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Cláudio Baisch

Lesões Musculares. Cláudio Baisch . FISIOPATOLOGIA. FASE DE DESTRUIÇÃO. Ruptura da fibra No estiramento geralmente ocorre na junção músculo tendínea Na contusão ocorre no local do impacto Necrose da região afetada

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Presentation Transcript


  1. Lesões Musculares Cláudio Baisch

  2. FISIOPATOLOGIA

  3. FASE DE DESTRUIÇÃO Ruptura da fibra No estiramento geralmente ocorre na junção músculo tendínea Na contusão ocorre no local do impacto Necrose da região afetada As partes necrosadas da fibra muscular são fagocitadas por células inflamatórias locais

  4. Inflamação As células necrosadas, os macrófagos e os fibroblastos teciduais produzem substâncias quimiotáticas pró-inflamatórias Muitas dessas substâncias são fatores de crescimento FGFs, IGF-1, IGF-2, TGF-β, HGF, TNF-α e IL-6 Uma das razões para as microlesõescontribuirem com a hipertrofia muscular

  5. Inflamação Bloquearam o TNF-α de ratos (com Ac ou com mutação do receptor) Induziram lesão muscular 13 dias após, estavam com 30% da força pré-lesão, enquanto o grupo controle já tinha recuperado 87% (p = 0,006) The FASEB Journal, 2002 É uma das possíveis explicações para o do corticóide (ou AINE por longo prazo) aumentar a reincidência de lesões

  6. FASE DE REPARO E REMODELAMENTO Devido à inflamação, dois processos se iniciam paralelamente: Regeneração das fibras lesadas ----------- BOM Substituição por tecido fibrótico (cicatriz) ------------- RUIM Em todas as fibras existem células indiferenciadas (células satélites) que permaneceram do período fetal. A partir de estímulos, podem se proliferar e se diferenciar em qualquer estrutura.

  7. FASE DE REPARO E REMODELAMENTO Imediatamente após a lesão, surge um hematoma entre os dois cotos da fibra Dentro do primeiro dia, este hematoma é preenchido por células inflamatórias Os fibroblastos produzem proteínas, proteoglicanos, fibronectinas e colágeno Muitas dessas substâncias têm propriedades adesivas e unem os dois cotos da fibra com o tecido fibrótico formado (cicatriz) Com o tempo, estas fibroses tendem a retrair, aproximando os dois cotos

  8. MATRIZ EXTRACELULAR Para isolar mecanicamente a área em recuperação, também surgem aderências laterais entre a fibra e a matriz extracelular. Isso é proporcional a um estresse mecânico inadequado, imposto ao músculo durante a recuperação

  9. MATRIZ EXTRACELULAR A permanência de qualquer cicatriz, fibrose e aderências impõe risco de novas lesões O objetivo do tratamento deve ser minimizar a permanência residual dessas formações

  10. FASE DE REPARO E REMODELAMENTO

  11. FASE DE REPARO E REMODELAMENTO Em paralelo vão surgindo neovasos e novas terminações nervosas

  12. TRATAMENTO Objetivos ------------------------------------------------------------------------- Recuperar a força pré-lesão, sem dor Retorno rápido ao esporte Formar o mínimo possível de tecido cicatricial (fibrose) O maior fator de risco para lesão muscular é ter tido uma lesão prévia naquele local, justamente pela fibrose residual que fica.

  13. TRATAMENTO • Imediatamente ------------------------------------------------------------------- • R Repouso (rest) • I Gelo (ice) • CComprimir (compression) • E Elevar o membro (elevation)

  14. TRATAMENTO Repouso Diminuir o sangramento e hematoma local, prevenindo a formação de muita fibrose Evitar relesão Evitar retração dos cotos da fibra rompida Elevação do membro Diminui o edema

  15. TRATAMENTO Gelo + compressão Deixar por 20 min a cada hora!!! Isso reduz o fluxo sanguíneo em 50% e a temperatura intramuscular em 3° a 7°C

  16. TRATAMENTO Primeiros 2 a 3 dias ------------------------------------------------------------- Manter protocolo RICE Imobilização relativa Podemos usar taping, braces ou muletas para áreas como a virilha

  17. TRATAMENTO • Primeiros 2 a 3 dias ------------------------------------------------------------- • A carga muito precoce no músculo acarreta em: • Relesões no sítio em recuperação • Pior ligação da fibra muscular com a cicatriz • Mais fibrose lateral

  18. TRATAMENTO Primeiros 2 a 3 dias ------------------------------------------------------------- Vários estudos mostram que ratos tratados com imobilização (gesso) nos primeiros 2 dias de lesão muscular apresentam menor taxa de re-ruptura e menos formação de cicatriz e fibrose. The American Journalof Sports Medicine, 2005

  19. TRATAMENTO Após 3 a 5 dias -------------------------------------------------------------------- Ir, aos poucos, dando carga ao músculo Respeitando os limites da dor ISOMÉTRICO  ISOTÔNICO ISOCINÉTICO

  20. TRATAMENTO Após 3 a 5 dias -------------------------------------------------------------------- Isométrico  sem dor por 2 sessões seguidas?? Aumenta a carga Isotônico sem dor por 2 sessões seguidas?? Aumenta a carga Isocinético Volta a treinar leve  volta aos treinos normalmente

  21. TRATAMENTO Retorno ao esporte -------------------------------------------------------------- Consegue alongar a músculo igual ao outro lado (não lesionado), sem dor Consegue fazer os movimentos básicos do seu esporte sem dor LIBERADO PARA TREINAR Treinando sem dor e com boa desenvoltura??? LIBERADO PARA JOGAR

  22. TRATAMENTO Medicação -------------------------------------------------------------------------- Analgésicos comuns (dipirona e paracetamol) Antiinflamatórios: Por até 5 dias prevalecem suas propriedades analgésicas A dor é protetora, ela indica uma sobrecarga indevida à estrutura Na vigência de analgésicos, a ausência de dor deve ser desconsiderada. Não serve de parâmetro para liberar o paciente para suas atividades!!!

  23. TRATAMENTO Medicação -------------------------------------------------------------------------- • A inflamação é necessária para a cura da lesão. Por isso suprimí-la piora o prognóstico: • Retarda a eliminação do hematoma e do tecido necrótico • Retarda o processo de regeneração • Piora a força e as características biomecânicas do tecido lesado Antiinflamatórios por longo prazo ou corticóides (diprospan...) são prejudiciais

  24. TRATAMENTO Medicação -------------------------------------------------------------------------- • 45 ratos, com lesão muscular induzida (gastrocnêmio), foram tratados com: • Grupo anabolizante: 20 mg/Kg de deca-durabolin • Grupo corticóide: 25 mg/kg de metilprednisolona • Grupo controle: solução salina IM The American Journalof Sports Medicine, 1999

  25. TRATAMENTO Medicação -------------------------------------------------------------------------- CORTICÓIDE X ANABOLIZANTE 2° dia: Todos os grupos estavam mais fracos na perna lesada do que na outra. Porém, o grupo corticóide estava significativamente mais forte que o grupo controle na perna lesada. 7° dia: Todos os grupos estavam com força semelhante nas duas pernas. The American Journalof Sports Medicine, 1999

  26. TRATAMENTO Medicação -------------------------------------------------------------------------- CORTICÓIDE X ANABOLIZANTE 14° dia: O grupo corticóide estava com a musculatura da perna lesada tão degenerada que nem foi possível testar a força. No grupo anabolizante, em TODOS os animais, a perna lesada estava mais forte que a normal (sem significância estatística) O grupo anabolizante estava mais forte que o controle na perna lesada e semelhante na perna normal The American Journalof Sports Medicine, 1999

  27. TRATAMENTO Câmara de oxigênio hiperbárica Resultados promissores Induziram estiramento no m. tibial anterior de 20 coelhos 10: tratados em câmara > 95% O2, 60 min/d por 5 dias 10: grupo controle 7 dias depois sacrificaram os animais e avaliaram o pico de torque isométrico do lado bom e do lesionado: Grupo estudado  déficit de força de 14,9% Grupo controle  déficit de força de 47,5%

  28. TRATAMENTO Cirurgia Virtualmente, todas as lesões musculares se curam com o tratamento clínico. Mesmo as rupturas totais. Porém, em casos específicos, a cirurgia pode trazer benefícios adicionais, como a cura mais rápida. • Hematoma muscular muito grande • Ruptura completa ou > 50% do ventre muscular (especialmente se for um músculo com poucos agonistas) • Dor persistente por mais de 4-6 meses (aderências restringindo a ação do músculo)

  29. TRATAMENTO Cirurgia Retira todo o hematoma local e tecido necrosado Sutura fáscia com fáscia (impossível suturar músculo com músculo) Não tem como prevenir retração e formação de hematoma nas partes mais profundas do músculo

  30. COMPLICAÇÕES Fibrose: já falado Miositeossificante: rara Crescimento de osso e cartilagem dentro do músculo lesado Suspeita-se quando os sintomas apresentam piora semanas após o trauma. A área fica endurecida e há perda ADM. O tratamento é a excisão cirúrgica da massa ectópica. Porém deve-se aguardar de 1 a 2 anos para tanto, até que a lesão termine de crescer. Caso contrário, as chances de recidiva são muito grandes.

  31. BIBLIOGRAFIA Muscle Injuries: BiologyandTreatment The American Journalof Sports Medicine, 2005

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