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V SIMPÓSIO SOBRE TRABALHO E EDUCAÇÃO A CONDIÇÃO DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DE USINAGEM MECÂNICA

V SIMPÓSIO SOBRE TRABALHO E EDUCAÇÃO A CONDIÇÃO DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DE USINAGEM MECÂNICA INSERIDA EM REDE: ESTUDO EM UMA UNIDADE INDUSTRIAL DE MÉDIO PORTE. SILVA, Priscila Fonseca Tavares 1 , PEDROSA, José Geraldo 2 .

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V SIMPÓSIO SOBRE TRABALHO E EDUCAÇÃO A CONDIÇÃO DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DE USINAGEM MECÂNICA

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  1. V SIMPÓSIO SOBRE TRABALHO E EDUCAÇÃO A CONDIÇÃO DO TRABALHO NA INDÚSTRIA DE USINAGEM MECÂNICA INSERIDA EM REDE: ESTUDO EM UMA UNIDADE INDUSTRIAL DE MÉDIO PORTE. SILVA, Priscila Fonseca Tavares1, PEDROSA, José Geraldo2. Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - Mestrado em Educação Tecnológica {email-priscilatavaress@uol.com.br, email-jgpedrosa@uol.com.br} INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO É no campo das relações intra e entre-empresas do mundo do trabalho que se situa o assunto a ser tratado nesse projeto de dissertação. O tema da pesquisa é a condição do trabalho nas empresas rede. De modo particular, o que se pretende é uma pesquisa em uma unidade industrial de usinagem mecânica de médio porte, fornecedora de uma grande empresa multinacional que centralize uma rede de empresas ramificadas tendo o sistema Toyota de produção como referência organizativa. Visto que as grandes empresas multinacionais impõem requisitos de qualidade segundo princípios toyotistas às pequenas e médias empresas brasileiras do segmento supracitado, torna-se pertinente questionar sob qual parâmetro e sob qual condição estabelece-se o trabalho nessas fornecedoras contratadas. Ao buscar estratégias de competitividade, as grandes empresas multinacionais passam a promover o enxugamento fabril, descentralizando o controle das atividades, repassando os setores de produção intermediários e reduzindo custos com mão de obra por meio da horizontalização produtiva. O regime de acumulação flexível, segundo Harvey (2006, p.140) é marcado por um confronto direto com a rigidez do fordismo e, ao contrário deste modelo, “se apóia na flexibilidade dos processos de trabalho, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo”. A flexibilização das relações de trabalho encontrou no toyotismo, campo fértil para sua ocorrência plena. Abreu Neto (2005, p.199) esclarece a relação de causa-efeito entre o sistema just-in-time do modelo Toyota, com a transferência da produção a terceiros: “Produzir no sistema just-in-time demanda um tensão em todos os pontos do complexo do trabalho, porque a ordem é a continuidade, isto é, não deter o fluxo permanente do produto”. Esta tensão é transferida, por sua vez, para as empresas fornecedoras e para seus trabalhadores. A definição da empresa em rede é dada como “aquela forma específica de empresa cujo sistema de meios é constituído pela intersecção de segmentos de sistemas autônomos de objetivos” (Castells, 2006, p.232). Há, nesse sentido, simultaneidade entre autonomia e dependência entre os componentes envolvidos, sendo que o desempenho da rede dependerá da conectividade e da coerência entre eles. Coriat (1994) reforça o caráter concorrencial causado pelo processo de seleção de empresas como fornecedoras subcontratadas, afirmando existir um processo de competição entre firmas subcontratadas potenciais. Fundamenta-se nesta afirmação a necessidade da busca pela empresabilidade, que é entendida por Sarsur (1999, p.37) como “a preocupação em definir e praticar políticas que permitam maior produtividade, em especial de trabalhadores considerados elementos-chave na empresa”. Neste projeto, parte-se da hipótese de que a condição do trabalho, nas indústrias de usinagem mecânica inseridas em rede, está relacionada com o perfil da força de trabalho, e no que este representa, em termos de competitividade, para a empresa. Assim, a prática da empresabilidade seria polarizada, ou seja, dirigida prioritariamente aos trabalhadores que ocupam cargos hierarquicamente superiores nos organogramas da empresa. O trabalho, assim, ocuparia posição central no processo de realização de valor, enquanto parte dos trabalhadores seriam expostos a uma situação de vulnerabilidade às flutuações mercadológicas da empresa. Esta pesquisa se refere às Indústrias de Usinagem Mecânica de Belo Horizonte e região metropolitana. As indústrias que se restringem à prestação de serviços de usinagem mecânica, são pequenas e médias empresas, que se especializam nessa atividade para atender a demandas de determinada parte da produção de grandes empresas multinacionais. Desenvolvem o saber específico requerido pelas grandes empresas que as contratam, compondo a gama de fornecedores que caracterizam a sistemática das redes empresariais. REFERENCIAL TEÓRICO Nesta etapa do projeto será apresentada uma sistematização das referências conceituais que serão utilizadas na análise do objeto empírico. O referencial teórico está dividido em três partes, que possuem uma relação entre si. O primeiro tópico fundamenta a articulação feita entre trabalho, flexibilização e horizontalização produtiva; o segundo, associa a natureza das relações empresariais em rede à empresabilidade e o terceiro, contém referências sobre os desdobramentos da empresa-rede para o trabalho. Entre as referências conceituais que serão utilizadas, destacam-se o fenômeno das empresas-rede, ou horizontalização produtiva, e a empresabilidade, entendida como as ações adotadas pelas empresas para atrair e reter funcionários que agreguem valor estratégico, em seus quadros. Castells (2006) apresenta a transição da era industrial para a era da informação. Harvey (2006) fornece subsídios sobre o regime de acumulação flexível. Leborgne e Lipietz (1990) discorrem sobre a descentralização gerencial proposta pelo toyotismo. Alves (1999) reconstitui o conceito de toyotismo, analisando o novo perfil do mercado de trabalho. Antunes (2007) indica os efeitos de precarização sobre o trabalho, decorrentes dos fenômenos da flexibilização. Carleial (2001) e Guimarães (1997), retratam as redes de subcontratação. As afirmações referentes aos princípios constitutivos dos modelos de gestão e organização do trabalho foram fundamentadas através de Abreu Neto (2005) e Coriat (1994). Sarsur (1999) e Saviani (1997) conceituam e discutem a empresabilidade. Analisar a condição do trabalho em uma indústria de usinagem mecânica inserida em rede, buscando verificar aproximação e distanciamento relativos ao princípio da empresabilidade. OBJETIVO GERAL Objetivos específicos -Identificar os sistemas de organização do trabalho em uma unidade industrial de usinagem mecânica de médio porte, contratada de multinacionais e inserida em contexto de empresas-rede; - Verificar a existência da prática de empresabilidade nessa empresa; - Analisar se a empresabilidade é praticada de forma polarizada, caso for cultivada pela empresa. REFERÊNCIAS ABREU NETO, Francisco A. Princípios Filosóficos Constitutivos das Tecnologias Fordista e Toyotista. Tese de doutorado. Departamento de Filosofia do Direito, Moral e Política II (Ética e Sociologia). Universidade Complutense de Madri. 2005. ALVES, Giovani. Trabalho e Mundialização do Capital - A Nova Degradação do Trabalho na Era da Globalização. Londrina: Práxis, 1999. 2ª Ed. ANTUNES, Ricardo. Dimensões da precarização estrutural do trabalho. In: A perda da razão social do trabalho – terceirização e precarização. Cap.1, p. 13 – 22, 2007. CARLEIAL, Liana. Redes Industriais de Subcontratação. Um enfoque de sistema nacional de inovação. São Paulo: Hucitec, 2001. CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. Editora Paz e Terra S.A. São Paulo, 2006. CORIAT, Benjamim. Pensar pelo Avesso: o modelo japonês de trabalho e organização. Editora da UFRJ/Revan: Rio de Janeiro, 1994. GUIMARÃES, Heloísa Werneck Mendes. Reestruturação produtiva e Subcontratação de Mão-de-obra: onde está a Modernidade do Trabalho? 1997, 262p. Mestrado. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. HARVEY, David. Condição Pós-Moderna. Edições Loyola, São Paulo, 2006. LEBORGNE, Danielle; LIPIETZ, Alain. Flexibilidade defensiva ou flexibilidade ofensiva: os desafios das novas tecnologias e da competição mundial. In: PRETECEILLE, Edmond; VALLADARES, Licia et al. Reestruturação Urbana: Tendências e Desafios. Nobel/ IUPERJ, Rio de Janeiro, 1990. METODOLOGIA A pesquisa proposta neste projeto possui natureza qualitativa. Serão realizadas entrevistas com os sujeitos envolvidos na instauração da condição do trabalho na indústria de usinagem mecânica inserida em rede: diretores, gerentes, trabalhadores de diversos setores e com o sindicato. O tipo de entrevistas a serem utilizadas será semi-estruturada. A unidade a ser pesquisada é uma empresa de médio porte atuante no mercado de usinagem. Ela foi escolhida por atuar em rede, sendo subcontratada de uma grande empresa multinacional que centraliza e determina o processo de trabalho a uma diversidade de empresas ramificadas utilizando ferramentas toyotistas de gestão e organização do trabalho. 1 Aluna do Mestrado em Educação Tecnológica – CEFET/MG ; 2 Co-autor e Orientador: Professor-Doutor do ensino superior do CEFET/MG, onde atua em diferentes graduações e no Mestrado em Educação Tecnológica.

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