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Dieta e Prevenção do Câncer Gastrintestinal

Dieta e Prevenção do Câncer Gastrintestinal. Prof ª Ms. Maria Eliana M. Schieferdecker Departamento de Nutrição - UFPR. Dieta e Câncer. Estima-se que 35% de todas as morte por câncer nos EUA estavam relacionados com a dieta Doll R., et al J Natl Cancer Inst 1981. Câncer

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Dieta e Prevenção do Câncer Gastrintestinal

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  1. Dieta e Prevenção do Câncer Gastrintestinal Profª Ms. Maria Eliana M. Schieferdecker Departamento de Nutrição - UFPR

  2. Dieta e Câncer • Estima-se que 35% de todas as morte por câncer nos EUA estavam relacionados com a dieta Doll R., et al J Natl Cancer Inst 1981 Câncer Conjunto de doenças caracterizada por: • Acúmulo de mutações no genoma da célula • Alterações na expressão ou função de genes-chave importantes na manutenção da homeostasia • O alimento é um fator importante em determinar a incidência do câncer em muitos países e regiões • Os macro e micronutrientes são componentes do alimento relevante ao desenvolvimento do câncer Takashi Sugimura, Toxicology , 2002

  3. Câncer • É necessário acontecer mais de uma lesão diferente no genoma celular para que ocorra processo de transformação • Estima-se, que o intervalo de tempo entre a primeira lesão genética e o aparecimento do câncer seja em torno de 10 a 20 anos Importante na prevenção do câncer Correa MI Nutrogastro, 2007

  4. Câncer • Novas terapias, equipamentos e medicamentos • melhoram as expectativas de tratamento do câncer • não são suficientes para seu controle • As perspectivas mundiais para o controle do câncer são ruins • Elevada exposição a diversos fatores de risco • Tabagismo • Alimentação inadequada Moyses Szklo, 2008 http://www.inca.gov.br/Revista Rede Câncer

  5. A redução de novos casos e de mortes depende Chave parao Controle do Câncer Prevenção Moyses Szklo, 2008 http://www.inca.gov.br/Revista Rede Câncer

  6. Carcinogênese versus quimioprevenção Aflatoxina (produzidas por fungos em milho, amendoim, grãos de soja) Infecção pelo vírus B Promoção Iniciação Hepatócito normal Hepatócito alterado Tumor Clorofilina Vegetais de coloração verde Estudo chinês em população exposta a aflatoxinas – 55% de redução de aflatoxina Egner et al. Proc Natl Acad Sci. 2001;98:14601-6

  7. 35% mortes Alimentação Fatores endógenos Fatores ambientais Câncer Gastrointestinal Predisposição genética Garofolo a et al. Rev. Campinas 2004

  8. de 60 a 70 % incidência Câncer mundo Atividade física Tabaco X Manutenção Peso Dieta Saudável World Cancer Research Fund 1997

  9. Câncer Gastrointestinal Fatores de risco Comprovados • Álcool • Carcinoma escamoso • Câncer gástrico e coloretal • Obesidade • Adenocarcinoma (não escamoso) de esôfago • Carcinoma gástrico (não região da cárdia) • Câncer coloretal ( Particularmente em homens) Papel modesto • Frutas e Vegetais • Prevenção câncer gastrointestinal • Selênio – relação inversa ao câncer de esôfago e gástrico Brandt PA; Goldbohm R A, Best Practice & Research Clinical Gastroenterology 2006

  10. Alimentos funcionais e biotecnologia Alimentos funcionais + Biotecnologia + Desenvolvimento genético NUTROGENÔMICA

  11. Nutrogenômica • É a aplicação de ferramentas genômicas na pesquisa em nutrição • Melhora a compreensão • Como a nutrição influencia vias metabólicas e controle homeostático • Como um distúrbio metabólico provocado por má alimentação contribui para um número de doenças Marti A et al Nutr. Hosp. 2005;20:157-164

  12. Nutrogenômica PREMISSAS • Dieta é um fator importante em doenças crônicas • Componentes dietéticos modificam a expressão de genes e até mesmo do genoma

  13. Recomendações nutricionais 1940 - Comitê RDA (USA –FNB) / 1995 – Comitê DRIs (USA, Ca- FDA) Nutrientes/substâncias bioativas Prevenção de doenças crônicas-não transmissíveis Prevenção de Doenças Carenciais Slide cedido Prof. Regina Vilela

  14. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PORTARIA 398 de 30/04/99 Definição legal de alimento funcional "todo alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos á saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica." SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS NUTRIENTES OUTROS COMPOSTOS ALIMENTARES

  15. ANVISA/MS Alegação de propriedade funcional Redução de riscos de doenças Manutenção geral da saúde Papel fisiológico da substância alimentar Cura Decreto-Lei nº 986/69 - Resolução nº 18/99 - Resolução RDC nº 259/02

  16. SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA ESTUDOS EXPERIMENTAIS ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS CÉLULAS ANIMAIS HUMANOS ISOLAMENTO DO COMPOSTO ESTABELECIMENTO DE CORRELAÇÕES/CAUSA-EFEITO

  17. Dificuldades – relacionadas com os estudos • Experimentais • In vitro • carência de informações sobre a absorção, biodistribuição e metabolismo dos oligonutrientes (Ex. polifenóis e flavonoides) • Epidemiológicos • Erro na aferição das dietas Slimani et al 2002 Bingham et al 2003

  18. MECANISMOS PROPOSTOS: ANTICÂNCER Soja - compostos fenólicos - vitaminas Fitoestrogênios (competição com receptores de estrogênios) PROCARCINOGÊNICOS Antioxidantes CARCINOGÊNICOS Indução de enzimas de detoxicação de carcinogênicos (GSH-S transferase) Iniciação MODIFICAÇÃO DO DNA Promoção Inibição de enzimas relacionadas à proliferação celular (citocromo P450, lipooxigenase, DNA polimerase) CÉLULA ANORMAL Proliferação Indução de apoptose TUMOR Regressão de crescimento tumoral Slide cedido Prof. Regina Vilela

  19. Quais são os principais alimentos com propriedades funcionais?  

  20. Alimentos com atividade anticarcinogênica, segundo Instituto Nacional do Câncer (EUA) + Alho Repolho Alçacus Soja, Gengibre Umbeliferae (cenoura, aipo, “parships”) Cebola, Chá, “Tumeric” Cítricos (Laranja, limão, pomelo) Trigo integral, Linho, Arroz integral Solanacea (tomate, berinjela, pimenta) Cruciferae (brócolis, couve-flor, couve de bruxelas) - Aveia, Hortelã, Orégano, Pepino Alecrim, Sálvia, Batata, Tomilho, Cebolinha Manjericão, Estragão, Cantalupo, Cevada, Frutas vermelhas

  21. COMPOSTOS BIOATIVOS QUE “PODEM” REDUZIR RISCO DE DOENÇAS ISOPRENÓIDES TERPENOS • carotenóides (40 átomos de C) licopeno (tomate, melancia, beterraba, pimentão) -caroteno (cenoura, abóbora, beterraba, mamão, manga, batata doce luteína (couve-flor, ervilha, brócolis, laranja, mamão, pêssego, kiwi) • limonóides (10 átomos de C) Limoleno (cascas de limão e laranja)

  22. ESTERÓIDES Compostos esteróis - 28/ 29 C - oriundos de óleos vegetais com grande similaridade com o colesterol Fitosteróis β- sitosterol Campesterol Estigmasterol Fitoestanóis - fitoesteróis saturados soja, frutos oleaginosos, óleos vegetais em geral, principalmente de canola, arroz e girassol

  23. COMPOSTOS FENÓLICOS Possuem em comum um anel aromático rodeado por um ou mais grupos hidroxila Flavonóis Flavonas (cheiro verde,cebolinha) Isoflavonas (broto de alfafa, sementes de linhaça) Flavanonas Antocianidinas Flavanois Flavonóides (frutas e vegetais, chás e vinhos) A C Tabela USDA

  24. Outros polifenóis • Ácidos hidroxibenzóico (ác. gálico, ác. protocatecúico, ác. p-hidroxibenzóico • Ácidos hidroxicinâmicos (ác. cumárico, ác. caféico, ác. Ferúlico, ác sinápico) • Lignanas • Stilbenos (resveratrol) – vinhos – suco de uva • taninos (chás, vinho, berries)

  25. Estudos epidemiológicos de quimioprevenção de vários tipos de tumores pelo chá Jung et al Int J Exp Pathol. 2001; 82:309-316

  26. Mecanismo de ação do chá e seus componentes na célula cancerígena

  27. DERIVADOS DE AMINOÁCIDOS • Componentes S – alil - alho • Diallyl disulfeto - alho • Alicina • Isotiocianatos • Indoles Atividades Antioxidante - Anti câncer (inibição de proliferação celular e carcinogênese)

  28. Indoles Indol-3- carbinol (I3C) e 3,3’- diindolmetano (DIM) Brassica: Brócole, repolho, couve-flor, nabo, agrião, rabanete, rúcula, couve manteiga, Atividades anticâncer via regulação genética • Inibição de crescimento tumoral • Indução de inibição do ciclo celular

  29. Isotiocinatos • ITCs vêm mostrando efeito protetor contra o câncer em vários órgãos • Esôfago, fígado, intestino delgado, cólon, pulmões, glândula mamária, próstata, e bexiga • A maioria dos ITCs mostraram atividade química preventiva em estudos • Administrados tanto antes como após a exposição a um carcinógeno Bonnesen C et al. Cancer Research 2001; 61:6120-30

  30. Alho • Vem sendo objeto de vários estudos • Provavelmente, é o alimento mais citado na literatura • Segundo mais vendido nos EUA Ames BN et al Science 1990; 236: 271 –80. Alho e componentes de enxofre alil associados podem alterar a carcinogênese induzida por • Vários químicos incluindo aflatoxina B1, benzopireno, 7,12 dimetilbenzantraceno, 4-metilnitrosamina-1-(s-piridil)-1-butatona (NNK), 1,2-dimetildrazina (DMH), azozimetano e um número de nitrosaminas Milner, JA Nutrition and Cancer Prevention, New York: Plenum Publishers, 2000.

  31. Estudos Epidemiológicos • Estudo caso-controle conduzido com populações da Província de Shandong na República da China • Mortalidade por câncer de estômago 10 vezes menor em indivíduos que consumiam aproximadamente 20 gramas de alho por dia You W-C et al, J Natl Cancer Inst 1989; 81: 162-4.

  32. Estudos Epidemiológicos • Revisão de 11 estudos epidemiológicos tipo caso-controle • Nove referiram associação do efeito protetor, em relação aos vegetais do gênero Allium e câncer de estômago • Um apresentou efeito nulo • Outro efeito contrário World Cancer Research Fund e American Institute for Cancer Research Food Nutrition the Prevention of Cancer: a global perspective 2nded. Washington: WCRF E AICR ; 1997

  33. ÁCIDOS GRAXOS Atividades Redução de câncer, asterosclerose Redução de obesidade** Prevenção de doença cardíaca Atividade antiinflamatória * Ácido linolêico conjugado** Ác. graxos ômega-3 *(DHA/EPA) Ác. α- linolênico

  34. OUTROS Saponinas Propriedade saponificante; radical glucídico ligado a um radical aglícono Espinafre, batata, tomate, aveia Tocotrienóis óleo de soja e milho; azeite de oliva 10% da quantidade

  35. COMPOSTOS MICROBIANOS Próbióticos Prébióticos Atividades Anticarcinogênica Estímulo do sistema imune Antioxidante

  36. Próbióticos • São microorganismos não patogênicos que, ingeridos vivos, exercem uma influência positiva sobre a saúde ou a fisiologia do hospede • São objeto de ensaios randomizados controlados • Testados sob forma de medicamentos • Alguns nomeados como bactérias lácticas e bifidobactérias Dray X; Marteau P. Nutrition clinique et métabolisme 20 (2006)

  37. Próbióticos • Os probióticos mais importantes são • Lactobacilos acidófilos, casei, bulgários, lactis e plantarum • Estreptococo termófilo • Enterococcus faecium e E. faecalis • Bifidobactérias bifidus, longus einfatis • Os leites fermentados, como os iogurtes - que sofrem a ação de bactérias = produtoras de ácido lático • Produtos industrializados acrescidos de bactérias probióticas em pó ou cápsulas.

  38. Probióticos JMartin H. Floch, et al. Clin Gastroenterol Volume 40, Number 3, March 2006

  39. Prébióticos São definidos como ingredientes contidos nos alimentos que não são digeríveis e que podem afetar beneficamente o hospedeiro estimulando seletivamente o crescimento e/ou atividade de bactérias no cólon (microflora colônica) ESTIMULAM PRINCIPALMENTE O CRESCIMENTO D BIFIDOBACTÉRIAS FATORES BIFIDOGÊNICOS Gibson G. Br J Nutr 1998;80:S209–12 Bengmark, 2005; Lim et al, 2005

  40. SÃO CLASSIFICADOS COMO PRÉBIÓTICOS • Frutooligossacarídeos (FOS) • 3 a 4 monossacarídeos de D-frutose e D-glucose produzido comercialmente da sacarose utilizando-se de uma enzima fúngica fructosyltransferase. Desenvolvido industrialmente nos EUA. • Inulinas – oligossacarídeos naturais. Polímeros de frutose (10 a 12 unidades) com glucose terminal. raiz de chicória, raiz de aspargos, alcachofra-de-jerusalém, alho-porro, folhas de alcachofra, cebola, banana, alho, tomate, beterraba, yacon, centeio, aveia, trigo, mel, cerveja, açúcar mascavo, dentre outros Estimulam crescimento de espécies Bifidobacterium

  41. Fibras e câncer de cólon Teorias carcinógenos fecais ácidos biliares transito intestinal • Redução do bolo fecal • Ausência de substrato para fermentação bacteriana • Diluição de carcinógenos fecais • Diluição de ácidos biliares • Aumento do transito intestinal • Aumento do bolo fecal • Age como substrato para fermentação bacteriana Giovannucci Cancer Causes and Control.1995;6:164-79

  42. Fibras e câncer de cólonEstudos coorte 16 estudos coorte de 7 países + de 12.000 pacientes Ingestão de fibra é inversamente associada à mortalidade por câncer de cólon 10g/dia [fibra] 33% o risco de morte por câncer de cólon em 25 anos Jansen MC Int J Cancer. 1999;81:174-9

  43. Fibras e câncer de cólonEstudos caso-controle • 13 estudos casos-controle de 11 países • + de 5.000 pacientes • tempo de observação de 2 a 9 anos Ingestão de fibra foi inversamente associada ao risco de câncer de cólon Associação obedece a progressão da quantidade de fibra ingerida Jansen MC Int J Cancer. 1999;81:174-9

  44. QUANTIDADE DE ALIMENTOS NECESSÁRIOS PARA ATINGIR A RECOMENDAÇÃO DE FOS (3g) Os FOS também estão presentes em - Aveia, Açúcar mascavo, Beterraba, Mel, Tubérculo Yacon, Cerveja

  45. SUGESTÃO DE CARDÁPIO 2000 Kcals e 5,3g de FOS Lanche Pastel de forno integral recheado com ricota, tomate, cebola e orégano. Suco de abacaxi com hortelã Jantar Salada de alface e beterraba com grão de trigo cozido Massa ao sugo Peito de frango grelhado Suco de acerola Ceia Iogurte de fruta Desjejum Pão de centeio com mel e queijo branco Vitamina de banana com aveia Colação Cookies de farelo de trigo Suco de maracujá Almoço Salada de rúcula com tomate e cebola Risoto de aspargos Mignon alho e óleo Sobremesa: Salada de frutas Limonada suíça

  46. Alimentos, Nutrição e Prevenção do Câncer  A diversidade dietética é fator-chave na proteção contra câncer especialmente entre populações pobres  A diversidade aumenta a probabilidade de dietas mais adequadas e melhor equilibradas World Cancer Research Fund 1997

  47. Nutrição e Prevenção do Câncer O risco de câncer pode ser reduzido por um padrão dietético que inclua  grande proporção de alimentos vegetais  frutas, hortaliças, grão e leguminosas  pequenas quantidades de carne e produtos lácteos  manteiga e queijo  equilíbrio em ingestão calórica e AF Associação Americana de Câncer ,1998

  48. "Deixe o alimento ser teu remédio e o remédio ser teu alimento" Hipócrates 460 – 432 AC Obrigada!

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