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O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA: DIFERENTES COMPREENSÃO AO LONGO DA HISTÓRIA

O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA: DIFERENTES COMPREENSÃO AO LONGO DA HISTÓRIA. Políticas Públicas de Saúde Residência Multiprofissional e em Saúde Profª. Teresinha Weiller Profª. Sheila Kocourek. O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA: DIFERENTES COMPREENSÃO AO LONGO DA HISTÓRIA

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O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA: DIFERENTES COMPREENSÃO AO LONGO DA HISTÓRIA

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  1. O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA: DIFERENTES COMPREENSÃO AO LONGO DA HISTÓRIA Políticas Públicas de Saúde Residência Multiprofissional e em Saúde Profª. Teresinha Weiller Profª. Sheila Kocourek

  2. O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA: DIFERENTES COMPREENSÃO AO LONGO DA HISTÓRIA • A Questão da causalidade é central, permite compreender o processo de determinação da doença. • Causalidade - é determinada • •pelas condições concretas de existência • pela capacidade intelectiva do homem em cada contexto histórico • conceito= categoria explicativa revestida de historicidade, portanto, necessário reconstruir a história do conceito para compreendermos a evolução do mesmo. • Homens primitivos = o que acontecia era explicado do ponto de vista mágico ou religioso; assim a saúde e a doença • Início povos nômades; no decorrer dos séculos ou milênios, as tribos e agrupamentos foram se espalhando regiões do mundo;

  3. Diversificação cultura/tradições → civilizações; as mais antigas geralmente se desenvolveram junto aos vales de grandes rios Primeiras interpretações : ANTIGUIDADE 1ª vertente = Concepção dos assírios, egípcios, caldeus, hebreus e outros povos: corpo humano como receptáculo de elemento externo; penetrando-o irá produzir a doença sem que o homem participe ativamente do processo; elementos tanto naturais como sobrenaturais  sistemas filosóficos de compreensão do mundo: caráter religioso, ●observações empíricas relativas ao aparecimento da doença e função curativa das plantas e recursos naturais eram revestidas de caráter religioso

  4. Esses povos do Oriente Médio – criação do hospital; nos hospitais primitivos eram realizadas atividades cirúrgicas limitadas aos socorros ministrados a ferimentos e fraturas; circuncisão e castração Advento do Cristianismo – redirecionamento das formas de pensar as doenças – ● Consideração do pecado como responsável pelos males físicos; dominação de maus espíritos; ● apesar dessas concepções, os povos do Médio Oriente já desenvolviam um arsenal de observações e práticas empiristas

  5. 2ª vertente - representada pela Medicina hindu e Medicina chinesa: doença vista como desequilíbrio entre os elementos/humores que compõem o organismo humano causa buscada no ambiente físico influência dos astros, clima, insetos e outros animaissistema complexo de correspondência entre os cinco elementos(madeira, metal, terra, fogo e água) e orgãos-sede Saúde para os chineses: equilíbrio entre os princípios Yang e Yin; causas externas causam o seu desequilíbrio = doença; recuperação= restabelecer o equilíbrio de energia(acupuntura, do-in, etc) o homem desempenha papel ativo no processo e as causas perdem o caráter mágico e religioso, são naturalizadas.

  6. Medicina grega Os gregos procuraram uma explicação racional para as doenças, fundamentando a futura “Medicina Científica Sec. VI ao IV A.C.- os gregos descartam os elementos mágicos e religiosos como causadores de doenças; observação empírica (ambiente, sazonalidade, posição social dos indivíduos, entre outros influem no surgimento das doenças) Princípio básico – harmonia entre alma e corpo 2 linhas fundamentais – 1ª - doenças diferentes podem ter causas e sintomas iguais; terapêutica intervencionista localizada nos exames diretos dos doentes 2ª - valorizava mais o prognóstico, onde as doenças eram vistas dentro do quadro de cada indivíduo; terapêutica apoiada nas reações defensivas naturais; essa segunda linha e hipocrática

  7. Hipócrates – defendia a prática clínica com cuidadosa observação da natureza; • inúmeros fatores do ambiente físico poderiam ser capazes de produzir doença quando agindo sobre o organismo humano; identificação do fogo, água, terra e água.. • Humores do corpo que causam doenças e seus elementos = fogo (coração); ar (pituíta), terra ( bile amarela ) e água ( bile negra do estômago); a terapêutica baseava-se na aplicação dos elementos contrários; importância do ambiente físico. • a • O diagnóstico hipocrático seguia o roteiro da exploração sensorial;da comunicação oral e do raciocínio

  8. A partir das observações empíricas os antigos conseguiram elaborar hipóteses sobre o contágio das doenças IDADE MÉDIA = Período de consolidação do modo de produção feudal; praticamente não ocorrem avanços no estudo da causalidade os princípios hipocráticos são conservados a nível de explicação teórica e a prática clínica é praticamente abandonada sob influência do cristianismo a medicina volta a se revestir do caráter de uma prática religiosa No final do período= com o crescente nº de epidemias que assolam a Europa retorna-se à questão da causalidade das doenças;

  9. Doença= contágio entre os homens; explicação desde a influência da conjugação de certos planetas até o envenamento de poços por “judeus, leprosos ou bruxarias de endemoniados” RENASCIMENTO a medicina volta a ser exercida predominantemente por leigos e são retomados experimentos e observações anatômicas tentativa de explicar as doenças epidêmicas existência de partículas invisíveis que atingem o homem por contágio direto, por dejetos humanos ou outros veículos concepção hipocrática mais totalizadora fica relegada= organismo como receptáculo

  10. Do desdobramento dessas elaborações teóricas iniciais sobre contágioTeoria dos Miasmas ou Miasmática= será hegemônica até o aparecimento da bacteriologia (na segunda metade do sec. XIX)  Doenças originam-se de partículas presentes na atmosfera e da fermentação e putrefação dos humores; dependem de certas alterações e condições da terra Século XVIII.- estudos médicos volta-se para compreensão do funcionamento do corpo humano e das alterações anatômicas produzidas pela doença  estudo das causas cede lugar à prática clínica; localização da sede das doenças no organismo e desvelamento da linguagem dos sinais

  11. “ O método clínico, por seu próprio caráter intensivo e singular, não propicia a abordagem de questões mais amplas relativas às causas das doenças, pois estas se dão no plano coletivo, não sendo pois verificáveis na dimensão particular do indivíduo”  Final do sec. XVIII, após Revolução Francesa- contexto de crescente urbanização da Europa e consolidação do sistema fabril aparece com força crescente a concepção de causação social= relação entre as condições de vida e de trabalho das populações e o aparecimento das doenças ao lado das condições objetivas de existência, o desenvolvimento teórico das ciências sociais permitiu no final do séc. XVIII a elaboração de uma teoria social da medicina o ambiente deixa de ser natural para revestir-se de caráter social

  12. No entanto, a concepção miasmática permanece hegemônica; a medicina social aparece entre os revolucionários ligados aos movimentos políticos do séc. XVIII e início sec. XX Com a derrota dos movimentos revolucionários, a medicina social teve o seu desenvolvimento retardado. Denúncias cada vez mais freqüentes de que as condições de vida e de trabalho estavam levando ao desgaste do proletariado, comprometendo até mesmo a sua reprodução, serão absorvidas pelos governos  Respostas= Não foram transformações sociais mas medidas sanitárias e legislação trabalhista

  13. Descobertas bacteriológicas metade sec. XIX= - irão deslocar de vez as concepções sociais, restabelecendo o primado das causas externas representadas agora por vírus e bactérias VISÃO UNICAUSAL: para cada doença um agente etiológico  vacinas ou produtos químicos Insuficiência explicativa só ficará evidente no início do sec. XX quando há um retorno a compreensões mais amplas sem que se recupere o conceito de causação social MULTICAUSALIDADE tentativa de redução do social e sua descaracterização através de visões ahistóricas e biologicistas

  14. Modelo da balança (Gordon, dec. 20) Agente hospedeiro meio-ambiente Esse modelo faz uma simplificação exagerada do processo de causação. Distribuição triangular agente-hospedeiro-meio ambiente reduz o homem à sua condição animal, biológica, transferindo para o meio - ambiente a sua condição de produtor; homem reduzido à sua condição natural (sexo, idade, raça, etc) Ruptura entre o sujeito social e seus produtos, obscurecendo a origem social da produção cultural; os fatores do ambiente aparecem como naturais; reduz os agentes etiológicos à sua condição biológica

  15.  fatores tomados isoladamente, como se não houvessem interações entre eles e na prática, apenas um tipo de fator, aquele que tivesse maior peso atuasse na causação da doença Diferença da unicausalidade: a admissão de outras causas que não apenas a presença “do agente” Início do séc.= agregado ao conceito de multicausalidade os fatores psíquicos(Medicina Integral (EUA/ dec, 40); homem como ser bio-psico-social Social vai aparecer como atributo do homem e não como essência da própria existência humana

  16. Rede de Causalidade = Modelo de Macmahon=: genealogia pensada como uma rede; para executar medidas preventivas identificar o componente mais frágil Modelo Ecológico = Modelo mais acabado de multicausalidade = as interrelações entre os fatores são apresentadas sob a forma de um sistema fechado, com o um feed-back regulador= a atividade e a sobrevivência do agente e do hospedeiro são alterados por ele e por outro lado também alteram o ambiente redução naturalista na interpretação da relação que o homem estabelece com a natureza e com os outros homens

  17. Críticas a esses modelos= Concepção de determinação social da doença escondem as profundas diferenças resultantes da inserção produtiva do homem O processo saúde-doença é determinado pelo modo como o homem se apropria da natureza em um dado momento, apropriação que se realiza por meio do processo de trabalho baseado no desenvolvimento das forças produtivas e nas relações sociais de produção

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