1 / 28

Meningites e Encefalites

Meningites e Encefalites . Vivian Gabrielle B. Amorim Coordenação: Elisa de Carvalho Internato em Saúde da Criança – HRAS Escola Superior de CIÊNCIAS DA Saúde/SES/DF. CASO CLÍNICO. I - IDENTIFICAÇÃO : IVAD, 2 anos, natural da Paraíba, procedente de Planaltina –DF

janelle
Download Presentation

Meningites e Encefalites

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Meningites e Encefalites Vivian Gabrielle B. Amorim Coordenação: Elisa de Carvalho Internato em Saúde da Criança – HRAS Escola Superior de CIÊNCIAS DA Saúde/SES/DF

  2. CASO CLÍNICO • I - IDENTIFICAÇÃO: IVAD, 2 anos, natural da Paraíba, procedente de Planaltina –DF • II – QP: “Sonolência há 05 d”. • III – HDA: Mãe relata que no final de dez/05, a criança começou a ter febre alta (38-39°C), e convulsões (crises tônicas). Levado ao hospital de Planaltina, evoluiu c/ rebaixamento do nívelde consciência e rigidez de MMSS. Encaminhado ao HRAS, permaneceu 28 dias internado, sendo 14 dias em UTI (coma – Glasgow 7-8).

  3. CASO CLÍNICO • Tratado c/ Aciclovir (8d), ceftriaxone (8d), fenitoína (11d) e manitol (2d) • Recebeu alta c/ recuperação parcial, mas ao chegar em casa, tornou a apresentar febre e sonolência, não sendo mais possível a alimentação VO - trazido novamente ao serviço, foi internado na DIP em 30/01/06. • VII – Antecedentes pessoais: nada digno de nota • VIII – Antecedentes familiares: nada digno de nota

  4. Caso clínico • Exame físico: • Ectoscopia – REG, hidratado, hipocorado +/4+, acianótico, anictérico, febril (37,8°C). Irresponsivo, prostrado no leito. • ACP – BNF, RCR 2t, s/ sopros. MV rude bilateral, c/ roncos esparsos – de transmissão. • Abdomen – Plano, s/ VMG, algo distendido, timpânico, RHA +. • Extremidades – bem perfundidas, sem edema. • SN – Torporoso, gemente. Não obedece a comandos nem se comunica com o examinador. Sem sinais meníngeos. Pupilas isocóricas e fotorreagentes. Hipertonia (flexão) de MSD e hipotonia de MSE (extensão).

  5. Caso clínico • Exames complementares – HC e bioquímica Gran. tóxicas

  6. Caso clínico

  7. Caso clínico • EAS (09/02) – dens = 1010, pH= 8, Hb = +++, céls. raras, leucócitos – 3 p/c, hemácias: numerosas, bact. + • Rx tórax (02/02) - normal • Hemocultura (19/01/06) – Staphilococcus epidermidis • Gasometrias

  8. RM do encéfalo de um indivíduo com meningoencefalite herpética. O padrão é altamente sugestivo de herpes devido à distribuição da lesão na região têmporo-insular. Há aumento do volume das regiões acometidas que também apresentam tênue impregnação meníngea e pequenos focos de hemorragia superficial. Observe ainda o comprometimento menos intenso do lobo temporal contra-lateral.

  9. CASO CLÍNICO • Evolução – picos febris diários, melhora da hipertonia – persiste rebaixamento do sensório; • TC em 13\02 compatível com seqüela de AVC isquêmico, bilateral - lobos parietais • Laudo EEG (19\02\06) • Ritmos do sono ausentes (em sono induzido) • Acentuada desorganização difusa da atividade de base • Depressão de ritmos fisiológicos em região temporal posterior e parieto occipital bilateralmente • Paroxismos epileptiformes bifrontais independentes, predominando à direita

  10. CASO CLÍNICO • Hipóteses diagnósticas • 1a internação: • Encefalite herpética • 2a internação: • ECNP pós encefalite herpética • AVE isquêmico - vasculite pós-infecciosa • Condutas • Dieta por SNE • Fenobarbital mantido. Pesquisa de foco infeccioso • Em 06/02 – iniciado baclofeno + diazepam • Ibuprofeno e dipirona em caso de febre • Acidose em 08/02 – iniciado cefepime em 09/02 • 14/02 – Meropenem - Programada alta

  11. Meningites e Encefalites • Meningite: infecção ou inflamação aguda das meninges. Quase sempre há um certo grau de acometimento do cérebro e vasos - meningoencefalites; • Encefalite: infecção/ inflamação do parênquima cerebral com disfunção local ou difusa – geralmente têm etiologia viral;

  12. Meningitese Encefalites Meningites Bacterianas Virais Encefalites Granulomatosas TB e Fungos (imunossuprimidos) Toxoplasmose Outros (CA, química, por cisticercose)

  13. Meningites • No Brasil, em 1992, as meningites bacterianas agudas de causa determinada tinham como agentes mais comuns Haemophilus influenzae (20,3%), Neisseria meningitidis (20,2%) e Streptococcus pneumoniae (11,6%) • O haemophilus teve grande redução c/ a vacinação. O pneumococo é o agente mais comum fora das epidemias • A taxa de letalidade é bastante variável no mundo. Alguns autores descrevem taxas de 5% a 40%, dependendo da etiologia. Com a terapêutica antibiótica, a letalidade decresceu de cerca de 90% para 15% a 30%.

  14. Meningites • O sistema nervoso central possui um sistema protetor eficiente contra patógenos invasivos, composto pela caixa craniana, meninges e a barreira hematoliquórica. • A infecção pode ocorrer por três mecanismos: • propagação direta (contigüidade): infecção dos ossos, vasos sangüíneos, sistema nervoso, traumatismo craniano ou fístula liquórica; • via hematogênica (primária ou secundária a foco de infecção a distância); • bainha dos nervos - olfativo, em conseqüência de traumatismo da região. • RN: aspiração do LA, penetração de germes pela pele ou mucosa, e principalmente por processos infecciosos do TGI.

  15. Meningites • Quadro clínico: • Febre+Cefaléia+Irritabilidade • Sinais de irritação meníngea • Sinais de HIC (vômito em jato, abaulamento de fontanela, paralisia de abducente e oculomotor, PA - FC ...) • Sinais focais (convulsão/ estrabismo) • Pneumococo: + freqüencia de UTI • Meningococcemia: Petéquias – equimoses que crescem e coalescem – necrose, risco de choque

  16. Meningites

  17. Meningites • Diagnóstico (confirmação) – LCR

  18. Meningites • Exames Complementares: • Líquor – bioquímica (Gil, PTN, Cl-), cultura e bacterioscopia, citologia e citometria. • HC e hemocultura, EAS, Rx tórax. • Contra-indicações para a punção lombar: • Absolutas – instabilidade hemodinâmica, infecção cutânea no local da punção, trombocitopenia abaixo de 10.000/mm3 • Relativas – suspeita de HIC, • Obs: Leucograma não distingue bacterianas de virais. Meningococcemia pode figurar com HC normal e hipoglicorraquia. Mau prognóstico se LCR pouco alterado (!)

  19. Meningites • Tratamento • Suporte hidroeletrolítico e analgesia • Controle das convulsões e febre • Antibioticoterapia empírica • Quimioprofilaxia – contatos íntimos: rifampicina 10 mg/kg/dose, duas doses, via oral, por dois dias e 600 mg para adultos a cada 12 horas, por 2 dias. • Complicações – iniciais e tardias • Devido à destruição inflamatória de célular cerebrais, injúrias vasculares ou gliose 2ária. • Déficits motores/ sensoriais focais, hidrocefalia, SIHAD, epilepsia. Hipoacusia é a seqüela + freqüente meningococo

  20. Extremamente raras (e de difícil prevenção) Acometimento primário do encéfalo; Repercussões vão depender da área atingida e concentração de neurônios lesados; Instalação pode ser súbita ou gradual, com pródromos inespecíficos acompanhando ou precedendo quadro neurológico (febre, calafrios, mal-estar geral e cefaléia). Quase sempre virais – em geral com evolução benigna – exceto a forma herpética Encefalites

  21. Encefalitesvirais • Etiologias • 50% dos casos – não identificado • HSV • Zoster • Arboviroses (fáscies típica – amímica, letárgica) • Sarampo, poliomielite, rubéola

  22. Encefalites virais • Quadro clínico: • Período de incubação variável – na de etiologia herpética. • Comprometimento encéfálico - febre, ataxia, apatia, hiper-reflexia, reflexos patológicos, paresias, confusão, delírio e coma. • Sinais meníngeos + convulsões também presentes.

  23. Encefalites virais • Diagnóstico • Clínica • LCR em geral, turvo (em “água de côco”), c/ pleocitose (40 a 3500 cel/mm3 - monócitos), aumento de PTN, glicose e cloretos normais • EEG – lesões difusas, alteração bilateral em surtos (lateral-anterior) • TC / RM • Diferenciar: meningite tuberculosa, S. de Reye, tumores ou abcessos, intoxicação – saturnismo

  24. Encefalites virais • Tratamento • Específico: Aciclovir • Na suspeita de encefalite herpética: iniciar dexametasona aciclovir por 10 dias • Suporte • Sedativos • Manitol • Anticonvulsivantes – fenobarbital • Hidratação • Antitérmicos • Complicações • Epilepsia • ECNP, paralisia

  25. Outras meningoencefalites • Causas mais raras: • TB • Sífilis • Cisticercose • Toxoplasmose • Fungos • criptococose

  26. Referências • GOLDMAN, L. BENNETT, J.C. et cols – Cecil - Tratado de Medicina Interna. vol1, 21a edição. Guanabara Koogan - Rio de Janeiro, 2001. • COTRAN, R. KUMAR, V. COOLINS,T. Robbins - Patologia Estrutural e Funcional. 6a ed. Guanabara Koogan – Rio de Janeiro, 2000. • VERONESI, R. FOCACCIA, R. Tratado de Infectologia, 2ª ed., Atheneu, São Paulo 2002. • Meningites em geral cap. 520:1-9. in: Guia de vigilância epidemiológica Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde, Centro Nacional de Epidemiologia, Brasília 1998. • LONGO JC, PEREIRA, CAP. Meningites bacterianas agudas. 221-224 in: Prado FC, Ramos J, Valle JR. Atualização terapêutica, 20ª ed., Artes Médicas, São Paulo 2001. • NELSON – Tratado de pediatria. 2000 • STEFANI, Stephen Doral. BARROS, Elvino. Clínica Médica: consulta rápida – 2a ed. - Porto Alegre: Artmed, 2002

  27. Obrigada!

More Related