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CANUDOS CANGAÇO BORRACHA VACINA CHIBATA CAFÉ-COM LEITE

"Não há um só homem de coração bem formado que não se sinta confrangido ao contemplar o doloroso quadro oferecido pelas sociedades atuais com sua moral mercantil e egoísta" (Euclides da Cunha). CANUDOS CANGAÇO BORRACHA VACINA CHIBATA CAFÉ-COM LEITE

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CANUDOS CANGAÇO BORRACHA VACINA CHIBATA CAFÉ-COM LEITE

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Presentation Transcript


  1. "Não há um só homem de coração bem formado que não se sinta confrangido ao contemplar o doloroso quadro oferecido pelas sociedades atuais com sua moral mercantil e egoísta" (Euclides da Cunha)

  2. CANUDOS CANGAÇO BORRACHA VACINA CHIBATA CAFÉ-COM LEITE PADRE CÍCERO IMIGRAÇÃO GREVE 1ª GUERRA MUNDIAL PRÉ-MODERNISMO

  3. Contexto Histórico

  4. O Mestre-Sala Dos MaresJoão Bosco/Aldir Blanc Há muito tempo nas águas da GuanabaraO dragão do mar reapareceuNa figura de um bravo feiticeiroA quem a história não esqueceuConhecido como o navegante negro tinha a dignidade de um mestre-salaE ao acenar pelo mar na alegria das regatasFoi saudado no porto pelas mocinhas francesas, jovens polacas e por batalhões de mulatasRubras cascatas jorravam das costas dos santos entre cantos e chibatasInundando o coração do pessoal do porão que a exemplo do feiticeiro gritava então:Glória aos piratas, As mulatasAs sereias Glória à farofa, à cachaça, às baleiasGlória a todas as lutas inglórias que através da nossa história não esquecemos jamaisSalve o navegante negro que tem por monumento as pedras pisadas do caisMas faz muito tempo

  5. “Creio que se pode chamar pré-modernista (no sentido forte de premonição dos temas vivos em 22) tudo o que, nas primeiras décadas do século, problematiza a nossa realidade social e cultural.” (Alfredo Bosi – História Concisa da Literatura Brasileira)

  6. Obras de referência • Os Sertões – Euclides da Cunha • Triste Fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto • Canaã – Graça Aranha • Urupês – Monteiro Lobato

  7. “O Sertanejo é, antes de tudo, um forte.” (Euclides da Cunha)

  8. Lima Barreto • Vítima do Preconceito Racial • Rejeição ao eruditismo da elite literária, à falsa ciência e à hipocrisia • Dos pré-modernistas o mais próximo do modernismo • Respeita códigos literários antigos (principalmente o Naturalismo), mas já apresenta uma linguagem nova

  9. O Autor • Na sua obra, sempre explora temas ligados à sua própria vida, como o preconceito da sociedade para com os mestiços e pobres

  10. Lima Barreto por Sérgio Buarque de Holanda • "As confissões a que alude surgem abertamente, "com um mínimo de disfarce, às vezes disfarce algum", pois não são contidas por nenhum sentimento de frustração. E é indiferente que se exprimam ora diretamente pela boca do autor, ora pela palavra e até pela figura dos personagens. Quem, entre os que se recordam de Lima Barreto, não reconhecerá imediatamente muitos dos seus traços no retrato do poeta Leonardo Flores, personagem de Clara dos Anjos?

  11. O UNIVERSO SUBURBANO Ao oposto de Machado de Assis, que saído do Morro do Livramento procuraria os bairros da classe média e abastada, este homem, nascido nas Laranjeiras, que se distinguiu nos estudos de Humanidades e nos concursos, que um dia sonhou tornar-se engenheiro, que no fim da vida ainda se gabava de saber geometria contra os que o acusavam de não saber escrever bem, procurou deliberadamente a feiúra e a tristeza dos bairros pobres, o avesso das aparências brancas e burguesas, o avesso de Botafogo e de Petrópolis. Sérgio Buarque de Holanda

  12. Triste fim de Policarpo Quaresma(Lima Barreto)

  13. Major Quaresma • NACIONALISMO exacerbado do e FRUSTRAÇÃO ao conhecer a triste realidade brasileira • Dom Quixote nacional, otimista incurável, visionário, paladino da justiça, expressando na sua ingenuidade a doçura e o calor humano do homem do povo.

  14. Momento Histórico • Primeira República - governo de Floriano Peixoto (1891 - 1894) • Revolta da Armada (1892)

  15. Primeira parte • Retrata o burocrata exemplar, patriota e nacionalista extremado, interessado pelas coisas do Brasil: a música, o folclore e o tupi-guarani. • Propõe que o tupi-guarani torne-se a língua oficial brasileira. • Vira chacota e é internado num hospício

  16. Segunda parte Quaresma, desiludido com as incompreensões, vai para o campo (sítio do Sossego) onde se empenha na reforma da agricultura brasileira Seu plano fracassa por três motivos: • o clientelismo hipócrita dos políticos • a deficiente estrutura agrária brasileira • a voracidade dos imbatíveis exércitos de saúvas

  17. Terceira parte • Motivado pela Revolta da Armada, Quaresma apóia Floriano Peixoto e, aos poucos, percebe a tirania do "Marechal de Ferro". • Enfim, a revolta é sufocada. Quaresma é transferido para a Ilha das Enxadas, como carcereiro • Um juiz aparece por lá e distribui as condenações aleatoriamente. Chocado, escreve uma carta para o presidente, pedindo a reparação de tal erro. • Foi mal interpretado, preso e condenado à morte por traição.

  18. A IRONIA • O único personagem que se preocupou com o seu país foi considerado traidor, enquanto outros, que se aproveitaram no conflito para conseguir vantagens políticas, como Armando Borges, Genelício e Bustamante, saíram-se vitoriosos. • No final, tal qual Dom Quixote, Quaresma acorda, recobra a razão. Percebe que a pátria, por que sempre lutara, era uma ilusão, nunca existira. Num momento pungente, tocante, descobre que passara toda a sua vida numa inutilidade.

  19. Trecho para análise • Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe irnportavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem ... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada ... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas cousas de tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas. Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!

  20. O tupi encontrou a incredulidade geral. o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada, Às terras não eram ferazes e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção.

  21. A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções. A Pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete.

  22. Clara dos Anjos Concluído em 1922, ano da morte de Lima Barreto, o romance Clara dos Anjos é uma denúncia áspera do preconceito racial e social, vivenciado por uma jovem mulher do subúrbio carioca.

  23. Elemento Marginalizado Negros e Mulatos

  24. O Preconceito Racial • Principal alvo das ácidas críticas de Lima Barreto • Personificado no sofrimento de Clara e sua família

  25. Determinismo em Clara dos Anjos • Influência do Realismo-Naturalismo • Lima Barreto, em Clara dos Anjos defende a tese de que, haja vista o preconceito racial que sofrem, as mulheres mulatas estão condenadas à desonra.

  26. Poesia Pré-Modernista Augusto dos Anjos

  27. O pessimismo de Augusto dos Anjos • Uniu poesia e ciência, usando um vocabulário cientificista • Renovação da Poesia • Tudo caminha para a morte, a destruição, a decomposição, o mal e o nada

  28. Para Augusto dos Anjos... • AMOR: união de células em volúpia • SER HUMANO: Ceia final de vermes

  29. OS EXCLUÍDOS DA SOCIEDADE

  30. Trechos de “Os Doentes” “A civilização entrou na taba Em que ele estava. O gênio de Colombo Manchou de opróbrios a alma do mazombo, Cuspiu na cova do morubixaba!” “E o índio, por fim, adstricto à étnica escória, Recebeu, tendo o horror no rosto impresso, Esse achincalhamento do progresso Que o anulava na crítica da História! ““E sentia-se pior que um vagabundo Microcéfalo vil que a espécie encerra Desterrado na sua própria terra, Diminuído na crônica do mundo!”

  31. “Perfurava-me o peito a áspera pua Do desânimo negro que me prostra, E quase a todos os momentos mostra Minha caveira aos bêbedos da rua.” • “Naquela angústia absurda e tragicômica Eu chorava, rolando sobre o lixo, Com a contorção neurótica de um bicho Que ingeriu 30 gramas de nux-vômica.”

  32. “Mas, para além, entre oscilantes chamas, Acordavam os bairros da luxúria... As prostitutas, doentes de hematúria, Se extenuavam nas camas.”“De certo, a perversão de que era presa O sensorium daquela prostituta Vinha da adaptação quase absoluta À ambiência microbiana da baixeza!”“Entanto, virgem fostes, e, quando o éreis, Não tínheis ainda essa erupção cutânea, Nem tínheis, vítima última da insânia, Duas mamárias glândulas estéreis!”

  33. Psicologia de um vencido

  34. Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundíssimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia, análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme – este operário das ruínas – Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra!

  35. O poeta... • Original • Do mau gosto • Dos vermes • Da podridão

  36. Versos íntimos

  37. Vês?! Ninguém assistiu ao formidável Enterro de tua última quimera. Somente a Ingratidão – esta pantera – Foi sua companheira inseparável! Acostuma-te à lama que te espera! O Homem, que, nesta terra miserável, Mora, entre feras, sente inevitável Necessidade de também ser fera. Toma um fósforo. Acende teu cigarro! O beijo, amigo, é a véspera do escarro, A mão que afaga é a mesma que apedreja. Se a alguém causa ainda pena a tua chaga, Apedreja essa mão vil que te afaga, Escarra nessa boca que te beija!

  38. Monteiro Lobato(1882-1948) Infância Petróleo Crítica Literatura Progresso

  39. Principais Obras • Cidades Mortas (crise no vale do Paraíba) • Urupês (O problema do Caboclo) • Negrinha (Racismo pós-abolição)

  40. Os Problemas Sociais e Os Marginalizados o trabalho do menor, o parasitismo da burocracia, a violência contra negros, imigrantes e mulheres, a empáfia dos que mandam, o crescimento desordenado das cidades, a degradação progressiva da vida interiorana; o surto de modernidade autofágicaque desemboca na crise de 30.

  41. Linguagem • Simples, arejada, moderna • Antecipa o Modernismo, já que não apresenta o rebuscamento vigente • Na descrição das personagens Lobato utiliza técnicas expressionistas que as deformam

  42. URUPÊS1918 • Denuncia os problemas do vale do Paraíba (São Paulo) após o declínio do café. • Retrata a vida da população miserável, que abandona as pequenas cidades em busca de alternativas

  43. O Determinismo e o Jeca Tatu De acordo com Lobato, a mistura de raças gera um tipo fraco, indolente, preguiçoso, passivo: • Sua religião são primitivas formas de superstição e magia. • Sua medicina é rala. Sua política é inexistente. • Não tem senso estético (até o homem das cavernas tinha) • Colhe o que a natureza oferece. • É o protótipo do que é atrasado no país.

  44. Trechos para análise “Porque a verdade nua manda dizer que entre as raças de variado matiz, formadoras da nacionalidade e metidas entre o estrangeiro recente e o aborígene de tabuinha no beiço, uma existe a vegetar de cócoras, incapaz de evolução, impenetrável ao progresso. Feia e sorna, nada a põe de pé.”

  45. Trechos para análise • “Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade!” • “Sua casa de sapé e lama faz sorrir aos bichos que moram em toca e gargalhar ao joão-de-barro.”

  46. Trechos para análise “No meio da natureza brasílica, tão rica de formas e cores, onde os ipês floridos derramam feitiços no ambiente (...); onde há abelhas de sol, esmeraldas vivas, cigarras, sabiás, luz, cor, perfume, (...) o caboclo é o sombrio urupê de pau podre a modorrar silencioso no recesso das grotas. Só ele não fala, não canta, não ri, não ama. Só ele, no meio da tanta vida, não vive…”

  47. Negrinha • O conto Negrinha, de Monteiro Lobato, é narrado em terceira pessoa, e impregnado de uma carga emocional muito forte. O conto se mostra atual ao denunciar a violência contra a criança, notadamente a negra. Com ironia, lobato elabora o retrato negativo "da excelente senhora", a "ótima dona Inácia", apontando, através de chavões, a hipocrisia da sociedade: "a caridade é a mais belas das virtudes cristãs..."; "quem dá aos pobres empresta a Deus".

  48. Trecho para Análise “Ótima, a dona Inácia. Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. Viúva sem filhos, não a calejara o choro da carne de sua carne, e por isso não suportava o choro da carne alheia. Assim, mal vagia, longe, na cozinha, a triste criança, gritava logo nervosa: — Quem é a peste que está chorando aí? Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O pilão? O forno? A mãe da criminosa abafava a boquinha da filha e afastava-se com ela para os fundos do quintal, torcendo-lhe em caminho beliscões de desespero. — Cale a boca, diabo!

  49. No entanto, aquele choro nunca vinha sem razão. Fome quase sempre, ou frio, desses que entanguem pés e mãos e fazem-nos doer... Assim cresceu Negrinha — magra, atrofiada, com os olhos eternamente assustados. Órfã aos quatro anos, por ali ficou feito gato sem dono, levada a pontapés. Não compreendia a idéia dos grandes. Batiam-lhe sempre, por ação ou omissão. A mesma coisa, o mesmo ato, a mesma palavra provocava ora risadas, ora castigos.”

  50. Lobato e as Crianças • Produziu durante toda sua carreira literária 26 títulos destinados ao público infantil. É um dos mais importantes escritores da literatura infanto-juvenil da América Latina e também do mundo.

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