (que diz respeito naturalmente a uma situação de tensão) ou construído (dispositivo experimental), que introduz a instituição em uma crise vivenciada por um grupo, por uma organização ou por uma sociedade inteira.” (Hammouti, 2002, p. 19)

  8. MOVIMENTO INSTITUCIONAL CONCEITOS Instituição/Organização - Em um plano formal, uma sociedade é um tecido de instituições que se interpenetram e se articulam entre si para regular a produção e a reprodução da vida humana e a relação entre os homens. Sob tal perspectiva, as instituições são entidades abstratas, por mais que possam estar presentes, registradas em escritos ou tradições.

  9. MOVIMENTO INSTITUCIONAL CONCEITOS Instituição/Organização - este caráter abstrato da instituição é problemático pois ela é um objeto virtual, produzida pela análise que a elabora e, ao mesmo tempo, a interpreta. A instituição é imaterial. Ela não é jamais acessível diretamente. Podemos apreendê-la somente através da materialidade das coisas da organização.

  10. MOVIMENTO INSTITUCIONAL CONCEITOS Instituição/Organização - A instituição designa ao mesmo tempo um estabelecimento, como, por exemplo, uma clínica; ou uma escola religiosa, a instituição São José, por exemplo; mas designa também o direito, que é uma instituição; designa ainda o casamento, que é uma instituição, pode designar também a Cruz Vermelha Brasileira que é, ao mesmo tempo, uma organização e uma instituição. Isto significa dizer que a palavra instituição trás, em sim mesma, uma polissemia.

  11. MOVIMENTO INSTITUCIONAL CONCEITOS Instituição/Organização - A organização no sentido de March e Simon é um conjunto organizado de funções interdependentes, quer dizer que eu só posso falar de organização em termos funcionalistas. A organização supõe um modelo mecanicista (...) Mas, a análise institucional que vai colocar problemas de status (de posição), de valores, de finalidades (...); de missão, de política e não mais de estratégia, abrirá um outro tipo de questionamento.

  12. MOVIMENTO INSTITUCIONAL CONCEITOS Instituição/Organização - De uma certa forma a instituição é o sentido ou o não sentido da organização. Eu não acesso jamais a instituição diretamente. Eu só posso atingir a instituição ... através das coisas concretas da organização. Uma Universidade é uma organização, há os prédios, as paredes, os regulamentos sobre as paredes, por vezes há os guardas, pessoas de uniforme, a instituição é invisível, é imaterial, mas o peso da instituição é imenso.

  13. MOVIMENTO INSTITUCIONAL CONCEITOS Instituição/Organização - No âmbito da análise institucional não se coloca a questão do como, do porquê, mas para quem isso serve, quem se aproveita disso, quais os interesses em jogo. E nesse sentido nós estamos, mais precisamente, no contexto de uma análise... de uma análise política.

  14. MOVIMENTO INSTITUCIONAL CONCEITOS Instituído x Instituinte DITO NÃODITO

  15. MOVIMENTO INSTITUCIONAL CONCEITOS Instituído x Instituinte HISTÓRIA DITO NÃODITO CRISE

  16. MOVIMENTO INSTITUCIONAL CONCEITOS Transversalidade - é um conceito fundamental para se explicar as dinâmicas institucionais. A instituição não está isolada dos conflitos da sociedade global. Ela é atravessada pelas pertinências respectivas de seus membros aos grupos, categorias, ideologias, pertinência que são diferentes daquelas da instituição

  17. MOVIMENTO INSTITUCIONAL CONCEITOS Ardoino aproxima ao conceito de transversalidade a noção de trasversalidade. Com este termo ele quer indicar a necessidade de levar em consideração que grupos artificiais (com relação aos grupos reais) ou... aqueles cujo princípio de reunião é essencialmente simbólico (grupos de formação, de sensibilização, grupos de terapia) são atravessados pelo jogo das forças sociais, pelos modelos da realidade exterior, pela sociedade global, com suas desigualdades, suas relações de força e de dominação.

  18. MOVIMENTO INSTITUCIONAL CONCEITOS Com a primeira noção, a de transversalidade, nós nos aproximamos dos processos de simbolização que são possíveis no âmbito da instituição, a segunda, porém, a de trasversalidade, pressupõe a idéia de que toda microinstituição (como, por exemplo, a família) como toda instituição regional (como, por exemplo, uma escola), específica ou local, tende a resumir, a conter e a reproduzir o sistema institucional geral – que diz respeito à sociedade como um todo.

  19. MOVIMENTO INSTITUCIONALQUANDO???? “Quando surge uma crise na família ou no grupo em que você vive, no prédio, bairro ou cidade onde mora, no local em que trabalha ou ao qual vai para se divertir ou fa uma crise na família ou no grupo em que você vive, no prédio, bairro ou cidade onde mora, no local em que trabalha ou ao qual vai para se divertir ou fazer esporte, onde pratica atividades religiosas o políticas, no estabelecimento em que é professor ou aluno, na associação da qual é membro etc., pode-se dizer que estão reunidas as condições para uma análise intitucional.” (Lourau, 2004, p. 122)

  20. MOVIMENTO INSTITUCIONALAS REGRAS DA SOCIOANÁLISE Aanálise da demanda: análise da encomenda do staff-cliente (responsáveis da organização) e de sua demanda implícita diferente (ou escondida atrás) da encomenda, de um lado, e de outro, análise da demanda do grupo-cliente (membros e usuários da organização). O campo de intervenção da socioanálise apóia-se, então, sobre o coletivo-cliente que compreende o conjunto do staff-cliente e os grupos que formam o grupo-cliente e, também, sobre as determinações espaciais e temporais das sessões socioanalíticas.

  21. MOVIMENTO INSTITUCIONALAS REGRAS DA SOCIOANÁLISE Aautogestão da intervenção pelo coletivo-cliente em relação à: horário, lugar e numero das sessões, programa de atividades, repartição em sub-grupos em análise, modalidades de pagamento do(s) socioanalista(s). Enfim, obstáculos a autogestão das sessões ou suas limitações são analisados e podem desvendar as determinações institucionais ocultas.

  22. MOVIMENTO INSTITUCIONALAS REGRAS DA SOCIOANÁLISE Aregra de “tudo dizer” que consiste, por meio das sessões, em restituir, recuperar o “não-dito” da instituição (sua história, os rumores, os segredos da organização, etc. ) e, também , os pertencimentos sociais externos que atravessam essa unidade social. Este projeto de restituição das “verdades escondidas”, enfrenta, efetivamente, obstáculos ou resistências que são analisados como reveladores da estrutura institucional e do não-saber que rege e determina o seu funcionamento.

  23. MOVIMENTO INSTITUCIONALAS REGRAS DA SOCIOANÁLISE Elucidação datransversalidade, ou seja esclarecimento do peso dos diferentes pertencimentos à diversos grupos, categorias, ideologias, das particularidades referenciais das pessoas que compõem o coletivo-cliente e, que negam seu pertencimento comum a unidade social em análise. As particularidades de pertencimento e de referência atravessam a organização, porque o sistema social global, a estrutura da sociedade dividida em classes refratam na unidade micro-social da organização.

  24. MOVIMENTO INSTITUCIONALAS REGRAS DA SOCIOANÁLISE Elucidação datransversalidade (cont.) Em geral, a instituição social (como um partido ou empresa, etc.) exige que seus membros se identifiquem com seus objetivos, negando lhes, assim, viver sua vida social que se baseia naturalmente na multiplicidade de seus pertencimentos. A transversalidade constitui a multiplicidade dos “momentos” da vida social, e, a maneira como ela é regulada em cada pertencimento institucional representa uma das questões que a socioanálise tenta compreender.

  25. MOVIMENTO INSTITUCIONALAS REGRAS DA SOCIOANÁLISE Análise das implicações do pesquisador-prático, ou seja a análise das respostas do staff-analítico (ou do socioanalista) em relação à transferência institucional do cliente coletivo, à demanda e à encomenda. O sociólogo, o psicossociólogo, o socioanalista encontram, freqüentemente, dificuldade em reconhecer suas implicações (afetivas, ideológicas, políticas) no objeto estudado. As resistências ao reconhecimento fazem parte do objeto da análise , elas entram no campo da análise .

  26. MOVIMENTO INSTITUCIONALAS REGRAS DA SOCIOANÁLISE Construção ou elucidação dos analisadores: Aqui analisador significa “os elementos que, em razão das contradições de diferentes tipos que se introduzem na lógica da organização, permitem enunciar as determinações da situação. Como por exemplo, um sub-grupo desviante, simplesmente com sua presença, ou por seu discurso, ou por sua ação, provoca outros membros ou sub-grupos do coletivo a se expressarem (ou ocultar certas coisas), a exercerem pressões, ou mesmo uma repressão reveladoras das relações de poder real.

  27. MOVIMENTO INSTITUCIONAL “Pequeno suplemento ao manual Mas, se não existe CRISE, como fazer uma análise institucional? Então, dê um jeito para que ela ecloda.” (Lourau, 2004, p. 125)

  28. MOVIMENTO INSTITUCIONAL Podemos dizer que a inserção do analista nas organizações, tem como perspectiva uma intervenção de caráter político, implicado... “...engajamento pessoal e coletivo do pesquisador em e por sua práxis científica, em função de sua história familiar e libidinal, de suas posições passadas e atual nas relações de produção e de classe, e de seu projeto sócio-político em ato, de tal modo que o investimento que resulte inevitavelmente de tudo isso seja parte integrante e dinâmica de toda atividade de conhecimento. (BARBIER, 1985, p. 120)

  29. MOVIMENTO INSTITUCIONAL Intervenção de curta duração: Colocar a nu em três dias (às vezes menos) a estrutura de um estabelecimento ou de uma associação: esta aposta repousaria sobre a crença implícita nas virtudes do aqui e agora e, simultaneamente, sobre a possibilidade de (re)localizar, em um período de tempo crítico, quase abstrato, todo o passado institucional e as implicações sócio-econômico-ideológico-políticas do grupo-cliente, sem falar do peso da instituição na sociedade global.

  30. MOVIMENTO INSTITUCIONAL E A PESQUISA-AÇÃO Princípios • recusa da objetividade; • intervenção de longa duração: • recusa da separação estrita entre o pesquisador e seu objeto; • vontade de estabelecer uma relação permanente entre a pesquisa e a mudança; • vontade de fazer do processo de pesquisa um objetivo da própria pesquisa; • desejo de pôr à disposição dos praticantes os resultados da pesquisa científica.

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