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Periodização do Treino 2. Periodização, Fadiga e Recuperação no Treino Desportivo

Mestrado em Treino do Alto Rendimento Planeamento do Treino. Periodização do Treino 2. Periodização, Fadiga e Recuperação no Treino Desportivo. Francisco Alves. Faculdade de Motricidade Humana. “Continuum” da estimulação pelo treino. Destreino. Manutenção. Efeito do treino.

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Periodização do Treino 2. Periodização, Fadiga e Recuperação no Treino Desportivo

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Presentation Transcript


  1. Mestrado em Treino do Alto Rendimento Planeamento do Treino Periodização do Treino2. Periodização, Fadiga e Recuperação no Treino Desportivo Francisco Alves Faculdade de Motricidade Humana

  2. “Continuum” da estimulação pelo treino Destreino Manutenção Efeito do treino Desenvolvimento Sobretreino Armstrong (1998)

  3. Zona desenvolvimento do desempenho em treino e na competição Carga moderada Sobrecarga Sobressolicitação Sobretreino Distúrbios na adaptação Decréscimo no desempenho Síndrome sobretreino Adaptações fisiológicas menores Ausência de alteração no desempenho Adaptações fisiológicas positivas Alterações menores no desempenho Adaptações fisiológicas óptimas Alterações óptimas no desempenho Crise de adaptação Estados de fadiga em treino Armstrong & VanHeest (2002)

  4. Organização do Microciclo Recuperaçãoinadequada Nível de Desempenho Sessão1 Sessão2 Sessão3 Sessões de treino

  5. Periodização e recuperação • Kellmann (1992; 1997) apresentou um modelo que descreve as relações entre estados de stress e necessidades de recuperação • Pressuposto básico: níveis acrescidos de stress exigem recuperação mais prolongada (função em “tesoura”) • O estado de equilíbrio entre stress e recuparação está ligado a uma capacidade óptima de desempenho • Recuperação insuficiente desencadeia processos que conduzem a um acréscimo de stress e ao aparecemento de sintomas de “burn out” (esgotamento) • De acordo com este modelo, níveis elevados de stress, por si só, podem não ter qualquer impacto negativo, desde que o atleta tenha capacidade e oportunidade de recuperação. Kellmann M (Ed.). (2002). Enhancing recovery: Preventing underperformance in athletes. Champaign, IL: Human Kinetics.

  6. Recuperação: parte integrante do processo de Periodização do Treino Desportivo • Recuperação após cada sessão de treino • Dias de recuperação em cada microciclo • Microciclo de recuperação em cada mesociclo • Época de recuperação em cada ciclo quadrianual Matveiev, 1985

  7. Duração da recuperação dos 5 estadios da fadiga 1. Stressdo treino < 24 hrs 2. Fadiga local 3-5 dias * 3. Sobrecarga funcional5-7 dias 4. Sobressolicitação 10-14 dias 5. Sobretreino > 28 dias *dores musculares, 24-48 hrs Smith, 1999 (Smith, 1999)

  8. Sobretreino Síndrome do sobretreino é um distúrbio neuroendócrino (hipotálamo-hipofisário) resultante do desequilíbrio entre as exigências do exercício e a capacidade funcional, levando a uma diminuição do desempenho Ou um estado crónico de diminuição do desempenho acompanhado de sinais e sintomas mais graves

  9. Factores de stress • Factores do âmbito do treino • Factores do âmbito da competição • Factores extrínsecos Sobretreino é um desequilíbrio entre stress e recuperação Stress – desvio da norma num sistema biológico/psicológico O grau de desvio do seu nível óptimo de funcionamento, observado num determinado sistema, é influenciado por padrões específicos e leva a uma determinada discrepância entre valor visado e valor obtido Kellmann, 2002

  10. Prevalência Atletas altamente motivados Atletas de elite Atletas autotreinados Atletas sem orientação técnica qualificada Atletas que retornam precocemente aos treinos antes da sua completa recuperação após doença ou lesão

  11. Atletas altamente motivados Ilusão da “fase passageira” Ciclo vicioso da fadiga e do baixo desempenho Tentam reagir à queda no rendimento através de uma intensificação das cargas de treino Na sequência de fases competitivas exigentes com elevado nível de sucesso – incentivo por treinador e colegas Quadros virais infecciosos em fases intensas de treino e/ou competição

  12. Sobressolicitação (SS) “Overreaching” Situação de fadiga permanente mas de duração limitada, de alguns dias a duas semanas, associada provavelmente com níveis insuficientes de recuperação muscular, depleção local de glicogénio e fosfatos de alta energia • Redução da capacidade de desempenho do atleta, mesmo em treino • Alterações visíveis no comportamento, atitudes e estados de espírito do atleta Kentta & Hassmen (1998)

  13. Recuperação insuficiente (underrecovery) • A quantidade de atletas que competem fatigados mesmo nos momentos determinantes da época é assustadoramente elevado e transversal às diferentes disciplinas desportivas • Casos narrados de atletas com picos de forma inesperados após paragem por lesão (ligeira) põe este facto em evidência Kellmann, 2002

  14. Recuperação insuficiente (underrecovery) indutora de SS-ST • Frequência de competições • Programas de treino monótonos • Mais de 3 horas de treino por dia • Aumento da carga de uma semana para a outra superior a 30% • Organização deficiente do microciclo (sessões de recuperação, alternância no tipo e orientação das cargas) • Organização deficiente do mesociclo Kellmann, 2002

  15. SS ST SS “anaeróbia”? Atletas mais jovens? SS “aeróbia” ? Atletas mais experientes? Polman & Houlahan (2004)

  16. Espectro Destreino – ST Paralelismo psico-fisiológico Polman & Houlahan (2004).

  17. Indicadores de estado avançado de SS (risco de ST) • Desempenho • Quebra no “rendimento” em treino e competição • Decréscimo na resposta submáxima e máxima da lactatemia (depleção no glicogénio muscular) • Aumento do tempo de recuperação aguda (FC, VO2, PSE) • Estados de humor • Hormonais  Sistema imunitário • Variabilidade da frequência cardíaca

  18. Sobressolicitação Primeiros sinais são de natureza psicológica e comportamental Labilidade emocional (hiperagressividade e hiperemotividade) Irritabilidade Perda de motivação aos treinos e competições Ansiedade acrescida 90% dos casos Exploração: POMS (perfil do estado de humor)

  19. POMS Profile of Mood States • Lista de verificação com 65 pontos, classificados pelo indivíduo avaliado numa escala de Likert com 5 categorias. • Identificam-se seis dimensões independentes: tensão-ansiedade, depressão-rejeição, agressividade-hostilidade, vigor, fadiga e confusão. McNair, Lorr, & Droppleman (1971)

  20. POMS Profile of Mood States’ factor scores in swimmers (n=14) at baseline and when overreaching O’Connor et al, 1989

  21. RESTQ-Sport scales and sample items Recovery stress questionnaire for athletes Kellmann & Kallus, 2001

  22. RESTQ-Sport scales and sample items Recovery stress questionnaire for athletes Kellmann & Kallus, 2001

  23. Teorias explicativas do processo sobressolicitação - sobretreino • Eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal (Lehman et al, 1998) • Microtrauma adaptativo muscular • (Smith, 2000)

  24. Teorias explicativas do processo sobressolicitação - sobretreino • Eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal (Lehman et al, 1998)

  25. Eixo hipotalâmico-hipofisário-adrenal Hipotálamo Factor libertador de corticotrofina (CRF) (-) Hipófise Stress Corticotrofina (ACTH) Cortisol (-) Córtex suprarrenal Cortisol

  26. Steinacker JM, Lormes W, Reissnecker S, Liu Y (2004). New aspects of the hormone and cytokine response to training. Eur J ApplPhysiol, 91(4): 382-91. Steinackeret al., 2004

  27. 1 2 Sobretreino Sobressolicitação Resposta compensada à carga de treino Treino intensivo de curta duração ACTH Cortisol 1 – Resposta adreno-cortical diminuída; sobreestimulação hipofisária 2 – Resposta diminuída da ACTH e do cortisol à actividade física

  28. Quocientetestosterona / cortisollivres (no plasma) ousalivar Valores do quocientetestosterona / cortisolelevadosestãocorrelacionados com ganhosimportantes de força muscular Hakkinen KA, Pskarinen A, Alen M, Kauhanen H, Komi PV (1987). Um decréscimo de 30 % darazãotestosterona / cortisolelevadaserá um indicador de risconafronteira SS/OT Alteraçõesinferiores a 10% apóssessão de treinopodem ser indicação de cargamoderada (ganhospequenos) Zonaóptimapara um ciclo de preparaçãoexigenteestálocalizado entre os 10 e os 30 % de decréscimoemrelaçãoaosvalores de início do período de treino

  29. #a Cortisol *a T / C #c,d *a *a *a

  30. Sobretreino como distúrbio neuro-endócrino Gleeson (2002): • Fases de treino elevado  acumulação de episódios de stress hormonal de grande impacto no organismo do atleta (catecolaminas, ACTH, cortisol, prolactina) subregulação dos receptores específicos nos tecidos alvo. • Resposta deprimida da hipófise anterior  menor libertação de ACTH, GH, da hormona estimuladora do folículo (FSH) e da hormona luteinizante (LH). • Decréscimo da libertação de cortisol (Fryetal, 1991) • Decréscimo do nível plasmático das hormonas sexuais (estrogéneo e testosterona)  distúrbio da função menstrual e da estimulação libidinal.

  31. Efeitos da elevação dos níveis circulantes de cortisol • gluconeogénese • Libertação de glicerol e ácidos gordos livres para o sangue a partir do tecido adiposo • Inibição da captação de glicose em muitas células (antagonismo à insulina) mas não no cérebro • Estimulação do catabolismoproteico • Imunodepressão

  32. Elevado Risco de contrair infecções Média Reduzido Baixo Médio Muito Alto Intensidade / Volume de Treino Sobretreino e supressão imunitária

  33. Nieman DC, Bishop NC (2006). Nutritional strategies to counter stress to the immune system in athletes, with special reference to football. J Sports Sci, 24(7):763-72.

  34. Após o esforço: Supressão aguda de IgA e IgM na saliva Em repouso (efeito crónico temporário): Diminuição do número de células NK Susceptibilidade de infecção viral Gleeson et al. (2000) Int. J. Sports Med.

  35. Imunodepressão e treino intenso • Viru, 2003 – síntese • A supressão da imuno-actividade de desportistas de alto nível, em associação com um elevado nível de rendimento é um fenómeno transitório relacionado com um esgotamento parcial da adaptabilidade em resposta a cargas elevadas aplicadas de forma continuada.

  36. Teorias explicativas do processo sobressolicitação - sobretreino • Microtrauma adaptativo muscular • (Smith, 2000)

  37. Citocinas e sobretreino Microtrauma adaptativo Inflamação aguda local Inflamação crónica local Resposta global do S. Imunitário à inflamação Smith (2000)

  38. Citocinas e sobretreino • As citocinas produzidas no músculo (principalmente a Il-6) actuam no SNC, induzindo um quadro sintomático comportamental de “doença” (redução do apetite, depressão, e outras), fase conducente ao processo de cura/recuperação. • Estas citocinas activam o sistema nervoso simpático e o eixo hipotalâmico-hipofisário-suprarrenal, ao mesmo tempo que tenderão a suprimir a actividade do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal (Weigent & Blalock, 1995; Steensberg, 2003). • As citocinas regulam igualmente a função hepática, promovendo a estabilização dos níveis de glicemia, através da neoglucogénese e a síntese de proteínas relacionadas com a fase inflamatória aguda. • O aparecimento de imunodepressão pode ainda decorrer deste processo inflamatório, possivelmente devido a factores anti-inflamatórios que acompanham a resposta pró-inflamatória que ocorre nos tecidos traumatizados (Robson, 2003). Steinacker et al, 2004

  39. Que indicadores podem ser usados para os estados de SOBRESSOLICITAÇÃO? • Snyder et al. (1993) • Garcin et al. (2002) Quociente lactatemia / percepção subjectiva da fadiga (Q)

  40. Sobressolicitação e lactatemia • Grupo de ciclistas de elite • Redução do lactato sanguíneo numa prova de cicloergómetro a 300 W • Período de 2 semanas de sobressolicitação comparado com fase “normal” de treino e fase de recuperação (taper) Jeukendrup et al (1992)

  41. Lactatemia e fadiga acumulada Gleeson, 2002 Bosquet et al., 2001

  42. Percepção subjectiva do esforço

  43. Lactatemia / PSE • Treino “normal”: Q deveria manter-se constante, apesar de haver decréscimos na concentração de La. • Halson & Jeukendrup (2004) - os decréscimos nas concentrações máximas e submáximas de La como indicadores de sobressolicitação devem ser analisadas em conjunto com a análise do desempenho

  44. Indicadores de fadiga e ss (Halson et al, 2002)

  45. Indicadores de fadiga e ss Halson et al., 2002 (Halson et al, 2002)

  46. Indicadores de fadiga e ss Resultados mais significativos: • Período de 2 semanas de acréscimo da carga provocou: • Redução da FC máx. - 9.3% • Redução VO2max – 5% • Aumento da PSE – 8.6 % (Halson et al, 2002)

  47. Indicadores de fadiga e ss Conclusões Os autores concluem que um estado de sobressolicitação comprovado pode surgir após acréscimo significativo da carga de uma semana Halson et al, 2002

  48. SS – Futebol • Amostra • Equipa da 1ª Liga de França • Avaliação • Exame físico • Nível salivar de hormonas: • Teste psicológico: POMS • Potência aeróbia máxima • Momentos de avaliação • T1 - Um dia após o início da época de treino (Julho) – valores de repouso • T2 e T3 – No início e no fim de um período de 7 semanas de treino de alta intensidade (Outubro e Novembro) • T4 – 4 meses depois, no meio do período competitivo (Março) Filaire, E, Bernain, X, Sagnol, M, & Lac, G. (2001). Preliminary results on mood state, salivary testosterone:cortisol ratio and team performance in a professional soccer team. Eur. J. Appl. Physiol. 86(2): 179-84.

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