1 / 47

Relato de Caso: BLASTOMICOSE

Relato de Caso: BLASTOMICOSE. Cicília Rocha, interna Pediatria- HRAS Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF Coordenação: Elisa de Carvalho. História Clínica (27/07/06). Anamnese

mea
Download Presentation

Relato de Caso: BLASTOMICOSE

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Relato de Caso: BLASTOMICOSE Cicília Rocha, interna Pediatria- HRAS Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF Coordenação: Elisa de Carvalho

  2. História Clínica (27/07/06) • Anamnese • I.D.: J.L.P.S., feminina, branca, 8 anos e 10 meses, natural de Brazlândia (DF), residente em Santa Maria- DF • Q.P.: dor na barriga

  3. História Clínica • Anamnese • HDA: Há aproximadamente 15 dias, criança iniciou quadro de mal estar (dor no corpo, hiporexia, fraqueza, cefaléia), obtendo alívio temporário com uso de dipirona. O quadro era intermitente, mas permanecia durante a maior parte do dia. Nega febre no período. Há 7 dias, observou melhora do mal estar. Evoluiu com tosse cheia, associada à vômitos, cerca de 15x/dia,com aspecto de “ baba branca” mais poucos restos alimentares. Nega hematêmese. Também há 7 dias, iniciou quadro de dor abdominal, evoluindo com piora progressiva (aumento da intensidade).

  4. História Clínica • Anamnese • HDA: A dor era intermitente, com episódios de duração variável (15 min a horas), precipitados ao comer, piorados ao andar. Refere que os episódios de dor eram mais freqüentes à noite. Alívio parcial com dipirona. Relata, ainda, 3 picos febris (38° a 38,5°) nestes 7 dias. Há 5 dias, ao realizar massagem para aliviar a dor abdominal , mãe percebeu nódulos no abdome da crianças; dolorosos à palpação. Além disso, refere perda ponderal de 4,0 Kg nos últimos 15 dias; emagrecimento percebido também, visualmente pela mãe. (roupas mais largas)

  5. História Clínica • Anamnese • Revisão de Sistemas: • Nega diarréia ou constipação. Ritmo intestinal 1x/2 dias • Diurese preservada, sem alterações • Refere palidez há 1 semana • Nega dispnéia, dor torácica, cianose, • Nega vômitos ou dor abdominal antes do início do quadro • Manchas hipocrômicas em braço D há 1 mês.

  6. História Clínica • Anamnese • Antecedentes neonatais e fisiológicos: • Pré-natal com 8/10 consultas, mãe teve esquistossomose tratada no 1° trimestre de gestação • Nascida a termo, de parto normal; chorou ao nascer; P= 3160g; E= 50cm; Nega intercorrênicas neonatais • Seio materno exclusivo até os 6 meses; Dieta atual variada, sem restrições • DNPM normal • Vacinação completa segundo a mãe

  7. História Clínica • Anamnese • Antecedentes patológicos • Com 1 m e 18 d, foi avaliada no HBDF para possibilidade de distúrbio de coagulação (sangramento contínuo após punção venosa durante internação por pneumonia) • Várias internações por pneumonia e “bronquite” • Última internação em março de 2006 por pneumonia durante 1 semana no HRAS • Varicela aos 6 anos. • Nega alergia medicamentosa, trauma, cirurgia ou hemotransfusão prévia

  8. História Clínica • Anamnese • Antecedentes sociais: • Reside em casa de alvenaria, 6 cômodos, com 7 pessoas • Rede de esgoto, água encanada e luz elétrica • 1 cachorro vacinado • Nega tapete, poeira, mofo. Tem cortina. Colchão não é encapado • Cursa 3° série, com bom rendimento escolar • Viagem a região rural de Tocantins, onde permaneceu por 3 anos (relato somente após resultado de biópsia de linfonodo)

  9. História Clínica • Anamnese • Antecedentes familiares: • Pai, 42 anos, tem bronquite. Nega tabagismo • Mãe 26 anos, teve poliomielite na infância com seqüela em MID. Nega vícios • Irmãos de 7, 4, 3 anos e irmã de 6 anos saudáveis • Bisavô falecido de CA de pulmão; Tio avô falecido de CA na garganta • Primo de 2° grau em tratamento para CA de intestino + doença de Chron • Primo de 2° grau com epilepsia

  10. História Clínica • Exame Físico • BEG, hipocorada(2+/4+), hidratada, acianótica, anictérica, lúcida, orientada, ativa, reativa; P=26,5 Kg Percentil (peso) 25% • ACV: RCR em 2t, BNF sem sopros; FC= 100 bpm • AP: MVF, sem RA; FR= 28 irpm • ABD: semigloboso; RHA +; fígado a 2 cm do RCD(?); massa dolorosa em andar superior de abdome pouco delimitada, atingindo limites abaixo da cicatriz umbilical; presença de 2 nódulo móveis, fibroelásticos , 3 cm acima da cicatriz umbilical à E; sem sinais de ascite

  11. História Clínica • Exame Físico • Ext: Bem perfundidas, sem edemas • Linfonodos: palpáveis, móveis, fibroelásticos, com cerca de 1 cm de diâmetro, dolorosos à palpação profunda em regiões posteriores cervicais e supra claviculares bilateralmente • Orofaringe: hiperemia em pilares anteriores, amídalas normotróficas, sem alterações • Otoscopia: normal • SNC: ausência de rigidez de nuca

  12. Hemograma

  13. Bioquímica

  14. Outros exames Complementares • PCR: 4,77 mg/dl • EAS( 29/07): dens 1030; ph 5,0; cel raras; leuc 2 a 3 p/c; flora bacteriana escassa, muco +++ • Urocultura (29/07) negativa, Hemocultura(28/07) negativa • Radiografia de tórax (31/08): infiltrado em base E, com discreto derrame homolateral; PN? • EAS( 04/09): dens 1020; ph 6,5; cel raras; leuc 2 p/c

  15. Resumo • Criança de 8 anos e 10 meses • Massa abdominal • Hepatoesplenomegalia? (na admissão- dia 27/07- fígado a 2 cm do RCD e sem anotação sobre o baço, porém após biópsia- dia 29/08- fígado a 7 cm do RCD e baço a 2 cm RCE) • Tumor? • Linfoadenomegalia abdominal? • Dor abdominal • Vômitos e ritmo intestinal inalterado • Febre • Linfoadenomegalia cervical posterior e supraclavicular bilateralmente • Eosinofilia e emagrecimento

  16. Dor abdominal com tumoração palpável • Bexiga distendida (bexigoma) • Obstipação intestinal crônica (fecaloma) • Tumores abdominais • Tumor de Wilms, • Neuroblastoma, • Linfoma

  17. Tumor de Wilms • Neoplasia do trato urinário mais comum na infância • Freqüente entre 1 a 5 anos; pico aos 3 anos; incide mais no sexo masculino • Associação com neoplasias congênitas geniturinárias • Forma hereditária e não hereditária • Hipertensão (A. renal, renina), hematúria, eventualmente febre, anemia • Tumores lisos, delimitados a um hemiabdome • Melhor estado geral • Diagnóstico: US, urografia excretora, TC, cavografia e radiografia de tórax

  18. Neuroblastoma • Tumor maligno originário de células primitivas da crista neural que formam a região medular da supra-renal e o SNA simpático • 80% em menores de 4 anos; 65% dos casos: origem supra-renal, 25% no abdome • Cruza linha média do abdome • Sintomas variados: Vômitos, alteração intestinais; disfagia, dispnéia; Hepatomegalia e nódulos subcutâneos (neonatal) ; febre prolongada; miose, ptose; paraplegia; hipertensão, suor excessivo • Diagnóstico: HC, dosagem de metabólitos das catecolaminas na urina, mielograma, US, RX de toráx e esqueleto, urografia excretora

  19. Dor abdominal com tumoração palpável • Linfoma Linfoadenomegalia + febre + hepatoesplenomegalia • Linfoma Hodgkin • Linfoma Não-Hodgkin

  20. Linfoma Hodgkin • Doença do sistema linfóide com aumento progressivo dos linfonodos e considerada unicêntrica na origem • Sexo masculino (60%); maior incidência: 5 e 14a • Célula típica, essencial ao diagnóstico: Reed-Sternberg • Parece ser complicação de uma doença infecciosa viral: principalmente Epstein-Barr • Linfoadenomegalia persistente na região cervical ou supraclavicular, às vezes, axilar em escolares ou adolescentes • Crescimento lento, consistência fibroelástica, sem sinais inflamatórios, indolor, e desacompanhada de IVAS (>3 a 6 semanas)

  21. Linfoma Hodgkin • Mediastino: tosse, dispnéia, disfagia, infecções pulmonares • Retroperitônio: sintomas gastrointestinais, urinários • Baço: esplenomegalia • Sinais de pior prognóstico (tipo B): febre diária, de origem indeterminada; sudorese profusa; perda de peso superior a 10% da massa inicial • Diagnóstico: é patológico (biópsia de gânglio); anemia, leucócitos, VHS e Cu sérico. • Rx de tórax para doença supradiafragmática, se positivo, TC; US para doença infradiafragmática; cintilografia de esqueleto; transaminases

  22. Linfoma Não-Hodgkin • Desorganização proliferativa maligna dos linfócitos e/ou sistema macrofágico • Neoplasia com maior velocidade de crescimento • Doença sistêmica • Predomina em meninos; de 4 a 11 anos • Classificação histológica: Burkitt (B), linfoblástico (B e T) e grandes células (B e T) • Local de aparecimento: quase sempre extraganglionar. • Abdome (mais freqüente), mediastino, rinofaringe e gânglios periféricos • Quadro clínico de rápida evolução( < 5 sem)

  23. Linfoma Não-Hodgkin • Aumento rápido(1 a 2sem) de 1 ou mais cadeias ganglionares (cervicais, supraclaviculares e axilares) sem sinais flogísticos • Tumor abdominal (B derivados): grandes massas intraperitonias, compostas por gânglios coalescentes e ocupando todo compartimento abdominal; associadas ou não a dor, e a sintomas gastrointestinais: vômitos, mudança do hábito intestinal (obstipação, diarréia), enterorragia, ascite, hepaesplenomegalia

  24. Linfoma Não-Hodgkin • Tumor mediastinal (T derivados): tosse e taquipnéia progressiva, sem causa aparente; dor no peito; dispnéia; síndrome da compressão da veia cava superior; derrame pleural • Comprometimento do estado geral, como: febre prolongada, desnutrição, anemia e edema, às vezes, com IRA ou infiltração pelo tumor • Anel de Waldeyer, ossos da face, dentes, obstrução nasal, órbita • Diagnóstico: Rx de tórax e seios da face, US de abdome, mielograma coletado em duas áreas, exame do LCR, DHL (carga tumoral), ácido úrico(síndrome da lise tumoral), HC, eletrólitos, função renal, função hepática • Diagnóstico definitivo: histopatológico, citogenético histoquímico

  25. Dor abdominal com tumoração palpável • Então, o provável diagnóstico para o caso: linfoma, mais especificamente, linfoma não hodgkin • Ecografia abdominal: • múltiplos nódulos hipoecóicos, sólidos, homogêneos, bem delimitados, medindo entre 2,5 e 5,0 cm, localizados na região epigástrica e peri-aórtica mais sugestivos de adenomegalias • Tomografia de abdome (10/08): • linfadenomegalia coalescente retroperitonial, mesentérica, esplênica, e pancreatoduodenal • HD: Linfoma

  26. Dor abdominal com tumoração palpável • Assim, foi encaminhada ao HBDF, no dia 14/08 para realizar laparotomia com biópsia de linfonodo mesentérico, com o seguinte laudo histopatológico (28/08): • Ausência de células neoplásicas. Presença de X • Diagnósticos diferenciais: • Blastomicose sul americana • Tuberculose abdominal, ganglionar, miliar • Toxocaríase • Mononucleose • Calazar

  27. Blastomicose sul americana • É uma micose sistêmica de caráter crônico ou subagudo, causada pelo fundo dimórfico: Paracoccidioides brasiliensis • Fungo habita solos úmido com vegetação abundante e clima temperado • Brasil:80% dos casos; predominando no sudeste, sul, e centro-oeste(zonas endêmicas rurais) • Pacientes adultos(90%), sexo masculino, com idades entre 30 e 60 anos (atividade agrícola e fatores hormonais) • Rara em crianças, proporção igual entre os sexos até puberdade • Forma de infecção: inalatória

  28. Blastomicose sul americanaForma clínica aguda-subaguda (juvenil) • 3 a 5% dos casos; indivíduos entre 0 a 14 anos • Alteração da imunidade celular, com reação de hipersensibilidade tardia negativa (anergia)- eosinofilia • Evolução rápida ( 1 a 2 meses)- acomete SRE • Linfoadenomegalia, hepatoesplenomegalia, febre, queixas digestivas, osteoarticulares, cutâneas • Acometimento ganglionar: • Linfonodos pequenos ou médios, palpáveis e até visíveis, duros, móveis e em geral indolores • Cervical anterior, submandibulares, cervical posterior, claviculares, axilares • Linfonodos fixos, podem flutuar e fistulizar • Hipertrofia de gânglios abdominais:obstrução e disabsorção

  29. Blastomicose sul americanaForma clínica aguda-subaguda (juvenil) • Acometimento abdominal: • Dor abdominalem cólica • Náuseas, vômitos • Diarréia de longa evolução ou Constipação intestinal • Hepatomegalia e Esplenomegalia • icterícia • Massas abdominais palpáveis • Disenteria, tenesmo(colite) e Úlceras anais • Acometimento Pulmonar (5%) e de mucosa é raro • Perda de peso

  30. Blastomicose sul americanaForma clínica crônica: • 90% dos pacientes; adultos entre 30 e 60 anos, sexo masculino • Manifestações pulmonares (90%), mucosa e pele mais freqüentes • Progressão lenta, podendo acometer um órgão ou se disseminar • Comprometimento da imunidade celular; reação de hipersensibilidade tardia positiva( hiperérgico) • Acomete também SNC e supra-renal • Tosse, expectoração, dispnéia, febre e perda de peso • DDX com tuberculose

  31. Blastomicose sul americanaDiagnóstico • Hemograma e bioquímica: • anemia normocítica e normocrômica, • leucocitosenão superior à 20000; • neutrofilia com desvio à E; granulações tóxicas • eosinofilia, • linfopenia ou linfocitose discreta; • monocitose; • inversão da relação albumina globulina • Diagnóstico de certeza: encontro do fungo em secreções ou tecidos pelo exame direto ou cultura • Sorologia no seguimento- • Imunodifusão dupla

  32. Tuberculose • Tuberculose abdominal: • Caracteriza-se por gânglios linfáticos mesentéricos hipertrofiados(massas palpáveis sensíveis), muitas vezes caseosos, aderentes ao peritônio • 1°: Bacilo bovino • 2°: oriunda da lesão pulmonar, os bacilos sendo transportados pelo escarro deglutido • Quadro clínico: • Assintomática • Desnutrição grave; • Crises de dor abdominal em cólica, distensão abdominal, febre, diarréia, hemorragia, podendo ocorrer obstrução intestinal completa • Peritonite, ascite e dificuldade na deglutição

  33. Tuberculose • Tuberculose ganglionar superficial (escrófulo): • Forma mais comum de TB extratorácica em crianças sem doença de base; 6 a 9m após a primoinfecção • Hipertrofia discreta dos gânglios • Parte integrante do complexo 1° tuberculoso • Crescimento ganglionar lento; linfonodos firmes e indolores, aderidos aos planos profundos, sem sinais flogísticos • Linfonodos tonsilares, cervical anteriores, submandibular, e supraclaviculares • Freqüente: coalescimento, flutuação e fistulização

  34. Tuberculose • Tuberculose miliar • disseminação linfo-hematogênica bacilar na fase inicial da primoinfecção. • Progressão direta para tuberculose miliar em crianças mais jovens (menores de 5 anos) • Três a seis meses após a infecção inicial: • febre persistente • Hepatoesplenomegalia; linfoadenopatia, podendo formar enormes massas indolores • Perda ponderal; anorexia • Dificuldade respiratória (dispnéia, ligeira cianose) • Contágio intradomiciliar

  35. Tuberculose • RX tórax pode ser normal no inicio, só apresentando o aspecto miliar após 3 a 4sem • Diagnóstico: • Rx de tórax e abdome, Reação de Mantoux, Pesquisa de BK no suco gástrico e no líquido peritonial, biópsia de gânglio, laparotomia com biópsia de peritônio; HC: reação leucemóide (TB miliar)

  36. Toxocaríase • Síndrome da larva migrans visceral: Toxocara canis • Transmissão: geofagia e o contato domiciliar com filhotes de cães, esses apresentam grande carga larvária • Toxocaríase visceral, ocular e oculta • Toxocaríase visceral: crianças entre 1 a 5 anos • Quadro clínico principal: • Anemia, febre, hepatomegalia (85%) e manifestações pulmonares • Tosse crônica, broncoespasmo recidivante, pneumonia de repetição • Sinais menores: palidez, esplenomegalia (45%), adenomegalia (21,2%) • Outros: Lesões cutâneas, manifestação reumatológica

  37. Toxocaríase • Diagnóstico: • leucocitose;eosinofilia >20%; hipergamaglobulinemia; fator reumatóide (44%) EPF negativo; Hg < 11,0; elevações discretas das transaminases • US hepático: múltiplas áreas hipoecóicas • Sorologia: ELISA com antígeno ES da larva T. canis

  38. Mononucleose • Manifestação clínica mais conhecida da infecção pelo Epstein-Barr • Período de incubação: 2 a 7 semanas • Período pródomo de 2 a 5 dias: mal estar geral e astenia • Febre que pode prolongar-se até 4 semanas • Dor em orofaringe (freqüente e precoce) • Faringite difusa, amígdalas hipertrofiadas e hiperemiadas, com exsudato cinzento( 50%) • Adenomegalia( 90%) • Cadeias cervicais, podendo ser generalizada • 1 a 4 cm de diâmetro, indolor • Dor abdominal e icterícia (rara)

  39. Mononucleose • Esplenomegalia mais freqüente que hepatomegalia • Leve aumento das transaminases (200-300) • Erupção maculopapular (10%) • tronco, membros; crianças < 4 anos • Uso de Ampicilina (80%) • Edema bipalpebral (sinal de Hoagland) • Diagnóstico: • Hemograma: Leucocitose, linfocitose com linfócitos atípicos (> 10%), neutropenia com desvio à E; anemia, trombocitopenia • Sorologia: • Anticorpos heterófilos e Anticorpos anti-EBV (falso negativo em < de 4 anos)

  40. Calazar • Endemia causada pela Leishmania donavani • Faixa etária: 1°a 4°ano de vida, sexo masculino • Período de incubação: 20 dias a 4 anos • Sintomas iniciais: febre , palidez, perda de peso, e anorexia, associados a tosse e/ou diarréia • Sinais e sintomas principais: • Febre prolongada, Distensão abdominal • Esplenomegalia(99%), maior que fígado e Hepatomegalia(94%) • Linfadenomegalia discreta • Petéquias e equimoses incomuns • Desnutrição (edema, queda de cabelo, alterações da pele e unhas)

  41. Calazar • Diagnóstico: • Dados epidemiológicos+ achados clínicos e laboratoriais • Pancitopenia, (eosinofilia), inversão albumina globulina • AST e ALT normais ou 3x; alteração TP, TTPA; proteinúria e microhematúria discretas e transitórias • Testes sorológicos • Confirmação: mielograma e mielocultura

  42. Conclusão • Tuberculose; • Gânglios linfáticos mesentéricos hipertrofiados (massas palpáveis e sensíveis), associados a crises de dor abdominal em cólica e febre • Blastomicose: • Indivíduos entre 0 a 14 anos, evolução rápida • Centro-oeste (zonas endêmicas rurais) • Dor abdominal em cólica, vômitos e febre • Linfonodos cervical posterior, claviculares pequenos ou médios, palpáveis • Hipertrofia de gânglios abdominais • Hepatomegalia e Esplenomegalia • Massas abdominais palpáveis e perda de peso • Anemia normocítica e normocrômica, leucocitose, eosinofilia, linfopenia

  43. Conclusão • Indicações de biópsia ganglionar: • Crescimento progressivo sem um quadro infeccioso • Aderência superficial ou profunda • Hepaesplenomegalia ou anemia • Febre prolongada • Suspeita fundamentada de linfoma, tuberculose, sarcoidose, histiocitose, arranhadura do gato Blastomicose

  44. Conclusão • Laudo histopatológico(28/08/06): • Blastomicose sul-americana em linfonodo mesentérico

  45. Blastomicose sul americana Tratamento • Tratamento: • Anfotericina B 0,5 mg/Kg/d por 6 a 8 sem , até 6m; casos graves • Efeito colateral: anemia, K, nefrotoxidade, flebite) • Itraconazol 50-100mg/d por 6 a 12m; casos leves a moderados e complemento após Anfotericina B; Apesar de ser a terapêutica de escolha, tem alto custo • SMZ-TMP 960mg a cada 12 h; Após 6 meses, as doses são reduzidas à metade e mantidas por 3 a 5 anos (mínimo 1 ano) casos leves a moderados e complemento após Anfotericina B • Anfotericina B lipossomal 5mg/Kg/d por 6d; menos tóxica, dose maior; alto custo

  46. Tratamento instituído • Albendazol 400mg por 5 dias • Anfotericina B 0,5 mg/Kg/d 29/08/06 a 30/08/06 • Anfotericina B lipossomal 1mg/Kg/d 30/08/06 a 12/09/06 • Ampicilina+ Sulbactan 200mg/Kg/d 31/08/06 a 08/09/06 • Bactrin 800mg 12/12h 08/09/06 a • Hidratação venosa com reposição de potássio

  47. Obrigada!!!

More Related