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Qualidade da Educação é Muito Ruim

Desenvolvimento Infantil, Educação e Avaliação: retrato da Pesquisa no Brasil Naercio Menezes Filho Centro de Políticas Públicas – Insper e USP. Qualidade da Educação é Muito Ruim. Introdução.

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Qualidade da Educação é Muito Ruim

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Presentation Transcript


  1. Desenvolvimento Infantil, Educação e Avaliação: retrato da Pesquisa no BrasilNaercio Menezes FilhoCentro de Políticas Públicas – Insper e USP

  2. Qualidade da Educação é Muito Ruim

  3. Introdução • Desigualdades de renda e mobilidade inter-geracionais estão intimamente ligadas com capital humano - > educação e saúde • Diferenças em investimentos no início da vida se acumulam ao longo do tempo (Cunha & Heckman, 2008) • Quanto mais o tempo passa, mais difícil fica compensar a falta de investimentos no início do ciclo de vida • Mais difícil diminuir desigualdades entre jovens e adultos - programas de treinamento

  4. Introdução • Investimentos no início da vida para famílias mais pobres tem impactos significativos no desempenho escolar, oferta de trabalho e criminalidade • Estímulos infantis com qualidade aumentam com nível socioeconômico dos pais: número de palavras, ensinamentos importantes para o desenvolvimento • Aqui: revisar a literatura sobre desenvolvimento infantil, desempenho escolar e salários no mercado de trabalho

  5. Desenvolvimento Infantil e Educação 1) Nutrição e Capital Humano 2) Impacto da Creche 3) Impacto da Pré-Escola 4) Avaliação de Políticas Públicas

  6. Nutriçãoe Capital Humano • Mortalidade infantil e desnutrição eram principais problemas para acumulação de capital humano • Monteiro, Benicio, Konno, Silva, Lima, Conde(2009): desnutrição reduziu-se muito no Brasil: 13,5% em 1996 para 6,8% em 2006/07 • Causas: aumento da escolaridade materna (25%), renda (22%) , programas de assistência à saúde (12%) e saneamento (4%). • Mortalidade Infantil até 1 ano de idade por1000 nascidosvivosdeclinou de 50 (1990), para31 (2000), para17 (2010) • Mortalidade Infantil até 5 anos de idade por 1000 nascidosvivosdeclinou de 59 (1990), para36(2000), para19(2010)

  7. Nutriçãoe Capital Humano • Victora, Adair, Hallal, Martorell, Richter, Sachdev (2008) • Revisão de evidencias de estudos longitudinais sobre a relação entre nutrição e capital humano (controlando por indicadores socioeconômicos) • Subnutrição pode afetar o desenvolvimento cognitivo -> estrago estrutural ao cérebro e impedindo o desenvolvimento motor e comportamento exploratório • Maiores previsores para anos de escolaridade: Altura (0,5 ano de escolaridade por z-score) e peso aos 2 anos. Peso ao nascer (1kg a mais) aumenta 0,3 ano de estudo. Altura da mãe teve efeito pequeno, mas significativo

  8. Nutriçãoe Capital Humano • Altura é correlacionado com salários, mesmo em áreas urbanas e após o controle por educação • Indicadores de subnutrição são associados com renda mais baixa, especialmente altura: 1 z-score aumenta renda em 8%. • Associações entre peso e renda são mais voláteis • Índice de massa corpórea não afetam renda • Altura da mãe também não parece afetar a renda • Evidências mostram que subnutrição pode afetar os anos de escolaridade e salários • Melhoras na nutrição provocam mudanças de prioridades? • Obesidade, violência, informação, qualidade da creche?

  9. Qualidade das Creches • Barros, Carvalho, Franca, Mendonça e Rosalém (2011) • Efeitos de programas creche sobre desenvolvimento infantil em paises em desenvolvimento: limitado. • Eficácia da creche depende da qualidade dos serviços prestados: pode ser ruim nos países em desenvolvimento • 100 creches financiadas publicamente na cidade do RJ. • Estimado o custo econômico da creche e 500 indicadores de qualidade • 10 crianças em cada creche foram submetidas a um teste psicológico: cartão da criança (IPHEM)- idade desenvolvimento • Entrevistas com familiares das crianças: escolaridade dos pais, renda familiar, condições de habitação

  10. Qualidade das Creches • Indicadores de qualidade são altamente correlacionados, mas menor variância na infra-estrutura e maior nos pais • Creches de alta qualidade aumentam o desenvolvimento global da criança em 1,2 mês (0,17 desvio-padrão) • Efeito é maior sobre o desenvolvimento mental e social (1,8 a 2,3 meses), mas não aumenta o desenvolvimento físico • Apenas atividade e estrutura do programa tem impacto sobre o desenvolvimento da criança (3 meses) • Qualidade da infraestrutura e recursos humanos tem impacto no desenvolvimento social e físico, mas qualidade de saúde e saneamento não impactaram o desenvolvimento

  11. Qualidade das Creches • Qualidade da creche aumenta o seu custo • Custo dos serviços de creches de alta qualidade é 72% maior do que as de baixa qualidade. • Apenas espaço físico e recursos humanos aumentam o custo das creches • Aumento de 60% nos custos para cada mês adicional de desenvolvimento das crianças • Dimensões com maior impacto no desenvolvimento da criança são aquelas com menor impacto sobre o custo • Em especial: atividades e estrutura do programa: experiência da linguagem, atividades criativas, desenvolvimento social

  12. Qualidade da Pré-Escola • Campos, Bhering, Esposito, Gimenes, Abuchaim, Valle, Unbehaum(2011) • Avaliar qualidade de 150 instituições de ensino em 6 capitais: Belém, Campo Grande, Florianópolis, Fortaleza, RJ e Teresina. • Estimar o o impacto da frequência à creche e pré-escola no desempenho dos alunos no início do EF. • Estudo da qualidade em 147 instituições: 1 turma por escola • Escala de Avaliação de Ambientes de Pré-Escola (ECERS) (1-3=inadequado, 3-5=básico, 5-7=adequado, 7-8,5=bom) • Médias das pré-escolas: 3,4. Nível Básico (42%), Inadequado (30%), Adequado (24%), Bom (3%).

  13. Qualidade da Pré-Escola • Efeitos sobre as notas na Provinha Brasil de cada aluno • Questionários com os pais dos alunos • 762 alunos do 2o ano do EF: Tratados (605) controle (157) • Melhores desempenhos na Provinha Brasil foram alcançados por alunos que frequentaram pré-escola de boa qualidade. Além disso, qualidade da escola EF importa • Alunos que frequentaram EI de boa qualidade tiveram notas 2,9 pontos mais altas: 12% na escala da provinha Brasil • Conclusão:

  14. EducaçãoInfantil e Longevidade Escolar • Damiani, Dumith, Hota e Gigante (2011) • Dados longitudinais -> seguem as mesmas crianças ao longo do tempo: Coortes de Pelotas de 1982 • 1076 participantes com informação de frequência à pré-escola (55%) e creche (22%) • Controle pelo cor, renda familiar, sexo e escolaridade • Frequência à creche não aumentou longevidade escolar • Frequência à pré-escola aumentou em 88% as chances de conclusão de EF e 73% as chances de conclusão de EB • Estudos mostram que pré-escola importa

  15. Curi & Menezes-Filho (2010) Fonte: PPV Elaboração: própria

  16. Pré-Escola, Educação e Salários Fonte: PPV Elaboração: própria

  17. Efeitos sobre Aprendizado dos Alunos

  18. Avaliação de Políticas Públicas • Rocha & Soares (2010) • Impacto do Programa Saúde da Família sobre mortalitade, trabalho infantil, escolaridade, emprego e fecundidade. • Programa reduziu significativamente a mortalidade infantil ao longo das idades ,principalmente para os mais jovens. • Municipalidades mais pobres foram as que mais se beneficiaram do programa: também aumento oferta de trabalho dos adultos, reduziu fecundidade e aumentou escolaridade. • Evidência mostra que o Programa Saúde da Família é um mecanismo muito custo-efetivo para melhorar a saúde em áreas mais pobres.

  19. Conclusões • Subnutrição e mortalidade eram os principais problemas de desenvolvimento infantil • Melhora dos indicadores provoca mudança nas prioridades? • Obesidade, violência, informação, qualidade da creche • Qualidade da creche é importante para desenvolvimento infantil • Creche tem efeitos reduzidos sobre escolaridade • Pré-escola tem efeitos importantes, de boa qualidade. • Políticas públicas na área de saúde tiveram efeitos positivos • Agenda qualidade da creche e da pré-escola interagindo com as políticas públicas.

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