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Primeira Geração do Modernismo

Primeira Geração do Modernismo. A primeira semana do novo Brasil.

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Primeira Geração do Modernismo

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Presentation Transcript


  1. Primeira Geração do Modernismo

  2. A primeira semana do novo Brasil • A Semana de Arte Moderna durou três dias e reuniu poetas, escultores, pintores, músicos e intelectuais ligados à "Nova Arte". Iniciou-se calma, com a palestra "A estética na arte moderna", exposta por Graça Aranha, um dos padrinhos do evento. • A confusão durou dois dias depois, na palestra de Menotti Del Picchia ("Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, reivindicações obreiras, idealismos, motores, chaminés de fábricas, sangue, velocidade e sonho na nossa arte", disse ele). A conferência abriu claramente a caça ao "passadismo", a plateia se conteve e não vaiou. Minutos depois houve uma vaia estrondosa.

  3. Realizada a Semana de Arte Moderna e ainda sob os ecos das vaias e gritarias, tem início uma primeira fase modernista, que se estende de 1922 a 1930. O período de 1922 a 1930 é o mais radical do movimento modernista, justamente em conseqüência da necessidade de definições e do rompimento com as estruturas do passado. Daí o caráter anárquico dessa primeira fase e seu forte sentido destruidor, assim definido por Mário de Andrade: Constitui, um período rico em manifestos. "(...) se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento modernista. Isto é, o seu sentido verdadeiramente específico. Porque, embora lançando inúmeros processos e ideias novas, o movimento modernista foi essencialmente destruidor. (...) diz Mário de Andrade. Mas esta destruição não apenas continha todos os germes da atualidade, como era uma convulsão profundíssima da realidade brasileira. O que caracteriza esta realidade que o movimento impôs é a fusão de três princípios fundamentais: o direito permanente à pesquisa estética; a atualização da inteligência artística brasileira e a estabilização de uma consciência criadora nacional.” Ao mesmo tempo que se procura o moderno, o original e o polêmico, o nacionalismo se manifesta em suas múltiplas facetas: uma volta às origens, a pesquisa de fontes quinhentistas, a procura de uma “língua brasileira” (a linha falada pelo povo nas ruas), as paródias – numa tentativa de repensar a história e a literatura brasileira – e a valorização do índio verdadeiramente brasileiro. É tempo do Manifesto da Poesia

  4. Contexto histórico mundial • a) Crise do capitalismo e nascimento da chamada "Democracia de Massas". • b) Revolução científica e tecnológica. • c) Estado de "euforia" e crença desmedida no progresso. • d) Burguesia Industrial Dominante X Classe Operária marginalizada. • e) Primeira guerra Mundial (1914-1918) – abatendo o espírito de euforia, questionamento dos valores da época – Estado de Melancolia. • f) Revolução Russa (1917).

  5. g) Crise econômica violenta na Europa – desemprego inflação e fome – fatores decisivos para explosão da 2º guerra Mundial (1939-1945). • h) Apologia ao poder da máquina – Invenções da época: Telégrafo /Avião / Telefone / Cinema / Automóvel /Lâmpada. • i) "Belle Ëpoque" (bela época) – termo para designar o avanço tecnológico, cultural e social da época. O homem deslumbrou-se com o progresso, o conforto que ele proporcionava. • j) "Anjos Loucos" – Termo para designar a "crise" do período entre guerras (1ª e 2ª). • Tendências da Vanguarda Europeia: Cubismo, Futurismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo

  6. Contexto histórico no Brasil • A economia mundial caminha para um colapso - a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em 1929; • O Brasil vive os últimos anos da chamada República Velha; • A revolta militar do Forte de Copacabana, episódio conhecido como Os 18 do Forte; • Revolução de 1930; • A ascensão de Getúlio Vargas.

  7. Produção Literária Forma Destruição de todo academismo (a linearidade, linguagem de dicionário, rima, métrica, sentimentalismo romântico, o racionalismo realista-naturalista). Conteúdo Nacionalismo ufanista (Verde-amarelismo e Grupo da Anta) e crítico (Pau-Brasil e Antropofagia).

  8. Principais conquistas • Verso livre (sem rima e sem métrica). Associação mais analógica que lógica entre as palavras. Preferência por substantivos e verbos, em vez de adjetivos e advérbios. • Blague (poema-piada), bom humor, ironia. Mistura entre prosa e poesia. Utilização de linguagem coloquial. • Temáticas tradicionalmente consideradas não-poéticas etc.

  9. As revistas • Klaxon • Revista de Antropofagia • Revista Verde de Cataguases • A Revista • Manifesto da Poesia Pau-Brasil • Verde Amarelista • Manifesto Regionalista de 1926. • Revista Estética • Revista Terra Roxa e outras Terras • Revista Festa

  10. Dentre os principais nomes dessa primeira fase do Modernismo, destacam-se: Mário de Andrade. Oswald de Andrade. Manuel Bandeira.

  11. Antônio de Alcântara Machado. Guilherme de Almeida.

  12. Os escritores de maior destaque dessa fase defendiam estas propostas: • reconstrução da cultura brasileira sobre bases nacionais; • promoção de uma revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais; • eliminação definitiva do nosso complexo de colonizados, apegados a valores estrangeiros. • Aproximação entre a fala e a escrita na linguagem. Várias obras, grupos, movimentos, revistas e manifestos ganharam o cenário intelectual brasileiro, numa investigação profunda e por vezes radical de novos conteúdos e de novas formas de expressão. Movimento Pau-Brasil = buscava uma poesia ingênua, de redescoberta do mundo e do Brasil e que foi inspirada nos movimentos de vanguarda europeus, devido às viagens que Oswald fazia à Europa. Revista Klaxon, lançada para dar continuidade ao processo de divulgação das ideias modernistas.

  13. REVISTA KLAXON A revista Klaxon - Mensário de Arte Moderna foi o primeiro mensário modernista. Seu nome é derivado do termo usado para designar a buzina externa dos automóveis. O principal propósito da revista foi servir de divulgação do movimento modernista. Também destaca-se na revista a busca pelo atual; o culto ao progresso; a concepção de que a arte não deve ser uma cópia da realidade; aproveitamento das lições de uma nova arte em evidência, o cinema.

  14. Características: • 1.Liberdade de Criação Poética (Manuela Bandeira) Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar o cunho vernáculo de um vocábulo. Abaixo os puristas ( ... ) Quero o lirismo dos loucos O lirismo dos bêbados O lirismo difícil e pungente dos bêbados O lirismo dos clowns de Shakespeare -Não quero mais saber do lirismo que não é libertação

  15. 4.Desprezo pela Gramática Normativa Vício na Fala (Oswald de Andrade) Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados 2.Nacionalismo Lundu do Escritor Difícil (Mário de Andrade) Você sabe o francês “singe” Mas não sabe o que é guariba? Pois é macaco, seu mano, Que só sabe o que é da estranja. 3.Verso Livre Erro de Português (Oswald de Andrade) Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português

  16. 6.Cotidiano Poema Tirado de uma Notícia de Jornal (Manuel Bandeira) João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado 5.Coloquialismo Pronominais (Oswald de Andrade) Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro

  17. 8.Poema-Piada No Meio do Caminho (Drummond) No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Tinha uma pedra No meio do caminho Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra. 7.Paródia Escapulário (Oswald de Andrade) No Pão d Açúcar De cada dia Dai-nos Senhor A poesia De Cada Dia

  18. Manifestos da 1ª Fase • Manifesto pau-brasil: lançado em março de 1924. Seu ideal era conciliar a cultura nativa e a cultura intelectual. Fazer uso da língua sem preconceitos e resgatar todas as manifestações culturais, fossem da elite ou do povo. Tropicalismo. A poesia Pau-Brasil reúne os nomes de Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral • Manifesto verde-amarelismo ou da Escola Anta: publicado em 1929, defendia um estado forte e centralizador e a adoção de um nacionalismo ufanista e primitivista. Liderado por Menotti del Picchia e Cassiano Ricardo. Assumiu uma feição radical, pregando ideias políticas reacionárias. • Manifesto antropófago: reação ao nacionalismo ufanista do grupo Anta. Tinha feição anarquista. Liderado por Oswald de Andrade defendia que os brasileiros deveriam adotar uma postura crítica diante das influências culturais europeias.

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