280 likes | 769 Views
Bioquímica Clínica II Líquido Cefalorraquidiano. Ana Paula Lucas Mota ana.mota@unifenas.br. LÍQUIDOS CORPORAIS Cefalorraquidiano (Líquor) Pleural Sinovial. ANÁLISE LABORATORIAL Rotina (citometria, citologia, bioquímica, análise física) Gram Cultura Imunologia. HOMEOSTASIA.
E N D
Bioquímica Clínica IILíquido Cefalorraquidiano Ana Paula Lucas Mota ana.mota@unifenas.br
LÍQUIDOS CORPORAIS • Cefalorraquidiano (Líquor) • Pleural • Sinovial
ANÁLISE LABORATORIAL • Rotina (citometria, citologia, bioquímica, análise física) • Gram • Cultura • Imunologia
HOMEOSTASIA Manutenção da constância do meio interno por ação permanente do organismo. Composição estável dos líquidos corporais Osm LIC = Osm LEC Equilíbrio Corporal Hídrico Perda diária de água: Insensível ~ 700 mL Sensível ~1.500 mL
Compartimentos hídricos do corpo líquido transcelular; líquor, líquido sinovial; líquido pleural; líquido peritoneal etc
Líquido Cefalorraquidiano (LCR) Líquido Cérebro-espinhal (LCE) ou Líquor É um fluido aquoso que preenche o sistema ventricular do encéfalo, canal central da medula espinhal e espaço subaracnóide da medula espinhal e encéfalo
SNC: estruturas protetoras Encéfalo: Ossos do crânio Meninges Líquor Medula Espinhal: Vértebras ósseas Meninges Líquor
MENINGES São membranas conjuntivas que revestem todo o sistema nervoso central (SNC). São importantes para suporte estrutural do tecido nervoso, além da proteção mecânica contra impactos. Dura-mater Aracnóide Pia-mater
Formação do Líquor O líquor é formado por ultrafiltração do plasma, devido à alta pressão hidrostática no sangue arterial e nos plexos coróides dos ventrículos cerebrais. O volume total de líquor é de aproximadamente 90 a 150mL no adulto e 40 a 60mL no recém-nascido Produção diária: 500mL/dia Taxa de renovação: cerca de 3 vezes ao dia
Funções do Líquor Lubrificação Proteção mecânica Nutrição do SNC Excreção de metabólitos Regulação do volume intracraniano
Indicações para punção liquórica • Suspeita de meningite • Hemorragia subaracnóide • Neoplasias do SNC • Neurocisticercose • Doenças degenerativas do SNC • Contra-indicações para punção • Infecções no local da punção • Aumento da pressão intracraniana
Instruções de Coleta • Assepsia cirúrgica no local da punção • Frascos de vidro • 2 a 3 frascos seqüenciais • Evitar contaminação com sangue no trajeto da agulha • Enviar ao laboratório em, no máximo, 30 minutos • Iniciar a análise imediatamente
Exames laboratoriais Líquor • ROTINA • Estudo físico: cor e aspecto • Estudo químico: glicorraquia, proteínorraquia • Estudo citológico: citometria e citologia • EXAMES COMPLEMENTARES • Estudo microbiológico: gram e cultura; pesquisa de antígenos bacterianos (látex) • Estudo imunológico
Estudo Físico e Químico • Cor xantocromia presença anormal de proteína, bilirrubina e hemoglobina • Aspecto turvo presença de células e/ou bactérias • Glicose reduz nas infecções bacterianas e aumenta nas viróticas • Proteínas aumentam nas infecções bacterianas, tumores e hemorragias
Citologia (citocentrifugação e coloração pelo May-Grunwald-Giemsa)
Estudo Citológico • Associação proteíno-citológica (ambas ): infecção bacteriana e/ou hemorragia no SNC • Dissociação proteíno-citológica • proteína e citometria normal: estase liquórica • proteína normal e citometria : encefalite virótica
Estudo microbiológico • Gram: define a etiologia, se o paciente não está em uso de antibióticos • Látex: pesquisa de antígenos bacterianos (pneumococos, haemófilos e neisserias)
Estudo microbiológico • Cultura: identifica os germes mais freqüentes nas meningites bacterianas (pnemococos, haemófilos, neisserias, Staphylococus aureus, Streptococcus pyogenes, Escherichia coli etc)
Estudo imunológico - Métodos • Neurossífilis: FTA-Abs; VDRL • Neurocisticercose: IF • Neurotoxoplasmose: IF; ELISA • Citomegalovírus e Epstein Barr: ELISA • HTLV e HIV: ELISA
Interpretação • Pleocitose com linfocitose: encefalite virótica, meningite bacteriana inicial • Pleocitose com neutrofilia: meningite bacteriana, virótica inicial • Eosinofilia: neurocisticercose, mielite esquistossomótica, fase resolutiva da meningite bacteriana • Glicose baixa: melhor marcador de infecção bacteriana
Interpretação • Normocitose com neutrofilia: sofrimento cerebral agudo – convulsão, traumatismo craniano • Presença de macrófago eritrófago: hemorragia cerebral ou subaracnóide • Presença de células leucêmicas: infiltração leucêmica do SNC (realizado pelo laboratório de anatomia patológica)
REFERÊNCIAS • BARBOSA, E. A. Líquidos Corporais – Análise e Interpretação. In: Curso de Pós-graduação Nível Aperfeiçoamento em Análises Clínicas. SBAC-MG, 2003. • STRASINGER, S K. Uroanálise e Fluidos Biológicos. 3ª. ed. São Paulo: Premier, 2000. • BURTIS, C A; ASHWOOD, E R; BRUNS, D E. Tietz: Fundamentos de Química Clínica. 6ª. ed. São Paulo: Elsevier, 2008. • HENRY, J B. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos Laboratoriais. 20ª. ed. São Paulo: Manole, 2008