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Teorias que fundamentam os estudos na abordagem alternativa

Teorias que fundamentam os estudos na abordagem alternativa. Inspiração:

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Teorias que fundamentam os estudos na abordagem alternativa

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Presentation Transcript


  1. Teorias que fundamentam os estudos na abordagem alternativa Inspiração: ARAÚJO, Carlos Alberto Ávila . Estudos de usuários: pluralidade teórica, diversidade de objetos. Comunicação oral apresentada ao GT03 – Mediação, Circulação e Uso da Informação do IX ENANCIB. In: Anais do IX ENANCIB, 2008.

  2. Prólogo... • O objeto da ciência da informação é o estudo das relações entre os discursos, áreas de conhecimento e documentos em relação às possíveis perspectivas ou pontos de acesso de distintas comunidades de usuários (CAPURRO, 2003, p. 16).

  3. Capurro (2003) Identifica três paradigmas na ciência da Informação: • o paradigma físico • o paradigma cognitivo • o paradigma social

  4. Almeida et al (2007) Identificam, no âmbito dos estudos da área de gestão empresarial, três momentos, diretamente ligados a esses três paradigmas em CI dos quais fala Capurro: • a gestão de dados (fundamentado no paradigma físico), • a gestão da informação (paradigma cognitivo), • e a gestão do conhecimento (paradigma social).

  5. Para os autores: • O primeiro momento (gestão de dados / paradigma físico), centra-se nos processos tecnológicos e nas bases de dados e contempla o usuário apenas como feedback de indicadores de eficiência dos sistemas. • O segundo (gestão da informação / paradigma cognitivo) é voltado para os processos cognitivos e analisa o usuário como sujeito cognoscente possuidor de conhecimentos tácitos. • O terceiro (gestão do conhecimento / paradigma social), entende a informação como algo construído, percebendo o usuário como inserido em contextos culturais e sociais (ALMEIDA, 2007, p. 24).

  6. 14 anos atrás... Uma constatação pessoal: • Frequentemente, a intenção de transmitir determinada informação, e as ações desencadeadas com esse fim, não traduziam efetivamente as expectativas • Além disso, os esforços para “tornar comuns” os significados entre os diversos setores das organizações eram afetados por certas características particulares que os grupos “emissores” e “receptores” assumiam no cotidiano organizacional

  7. Estado de Receptividade Meios de Transmissão Perdas F E E D - B A C K Campo de Consciência Campo de Consciência Atitude intencional COMUNICAÇÃO Atitude intencional EMISSOR RECEPTOR ESTÍMULO Perdas Perdas Seleção da Informação Modelo descritivo do processo de comunicação de informações proposto por ANZIEU e MARTIN (1971, p. 113): Resposta (indireta, através da execução de uma ação) Resposta (direta, mediante mesmos meios)

  8. A partir da “descoberta” desse modelo inicial Concluiu-se que: • Qualquer estudo que deixasse de levar em consideração os “mapas de leitura” dos indivíduos usados para a produção de sentido • Esses mapas de leitura eram originados de certas “representações sociais” construídas pelos indivíduos • Essas diferentes representações sociais se relacionavam intimamente com a cultura da organização e as subculturas nas quais os indivíduos se inseriam

  9. No entanto... Essas mesmas representações sociais • Eram intimamente relacionadas com a cultura onde essa sociedade estava inserida, sofrendo influências constantes do ambiente externo • Por outro lado, haviam evidências da existência de um núcleo inconsciente que conectava essas representações contruídas coletivamente à psicologia individual dos sujeitos envolvidos

  10. Essa constatação... Colocou em evidência o papel do símbolo nesse processo: • O símbolo, nesse contexto, seria muito mais que um organizador ou uma unidade de significado pura e simples, seria uma instância de ligação que contém a possibilidade de sentido. • “A carga simbólica de significações das palavras gradualmente utilizadas induzem associações de sentido que expandem os respectivos campos de compreensão dos interlocutores, e permitem que esses campos de compreensão sejam cada vez mais coincidentes ou divergentes” (Paula, 1999)

  11. Um exercício associativo: • Em grego: Sym (junto, comum, simultâneo) e Bolon (aquilo que foi lançado) significando junção de coisas que tem algo em comum. • Em latim: Sumbalon palavra usada para descrever um objeto, usado como sinal de reconhecimento, cortado em duas metades cujo confronto permitia aos portadores reconhecerem-se como irmãos mesmo sem jamais terem se encontrado. • Em alemão: Sinn (sentido, significado) e Bild (imagem) cuja tradução poderia ser imagem significativa.

  12. Ao investigar um produto cognitivo... • ... relacionado com a produção de sentido (a “representação social”) eu havia me deparado com uma situação muito mais complexa que demandava ferramentas até então pouco utilizadas nos campos da gestão da informação e do conhecimento, em geral, dos estudos de usuários, em particular • Estudos que repetiam abordagens tradicionais das pesquisas em comportamento informacional e organizacional (uma perspectiva nomotética procupada em estabelecer leis e/ou estudar eventos recorrentes)

  13. Abordagens que... • … apresentavam uma compreensão fragmentada das competências necessárias para a troca de informações – especialmente aquelas para se comunicar em ambientes instáveis • Especialmente por subvalorizar a influencia da dimensão coletiva nos comportamentos individuais…

  14. Paralelamente, aqui na ECI... Araújo (2008, p. 14) propunha: • “Talvez a adoção de uma outra racionalidade, que valorizasse a pluralidade, a validade de diferentes critérios de cientificidade (permitindo incorporar avanços dos estudos das várias áreas “alternativas” que se seguiram à consolidação do modelo hegemônico) pudesse dar aos estudos de usuários a condição adequada para avançar teórica, conceitual e metodologicamente, para a compreensão desse complexo objeto de estudo que são os usuários da informação.”

  15. Em outros contextos, preocupações semelhantes: • Estudos de Mendel (1998 e 1999), Lhuillier (2006) and Thibierge (2007) – que indicaram o que, na frança foi chamado Approche clinique (abordagem clínica) do fenômeno organizacional como uma alternativa para dificuldades semelhantes às relatadas. • Ecos dessa visão podem ser reconhecidos em outras perspectivas, como, por exemplo, aquilo que Schein (2009) vem chamando de Helping.

  16. O seria uma “Abordagem Clínica da Informação”?

  17. Uma abordagem que tem • …por característica uma perspectiva profunda do fenômeno da informação, utilizando-se de uma perspectiva clínica (sem, no entanto, utilizar um viés psicopatológico) para alcançar níveis de análise que não são usuais nos estudos comportamentais e cognigtivistas tradicionais

  18. Poderíamos, inspirados por esses autores, propor uma “Abordagem Clínica da Informação”?

  19. Uma abordagem que teria • …por característica uma perspectiva profunda do fenômeno da informação, utilizando-se de uma perspectiva clínica para alcançar níveis de análise que não são usuais nos estudos comportamentais e cognigtivistas tradicionais

  20. O uso do temo clínico, para descrever um método, não pode ser separado de sua origem médica, conforme atesta a descrição de Turato (2003). • (...) o termo clínico deriva do latim clinicus, que quer dizer uma ‘pessoa acamada’, e do grego ... (klinikos), ‘relativo à cama’, de ... (kline), ‘leito’. Desta forma, ter uma atitude clínica significa colocar-se naturalmente frente a uma pessoa necessitada para ao menos compartilhar com ela as ansiedades e angústias, surgidas ou agravadas com sua condição de adoentado (Turato, 2003,p. 239).

  21. Uma abordagem clínica da informação se basearia em algumas premissas básicas: • a interação entre os indivíduos e a informação é indissociável da sua inserção nos grupos sociais a que se vincula; • essa inserção em grupos sociais determina que o comportamento de busca por informações (bem como os desdobramentos que a ele se seguem) seja um processo experiencial e contingencial marcado, consciente ou inconscientemente, pelos campos psíquico, cultural, histórico e social; • o campo psíquico é composto pelas dimensões cognitivas, perceptivas e afetivas indissociavelmente;

  22. Uma abordagem clínica da informação se basearia em algumas premissas básicas: • o campo psíquico influencia e é influenciado pelos campos cultural, histórico e social; • a investigação desses fenômenos é de natureza complexa e dificilmente alcançada apenas por um instrumento; • os instrumentos padronizados tem se revelado insuficientes para apreender as múltiplas dimensões da relação entre os indivíduos e as informações; • uma alternativa para abordar esses indivíduos, os grupos em que estão inseridos e as organizações é o método clínico.

  23. Um método clínico para a abordagem da informação consistiria em: • investigar o objeto sobre o qual se põe um problema, inserindo as informações coletadas na dinâmica particular desse objeto, reconhecendo e determinando determinados estados, padrões, movimentos e alterações.

  24. Essa ação permitiria : • descrever fenômenos, tecer diagnósticos, prognósticos ou prescrever intervenções.

  25. Uma vez que: • o método clínico tem como principal preocupação o recolhimento de dados e informações sem isolá-los da situação “original” em que foram reunidas e do contexto em que se inserem, seu “meio” seria por excelência, o estudo de caso.

  26. Um conjunto bastante extenso de técnicas pode ser utilizado para apreender esse os múltiplos aspectos desse “caso / objeto”: • Restringindo-nos às sugeridas pelos pesquisadores das ciências sociais (Vergara (2005), por exemplo) poder-se-ia citar:

  27. Mapas de associação de idéias Análise de Conteúdo Mapas cognitivos Análise do discurso Triangulação Historiografia Metodologia Reflexiva Grounded theory Grupos de foco Desconstrução Técnicas de complemento Construção de desenhos Fotoetnografia Pesquisa-ação Analogias e metáforas Incidente crítico Método Delphi Netnografia Fenomenologia Técnicas de construção Etnografia Teste de evocação de palavras

  28. No entanto, • trata-se de uma lista aberta de possibilidades, que se estende para muito além dessas alternativas e onde o tipo de interesse na pesquisa pode permitir a busca por novas alternativas (ou mesmo a utilização de alternativas híbridas)

  29. Pode-se sugerir, ainda, que... • ... essas técnicas, devido à mutabilidade do objeto estudado, possam ser usadas de forma combinada permitindo acessar diferentes aspectos do objeto do contexto estudado.

  30. Uma vez coletados os dados passa-se ao estudo aprofundado do caso que pode ser definido por três componentes essenciais: • A dinâmica: onde o (os) sujeito (os), processo (os), ou fluxo (os) estudado (os) deve (m) ser compreendido (s) em suas interações com o contexto que o (s) envolve (m), com os outros sujeitos, processos ou fluxos e com seus elementos intrínsecos; • A gênese: a origem da situação estudada; • A totalidade: o seu processo histórico próprio ou ciclo vital.

  31. Alguns métodos...

  32. Análise de conteúdo: • Presta-se a fins exploratórios e de verificação (para confirmar ou não hipóteses / suposições) • Exige categorias exaustivas, mutuamente exclusivas, objetivas e pertinentes • Permite tratar grande quantidade de dados se utilizar programas de computador, porém sua interpretação depende do pesquisador e de sua “hermenêutica” • O risco quando nos detemos no mais frequente é perder o que está ausente ou é raro

  33. Análise de conteúdo: Como fazer?

  34. Análise de conteúdo: • Revisão de literatura pertinente ao problema e se escolhe a orientação teórica de suporte • Definem-se as suposições para o problema • Definem-se os meios para coleta de dados: documental ou de campo (entrevistas abertas, semi-estruturadas ou questionários abertos?)? • Coletam-se e transcrevem-se os dados

  35. Análise de conteúdo: • Define-se o tipo de grade de análise (aberta, fechada ou mista) • Leitura do material coletado (leitura flutuante?) • Definem-se unidades de análise (palavra, expressão, frase, parágrafo?) • Definem-se categorias de acordo com a grade escolhida: - Aberta: categorias “vão surgindo” espontaneamente - Fechada: categorias delimitadas previamente de acordo com os objetivos e a teoria norteadora - Mista: admite as duas formas, sua subdivisão, inclusão ou exclusão

  36. Análise de conteúdo: • Procede-se a análise de conteúdo através de procedimentos estatísticos, interpretativos ou ambos • Resgata-se o problema • Confrontam-se os resultados com a teoria de suporte • Extrai-se da anaálise às conclusões

  37. Etnografia: • Possibilita um compreensão ampla da atuação dos indivíduos no ambiente organizacional: acesso à realidade formal e informal • Permite identificar valores e aspectos do relacionamento entre os seus integrantes (muitas vezes desconhecidos) • Permite descobrir o simbolismo presente nos comportamentos (através da imersão na realidade dos depoentes) e características de culturas e subculturas • Permite uma visão abrangente da satisfação dos pesquisados dentro do ambiente onde eles são pesquisados

  38. Etnografia: • Por exigir contato prolongado, demanda tempo considerável para a realização da pesquisa • Exige que o pesquisador busque minimizar os riscos da omissão ou revelação de dados distorcidos pelo grupo pesquisado • Exige sensibilidade para captar o observável • Exige sensibilidade para atuar no campo, ouvir, observar e reconhecer momentos adequados para perguntar e conversar • Exige uma decisão ética: devo me apresentar ou não como pesquisador?

  39. Etnografia: • Por exigir contato prolongado, demanda tempo considerável para a realização da pesquisa • Exige que o pesquisador busque minimizar os riscos da omissão ou revelação de dados distorcidos pelo grupo pesquisado • Exige sensibilidade para captar o observável • Exige sensibilidade para atuar no campo, ouvir, observar e reconhecer momentos adequados para perguntar e conversar • Exige uma decisão ética: devo me apresentar ou não como pesquisador?

  40. Etnografia: Como fazer?

  41. Etnografia: • Define-se o tema e o problema de pesquisa • Revisão de literatura orientadora • Negocia-se o início da pesquisa de campo com o grupo pesquisado • Primeiros contatos com o grupo no campo • Coletam-se dados por observação simples e participante • Selecionam-se sujeitos para serem entrevistados

  42. Etnografia: • Coletam-se dados por meio de entrevistas, fotografias ou outros procedimentos • Registram-se os dados em um diário de campo • Codificam-se os dados • Comparam-se os dados obtidos através dos diversos procedimentos • Analisam-se os dados • Resgata-se o problema • Confrontam-se os dados com a teoria de suporte • Formula-se a conclusão

  43. Um exemplo de aplicação: Utilização do binômio sentido-afeto como possibilidade de alcançar a “autogestão” inconsciente e subjacente da informação (muitas vezes em desacordo com a “realidade” oficial da organização).

  44. Empiricamente... A análise das comunicações de grupo de professores de um departamento da área de Ciências Humanas em uma tradicional instituição de ensino superior brasileira.

  45. Uma questão: Uma vez que a produção de sentido em uma organização é construída nas relações entre seus integrantes, nas interpretações que esses integrantes extraem do contexto em que eles se inserem e na dimensão simbólica subjacente a esse contexto, poderia o conceito símbolo apresentado anteriormente ser aplicado à análise dessa produção de sentido?

  46. E, dentro dessa visão: Poderia a diversidade de interpretações da informação, produzida por grupos e subgrupos no ambiente de uma organização, ser avaliada mediante identificação das relações de seus integrantes com os símbolos a ela inerentes?

  47. Na prática: Demonstrar a viabilidade da análise da função mediadora da dimensão afetiva e da produção de sentido relacionadas ao simbolismo no processo de comunicação de uma organização, e sua influência na utilização da informação na produção, na mediação e na solução dos conflitos.

  48. Parâmetros Conceituais:

  49. Parâmetros Conceituais:

  50. Parâmetros Conceituais: • A diversidade de interpretações de uma mesma informação (ou de uma realidade), produzidas por grupos e subgrupos no ambiente de uma organização pode ser avaliada mediante a identificação das relações de seus integrantes com os símbolos a ela inerentes.

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