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Fonte da imagem : Lumeta's Iconic Wired Image Internet Mapping Project

IDENTIDADES SEXUAIS E CIBERESPAÇO: VISIBILIDADE LGBT NO CIBERESPAÇO PORTUGUÊS Eduarda Ferreira. Fonte da imagem : Lumeta's Iconic Wired Image Internet Mapping Project. Enquadramento.

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Presentation Transcript


  1. IDENTIDADES SEXUAIS E CIBERESPAÇO: VISIBILIDADE LGBT NO CIBERESPAÇO PORTUGUÊS Eduarda Ferreira Fontedaimagem: Lumeta's Iconic Wired Image Internet Mapping Project

  2. Enquadramento • O presente estudo tem como objetivo mapear a visibilidade lésbica, gay, bissexual e transgénero (LGBT) no ciberespaço Português. • Parte integrante da primeira fase do projeto de investigação • “Representing Spaces of (In)Equality: Layers of Visibility” • Num contexto de discriminação social em que o discurso hegemónico da heteronormatividade está literalmente inscrito no espaço público, o espaço virtual é muitas vezes utilizado como forma de expressão da orientação sexual.

  3. Metodologia Ciberespaço Realidade complexa Rápida transformação Dificulta a tarefa de mapear uma área e momento específicos Captar um instantâneo dessa realidade Delimitação temporal do momento de análise Análise dos websites de 24 a 30 de Abril de 2010

  4. Metodologia Seleção de websites • Critérios foram aplicados para a selecção dos websites: • ser um websiteou blogue Português, • ter conteúdo explícito sobre questões de orientação sexual, • ter sido actualizado depois de Abril de 2009 (1 ano relativamente ao período de análise), • ser referenciado em pelo menos dois sites do nível anterior.

  5. Metodologia • A amostra final = 49 websites: • 9 sites de associações LGBT • 17 websites e blogues de grupos informais LGBT • 23 blogues pessoais com temática LGBT Objectivo: mapear a visibilidade LGBT no ciberespaço Português Redes sociais (tais como Facebook ou Twitter) não foram incluídas por não serem de acesso livre, sendo restritas aos seus membros

  6. Metodologia Grelha de análise de websites

  7. Resultados Invisibilidade dominante de identificação pessoal Apenas 46,9% (23) dos 49 websites têm identificação pessoal dos seus autores/as: • Associações 100% (9) • Grupos informais 58,8% (10) • Blogues pessoais 17,4% (4) As/Os líderes de Associações e de grupos informais realizam actividades públicas no âmbito da defesa dos direitos LGBT, o que implica a sua visibilidade pessoal na vida real, que é prolongada no ciberespaço. No entanto, longe do activismo a paisagem dominante é de invisibilidade.   Sendo esta a realidade dominante, não é possível mapear separadamente as presenças online de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros.

  8. Resultados • Objetivos dos sites • Associações e grupos informais têm os objetivos claramente identificados • 69,6% (16) dos 23 blogues pessoais não mencionam qual a sua finalidade, nem apresentam uma descrição do seu conteúdo • A identificação pessoal e a presença de objetivos dos sitessão as principais diferenças entre os websitesde Associações e de grupos informais, e os blogues pessoais. • Símbolos LGBT pouco presentes • 57,1% (28) dos 49 websites não têm qualquer símbolo LGBT, e quando presentes a grande maioria limita-se às cores do arco-íris e mesmo nesses casos de uma forma subtil

  9. Resultados • Páginas de entradas nos websites e blogues • Foram copiados todos os destaques das páginas iniciais (e todos os títulos das mensagens da primeira página nos blogues) para um documento Word • Aplicado um software de contagem de palavras • Páginas de entradas nos websites e blogues • "Gay" é a única palavra que está presente na lista de todos os tipos de sites • Ausência das palavras "lésbica", "bissexual" ou "transgénero” • Páginas de entradas nos websites e blogues • As palavras "Sexual", "Debate", "Papa", "Cinema" e "Portugal" são as que aparecem na lista de pelo menos dois tipos de websites • A visita do Papa  (11 de Maio a 14 de Maio de 2010) foi próximo do período de análise (24 de Abril a 30 de Abril); esta proximidade temporal pode explicar a presença da palavra “Papa” nas Associações e grupos informais • Páginas de entradas nos websites e blogues • A ausência da palavra "casamento" é interessante, pois Portugal estava no meio do processo de legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.  A lei foi aprovada pela Assembleia da República em Fevereiro de 2010 e ratificada pelo  Presidente da República no dia 17 de Maio de 2010.  O período mais activo de debate sobre o tema foi antes de Fevereiro, no entanto, seria de esperar mais destaques sobre o assunto.  

  10. Resultados O conteúdo "Comercial/Empresarial" é quase inexistente em todos os websites e blogues analisados O conteúdo "Académico/Científico" não tem uma presença significativa nos websites e blogues analisados A baixa incidência de conteúdo “Sexual” e de "Encontros amorosos” em todos os websites e blogues Uma paisagem online LGBT ativa social e politicamente

  11. Resultados As Associação e grupos informais apresentam mais conteúdos relacionados com “Atividades" e "Recursos”. Nos blogues pessoais os conteúdos de “Pessoal”, de “Diversão" e "não relacionados com orientação sexual” são os mais frequentes.

  12. Resultados Paisagem ativa e participada • A maioria dos blogues (grupos informais e individuais) têm em média 1 mensagem em cada dois dias, o que aponta para uma actividade online regular.   • O blogue, Os tempos que correm[1], do activista gay Miguel Vale de Almeida, que na altura da análise realizada em 2010 era deputado na Assembleia da República, destaca-se com uma média de cinco mensagens por dia. • 56,5% (13) dos blogues pessoais tem em média mais de um comentário por mensagem. • De destacar dois blogues pessoais com uma média superior a 10 comentários por mensagem, Tangas Lésbicas[2], e Estrela Minha[3]. • Fórum de discussão da Associação Rede ex-aequo[4], uma associação de jovens LGBT, que tem 9.542 membros, 8.355 tópicos, 731.431 mensagens, e uma média de 481 mensagens por dia (informação recolhida dia 30 de Abril de 2010). [1]http://blog.miguelvaledealmeida.net/ [2]http://tangaslesbicas.wordpress.com/ [3]http://estrelaminha.wordpress.com/ [4]http://www.rea.pt/forum/

  13. Conclusões O mapa da visibilidade LGBT no ciberespaço Português, construído com base nos resultados deste estudo, mostra-nos uma paisagem ativa e participada com um traço dominante de intervenção social e política. É um espaço virtual de liberdade de expressão da orientação sexual, mas não é um espaço de visibilidade pessoal. As identidades onlinepermitem a reflexividade e escolha em termos de auto-apresentações e é comum existirem identidades online inventadas.  Mas no caso LGBT, e em particular no caso LGB relacionado com a orientação sexual, é particularmente significativa a prevalência da invisibilidade pessoal, tendo em conta que a visibilidade/invisibilidade é uma questão central para as/os homossexuais.   A criação de identidades online permite às/aos LGB partilharem a sua experiência pessoal como homossexuais, mas ao mesmo tempo preservarem a sua invisibilidade pessoal.  

  14. Conclusões • A paisagem LGBT no ciberespaço Português é ativa, participada e reflete alguns aspetos da paisagem física, como a invisibilidade generalizada das/os homossexuais, uma atividade social e política significativa e a quase inexistente expressão comercial LGBT em Portugal. • A presença subtil de símbolos LGBT em websites e blogues revela uma paisagem pouco colorida, em que as palavras têm proeminência sobre os símbolos gráficos. • O ciberespaço possibilita a visibilidade de temas LGBT, mas também contribui para o círculo de discriminação e indivisibilidade que caracteriza a discriminação em função da orientação sexual. • A expressão da orientação sexual com base no anonimato pessoal reforça o padrão de invisibilidade dominante. • O estudo sobre as práticas e experiências de ser lésbica, gay, bissexual e transgénero pode contribuir para uma melhor compreensão da sexualidade como um processo de relações de poder transversal nas nossas interações quotidianas.

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