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Fundamentos de Burocracia

Fundamentos de Burocracia. Introdução.

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Fundamentos de Burocracia

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Presentation Transcript


  1. Fundamentos de Burocracia

  2. Introdução • Uma das primeiras aplicações do termo Burocracia data do século XVIII , onde o termo era carregado de forte conotação negativa, designando aspectos de poder dos funcionários de uma administração estatal aos quais eram atribuídas funções especializadas, sob uma monarquia absoluta. Essa definição se encaixa de forma muito próxima àquela hoje utilizada na linguagem comum: a Burocracia como sinônimo de excesso de normas e regulamentos, limitação da iniciativa, desperdício de recursos e ineficiência generalizada dos organismos estatais e privados.

  3. Introdução • Há uma influência recíproca entre capitalismo e burocracia. Sem a organização burocrática, a produção capitalista nunca teria sido realizada. Por outro lado, a base econômica capitalista é essencial para o desenvolvimento da administração burocrática. • Portanto, a palavra "burocracia" tem, no nosso dia-a-dia, um sentido pejorativo. Chamamos de burocracia o exagero de normas e regulamentos, a ineficiência administrativa, o desperdício de recursos. • No entanto, para a sociologia, esse termo tem um sentido especial. Desde que passou a ser usado por Max Weber (1864 –1920), designa um modelo específico de organização administrativa.

  4. Origem • A burocracia teve a sua origem nas mudanças religiosas verificadas após o Renascimento. O sistema de produção, eminentemente racional e capitalista originou de um novo conjunto de normas sociais morais, denominada de "ética protestante". Weber verificou que o capitalismo e a ciência moderna constituem três formas de racionalidade que surgiram a partir dessas mudanças religiosas ocorridas inicialmente nos países protestantes. (Inglaterra e Holanda).

  5. Conceito • Burocracia é um sistema de controle social baseado na racionalidade ( adequação dos meios para se alcançar os fins) tendo em vista a eficiência na obtenção dos resultados esperados.

  6. Max Weber • Sociólogo alemão considerado o fundador da Teoria da Burocracia. • Considerou a burocracia como um tipo de poder; para estudar as sociedades. Partiu da ideia de que os seus tipos de poder e de autoridade vem das pessoas, é inerente; que implica força, imposição de normas e arbítrios.

  7. Tipos de Poder • Tipos de poder, conforme Weber : • -tradicional : onde predominam características patriarcais e patrimonialistas; • -carismático : predominam características místicas e personalísticas; há seguidores, devoção, autenticidade; • -legal ou burocrático: predominam normas impessoais e hierárquicas, como no exército, repartições públicas etc.

  8. Tipo Ideal de Burocracia • O tipo ideal de burocracia, segundo Weber, apresenta sete dimensões principais: • Formalização • Divisão do Trabalho • Princípio da Hierarquia • Impessoalidade • Competência técnica • Separação entre Propriedade e Administração • Profissionalização do Funcionário 

  9. Teoria Burocrática (1) • TEORIA BUROCRÁTICA • A Teoria da Burocracia concebida por Max Weber, é imediatamente posterior às teorias Clássica e das Relações Humanas, teve como ponto forte de origem a necessidade de uma abordagem generalista e integrada das organizações, fator praticamente não considerado pelas teorias anteriores.

  10. De um lado, a Teoria Clássica, com suas suposições extremamente negativas em relação à natureza humana, pregava uma administração centralizadora, total e exclusivamente responsável pela organização e uso dos recursos da empresa, padronizando as atividades e controlando-as através da persuasão, coação, punições e recompensas marginais. • De outro, a Teoria das Relações Humanas considerava o homem como sendo o maior patrimônio das organizações, sendo motivado a produzir por sua própria natureza, pregando a descentralização e a delegação, a auto-avaliação e a administração participativa.

  11. Teoria Burocrática (2) • Weber, baseado em princípios protestantes, foi quem primeiro definiu a Burocracia não como um sistema social, mas como um tipo de poder suficiente para a funcionalidade eficaz das estruturas organizacionais, sejam estas pertencentes ao Governo ou de domínio econômico privado.

  12. A característica principal da Burocracia, segundo Weber, reside na racionalidade do ponto de vista das atividades desempenhadas na organização. A Teoria Clássica já abordava certa racionalidade, porém esta se manifestava apenas na mecanização dos processos e não na mecanização das atividades dos indivíduos. • Na Burocracia a liderança se dá tipicamente calcada em regras impessoais e escritas e através de uma estrutura hierárquica; o poder é legítimo e depende exclusivamente do grau de especialidade e competência técnica de quem o detém.

  13. Elementos B ásicos da Burocracia para Weber •  Autoridade • Poder • Hierarquia • Disciplina • Ordem • Controle

  14. Vantagens daburocracia segundo Weber • previsibilidade do funcionamento; • univocidade de interpretação; • padronização de rotinas e procedimentos; • redução de conflitos; • subordinação natural aos mais antigos; • confiabilidade nas regras do negócio; • hierarquia formalizada; • precisão na definição de cargos e operações

  15. Desvantagens • Para Weber, a burocracia é uma organização cujas conseqüências desejadas se resumem na previsibilidade do seu funcionamento no sentido de obter a maior eficiência da organização. • 1- Internacionalização das regras e exagerado apego aos regulamentos; • 2- Excesso de formalismo e de papelório; • 3- Resistência a mudanças; • 4- Despersonalização do relacionamento; • 5- Categorização como base do processo decisorial; • 6- Superconformidade às rotinas e procedimentos; • 7- Exibição de sinais de autoridade; • 8- Dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com o público.

  16. Ação social é um comportamento humano, ou seja, uma atitude interior ou exterior voltada para ação ou abstenção. Esse comportamento só é ação social quando o ator atribui a sua conduta um significado ou sentido próprio, e esse sentido se relaciona com o comportamento de outras pessoas Weberdistinção entre quatro tipos de ação social: a ação racional com relação a um objetivo é determinada por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens e utiliza essas expectativas como condições ou meios para alcance de fins próprios racionalmente avaliados e perseguidos. É uma ação concreta que tem um fim especifico, por exemplo: o engenheiro que constrói uma ponte.

  17. a ação racional com relação a um valor é aquela definida pela crença consciente no valor - interpretável como ético, estético, religioso ou qualquer outra forma - absoluto de uma determinada conduta. O ator age racionalmente aceitando todos os riscos, não para obter um resultado exterior, mas para permanecer fiel a sua honra, qual seja, à sua crença consciente no valor, por exemplo, um capitão que afunda com o seu navio. a ação afetiva é aquela ditada pelo estado de consciência ou humor do sujeito, é definida por uma reação emocional do ator em determinadas circunstâncias e não em relação a um objetivo ou a um sistema de valor, por exemplo, a mãe quando bate em seu filho por se comportar mal.

  18. a ação tradicionalé aquela ditada pelos hábitos, costumes, crenças transformadas numa segunda natureza, para agir conforme a tradição o ator não precisa conceber um objeto, ou um valor nem ser impelido por uma emoção, obedece a reflexos adquiridos pela prática. WEBERburocratização processo histórico de mudança da organização baseada em valores e ação (a chamada autoridade tradicional) para uma organização orientada para os objetivos e ação (chamada legal-racional). O resultado, segundo Weber, é uma "noite polar de frio glacial" na qual a crescente burocratização da vida humana a coloca numa gaiola de ferro de regras e de controlo racional.

  19. ITEM 9: RELAÇÕES ENTRE POLÍTICA E ADMINISTRAÇÃO Organização burocrática aquela que se baseia num sistema formal-impessoal WEBERo surgimento do estado burocrático implicaria a renúncia de responsabilidade pela liderança política e na usurpação das funções políticas por parte dos administradores. A questão por detrás desta problemática é o contraste, a distinção e a tensão entre a racionalidade substantiva da busca de interesses e a racionalidade instrumental-formal do exercício da autoridade

  20. Weber põe em evidência os riscos da desintegração entre política e administração, processo de inversão da racionalidade burocrática, cuja tendência ao absolutismo burocrático ameaça a legitimidade do Estado Quando não se consegue tal controle, a burocracia usurpa o processo de decisão política de acordo com sua tendência fundamental ... de transformar todos os problemas políticos em problemas administrativos” QUESTAO:Como estabelecer um padrão de interação entre política e administração que atenda simultaneamente aos requisitos de inserção social e regulação política no alcance de níveis de autonomia relativa que são negociados nas relações contratuais (de delegação ou representação de interesses) entre os principais atores da ação pública?

  21. Fonte: Rua, baseado em B. G. Peters.

  22. Paradigma agente x principal As transações sociais entre atores na esfera tradicional do Estado e do mercado podem ser enfocados a partir de uma relação tipo contratado (agente) e contratante (principal) (MELO, 1996). Requisitos de inserção e regulação são tratados enquanto interdependência sistêmica de três espécies de relação: I)entre Estado (burocracia e sistema político) e agentes econômicos: II)entre políticos e burocratas; III)entre cidadãos e políticos Como assegurar que o contratado (agente, burocracia) tenha autonomia para agir em nome do contratante (cidadão, político) sem, contudo, privilegiar seu interesse em detrimento do interesse do contratante?

  23. O modelo da racionalidade tridimensional contraditória, de OFFE (1984)a ação administrativa correta é uma resultante de três vetores de racionalidades contraditórias: 1)conformação com o caráter formal-legal do estado de direito (burocracia); 2)adequação às demandas da clientela (interesses localizados da sociedade civil, ou inserção); 3)e adequação às concepções políticas sobre valor (regulação política). A legitimidade da ação pública repousa no processamento desta tripla racionalidade.

  24. Autonomia Inserida  elevada capacidade governativa relacionada à implementação de projetos de desenvolvimento, caracterizada por um alto grau de cooperação de atores privados mediante fraca supervisão política (PETER EVANS, 1989) para que as agências governamentais ganhem eficácia e sejam capazes de realizar transformações, devem estar imersas em uma densa rede de relações sociais que as vinculam aos seus aliados na sociedade a partir de objetivos de mudança. Esta seria a forma de assegurar a democracia, evitando que a burocracia venha a se tornar governo, em substituição aos políticos.

  25. Tipos de Integração entre política e administração: (i)integração competitiva, poliarquia presidencialista norte-americana, onde o congresso compete com e influencia a administração; (ii) integração cooperativa, poliarquias parlamentaristas européias, onde a administração é formada de dentro do parlamento.

  26. Tipos de Integração entre política e administração: ausência de integração, com duas possibilidades: (i)captura, situação de pouca autonomia burocrática e excessiva regulação política, padrão tipicamente clientelista; e (ii)insulamento, situação de excessiva autonomia burocrática e baixa regulação política, que pode resultar em auto-orientação ou alianças espúrias do tipo anéis burocráticos. Mecanismo pelo qual o sistema político compreende vínculos entre as burocracias pública e privada, de forma que partes da primeira são capturadas pelo sistema de interesses privado ao mesmo tempo que partes do setor privado se aliam a segmentos da burocracia pública, fazendo com que determinados interesses da sociedade civil passem a existir dentro do Estado. E (iii)situação de paralisia, na qual a ação burocrática perde autonomia, não se insere e não está politicamente regulada.

  27. A utopia pós-burocrática traz um dilema: ou se submete a burocracia instrumental ao controle político, incrementando-se o exercício da política, ou se cria uma burocracia que não seja puramente instrumental, mas integrada e permeada pela racionalidade do sistema político (regulação) e da sociedade (inserção), não pela sua própria racionalidade. BRESSER há uma contradição intrínseca ao modelo de administração pública vigente no mundo ocidental moderno desde o século XIX: o modelo de administração burocrática: “...a administração pública burocrática, que Weber descreveu como uma forma de dominação ‘racional-legal’, trazia embutida uma contradição intrínseca. A administração burocrática é racional, nos termos da racionalidade instrumental, à medida em que adota os meios mais adequados (eficientes) para atingir os fins visados. É, por outro lado, legal, à medida em que define rigidamente os objetivos e os meios para atingi-los na lei. Ora, em um mundo em plena transformação tecnológica e social, é impossível para o administrador ser racional sem poder adotar decisões, sem usar de seu julgamento discricionário, seguindo cegamente os procedimentos previstos em lei”. (BRESSER PEREIRA, 1997:41).

  28. Petersseis pré-requisitos para que um grupo ou indivíduo seja capaz de prover governo: 1-a capacidade de formular intenções políticas, 2-de ajustar suas intenções a procedimentos governamentais já estabelecidos, 3-de competir pelo preenchimento de cargos governamentais, 4-de ocupar posições centrais no governo; 5-a posse de qualificações de comando ou gerenciamento das atividades governamentais; e 6-a capacidade de controlar a implementação das decisões públicas.

  29. Embora a burocracia seja sempre um como o ator central na tomada de decisões, o seu papel se torna ainda mais proeminente em alguns contextos e políticas, assumindo um padrão muito semelhante ao governo burocrático sugerido por Peters. Em certos casos, os agentes burocráticos elaboram as suas alternativas e controlam o processo de formulação,exibindo elevado grau de autonomia. Ao mesmo tempo, quandoas suas preferências não implicam confronto com os interesses privados, buscam constituir alianças estratégicas com este último, inclusive no interior do próprio governo, na forma de anéis burocráticos, que constituem um recurso político essencial às disputas interburocráticas.

  30. Em outros contextos, os agentes governamentais não apenas formulam propostas adversas aos interesses privados como também são capazes de impor a estes últimos as suas preferências, destacando-se pelo seu isolamento e pela absoluta exclusão dos atores privados. Em outros casos, ainda, burocracia passa a adotar comportamentos típicos dos políticos, substituindo a ênfase nos argumentos técnicos pela atuação estratégica junto aos atores relevantes e tomando decisões orientadas por concepções políticas mais amplas e não voltadas exclusivamente para interesses setoriais e imediatos.

  31. StreetLevelBureaucracy Michael Lipsky, em 1980a implementação de políticas “no final, resume-se a pessoas que realmente a implementam.” Funcionários públicos, como a polícia e assistentes sociais, bombeiros, professores, etc possuem poder político e devem ser vistos como parte de uma comunidade de políticas públicas.Lipskyproblemas com a burocracia de nível de rua: escassez de recursos, a negociação permanente, e as relações com clientes." Tony Evans e John Harris" a proliferação de regras e normas não deve automaticamente ser equiparado a um maior controle do poder profissional, paradoxalmente, mais regras podem gerar mais discrição.

  32. Steven M. Moody da Universidade de Kansas os trabalhadores de rua "nível realmente fazem escolhas políticas em vez de simplesmente aplicar as decisões das autoridades eleitas. E os seus preconceitos influenciam o seu tratamento de cidadãos .Em 2007, Emil Mackey confirmou que esses funcionários exercem o seu poder para mudar a política ao nível da execução. Além disso, essas mudanças na implementação da política reflete mos valores individuais de cada burocrata , mais do que a vontade dos responsáveis políticos.

  33. 1)(ESAF\IPEA\2004) Q. 27- Sobre a organização burocrática do Estado é possível afirmar que:1- Há três condições indispensáveis para a formação dos aparelhos burocráticos: a existência de um sistema de racionalidade legal, o desenvolvimento de uma economia monetarizada e a expansão quantitativa e qualitativa das funções administrativas.2- A concentração dos meios de administração e de gestão nas mãos dos detentores do poder e a redução do impacto das diferenças sociais devido à impessoalidade dos processos e critérios de recrutamento de funcionários são duas importantes consequências da organização burocrática do Estado.3- Um dos potenciais motivos de conflito, inerente à organização burocrática do Estado democrático, é a tensão entre a justiça substantiva e a justiça formal, que pode ser exemplificada pela formação de castas privilegiadas, ainda que meritocráticas, apesar dos processos objetivos e abertos de seleção de quadros.4- Um dos mais críticos desafios à democracia no Estado moderno e contemporâneo é o controle do líder político sobre o aparelho burocrático, o qual, por sua competência técnica e recursos organizacionais de poder, é capaz de disputar e conquistar o controle do processo político e legislativo.Examine as assertivas acima e selecione a opção correta.a) Somente 1 e 4 são corretas.b) Somente 1, 2 e 3 são corretas.c) Somente 2, 3 e 4 são corretas.d) Somente 1, 2 e 4 são corretas.e) Somente 1, 3 e 4 são corretas.

  34. 2)(ESAF\Gestor\2008) Q.58- Com a crescente racionalização da sociedade, ocorre uma extensão qualitativa das tarefas administrativas, aumentando a indispensabilidade do conhecimento especializado, que se torna, cada vez mais, a base da posição de poder do governante. Ocorre tipicamente que o senhor já não se satisfaz com a consulta ocasional a pessoas de sua confiança pessoal, ou mesmo a uma assembléia dessas pessoas, convocada intermitentemente e em situações difíceis. Entre as formas institucionais abaixo, selecione aquela que deu origem à burocracia ocidental moderna.a) As corporações de ofício que, na Idade Moderna, deram origem às organizações sindicais, com sua divisão de trabalho, conhecimento específico e lideranças especializadas.b) Os órgãos colegiados, que deliberavam em sessão contínua, e cujo núcleo era constituído por funcionários e ex-funcionários, que dominavam o conhecimento especializado e que formaram estruturas duradouras, independentes da pessoa.c) As juntas de controle existentes nas estruturas burocráticas da moderna economia privada, que se completavam com a admissão de notáveis, incorporados pelo seu conhecimento especializado ou por seus vínculos com credores bancários.d) Os parlamentos medievais, formados pela aristocracia e pelo clero, reunindo grandesdetentores independentes dos feudos e cargos em estruturas políticas patrimoniais ou feudais.e) Os grupos de interesses econômicos privados, formados pelas camadas economicamente mais influentes, aos quais se associaram os membros das instituições religiosas, cujo poder estava em declínio, mas permaneciam sendo o repositório do conhecimento geral e especializado.

  35. 3)(ESAF\Gestor\2005) Q. 18- Com base no pensamento de Max Weber, julgue as sentenças sobre a burocracia atribuindo (V) para a afirmativa verdadeira e (F) para a afirmativa falsa, assinalando ao final a opção correta.( ) A constituição prévia de uma economia monetária é condição sine qua non para o surgimento da organização burocrática.( ) O Estado moderno depende completamente da organização burocrática para continuar a existir.( ) A burocracia é elemento exclusivo do Estado moderno capitalista, não sendo verificável em outros momentos da história.( ) O modelo burocrático é a única forma de organização apta a desempenhar as tarefas necessárias para o bom funcionamento do capitalismo.a) V, F, F, Vb) V, V, F, Fc) F, F, V, Vd) F, V, F, Ve) F, F, F, V

  36. 4)(ESAF\APO\2003) Q.08- Uma importante tradição de estudos mostra que as relações de burocratas com outros atores podem assumir variados padrões. Um deles, bastante presente na institucionalidade política brasileira, é o insulamento burocrático. Entre as opções abaixo, marque aquela que descreve corretamente o insulamento burocrático.a) Uma relação entre a burocracia e a sociedade, baseada na troca de dados e informações, visando constituir mecanismos formais para a representação de interesses no interior do aparato burocrático e tornar transparentes as influências particulares sobre as decisões públicas.b) Uma relação entre agências governamentais que compartilham objetivos de redução de custos ou otimização de resultados, visando proporcionar qualificação e treinamento especializado aos seus funcionários, a fim de capacitá-los para o exercício de tarefas complexas.c) O estabelecimento de padrões de hierarquia, divisão de funções, busca de excelência e eficiência máxima, com a finalidade de eliminar o contato entre decisores públicos e a sociedade, para que as ações de governo espelhem estritamente os interesses gerais da nação.d) O estabelecimento de barreiras institucionais destinadas tanto a bloquear pressões partidárias e o encaminhamento de demandas personalísticas quanto a assegurar a eficiência na alocação dos recursos necessários à gestão das políticas governamentais.e) Um esforço de racionalização burocrática destinada a imprimir aos funcionários do Estado a ética da convicção, traduzida pelo predomínio de uma visão tecnicista do processo legislativo, e a reservar aos políticos a ética das responsabilidades, mais apropriada à representação de interesses e à negociação de demandas conflitantes.

  37. 5)(ESAF\STN\2002) Q. 56- Num dos trabalhos mais importantes da sociologia política brasileira, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso criou o conceito “anéis burocráticos”. Entre as opções abaixo, aponte a que representa mais apropriadamente este conceito.a) “(...) quanto menos se considera a organização com relação ao futuro da carreira, mais contam os contatos pessoais como meio de promoção. Ademais, depois de algumas mudanças entre diferentes órgãos, todo burocrata pertence a uma rede de ex-colegas de trabalho, agora distribuídos pelo aparato de Estado, com os quais pode contar para informação e apoio. A circulação, portanto, cria não apenas o desejo como também a oportunidade para a política pessoal”.b) “(...) um sistema de representação de interesses no qual as unidades constitutivas são organizadas em número não-especificado de categorias múltiplas, voluntárias, competitivas, não-hierarquicamente ordenadas e autodeterminadas (em termos do tipo ou escopo de seus interesses), que não são especialmente licenciadas, reconhecidas, subsidiadas, criadas ou controladas de qualquer forma em seus processos de seleção de lideranças ou articulação de interesses pelo Estado e que não exercem um monopólio na atividade de representação em suas respectivas categorias”.

  38. c) “(...) um sistema de representação de interesses em que as unidades constitutivas estão organizadas em um número limitado de categorias singulares, compulsórias, não-competitivas, hierarquicamente ordenadas e funcionalmente diferenciadas, reconhecidasou permitidas (senão criadas) pelo Estado e que têm a garantia de um deliberado monopólio de representação dentro de suas categorias respectivas, em troca da observância de certos controles na seleção de líderes e na articulação de demandas e apoios”.d) “(...) um processo sócio-político específico no qual organizações representando interesses funcionais monopolísticos se engajam em trocas políticas com agências estatais para definir políticas públicas que envolvem essas organizações, e assumem um papel que combina a representação de interesses e a implementação da política via delegação auto-imposta”.e) “(...) uma teia de cumplicidades mais difusas (que os lobbies), mais orientada para relações e lealdades pessoais que tornavam cúmplices desde o vereador, o deputado, o funcionário de uma repartição fiscal, o industrial, o comerciante ou o banqueiro, até o ministro, quando não o próprio presidente. A ‘burocracia’ funcionava, portanto, como parte de um sistema mais amplo e segmentado: não existindo eficazmente partidos e classes, (...) os interesses organizavam-se em círculos múltiplos (...) que cortavam perpendicularmente e de forma multifacética a pirâmide social, ligando em vários subsistemas de interesse e cumplicidade segmentos do governo, da burocracia, das empresas, dos sindicatos etc.”.

  39. 6) (ESAF\STN\2002) Q. 48- Weber foi um dos principais estudiosos do Estado moderno. Chamou a atenção, em seus escritos, para o processo de racionalização burocrática como um dos aspectos fundadores de um novo tipo de dominação política – denominada “racional- legal”. Indique abaixo a opção que melhor caracteriza o tipo de relação entre a Burocracia e o Parlamento, na Alemanha de seu tempo, a qual ele considerava uma disfunção do sistema político daquele país.a) Os burocratas tinham pouco poder político, devido a uma baixa racionalização do aparato administrativo do Estado alemão, e, por conta disso, facilmente se tornavam reféns de políticos populistas e corruptos.b) Os burocratas alemães eram muito mais capazes de definir as linhas de ação do Estado alemão que os políticos, o que causava um distanciamento entre as ações do governo e as vontades dos eleitores.c) A burocracia se caracterizava pela prevalência de clientelismo e patrimonialismo, enquanto a política partidária era essencialmente dominada por lideranças carismáticas e populistas.d) A burocratização teria avançado demasiadamente no aparato estatal mas não o suficiente nas estruturas partidárias, de modo que a racionalização das agências governamentais não encontrava paralelo nos partidos políticos.e) A racionalização burocrática consolidou, entre os funcionários do Estado, a ética da convicção, traduzida pelo predomínio de uma visão tecnicista do processo legislativo; já entre os políticos prevalecia a ética das responsabilidades, mais afeita às negociações e soluções de compromisso entre demandas conflitantes. Isso dificultava as relações entre Executivo e Legislativo, gerando conflitos institucionais e paralisia decisória.

  40. 7)Uma das mais instigantes questões acerca das relações entre política e administração diz respeito ao significado, a desejabilidade e os limites da neutralidade burocrática nas democracias contemporâneas. O conceito de neutralidade é aparentemente muito simples, baseando-se nos princípios de separação entre as carreiras políticas e administrativas e de despolitização do serviço público. Com base no modelo típico-ideal weberiano, a separação entre política e administração está contemplada em todos os enunciados abaixo, EXCETO: a)Cumprimento, pela burocracia, de tarefas segundo regras calculáveis e “sem relação com pessoas”.b)Execução conscienciosa, pelos burocratas, das decisões legais dos políticos, como se resultassem de suas próprias convicções.c)Preservação do envolvimento dos burocratas com partidos ou lideranças políticas, de modo a atuarem como instrumentos de qualquer governo legítimo.d)Seleção para o exercício de cargos, mediante sua competência técnica em arena de competição administrativa.e)Responsabilização pessoal dos burocratas pelas conseqüências políticas de decisões e ações executadas com base no poder e atribuições dos seus cargos.

  41. 8)O processo inexorável de racionalização da sociedade moderna, o avanço tecnológico, a crise de credibilidade da classe política e o crescente papel do Estado, entre outros fatores, têm tornado a burocracia um ator cada vez mais relevante nas sociedades modernas. A literatura sobre o assunto indica que a burocracia é capaz de preencher todos os requisitos abaixo, como condição para se tornar governo, EXCETO:a)capacidade de formular intenções políticas, inclusive expressas como metas baseadas em visões de mundo próprias.b)capacidade de ajustar suas intenções a procedimentos governamentais já implementados, formulando políticas viáveis pela sua adequação às rotinas públicas pré-definidas.c)capacidade de competir pelo preenchimento de cargos governamentais, mediante a concorrência pela alocação de recursos orçamentários.d)disponibilidade de qualificações para comando e gerenciamento das atividades governamentais e capacidade para controlar a implementação de decisões públicas;e)capacidade para superar a fragmentação dos interesses políticos e a e desarticulação setorial e construir consensos amplos em torno de estratégias políticas abrangentes.

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