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Cocos Gram positivos

Cocos Gram positivos. Microbiologia Clínica. Staphylococcus spp. Introdução. O gênero Staphylococcus é composto de 37 espécies, 17 delas podem ser isoladas de amostras biológicas humanas. Os estafilococos são geralmente encontrados na pele e mucosas do homem e de outros animais.

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Cocos Gram positivos

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Presentation Transcript


  1. Cocos Gram positivos Microbiologia Clínica

  2. Staphylococcusspp.

  3. Introdução • O gênero Staphylococcus é composto de 37 espécies, 17 delas podem ser isoladas de amostras biológicas humanas. • Os estafilococos são geralmente encontrados na pele e mucosas do homem e de outros animais.

  4. Micromorfologia Macromorfologia São imóveis, anaeróbios facultativos, não formadores de esporos e produtores de catalase.

  5. Introdução • Teste da catalase  diferencia os estafilococos (positiva) dos estreptococos (negativa). • Prova da coagulase  identificar estafilococos patogênicos associados com infecções agudas, em geral, S. aureus em humanos. • Provas específicas  pigmentação da colônia, prova da desoxiribonuclease, resistência à novobiocina, fermentação do manitol, entre outras.

  6. Importância clínica • Os estafilococos estão entre os agentes mais freqüentemente relacionados a enfermidades humanas. Os processos infecciosos mais comuns incluem: - Pneumonias; - Bacteremias; - Infecções de pele e tecidos moles; - Infecções relacionadas ao uso de próteses e cateteres venosos; - Meningites.

  7. Importância Clínica • S. aureusmaior poder patogênico • Estafilococos coagulase negativa  era considerado como contaminante , mas nos últimos quinze a vinte anos houve um aumento na incidência de infecções de corrente sanguínea . • Staphylococcusepidermidis associadas ao uso de materiais protéticos e cateteres e são mais prevalentes em pacientes imunodeprimidos. • Staphylococcushaemolyticus endocardites, sepse, peritonite, entre outros quadros infecciosos. • S. saprophyticus segunda causa mais freqüente de cistites em mulheres jovens.

  8. Importância Clínica • MRSA • HA-MRSA • CA-MRSA (PVL)

  9. Isolamento S. aureus; S. epidermidis; S. saprophyticcus; Micrococcus spp. em Ágar sangue

  10. Isolamento S. aureus; TSA; MAS, CLED, ACHOC

  11. Identificação • Prova da catalase • Finalidade: Verificar a presença da enzima catalase que decompõe H2O2 em água e O2 e, desta forma, distinguir os grupos estafilococos e estreptococos. • Procedimento:Com alça bacteriológica, retirar uma colônia do meio de cultura (preferencialmente não retirar colônias crescidas em Agar sangue porque os fragmentos podem se misturar com as colônias e produzir um resultado falso-positivo). Colocar a colônia sobre uma lâmina de vidro e adicionar uma gota de H2O2 a 3%. • Leitura:Observar a formação de bolhas.Interpretação: • Formação de bolhas indica ser a família Microccocaceae (Ex.: Staphylococcusspp., Micrococcusspp., Planococcusspp., Stomatococcusspp.); • Sem formação de bolhas indica ser a família Streptococcacea (Ex.: Enterococcusspp., Streptococcusspp., Aerococcusspp., Gemellaspp., Leuconostocspp., Lactococcusspp.)

  12. Identificação • Prova da coagulase A – Em tubo Finalidade: Verificar se o microrganismo possui a coagulase (ou fator aglutinante) livre e ligada, que, reagindo com um fator plasmático, forma um complexo que atua no fibrinogênio do plasma formando a fibrina. - Procedimento: • Colocar 0,5 mL de plasma em tubo de ensaio; • Adicionar uma alçada de colônia diretamente no plasma de coelho com EDTA; • Incubar por 4 h a 35±2ºC em estufa ou banho-maria; caso não haja formação de coágulo, incubar por 24 h. - Leitura:Formação de coágulo observada pela inclinação suave. • Interpretação: • Formação de coágulo inteira ou parcial, identifica Staphylococcusaureus; • Não há formação de coágulo, identifica Staphylococcuscoagulase negativa. B - Em lâmina - Finalidade:Verificar se o microrganismo possui a coagulase (ou fator aglutinante) ligada na superfície da parede celular, que reagindo com o fibrinogênio do plasma, causa a coagulação do mesmo. - Procedimento: • Colocar 2 gotas de salina em uma lâmina; • Emulsionar uma colônia isolada a ser testada; • Colocar uma gota de plasma e misturar. • Não se recomenda realizar o teste a partir de um ágar com grande concentração de sal como, por exemplo, o ágar manitol. - Leitura:Formação de grumos em 10 segundos. • Interpretação: • Formação de coágulo ou grumos, identifica Staphylococcusaureus; • Não há formação de coágulo ou grumos, identifica Staphylococcuscoagulase negativa.

  13. Identificação • Teste da DNase com HCl 1N - Finalidade:Verificar se o microrganismo possui a enzima desoxiribonuclease, a qual degrada o ácido nucléico (DNA). - Procedimento: • Fazer um inóculo denso de forma circular em uma pequena parte do meio; • Incubar a 35±2ºC por 18 - 24 h. (A placa pode ser inoculada com várias cepas); • Decorrido o período de incubação, no momento da leitura colocar o HCl 1N de maneira que cubra as colônias, aguardar 30 segundos. - Leitura:Formação de um halo transparente ao redor do crescimento bacteriano. • Interpretação: • Formação de halo transparente, identifica Staphylococcusaureus; • Ausência de formação de halo transparente, identifica Staphylococcuscoagulase negativa, conforme observado

  14. Identificação • Teste de fermentação do manitol - Finalidade:Verificar se o microrganismo tem a capacidade de fermentar o manitol contendo 7,5% de cloreto de sódio. - Procedimento: • Fazer pequenos círculos no ágar com a colônia suspeita; • Incubar a 35±2ºC por 18 - 24 h. - Formação de halo amarelo ao redor das colônias. • Interpretação: • Formação de halo amarelo ao redor das colônias, identifica Staphylococcusaureus; • Meio permanece inalterado ao redor das colônias, identifica Staphylococcuscoagulase negativa. • Obs.: Outras espécies de estafilococos, com pouca freqüência, também podem produzir ácido a partir do manitol, portanto também devem ser testados quanto à produção de coagulase.

  15. Identificação • Teste de resistência à novobiocina - Finalidade:Verificar se o microrganismo é resistente à novobiocina. - Procedimento: • Semear como antibiograma em ágarMüeller-Hinton; • Colocar um disco de novobiocina 5 µg/mL; • Incubar a 35±2ºC por 18 - 24 h. - Leitura:Formação de halo, que deve ser medido. - Interpretação: • Formação de halo ≤ 16 mm, identifica Staphylococcussaprophyticus. • Obs.: Outros poderão apresentar esta resistência, mas são incomuns e sem importância clínica

  16. Identificação • Teste de resistência à bacitracina - Finalidade:DiferenciarStaphylococcusspp. de Micrococcusspp. - Procedimento: • Semear como antibiograma em ágarMüeller-Hinton ou ágar sangue de carneiro; • Colocar um disco de bacitracina 0,04 U; • Incubar a 35 a 37ºC por 18 - 24 h. - Leitura:Formação de halo, que deve ser medido. • Interpretação: • Formação de halo ≥ 10 mm, identifica Micrococcusspp.; • Formação de halo ≤ 9 mm, identifica Staphylococcusspp.

  17. Identificação • Os estafilococos são os microrganismos isolados com maior freqüência nos laboratórios clínicos, principalmente os coagulase-negativa • O método convencional é trabalhoso, requer muito tempo para realização e não é adequado para ser implantado como procedimento de rotina nos laboratórios clínicos.A identificação completa até espécies, utilizando-se um sistema comercial ou procedimento manual de referência, deve ser reservada para isolados clinicamente significativos

  18. Enterococcus spp.

  19. Introdução • Enterococcus, Streptococcus, Lactococcus, Vagococcus, Abiotrophia, Globicatella e Leuconostoc,  cocos Gram-positivos agrupados em cadeia, anaeróbios facultativos e catalase negativa. • desde 1984 Enterococcus passou a constituir um gênero • Sobrevivem na concentração de 6,5% de NaCl e fazem hidrólise da esculina na presença de 40% de sais de bile. • Diferenciam-se dos demais gêneros pela hidrólise da pirrolidonil-ß-naftilamida (PYR)

  20. Importância clínica • Distribuídos na natureza e microbiota normal do ser humano. • E. faecalis e E. faecium são os mais associados a manifestações clínicas. • Outras espécies como E. gallinarum, E. casseliflavus, E. durans e E. avium são clinicamente de menor importância. • Causam infecções relacionadas à assistência à saúde, como: - Endocardite bacteriana; - Infecções do trato urinário (ITU); - Infecções da corrente sanguínea (ICS); - Infecções de sítio cirúrgico e intra-abdominais. - No trato urinário, além de infecção, podem representar colonização ou bacteriúria assintomática.

  21. Isolamento • Os métodos habitualmente padronizados para coleta de sangue, urina, amostras cirúrgicas e de outros sítios são adequados na suspeita da existência de enterococos. • Pelo fato de serem relativamente resistentes às condições ambientais, não existem recomendações específicas para o transporte destas amostras. • As diferentes espécies de enterococos multiplicam-se bem em ágar Müeller-Hinton acrescidos ou não de sangue, ou ainda com outras bases como Brain Heart Infusion (BHI) e outros meios enriquecidos.

  22. Isolamento • A temperatura adequada de crescimento é de 35±2ºC • Algumas cepas crescerem melhor em concentrações aumentadas de CO2 não existe necessidade de atmosfera especial. • Quando se pretende identificar portadores de Enterococcusspp. resistentes à vancomicina (VRE), as amostras indicadas são aquelas obtidas através de coleta de swab anal, swab ou fezes. • Uso de meios seletivos para o isolamento de VRE em amostras do trato intestinal. O uso de meios cromogênicos é uma opção.

  23. Identificação • A presença de cocos Gram-positivos dispostos aos pares ou em cadeias, catalase negativa com prova de PYR positiva, crescimento em caldo de NaCl a 6,5% e hidrólise da esculina são provas presentes na maioria das espécies do gênero Enterococcus.

  24. Identificação • Ágarbile-esculina • Princípio:Esculina presente no meio é hidrolizada, formando esculetina e dextrose. A esculetina reage com sais de ferro presentes no meio tornando-o enegrecido. Tem por finalidade diferenciar Enterococcusspp. e Streptococcusbovis (Streptococcus do grupo D) de Streptococcusspp. • Procedimento: • Inoculam-se 2 a 3 colônias a serem testadas em base contendo bile-esculina; • Incubam-se a 35±2ºC por até 72 h. - Interpretação:Presença de cor enegrecida no meio é indicativa da presença de hidrólise, isto é, uma prova positiva.

  25. Identificação • NaCl 6,5% - Princípio:Capacidade do microrganismo crescer em altas concentrações de sal. Tem por finalidade diferenciar Enterococcusspp. de Streptococcusspp. - Procedimento: • Inoculam-se 2 a 3 colônias a serem testadas em um caldo BHI suplementado com 6,0% de NaCl (com ou sem indicador); • Incubam-se a 35±2ºC por até 72 h. - Interpretação:A turvação ou mudança de cor (no caso de adição de indicador) é indicativa de crescimento bacteriano.

  26. Identificação • Existem diversos testes convencionais que levam à identificação das espécies de Enterococcus e gêneros relacionados, classificando-o em cinco diferentes grupos fisiológicos. • Estes incluem a hidrólise da arginina, a detecção da produção de ácido a partir de diferentes carboidratos: arabinose, sorbitol, manitol, rafinose, sorbose e sacarose, utilização do piruvato de sódio, motilidade e produção de pigmento.

  27. Streptococcusspp

  28. Introdução • As bactérias do gênero Streptococcus são capazes de causar diversas doenças nos seres humanos. • Dentre as mais freqüentes estão as infecções do trato respiratório, pele e tecidos moles, endocardites, sepse e meningites. • Streptococcuspneumoniae, o pneumococo, é um dos agentes que mais freqüentemente causam doenças invasivas graves, como meningite e bacteremia. .

  29. Introdução • Os estreptococos, da família Streptococcaceae são caracterizados como cocos Gram-positivos, anaeróbios facultativos, não produtores de catalase e de citocromo-oxidase. • Os estreptococos com relevância clínica são homofermentadores, sendo o ácido lático o produto final da fermentação da glicose. • Podem produzir hemolisinas, e os tipos de reação hemolítica em meio sólido contendo 5% de sangue de carneiro, descritos a seguir, têm sido utilizados na classificação de estreptococos.

  30. Introdução • Alfa-hemólise ( α ): é caracterizada por uma hemólise parcial, associada com a perda parcial de hemoglobina pelas hemácias, ocorrendo uma zona cinza-esverdeada no meio de cultura ao redor da colônia. Streptococcuspneumoniae caracteriza-se por produzir este tipo de hemólise.Beta-hemólise ( ß ): é caracterizada pela lise completa das hemácias que rodeiam a colônia, ocorrendo uma zona transparente (zona de lise total) ao redor da colônia. Os estreptococos com esta característica são denominados beta-hemolíticos. Gama-hemólise (γ): é caracterizada pela ausência de hemólise. Cepas desses microrganismos não hemolíticos, ou γ-hemolíticos, não causam modificação no meio de ágar sangue de carneiro.

  31. Introdução • Pneumococos  autólise pode ser aumentada pela adição de sais biliares ao meio de cultura. • Como são lisados facilmente por detergentes fracos, como a bile, desoxicolato de sódio e optoquina, esta característica é útil para distingui-los de outras bactérias. • Quanto às características das células, os pneumococos são Gram-positivos, com morfologia de diplococos lanceolados, ou seja, com as extremidades em ponta de lança ou em chama de vela. • Medem 0,5 a 1,25 µm de diâmetro e dispõem-se aos pares (diplococos), em razão de sua divisão em apenas um plano, ou em cadeias curtas.

  32. Introdução • As colônias de Streptococcusβ-hemolíticos dos grupos A, C e G são relativamente grandes quando comparadas com as colônias pontuais de outras cepas β-hemolíticas (grupo S.milleri). • Eventualmente colônias do S. pyogenespodem ser mucóides. • São imóveis (sem flagelos), não formam esporos e podem possuir cápsula, o seu principal fator de patogenicidade. • Podem perder a característica de Gram-positivos quando o cultivo ultrapassa a fase logarítmica, período mais ativo do crescimento bacteriano

  33. Importância clínica • Streptococcuspneumoniae: • A pneumonia é a mais freqüente das doenças pneumocócicas, sendo considerada uma das doenças mais incidentes e graves que acometem o homem. Atinge todas as faixas etárias, principalmente crianças e idosos. • Derrame pleural é a complicação mais comum, e empiema é a de maior gravidade. O S. pneumoniae é o principal agente das pneumonias bacterianas em idosos e crianças até cinco anos e é responsável por 10% a 25% de todas as pneumonias em todas as faixas etárias, sendo estimadas 40.000 mortes anuais em todo o mundo. - Bacteremia pneumocócica pode ocorrer em associação com uma simples faringite ou sepse fulminante, com púrpura e hemorragia da adrenal (síndrome de Waterhouse-Friderichsen). É a manifestação clínica mais freqüente em crianças, que pode evoluir para meningite, principalmente entre aquelas menores de dois anos de idade. Na maioria dos adultos com bacteremia pneumocócica há associação com pneumonia.

  34. Importância clínica • Streptococcuspneumoniae • Ameningite pneumocócica é a complicação mais comum decorrente de sinusite, mastoidite, otite ou pneumonia. A meningite pneumocócica atinge percentuais bastante elevados de letalidade (acima de 30%) além de causar seqüelas graves. • Aotite média aguda está associada à grande morbidade em crianças menores de cinco anos, incluindo perda auditiva. Nos Estados Unidos da América, é a causa mais freqüente das consultas pediátricas. • Menos freqüentemente o pneumococo causa artrite séptica e peritonite. Geralmente migra para a articulação durante a bacteremia de foco pulmonar, de meninges e de endocardite bacteriana, ou para a cavidade peritoneal em associação com hepatopatias.

  35. Importância clínica • A antibioticoterapia utilizada no tratamento da doença pneumocócica reduziu significativamente a taxa de mortalidade, porém a incidência desta doença permaneceu inalterada. Em muitos casos, mesmo com o uso de antibiótico, há falha de tratamento. Assim, as pesquisas em pneumococo foram retomadas na década de 1970 com o intuito de desenvolver novas vacinas pneumocócicas. • As vacinas já existentes (23-valente não conjugada e 7-valente conjugada) têm como antígeno os sorotipos, 23 e 7 sorotipos, respectivamente, que mais freqüentemente causam doença. Como a distribuição destes sorotipos varia entre as regiões geográficas, faixas etárias e ao longo do tempo, é muito importante sob o ponto de vista epidemiológico que se conheçam os sorotipos prevalentes. • Os estudos de avaliação da vacina conjugada indicam que protege contra doença pneumocócica invasiva causada pelos sorotipos componentes da vacina. Além da proteção, reduz a taxa de colonização ou de portadores, inclusive em outras faixas etárias, diminuindo assim a disseminação da bactéria e induzindo imunidade coletiva ou imunidade de “rebanho”.

  36. Importância clínica • S. pyogenes • Esta espécie pertence ao grupo A deLancefield, são colônias β-hemolíticas, com vários fatores de virulência. • Podem causar faringites, infecções respiratórias, impetigo, erisipela, endocardites, meningites e artrites. • Infecções por cepas produtoras de toxinas podem causar a febre escarlatina e choque tóxico. • A faringite por S. pyogenes é comum e pode evoluir com seqüelas como febre reumática e glomerulonefrite aguda.

  37. Importância clínica • S. agalactiae • Esta espécie é β-hemolítica, pertence ao grupo B deLancefield. • Podem causar infecções graves em neonatologia, como sepse e meningite. • A detecção deste patógeno no trato genital e/ou gastrointestinal de parturientes pode identificar um risco para infecção dos recém-nascidos e guiar a terapia antimicrobiana intra-parto. • Algumas condições (neoplasias, imunodeficiências e diabetes mellitus) podem predispor adultos a infecções por este patógeno como bacteremia, endocardite, infecções de pele e tecidos moles, pneumonia e osteomielites.

  38. Importância clínica • Streptococcusdo grupo viridans • Este grupo de bactérias faz parte da microbiota normal da cavidade oral, trato gastrointestinal e trato genital, e freqüentemente são considerados contaminantes quando isolados de hemoculturas. • Entretanto sua presença pode estar associada a endocardite subaguda, especialmente em portadores de próteses valvares, sendo S. sanguis, S. mitis, S. oralise S. gordoniios agentes mais encontrados. • S. mutans e S. sobrinus são espécies isoladas de placas dentárias e cáries.

  39. Isolamento • Meios de cultura Base para os meios de cultura: -As bases recomendadas para o isolamento e subseqüente cultivo do pneumococo são meios complexos, como Müeller-Hinton (MH), Columbia, TrypticaseSoy(TS), BrainHeartInfusion(BHI), Blood Agar Base (BAB). - Quando sólidos, contêm ágar. Devem ser acrescidos de 5% ou 10% de sangue desfibrinado estéril de carneiro, coelho ou cavalo. Ágar chocolate: • Este meio é rico e suporta as exigências nutritivas para o isolamento de S. pneumoniae, quando incubado em atmosfera de 5 - 7% CO2. • Acrescenta-se à base aquecida a 80 - 85°C, 10% de sangue, freqüentemente de cavalo. Distribuir em tubos ou frascos inclinado ou em placas de Petri. • Semear na sua superfície.

  40. Isolamento • Meios de cultura Meio para hemocultura: • Caldo preparado com TS ou BHI acrescido de 0,025% de sulfonato de polianetol de sódico (SPS), um inibidor químico e também anticoagulante. Ágar sangue: • Acrescentar o sangue à base morna (45 - 50°C) e distribuir em placas. • Para a observação da hemólise e alguns testes de identificação de S. pneumoniae, a recomendação é que o sangue seja de carneiro em Blood Agar Base.

  41. Identificação • Prova da optoquina • Finalidade:A optoquina (etil-hidrocupreínahidroclorídrica) é uma droga solúvel em água que se difunde rapidamente em meio de cultura sólido. Para este teste, em geral, utiliza-se o disco de optoquina de 6 mm contendo 5 µg da droga. O teste tem sensibilidade maior que 95%, sendo considerado de baixo custo e simples de ser realizado. • Procedimento: • Preparar uma suspensão do isolado em solução salina a 0,85% estéril com densidade ótica de 0,08 a 0,1 ao comprimento de onda de 625 nm, ou correspondente a 0,5 da escala de McFarland; • Semear a suspensão em uma placa de ágar sangue de carneiro 5% de forma a obter crescimento confluente; • Após a absorção da suspensão pelo meio de cultura, colocar um disco de optoquina na superfície do meio semeado, com o auxílio de uma pinça; • Incubar a 35±2ºC e 5 - 7% de CO2 por 18 - 24 h; • Fazer a leitura do halo de inibição do crescimento bacteriano. • Interpretação:Presença de halo ≥ 14 mm indica que a cultura é sensível à optoquina, sendo identificado para Streptococcuspneumoniae. • Atenção: O pneumococo pode apresentar halos < 14 mm, como os estreptococos do grupo viridans. O teste da bile solubilidade deve então ser realizado.

  42. Identificação • Teste da solubilidade em bile (desoxicolato de sódio a 2%) - Finalidade:Detergentes fracos, como os sais biliares desoxicolato de sódio ou taurocolato de sódio têm a capacidade de lisar seletivamente o S. pneumoniae em fase logarítmica do crescimento. Estes sais ativam as enzimas autolíticas (autolisinas) produzidas pelo pneumococo, acelerando a reação lítica natural da bactéria. O teste da bile-solubilidade pode ser realizado tanto em meio de cultura líquido como sólido. A turvação produzida por uma suspensão de pneumococo ficará completa ou parcialmente límpida ao se adicionar os sais biliares. Em meio sólido, as colônias bile-solúveis “desaparecem” em contato com algumas gotas de solução destes sais e o teste é um pouco mais difícil de ser visualizado. Quando se utiliza crescimento de cultura em caldo, deve-se ajustar o pH do meio para 7, para evitar reações falso-negativas devido à precipitação do desoxicolato de sódio em pH ácido (pH ≥ 6,5). - Procedimento: • Preparar uma suspensão bacteriana densa a partir da cultura recente, que não tenha ultrapassado 18 - 24 horas de incubação; • Separar dois tubos de ensaio com transparência adequada para observar a presença de suspensão bacteriana. Marcar um com “C” (tubo controle) e outro com “T” (tubo teste); • Adicionar solução de desoxicolato de sódio a 2% ao tubo “T” e solução salina a 0,85% ao tubo “C”. Os volumes em cada tubo devem ser iguais, pequenos, mas suficientes para fazer a leitura, por exemplo, 0,5 mL. Adicionar a cada tubo o mesmo volume, por exemplo, 0,5 mL da suspensão bacteriana; • Homogeneizar e fazer a leitura imediatamente, após 1 h e até 2 h de incubação a 35±2ºC. - Interpretação:A leitura é feita de preferência contra um anteparo escuro, observando a turvação do tubo T em relação ao tubo C. Verificar se o tubo C apresenta uma suspensão homogênea da cultura em solução salina. Compará-lo com o conteúdo do tubo teste, contendo a cultura em desoxicolato de sódio. Se o tubo T apresentar turvação visivelmente menor que o controle ou estiver límpido, o teste é positivo e identifica Streptococcuspneumoniae; e confirmada a positividade, os tubos podem ser desprezados. • Atenção: Se após 2 h não houver diferença entre os tubos, o teste é negativo e identifica Streptococcus do grupo viridans.

  43. Identificação • Teste de PYR (pyrrolidonilarilamidase) - Finalidade:O teste de PYR determina a atividade da enzima pyrrolidonilarilamidase produzida pelo S. pyogenes, mas não pelos demais estreptococos β-hemolíticos. Colônias β-hemolíticas de enterococos podem ser confundidas com S. pyogenes, pois ambas apresentam positividade neste teste. - Procedimento: • Com auxílio de uma pinça, retirar um disco de PYR do frasco e colocá-lo sobre uma lâmina ou placa de Petri vazia; • Pingar uma gota de água destilada estéril (não utilizar salina, pois torna a reação mais lenta e menos intensa); • Realizar um esfregaço com a bactéria a ser testada, recém-isolada, sobre o disco de PYR umidecido; • Aguardar alguns minutos e colocar uma gota do reagente PYR. A reação ocorrerá em até 1 minuto. - Interpretação: • Teste de PYR positivo apresenta o desenvolvimento de cor vermelha; • O aparecimento de coloração amarela ou alaranjada indica resultado negativo; • S. pyogenes e Enterococcusspp. são PYR positivos.

  44. Identificação • Teste de sensibilidade à bacitracina - Finalidade:O teste tem a finalidade de diferenciar S. pyogenes de outras cepas do grupo A ou de outras espécies com colônias β-hemolíticas PYR positivas. - Procedimento: • Um disco de 0,04 U de bacitracina é aplicado a uma placa de ágar sangue de carneiro que tenha um inóculo com 4 ou 5 colônias puras de Streptococcusspp., a ser testado. • Incubar 12 horas (overnight) a 35± 2ºC. - Interpretação:A presença de qualquer halo de inibição ao redor do disco é interpretado como sensibilidade a bacitracina e indicativo de S. pyogenes.

  45. Identificação • Teste de CAMP - Finalidade:O teste visa a identificação de cepas de S. agalactiae (grupo B). Estas cepas produzem o fator CAMP (Christie, Atkins eMunch-Petersen) que atua sinergicamente com a β-hemolisina produzida pelo Staphylococcusaureus em ágar sangue. - Procedimento: • Semear um inóculo de Staphylococcusaureus ATCC 25923 (ou cepa de S. aureus com duplo halo de hemólise) de um ponto a outro da placa de ágar sangue; • Semear perpendicularmente (90°) a colônia de Streptococcusβ-hemolítico a ser testada, sem que haja o contato com a estria de Staphylococcusaureus; • Incubar a 35±2ºC em atmosfera de 5% de CO2 por 48 h. - Interpretação: • A formação de uma seta ou meia-lua convergindo para o S.aureus na intersecção do crescimento das duas bactérias indica que o teste é positivo e indicativo de S.agalactiae; • Se não houver formação de seta ou meia-lua, o teste é negativo e a cepa não pertence ao grupo B deLancefield.

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