INTRODUÇÃO

1. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINACURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEMPROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIBIC O CUIDADO EM SAÚDE A IDOSOS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA: PERCEPÇÃO E ATUAÇÃO DOS TRABALHADORES DA EMERGÊNCIA Bolsista Pibic Rafaela Cristina Duarte Orientadora Nádia Chiodelli Salum

2. INTRODUÇÃO • Ocorreu uma grande modificação no perfil da sociedade brasileira, a população idosa está predominando mais que a população jovem. Em conseqüência deste aumento, o idoso torna-se mais susceptível as diversas formas de violência. • A cada ano no mundo, cerca de 2,5 milhões de idosos sofrem abusos. Cerca de 20% à 35% relacionam-se com abusos contínuos (SMELTZER & BARE, 2002). Devido a este fato, a violência ao idoso já se tornou um problema de saúde pública. • Espera-se que os profissionais que atuam nos serviços de saúde e principalmente nas unidades da Emergência estejam preparados para identificar qualquer forma de abuso ou violência ao idoso e possam prestar uma assistência humanizada e de qualidade.

3. INTRODUÇÃO • Este projeto tenciona despertar e alertar os trabalhadores da saúde que na emergência sobre os índices de violência contra os idosos que aumenta no passar dos anos, bem como estimular o interesse dos profissionais em ajudar os idosos vítimas de alguma forma de agressão.

4. OBJETIVOS • Objetivo Geral: • Conhecer o modo de agir e cuidar do idoso vítima de violência atendido no Hospital Regional de São José pelos trabalhadores que atuam na Emergência. Objetivos Específicos: • Verificar o preparo dos trabalhadores da emergência para o cuidado ao idoso nas situações de violência; • Verificar como é notificado algum tipo de violência e como é realizado a denuncia do violentador

5. REVISÃO DA LITERATURA • A revisão da literatura compreendeu: • Política Nacional de Idosos (BRASIL, 1998); • Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (BRASIL, 2006); • Estatuto do idoso (2003).

6. METODOLOGIA • Tipo de Estudo: • Pesquisa descritivo exploratório com abordagem quali-quantitativa. • Local do estudo: • O estudo foi desenvolvido no Hospital Regional de São José (HRSJ) - Homero de Miranda Gomes, hospital público. • A escolha pela emergência geral adulta deve-se ao fato de ser uma unidade para atendimento de urgência e emergência, e na grande maioria das vezes é onde os idosos são atendidos primeiramente e os da saúde realizam o primeiro contato e cuidado com os idosos trabalhadores. • Sujeitos do estudo: • Compuseram a amostra 22 profissionais da emergência, quais sejam: 1 médico, 2 enfermeiros, 16 técnicos, 3 auxiliares de enfermagem, que aceitaram participar do estudo através da assinatura do TCLE.

7. METODOLOGIA • Coleta de dados: • A coleta de dados constituiu na aplicação de um questionário contendo questões abertas e fechadas aplicado junto aos profissionais de saúde que atuam na emergência. • Análise e discusão dos dados: • Os dados categorizados através da análise de conteúdo, utilizando a estatística descritiva para representação dos mesmos e analisados a luz da literatura de Políticas de atenção a saúde do idoso.

8. RESULTADOS E DISCUSSÃO • A discussão dos dados foi realizada através de eixos temáticos: • o que pensam os profissionais sobre a violência com idoso • o que fazem os profissionais diante da violência ao idoso e; • como agem diante da violência. • O que pensam os profissionais sobre a violência ao idoso • Percebeu-se que os profissionais da área da saúde tem consciência do que é violência ao idoso, definindo-a como abandono, agressão física, negligência, agressão psicológica, agressão verbal e maus-tratos. • As principais formas de violência identificada pelos profissionais no seu cotidiano foram: abandono, negligência e maus tratos estando em consonância com a literatura.

9. RESULTADOS E DISCUSSÃO O que fazem os profissionais diante da violência ao idoso Percebeu-se que muitos dos profissionais da saúde se intimidam perante os casos de violência ao idoso, muitos preferem comunicar a chefia ou a ajuda de outros profissionais. Sentem-se comprometidos para amenizar as conseqüências da violência junto aos idosos, procurando identificar na avaliação e cuidado prestado sinais de violência, bem como observam o comportamento dos familiares e acompanhantes. Sentem-se encorajados a fazer a denúncia da violência.A conduta correta é comunicar a assistente social responsável pela Emergência e a mesma tomara medidas mais cabíveis como: levar esta denuncia a uma delegacia, afastar este Idoso do agressor em alguns casos colocando em casas de repouso para Idosos dentre outras medidas.

10. RESULTADOS E DISCUSSÃO Como agir diante da violência Observou-se que apesar dos profissionais não terem por hábito fazer denúncias de violência sofrida pelos idosos a maioria dos profissionais já atenderam idosos vítima de violência e apenas alguns não atenderam nenhum caso, sendo mais freqüentes os casos de abandono. A maioria dos profissionais gostam e se sentem preparados para cuidarem dos idosos. Os mesmos consideram que a Instituição não oferece condições para tratarem dos Idosos violentados e que esta falta de estrutura e privacidade se torna também uma forma de violência a estes idosos. Observou-se que os profissionais querem e necessitam de capacitações freqüentes.

11. CONSIDERAÇÕE FINAIS • Viver com dignidade é um direito de todo ser humano, já que significa a própria garantia do direito à vida. • Infelizmente durante este projeto pode-se observar que a violência cometida ao Idoso vem aumentando aceleradamente, sendo mais observado no âmbito hospitalar o abandono. • Sabe-se que o abandono é considerado crime, é uma das piores agressões deixar o idoso sozinho sem receber atenção, cuidado, amor e carinho. Imagina-se como estes idosos devem se sentir humilhados e tristes ao serem abandonados pelos seus familiares por muitas vezes já não serem mais produtivos. • Deve-se repensar em vários fatores que a sociedade atual esta perdendo como dignidade, lealdade e o respeito. • Os profissionais estão despreparados para o atendimento de casos de violência ao idoso, enfatizando neste sentido a necessidade dos profissionais da saúde receber capacitações freqüentes sobre o tema de violência ao idoso, garantindo a melhoria da qualidade da assistência.

12. OBRIGADA PELA ATENÇÃO