1 / 13

F uncionamento do tempo na obra “Frei Luís de Sousa”

F uncionamento do tempo na obra “Frei Luís de Sousa”. Tempo dramático: . Existem referências temporais em toda a obra, dadas através das falas das personagens: Acto I: «É no fim da tarde» (didascália inicial); «Há pouca luz do dia já» (cena II); «Já vai cerrar-se a noite» (cena VI);

lottie
Download Presentation

F uncionamento do tempo na obra “Frei Luís de Sousa”

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Funcionamento do tempo na obra “Frei Luís de Sousa”

  2. Tempo dramático: Existem referências temporais em toda a obra, dadas através das falas das personagens: • Acto I: «É no fim da tarde» (didascália inicial); «Há pouca luz do dia já» (cena II); «Já vai cerrar-se a noite» (cena VI); «É noite fechada» (cena VII, didascália); «São oito horas» (cena VII).

  3. Acto II: «Há oito dias que estamos nesta casa» (cena I); «Ficou naquele estado em que a temos visto há oito dias» (cena I); «O arcebispo foi ontem a Lisboa e volta esta tarde» (cena IV); «Hoje é sexta-feira» (cena V); «Ora vamos: ao anoitecer, antes da noite, aqui estou» (cena VIII).

  4. Acto III: «É alta noite» (didascália inicial); «Manuel - Que horas são? Jorge - Quatro, quatro e meia» (cena I); «Manuel - [...] a luz desse dia que vem a nascer» (cena I).

  5. Quanto a datas são mencionadas várias: • 1578 – Madalena casa com D. João e conhece Manuel de Sousa;  • 4 de Agosto de 1578 – batalha de Alcácer Quibir; desaparecimento de D. João de Portugal; • 1578/1585 – Madalena procura assegurar-se da morte de D. João; • 1585– Madalena casa com Manuel de Sousa Coutinho; • 1586- Nascimento de Maria; • 1598 a 1599 – D. João é libertado e dirige-se para Portugal; • 28 de Julho a 4 de Agosto 1599 - Madalena vive de novo no palácio de D. João; • 4 de Agosto – dia fatal.

  6. Concentração temporal: Embora não respeite as vinte e quatro horas, tem-se a noção da condensação do tempo da acção. Iniciando-se o acto I no fim da tarde de uma sexta-feira, termina o mesmo ao cair da noite com o incêndio do palácio de Manuel de Sousa Coutinho. Inicia-se o acto II oito dias depois, à tarde, por isso também numa sexta-feira. O acto III decorre durante a noite, consumando-se a morte de Maria e a tomada de hábito dos dois esposos antes de se ver a luz do dia de sábado.

  7. Sendo assim, a transposição da acção de uma sexta-feira para a sexta-feira da semana seguinte, só pelo facto de se manter o mesmo dia da semana, faz criar a ilusão de que tudo se passa no mesmo dia. Aliás tal facto só se compreende pela ausência de Manuel de Sousa Coutinho depois de ter incendiado o próprio palácio. Assim, podemos concluir que o tempo vai caminhando para uma concentração no momento do clímax. É como que uma preparação para aquele momento trágico.

  8. Simbologia de referências temporais: Vários elementos estão carregados de simbologia, muitas vezes a pressagiar o desenrolar da acção e a desgraça das personagens: Madalena – “Hoje... hoje! Pois hoje é o dia da minha vida que mais tenho receado... que ainda temo que não acabe sem muito grande desgraça... É um dia fatal para mim: faz hoje anos que... que casei a primeira vez; faz anos que se perdeu el-rei D. Sebastião; faz anos também que... vi pela primeira vez a Manuel de Sousa.” Neste pequeno excerto está presente um desses elementos: a sexta-feira (dia de azar).

  9. Mas ao longo de toda a obra existem outros elementos como: • A noite (parte do dia propícia a sentimentos de terror e parte do dia em que acontecessem as principais cenas); • Os números:   7 (nº de anos de busca de D. João); 14 (tempo de casamento); 21 (tempo da acção, embora a acção representada tenha apenas uma semana):   13 (nº de azar, idade de Maria);   3 (nº de elementos da família sujeitos à destruição, 3 retratos na sala dos retratos).

  10. Importância do advérbio “Hoje”: O advérbio “Hoje” é muito utilizado na obra, em especial no dia fatídico. Madalena, aliás utiliza-o várias vezes: “Hoje... hoje! Pois hoje é o dia da minha vida que mais tenho receado.. faz hoje anos que…”

  11. Tempo histórico: Ao longo de toda a obra são-nos dadas referências históricas, como: • A Batalha de Alcácer Quibir (1578); • AExistência de peste em Lisboa; • OMito Sebastianista; • AOpressão e desavenças em Portugal, devido à perda de Independência; • Camões; • A Influência das lutas pela liberdade religiosa no século XVI; • A Influência do Iluminismo. No entanto, apesar de todas estas referências, a mais importante talvez é a Batalha, pois toda a História está dependente dela (regresso de D. João).

  12. Tempo psicológico: O tempo psicológico é a forma como as personagens sentem a passagem do tempo. Em “Frei Luís de Sousa” a personagem mais importante no que toca ao tempo psicológico é D. Madalena, cuja passagem do tempo intensifica a sua fragilidade. D. Madalena tem pavor pelas sextas-feiras até que dia 4 de Agosto (sexta-feira) aparece D. João de Portugal, associando-se a passagem do tempo à aproximação da fatalidade.

  13. Trabalho realizado por: • Inês Sousa; • João; • Mauro; • Nelson. Grupo V

More Related