1 / 50

Mesa-redonda Segurança na Sala de Cirurgia

Mesa-redonda Segurança na Sala de Cirurgia. Comunicação entre os membros da equipe na sala de cirurgia. Luis Antonio Diego , PhD Prof. Adjunto de Anestesiologia Faculdade Medicina UFF luisdiego@id.uff.br. Roteiro. Porque a comunicação é importante? O que é comunicação?

minowa
Download Presentation

Mesa-redonda Segurança na Sala de Cirurgia

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Mesa-redonda Segurança na Sala de Cirurgia Comunicação entre os membros da equipe na sala de cirurgia LuisAntonio Diego, PhD Prof. Adjunto de Anestesiologia Faculdade Medicina UFF luisdiego@id.uff.br

  2. Roteiro • Porque a comunicação é importante? • O que é comunicação? • Atributos da comunicação? • Como tornar a comunicação efetiva no perioperatório? • Abordagem de time • Acesso à liderança, processo colaborativo • Comunicação estruturada • I-SBARBriefing – Debriefing • Readback/hearback” • Programa cirurgia segura salva vidas (OMS) • Estudos sobre comunicação e resultados • Considerações Finais

  3. Porque a comunicação é importante? • Equipamentos e instrumentos sofisticados • Necessidade da transferência rápida e precisa de informações • A natureza instável das condições do paciente • Incertezas inerentes aos procedimentos • Desconhecimento entre os membros da equipe • Desconhecimento das necessidades específicas de um determinado paciente ou do procedimentos a ser realizado

  4. Porque a comunicação é importante? Impacto nos resultados • Nos desfechos clínicos e satisfação dos pacientes e familiares • Na gestão de custos da instituição, dos profissionais e da comunidade • Na satisfação dos profissionais e colaboradores

  5. Porque a comunicação é importante? Impacto nos resultados

  6. Metas Internacionais de Segurança do Paciente Identificar os Pacientes Corretamente Melhorar a Comunicação Efetiva Melhorar a Segurança de Medicamentos de Alta-Vigilância Assegurar Cirurgias com Local de Intervenção Correto, Procedimento Correto e Paciente Correto Reduzir o Risco de Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde Reduzir o Risco de Lesões ao Paciente, decorrentes de Quedas Joint Commission International

  7. Roteiro • Porque a comunicação é importante? • O que é comunicação? • Atributos da comunicação? • Como tornar a comunicação efetiva no perioperatório? • Abordagem de time • Acesso à liderança, processo colaborativo • Comunicação estruturada • I-SBARBriefing – Debriefing • Readback/hearback” • Programa cirurgia segura salva vidas (OMS) • Estudos sobre comunicação e resultados • Considerações Finais

  8. O que é comunicação? • A comunicação humana é um processo que envolve a troca de informações Utiliza sistemas simbólicos como suporte

  9. O que é comunicação? Processos • Verbal  sonora (falada – 35%) e visual (escrita) • Através de símbolos gráficos   sinalização, logotipos, ícones • Gestual ou não verbal  65% Formas de falar Expressões Faciais Sons MovimentosOlhos, Mãos Cabeça Linguagem Contato Corporal Postura Aparência Proximidade

  10. O que é comunicação?

  11. O que é comunicação? Ver e olhar. • O "ver“ é uma ação involuntária, imposição das coisas sobre o sujeito, um registro espontâneo da superfície visível no qual o sujeito se acomoda. • O "olhar“ é uma atitude intencional, resultado do que se investiga – o sujeito ... pensa. O "olhar" não é a substituição da espontaneidade e da criatividade pelo domínio da razão, mas sim o estabelecimento de uma relação deliberada com o mundo.

  12. O que é comunicação? Escutar e ouvir. • O “escutar“ é uma açãoinvoluntária, imposição das coisas sobre o sujeito, um registo espontâneo dos sons. • O "ouvir“ é uma atitude intencional, resultado do que se investiga, onde o sujeito pensa.

  13. O que é comunicação? Escutar e ouvir. • Saber "ouvir“  Dirigir o máximo do pensamento para a mensagem a receber do outro • Velocidade do pensamento >> Velocidade da fala • O que fazer com o tempo excedente de pensamento enquanto se ouve? • Captação dos fatos  Prejudicial ao ouvir • Filtros emocionais  “Desativação” mental para o que não se quer ouvir

  14. O que é comunicação? Falhas • Maus ouvintes  as pessoas não falam livremente e a comunicação não flui • Basta um mau ouvinte para interromper o fluxo da comunicação • Entre níveis hierárquicos  Cuidado com as distorções

  15. Consequência imediata da falha de comunicação • Perda de informações importantes • Incompreensão e mal-entendidos • Esquecimento Lapso na segurança do atendimento ao paciente Falha na comunicação 70% da causa raiz dos eventos sentinelas www.jointcommission.org

  16. Roteiro • Porque a comunicação é importante? • O que é comunicação? • Atributos da comunicação? • Como tornar a comunicação efetiva no perioperatório? • Abordagem de time • Acesso à liderança, processo colaborativo • Comunicação estruturada • I-SBARBriefing – Debriefing • Readback/hearback” • Programa cirurgia segura salva vidas (OMS) • Estudos sobre comunicação e resultados • Considerações Finais

  17. Atributos da comunicação • Oportunidade da atitude • Completude da informação • Precisão • Sem Ambiguidade

  18. Roteiro • Porque a comunicação é importante? • O que é comunicação? • Atributos da comunicação? • Como tornar a comunicação efetiva no perioperatório? • Abordagem de time • Acesso à liderança, processo colaborativo • Comunicação estruturada • I-SBARBriefing – Debriefing • Readback/hearback” • Programa cirurgia segura salva vidas (OMS) • Estudos sobre comunicação e resultados • Considerações Finais

  19. Como tornar a comunicação efetiva no perioperatório? Acesso à liderança!

  20. Diferenças entre Bando x Grupo x Equipe x Time BANDO Não há unidade, nem objetivo em comum

  21. Diferenças entre Bando x Grupo x Equipe x Time GRUPO Não há unidade, mas já se observa um objetivo comum

  22. Diferenças entre Bando x Grupo x Equipe x Time EQUIPE Há unidade, e objetivos comuns, todos representam um país, clube, etc e receberão, juntos os louros por suas vitórias, mas o desempenho individual é que faz a diferença e um não tem como fazer a tarefa do outro

  23. Diferenças entre Bando x Grupo x Equipe x Time TIME Há unidade e objetivo comum, todos representam um país, clube, etc e receberão, juntos os louros por suas vitórias, mas, para isso, todos terão ter uma interação muito grande, inclusive de um membro ter que fazer a tarefa do outro, caso esteja em melhor posição

  24. Então ... que é um time? • Valores: • Confiança • Respeito • Colaboração Como construir um time? • Atitudes: • Ferramentas estruturadas de comunicação • Estímulo à retroalimentação • Treinamento • Comportamento de ruptura

  25. Como tornar a comunicação efetiva no perioperatório? Alguns Alertas • Novos procedimentos • Violências verbais • Fixação em determinado ponto • Precipitações • Saturação de tarefas

  26. Roteiro • Porque a comunicação é importante? • O que é comunicação? • Atributos da comunicação? • Como tornar a comunicação efetiva no perioperatório? • Abordagem de time • Acesso à liderança, processo colaborativo • Comunicação estruturada • I-SBARBriefing – Debriefing • Readback/hearback” • Programa cirurgia segura salva vidas (OMS) • Estudos sobre comunicação e resultados • Considerações Finais

  27. Usando técnicas de comunicação estruturada... “Quando a comunicação de informações complexas se faz necessária em um período muito curto de tempo, e qualquer mal entendido pode determinar graves danos, técnicas estruturadas podem se úteis.”

  28. Usando técnicas de comunicação estruturada... • Exemplos de Instrumentos • I-SBAR • “Closed loop communication” • De-briefing • I PASS THE BATON • 5 P’s

  29. Usando técnicas de comunicação estruturada... • I-SBAR • Introdução • Situação Atual • Background • Avaliação • Recomendações e requisições

  30. Usando técnicas de comunicação estruturada... • Tipos de instrumentos • Formulários • Checklists • Suporte de TI • Notas da enfermagem • Lembretes no telefone • Material didático

  31. Readback/hearback • Comunicação “closed-loop” • Emissor  Receptor • Receptor: escreve e lê de volta • Emissor  ouve e confirma, ou não a mensagem Não é suficiente responder apenas com um “OK” ou um “Obrigado”

  32. Planejamento da cirurgia • Risco do paciente • Potenciais problemas • Procedimentos de segurança • Compartilhar anotações, conhecimentos • Identificar a necessidade de recursos • Pode ser utilizado a qualquer momento do procedimento • Focado • Discurso direto • Contato visual

  33. Desafios Globais OMS Área 1 – Desafios Mundiais para a Segurança do Paciente (Global Patient Safety Challenges) 2005/6  Clean Care is safer care  Cuidado limpo é cuidado seguro 2007/8  Safe Surgery Save Lives  Cirurgias seguras salvam vidas 2009/10  Tackling Antimicrobial Resistance  Enfrentando a resistência antimicrobiana

  34. Princípios • Simplicidade • Ampla aplicabilidade • Mensuração

  35. Cirurgia Segura Salva VidasSafe Surgery Saves Lives • Parceria com o MS • Foco na aplicação de uma lista de verificação (checklist) para aumento da segurança • Processo Colaborativo e Multiprofissional • Coordenador (membro da equipe ou outro profissional) Fases de atuação no procedimento cirúrgico . Antes da indução anestésica (“sign in”) . Antes da incisão na pele (“time out”) . Antes do paciente sair da sala cirúrgica (“sign out”)

  36. Impacto nos resultados Haynes et al. NEJM, jan 2009 • Estudo prospectivo realizado entre outubro 2007 e setembro 2008 • Internacional  8 hospitais (Canadá, Índia, Jordânia, Nova Zelândia, Filipinas, Tanzania, Inglaterra e Estados Unidos) • Amostra  n=3733 pacientes consecutivos antes do instrumento (> 16 anos, cirurgia não-cardíaca)e n= 3955 pacientes após o “checklist” • Desfecho primário  Tx de complicações (incluindo morte e aumento do tempo de permanência no hospital) em até 30 dias após o procedimento.

  37. Desenvolvimento de métricas para a comunicação de um time cirúrgico e peroperatório • Mensuração da relação entre a comunicação do time cirúrgico e os resultados • Revisão sistemática (Pubmed) • Estratégias de busca • ((((Teamwork) OR Communication) OR Behavior) AND Surgery) AND OperatingRoom) AND (Outcome OR Error) • (((Teamwork) AND Communication) AND OperatingRoom) • (((Teamwork) AND Communication) AND Surgery) • Total de artigos  246

  38. Conclusão do estudo • É crescente o consenso que falhas na comunicação entre os membros do time cirúrgico contribuem para eventos adversos no perioperatório, mas os estudos que podem dar suporte a esta afirmação ainda são poucos • Futuros estudos devem utilizar métodos reproduzíveis com instrumentos de coleta de dados padronizados • Embora desafiadora, as linhas de pesquisa devem focar nos resultados que são mais importantes para os pacientes, tais como a mortalidade, morbidade, erros e eventos sentinelas.

  39. Considerações finais • A comunicação pessoal e direta, mas de forma não-estruturada favorece a perda de informação (“middleofthelist”), principalmente em um ambiente no qual ocorram interrupções frequentes. • Médicos residentes apoiam a utilização de formulários estruturados de comunicação durante a “passagem” do paciente em comunicações interpessoais. • Apesar dos benefícios na segurança e nos custos relacionados aos procedimentos das técnicas de aprimoramento na comunicação, a maioria dos centros de ensino, universitários ou não, relutam em modificar a grade curricular de modo que o aprendizado seja mais sistemático e efetivo.

  40. Times não têm chefes...Mas precisam de líderes. • Todos os componentes do time trabalhando juntos • Seguindo protocolos • Respeitando-se mutuamente • Valorizando a opinião do colega Entretanto... • As escolas médicas não vêm ensinando aos médicos como trabalharem em equipe. • O raciocínio clínico – o diagnóstico – ainda é ensinado para ser uma experiência individual.

  41. Disciplina Segurança do Paciente • Objetivos da disciplina • Contribuir na formação dos alunos do curso médico, enfermagem e farmácia para a compreensão dos princípios básicos da segurança do paciente em toda a dimensão do cuidado, além de apresentar a natureza e frequência de erros e eventos adversos, tanto no diagnóstico quanto na terapêutica. • Conteúdo programático • 1. Princípios básicos da segurança do paciente • a. Abordagem multidisciplinar • b. Taxonomia da segurança do paciente • c. Contextualização da segurança do paciente na qualidade do cuidado • d. Epidemiologia básica dos eventos adversos • 2. Tipos de erros de maior relevância e ocorrência no diagnóstico, na medicação e na cirurgia • a. Abordagem do erro: sistêmica x individual • b. Teoria do “queijo suíço”, trajetória do erro e barreiras • c. Diagnóstico clínico e erros cognitivos: teoria Baysiana e heurística • d. Estratégias para redução dos erros de medicação • 3. Importância dos relatos de eventos adversos, categorização e análise • a. Interação com outras organizações • b. Análise de causa-raiz, “failuremodeandeffectsanalysis” (FMEA) • 4. Estratégias e métodos de prevenção • a. Programa de cirurgia segura da Organização Mundial da Saúde (OMS) • b. “Crewresources management” (CRM) • c. Treinamento e “simulação realística” • 5. A participação do paciente em sua própria segurança • a. Cultura de segurança na organização Segurança centrada no paciente

  42. Hoje revisamos... • A importância da comunicação • Alguns conceitos em comunicação • Atributos necessários à comunicação efetiva • Como alcançar o objetivo de uma comunicação efetiva no perioperatório • Abordagem de time • Acesso à liderança, processo colaborativo • Ferramentas auxiliares para na comunicação (estruturada) • I-SBARBriefing – Debriefing • Readback/hearback” • Programa cirurgia segura salva vidas (OMS) • Estudos sobre comunicação e resultados

  43. Obrigado! luisdiego@id.uff.br

More Related