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TRAJECTÓRIAS TERAPÊUTICAS DA VULNERABILIDADE:

TRAJECTÓRIAS TERAPÊUTICAS DA VULNERABILIDADE: O ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE MATERNO-INFANTIS EM CONTEXTO DE MIGRAÇÃO SAZONAL. MIGRANTES DE LOGA E FANDOU EM DAR-ES-SALAM (NIAMEY/NÍGER). P aula Morgado CEA-IUL. APRESENTAÇÃO.

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TRAJECTÓRIAS TERAPÊUTICAS DA VULNERABILIDADE:

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  1. TRAJECTÓRIAS TERAPÊUTICAS DA VULNERABILIDADE: O ACESSO A CUIDADOS DE SAÚDE MATERNO-INFANTIS EM CONTEXTO DE MIGRAÇÃO SAZONAL. MIGRANTES DE LOGA E FANDOU EM DAR-ES-SALAM (NIAMEY/NÍGER) Paula Morgado CEA-IUL

  2. APRESENTAÇÃO Estacomunicaçãoresulta de um trabalho de campo realizado entre Novembro e Dezembro de 2012 no bairro de Dar-es-Salam (Niamey) com um grupo de mulheresmigrantessazonaisoriundas de Loga e Fandou.

  3. OBJECTIVOS Compreender as estratégias desenvolvidas por estas mulheres no sentido de acederem a cuidados de saúde materno-infantis em contexto urbano.

  4. HIPÓTESE CENTRAL Adificuldade de acesso aos cuidados de saúde prestados pelas instituições públicas de saúde, contribui de forma significativa para que muitas das mulheres migrantes construam trajectórias terapêuticas plurais que eventualmente concorram para agravar a sua vulnerabilidade.

  5. METODOLOGIA Foram apenas utilizados métodos qualitativos. Em termos empíricos foram privilegiadas as entrevistas aprofundadas (livres e semiestruturadas) e a observação directa (e/ou participante) do quotidiano destas mulheres. No que diz respeito às entrevistas, foram realizadas vinte e três entrevistas individuais e duas entrevistas de grupo, com o apoio de uma intérprete de língua Zarma.

  6. PLANO Estaapresentaçãoencontra-se divididaem 5 secções: migraçãosazonalfemininaem Niamey trajectóriasterapêuticas pluralismomédico lógicas e constrangimentos conclusões

  7. A MIGRAÇÃO SAZONAL FEMININA EM NIAMEY O processo de integração das mulheresmigrantesnamalhaurbana de Niamey é profundamentetributário dos capitaiseconómicos, relacionais e culturaisexistentes. O grupo de mulheresestudadoapresentavacapitaiseconómicos e relacionaisrelativamentefrágeis, patentepelotipo de habitaçãoemqueestavainstalado - de carácterprovisório - e peladificuldade de acessoaotrabalho.

  8. TRAJECTÓRIAS TERAPÊUTICAS Tendo em conta a oferta terapêutica existente em Niamey, procurou-se compreender a que géneros de tratamentos preferencialmente recorriam – tanto em alternativa, simultaneidade ou complementaridade – relativamente a três acontecimentos fundamentais: gravidez, parto e episódio de doença infantil. Constatou-se queestasmulheresmantinhamumapostura largamente ambivalente [subtracçãoselectiva] face aoscuidados de saúdepúblicos, o que se traduziuatravés de um pluralismomédico entre a biomedicina, a automedicação a partir das farmácias ambulantes e/ou à base de plantas, os curandeiros e os marabutos.

  9. PLURALISMO MÉDICO A expressão ‘pluralismo médico’ deve ser usada com alguma parcimónia e mencionado que os sistemas terapêuticos que coloca em relação são extremamente porosos, dinâmicos e que se encontram em permanente reformulação.

  10. LÓGICAS E CONSTRANGIMENTOS • Factoresqueconcorrempara a explicação da substracçãoselectivadestasmulheresrelativamenteaosserviços de saúdepúblicos: • Constrangimentos de ordemeconómica; • Contrangimentos de sociocultural: ausência de capital relacional e cultural (queajude a compreender o universohospitalar); • Determinadasconcepçõesemtorno do processogestativoqueultrapassam as competênciasbiomédicas, não obstante a reiteraçãoconstantenaeficácia da biomedicina.

  11. CONCLUSÕES A dificuldade de acesso aos cuidados de saúde prestados pelas instituições públicas de saúde, contribui efectivamente para a construção de trajectórias terapêuticas plurais, mas não são a única causa. É possível que estas trajectórias, sobretudo aquelas que são trilhadas com os seus filhos, em matéria de saúde infantil contribuam para o agravamento da sua vulnerabilidade, em razão da alta incidência de mortalidade infantil no seio deste grupo (11 óbitos num universo de 47 crianças).

  12. Obrigada

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