1 / 121

Tuberculose Profª. Ms. Maria dos Remédios F. C. Branco UFMA

Tuberculose Profª. Ms. Maria dos Remédios F. C. Branco UFMA. Tuberculose – agente etiológico. Mycobacterium tuberculosis Ordem Actinomycetales Família Mycobacteriaceae Complexo M. tuberculosis : M. tuberculosis M. bovis M. africanum M. microti. Mycobacterium tuberculosis.

trapper
Download Presentation

Tuberculose Profª. Ms. Maria dos Remédios F. C. Branco UFMA

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. TuberculoseProfª. Ms. Maria dos Remédios F. C. BrancoUFMA

  2. Tuberculose – agente etiológico Mycobacterium tuberculosis • Ordem Actinomycetales • Família Mycobacteriaceae • Complexo M. tuberculosis: • M. tuberculosis • M. bovis • M. africanum • M. microti

  3. Mycobacteriumtuberculosis • Estrutura bacilar: imóvel, não esporulado, não encapsulado • Álcool-ácido resistência • Conteúdo lipídico em sua parede celular: formação do granuloma • Aeróbio • Parasita intracelular facultativo

  4. Mycobacteriumtuberculosis • Pode ficar em estado de latência por longos períodos: responsável pela reativação • Tempo de geração longo: 14 a 20 horas • Resistência a agentes químicos • Resistente à dessecação e ao ambiente escuro: pode sobreviver anos no ambiente externo • Sensível ao calor e à radiação ultravioleta

  5. Etiopatogenia e imunidade • Virulência bacilar • Tamanho da dose infectante • Integridade do sistema imunológico • Imunidade natural • Imunidade adquirida • Imunossupressão • Diminuição da capacidade dos macrófagos

  6. Após a inalação, ocorre uma resistência inespecífica do homem contra a inalação dos bacilos, devido, inicialmente, às barreiras físicas como os pêlos nasais, a angulação das vias aéreas, o turbilhonamento aéreo, a secreção traqueobrônquica e, o mais importante, o clearance mucociliar. Imunidade natural

  7. Imunidade natural • Apesar da relativa eficiência deste sistema de defesa e dependendo da quantidade de bacilos inalados, alguns atingem os alvéolos pulmonares e a infecção tuberculosa tem início.

  8. Imunidade adquirida • Os macrófagos pulmonares residentes são uma das primeiras células a interagir com os bacilos através da fagocitose, que caracteriza a etapa inicial da resposta imune inespecífica anti-micobacteriana.

  9. Imunidade adquirida • Apesar do macrófago ser uma célula com alta capacidade bactericida, o bacilo da tuberculose desenvolveu meios apropriados para sobreviver a esse sistema de defesa.

  10. Imunidade adquirida • A multiplicação bacilar provoca a morte do macrófago com liberação de lisossomas e destruição tecidual. • Forma-se, então, uma reação inflamatória inespecífica, com acúmulo de neutrófilos na região do parênquima pulmonar em que os bacilos se instalaram.

  11. Primoinfecção tuberculosa • Esta resposta inflamatória resulta em uma rápida depuração dos bacilos, sem lesão visível à radiografia de tórax. • No entanto, pode ocorrer uma falha neste mecanismo inespecífico de depuração, resultando em progressão da infecção e broncopneumonia inespecífica.

  12. Primoinfecção tuberculosa • Com isso, o bacilo começa a se dividir e a aumentar em número no foco de inoculação, principalmente porque, nos primeiros quinze a vinte dias de infecção, o organismo ainda não desenvolveu uma resposta imunológica específica que possa bloquear o processo de multiplicação celular.

  13. Primoinfecção tuberculosa • Ao final de quinze dias de replicação, o número de bacilos no foco de inoculação pode atingir 105, e resultar em disseminação • tanto por via linfática, para gânglios linfáticos de drenagem, • como por via hematogênica, para órgãos extra-torácicos.

  14. Primoinfecção tuberculosa • Este foco pulmonar, em geral único e periférico e de consistência amolecida, é pequeno e arredondado, tem de um a dois mm de tamanho, e é chamado de foco de Ghon. • O período para o seu desenvolvimento é de três a quatro semanas. • O momento do surgimento do tubérculo corresponde ao desenvolvimento da imunidade celular e é associado à viragem do teste tuberculínico.

  15. Primoinfecção tuberculosa • Simultaneamente, a partir do foco pulmonar, há disseminação linfática até o gânglio satélite (foco ganglionar), de onde haverá disseminação hematogênica para todo o organismo. • Este complexo de foco pulmonar, linfangite e um foco ganglionar é chamado de complexo primário ou complexo de Ranke.

  16. Primoinfecção tuberculosa • No momento da disseminação hematogênica, o organismo já com imunidade adquirida desenvolvida, impede o estabelecimento de tuberculose doença em 95% dos casos, encerrando então a primoinfecção.

  17. Primoinfecção tuberculosa • O encapsulamento do bacilo resulta na formação de uma lesão chamada de granuloma, que não é exclusivo da tuberculose. • O granuloma é um aglomerado celular não vascularizado, constituído histologicamente por células epitelióides, células gigantes multinucleadas ou de células de Langhans, que se apresenta com forma oval ou arredondada e numerosos núcleos periféricos dispostos em ferradura.

  18. Primoinfecção tuberculosa • Numerosos linfócitos se localizam entre estas subpopulações de macrófagos. • Uma das características do granuloma tuberculoso é a necrose caseosa, rica em lipídios degradados da parede celular das micobactérias.

  19. Primoinfecção tuberculosa • O granuloma tem a finalidade de circunscrever e delimitar a infecção. • Nestas condições, os bacilos podem sobreviver por anos em estado de latência ou dormência e o indivíduo pode não manifestar a doença.

  20. Tuberculose primária • Em cerca de 95% das lesões pulmonares iniciais, os focos de Ghon evoluem para fibrose e/ou calcficação, que poderão ser percebidas em radiografia. • Em 5% dos casos, a primoinfecção não é contida. Há uma liquefação do caseo e o desenvolvimento de doença ainda nesta fase primária da infecção.

  21. Tuberculose primária - conceito • Tuberculose resultante da progressão do complexo primário que se desenvolve nos primeiros cinco anos após a primoinfecção.

  22. Formas de tuberculose primária contemporâneas ao complexo primário • Ganglionares • Ganglionares e pulmonares: pneumônicas, bronco-pneumônicas, cavitárias e atelectásicas (epituberculose) • Miliar (envolve pulmões e muitos órgãos)

  23. Tuberculose primária • Aguda e grave (menos comum) • Insidiosa e lenta (mais comum) • Manifestações de hipersensibilidade extrapulmonar (não são comuns): • eritema nodoso, • conjuntivite flictenular, • artralgia de Poncet

  24. Tuberculose pós-primária ou do adulto • È a forma que ocorre anos após o estabelecimento da lesão primária. • O indivíduo já apresenta memória imunológica para os antígenos do M. tuberculosis e, em geral, desenvolve lesão mais circunscrita, de evolução mais arrastada que as formas primárias e com maior reação inflamatória do tipo hipersensibilidade, caracterizada por cavitação e fibrose.

  25. Tuberculose pós-primária ou do adulto • A origem pode ser • tanto endógena, por reativação de um foco quiescente (com bacilos que se encontravam em inatividade metabólica: reativação endógena),

  26. Tuberculose pós-primária ou do adulto • A origem pode ser • exógena, a partir de uma nova contaminação, em geral por cepas mais virulentas e que resistem à forte resposta imunológica desencadeada pelo hospedeiro (reativação exógena).

  27. Tuberculose pós-primária ou do adulto • É mais comum nos ápices pulmonares, devido ao maior aporte de oxigênio necessário ao desenvolvimento do bacilo. • A reativação do foco se dá com formação de granulomas, poucos macrófagos, poucas hemácias e rica em fibrina. • Evolui para necrose de caseificação e progride para doença.

  28. Tuberculose pós-primária ou do adulto • Ocorre drenagem do caseo para um brônquio, que pode levar à disseminação broncogênica para todo o pulmão. • Normalmente a drenagem dá lugar a uma cavidade pulmonar, chamada caverna tuberculosa. • A cavitação pode evoluir para cura ou para complicações.

  29. Tuberculose pós-primária ou do adulto – complicações • Cavidade saneada aberta • Cavidade fechada sem brônquio de drenagem • Bronquiectasias • Destruições pulmonares • Desvios de órgãos do mediastino • Escoliose • Alterações pulmonares graves, geralmente de natureza mista • Micetoma intra-cavitário

  30. Via linfohematogênica – responsável pela maioria das formas extra-pulmonares da doença, uma vez que é o caminho natural do bacilo após sua entrada no organismo: ganglionar, renal, adrenal, óssea, meningoencefálica, ganglionar intra-abdominal e genital feminina. Vias de disseminação do M. tuberculosis

  31. Vias de disseminação do M. tuberculosis • Via hematogênica – quando há ruptura da lesão diretamente no vaso, podendo ocasionar formas disseminadas agudas da doença.

  32. Vias de disseminação do M. tuberculosis • Por contigüidade – responsável pelas formas: • pleural a partir do pulmão; • pericárdica a partir de gânglios mediastinais; • peritoneal a partir de gânglios mesentéricos, alças intestinais ou trompas (por ruptura de pequenos divertículos) e • algumas formas de tuberculose cutânea peri-orificial e a partir, por exemplo, de focos ósseos.

  33. Vias de disseminação do M. tuberculosis • Intra-canalicular – comprometimento de: • vias aéreas altas a partir do pulmão; • trato urinário inferior e sistema genital masculino a partir do rim; • endométrio e peritôneo a partir de trompas (por saída do material caseoso pelos óstios uterino e abdominal).

  34. Tuberculose – história clínica • Ter tido contato, intradomiciliar ou não, com uma pessoa com tuberculose.

  35. Tuberculose – história clínica • Apresentar sintomas e sinais sugestivos de tuberculose pulmonar: • tosse seca ou produtiva por 3 semanas ou mais, • febre vespertina, perda de peso, sudorese noturna, • dor torácica, dispnéia e astenia.

  36. Tuberculose – história clínica • História de tratamento anterior para tuberculose.

  37. Tuberculose – história clínica • Presença de fatores de risco para desenvolvimento de tuberculose doença: • Alcoolismo • Diabetes mellitus insulinodependente • Silicose • Infecção pelo HIV • Nefropatias graves

  38. Tuberculose – história clínica • Sarcoidose • Linfomas • Neoplasias malignas de cabeça e pescoço • Uso prolongado de corticosteróides em dose de imunodepressão • Quimioterapia antineoplásica • Tratamento com imunodepressores

  39. Tuberculose – doente bacilífero • A baciloscopia do escarro é positiva e o doente elimina mais de 5.000 bacilos por ml de escarro

  40. Tuberculose – doente não bacilífero • A baciloscopia do escarro é negativa e a cultura do escarro pode ser positiva ou negativa

  41. Resultado da baciloscopia (contagem semi-quantitativa)

  42. Para quem solicitar baciloscopia direta do escarro • Pacientes adultos que procurem o serviço de saúde por apresentarem queixas respiratórias ou qualquer outro motivo, mas que espontaneamente, ou em resposta ao pessoal de saúde, informem ter tosse e expectoração por 3 ou mais semanas.

  43. Para quem solicitar baciloscopia direta do escarro • Pacientes que apresentem alterações pulmonares na radiografia de tórax. • Contatos de casos de tuberculose pulmonar bacilíferos que apresentem queixas respiratórias.

  44. Para quem solicitar cultura do escarro para bacilo de Koch • Suspeitos de tuberculose pulmonar negativos ao exame direto de escarro. • Diagnóstico das formas extra-pulmonares – como meningoencefálica, renal, pleural, óssea ou ganglionar. • Os casos de suspeita de resistência bacteriana às drogas quando deve ser realizado o teste de sensibilidade.

  45. Para quem solicitar cultura do escarro para bacilo de Koch • Os casos de suspeita de infecção por micobactérias não-tuberculosas, notadamente nos doentes HIV positivos ou com AIDS quando deverá ser realizada a tipificação do bacilo.

  46. Baciloscopia • Coleta de escarro - primeira amostra • Coletada quando o sintomático respiratório procura o atendimento na unidade de saúde, para aproveitar a presença dele e garantir a realização do exame laboratorial. • Não é necessário estar em jejum.

  47. Baciloscopia • Coleta de escarro – segunda amostra • Coletada na manhã do dia seguinte, assim que o paciente despertar. • Esta amostra, em geral, tem uma quantidade maior de bacilos porque é composta da secreção acumulada na árvore brônquica por toda a noite.

  48. Caso de tuberculose • Todo indivíduo com diagnóstico confirmado por baciloscopia ou cultura e aquele em que o médico, com base em dados clínico-epidemiológicos e no resultado de exames complementares, firma o diagnóstico de tuberculose.

  49. Caso novo • É o doente com tuberculose que nunca se submeteu à quimioterapia antituberculosa ou fez uso de tuberculostáticos por menos de 30 dias.

  50. Recidiva • Doente com tuberculose em atividade que já se tratou anteriormente e recebeu alta por cura, independentemente do tempo decorrido do primeiro episódio.

More Related