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Parasitoses Intestinais

Parasitoses Intestinais. Caso 1.

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Parasitoses Intestinais

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Presentation Transcript


  1. Parasitoses Intestinais

  2. Caso 1 • LJB, 18 meses de idade, masculino, natural e procedente de Salvador. Internado no HSA com história de vômitos há 4 dias, sendo 2 deles com Áscaris, dor abdominal peri-umbilical em cólica, que cede sem medicações. Há 3 dias, dejeções amolecidas, sem sangue, 3 a 4 vezes ao dia, algumas com parasitos. Há 24h sem evacuar e com aumento do volume abdominal. Ausência de febre

  3. Caso 1: • AONN: Genitora tem 18 anos de idade, Gesta 4, para 2, aborto 2. Não realizou pré-natal. Nascido de PSNV, a termo, com assistência médica. Diagnosticado Sifiles e icterícea neonatal, permanecendo internado para tratamento. Genitora também foi tratada. • AA: Leite materno até 1 ano de idade. • AS: Genitora está vivendo com seu terceiro companheiro. O primeiro, dependente químico, foi assassinado. O segundo, pai do paciente, não assumiu a criança. A mesma vive com avó materna em casa de bloco, 3 cômodos, 8 moradores, sendo 6 crianças.

  4. Caso 1 • Exame Físico: Estado geral comprometido, hipoativo, distrófico. P: 8,8 Kg FR: 40 ipm FC: 120 bpm Mucosas: hipoc +++/4+, secas TCSC: infiltrado em pálpebras e MMII. Ap. Resp: TIC, estertores bolhosos bilaterais. Ap CV: ndn Abd: Globoso,distendido, hipertimpânico, sem VMG, RHA diminuídos. Extremidades: perfusão 2 seg. SN: sem IM

  5. Caso 1 • Submetido a laparotomia exploradora no segundo DI. Realizado Coledocotomia e Colecistectomia em virtude de perfuração do Hepatócito comum por Áscaris, com peritonite biliar secundária. • TGO 51, TGP 52, TP 57%, ALB 2g% • Hb 5,9% leuco 16.000 bt 7% seg 74% Eo 1% l 16% m 2% PQT 328 000 U 33 Cret 0,46 Na 131 K 3,5 Ca 9 Sorologia para HIV positiva

  6. Parasitoses Intestinais • Importante problema de saúde pública em nosso país • Relaciona-se com fatores sócio-econômicos e ambientais • Tendência ao equilíbrio parasita x hospedeiro • Baixa idade, desnutrição, intensidade da infestação, migração anômala, são fatores que predispõem e determinam quadros mais severos. • Baixa letalidade e alta morbidade

  7. Principais Sintomas • Dor abdominal: epigástrica (giardíase, estrongiloidíase, teníase); periumbilical (ascaridíase); fossa ilíaca direita (tricocefalíase, oxiuríase) • Disenteria: amebíase, ancilostomíase, estrongiloidíase, tricuríase • Diarréia crônica: giardíase, amebíase, tricuríase maciça • Síndrome de Löeffler: ascaridíase, estrongiloidíase, ancilostomíase, toxocaríase

  8. Classificação: • Protozoários:Giardia lamblia, Entamoeba histolytica, Balantidium coli • Helmintos: a) Platelmintos: Taenia solium, Taenia saginata, Hymenolepsis nana, Schistosoma mansoni b) Nematelmintos: Ascaris lumbricoides, Enterobius vermiculares, Strongilóides vermiculares, Ancylostoma duodenale e Necator americanus, Trichuris trichiura.

  9. Giardíase: • Giardia lamblia: trofozoíto e cisto • Trasmissão: água, alimentos, contato pessoa a pessoa. Resiste a cloração habitual da água. • Habitat: duodeno e íleo • Patogenia: alimentam-se de nutrientes; diminuem a produção de lactase; má absorção de gorduras; infiltrado inflamatório na submucosa.

  10. Ação Patogênica:

  11. Quadro Clínico: • Assintomático • Diarréia aguda • Diarréia prolongada: repercussão nutricional, cólicas, vômitos, flatulência. • A cronicidade relaciona-se a deficiências da imunidade humoral e/ou celular, daí predominar em lactentes e desnutridos.

  12. Diagnóstico: • Exame das fezes formadas e diarréicas. Esses exames devem ser realizados com intervalo de sete dias. • Aspirado duodenal • Biópsia duodenojejunal: método mais sensível.

  13. Tratamento: • Furazolidona: Dose: 10 mg/Kg/dia por 7 dias. Adulto: 400 mg/dia, por 7 dias Eficácia: 70% Metronidazol: Dose: 15 a 20 mg/Kg/dia por 7 dias. Adulto: 250 mg, 3 vezes ao dia Eficácia: 90% Tinidazol: Dose: 50 mg/Kg/dia. Adultos, 2 g em dose única. Eficácia: 90% Secnidazol: Dose: 30 mg/Kg/dia, em dose única. Eficácia: 90% Albendazol: 400 mg/ dia, por 5 dias. Eficácia: 95% Obs: tratar familiares

  14. Imunocompetentes: cura espontanea Diarréia aquosa com duração de 1 a 30 dias, anorexia, dor abdominal, náusea, flatulência, febre e cefaléia Imunoincompetentes: sintomas crônicos, refratário a qualquer tratamento Acentuada perda de peso Desequilíbrio hidro-eletrolítico, má absorção, infecção disseminada com envolvimento do pulmão e fígado, com mortalidade acentuada - AIDS Criptosporidium parvum Transmissão Ingestão ou inalação de oocistos esporulados Auto-infecção Quadro mais intenso na criança PI: 2 a 14 dias Diagnóstico Parasitológico de fezes Material de biópsia intestinal Pesquisa de anticorpos Tratamento Sintomático Azitromicina, Espiramicina, somatostatina

  15. 2º CASO Carlos, 8 anos de idade, há 4 dias apresenta dejeções em pequeno volume, com muco e sangue, 15 vezes ao dia, cólicas, tenesmo. Febre de até 39 C. Há 3 dias está em uso de Sulfametoxasol- TMP em dose adequada, sem obter melhora. A genitora lhe oferece sais rehidratante após cada dejeção. Não apresenta sinais de desidratação ou de desnutrição.

  16. Amebíase: • Família Entamoebidae: • Entamoeba: E. histolytica, Entomoeba hartmanni, E. coli. • Iodamoeba: I. butischilli. • Endolimax: Endolimax nana. • Dientamoeba: D. fragilis.

  17. Amebíase – E. histolytica • Minuta: não invasiva • Magna: invasiva. Trofozoíto fagocitando hemácia. • Epidemiologia: predomina em adultos. É rara em menores de 2 anos de idade. Habitat: intestino grosso • Trasmissão: água e alimentos.

  18. Patogenia e Quadro clínico: • Patogenia: ação mecânica e enzimas proteolíticas que produzem ulcerações, podendo levar a hemorragias e perfuração da parede intestinal. • Quadro Clínico: • Infecção Assintomática • Infecção sintomática: Intestinal: colite disentérica e não disentérica Extra intestinal: abscesso hepático e formas raras.

  19. Diagnóstico: • Exame das fezes: formadas e diarréicas • Retossigmoidoscopia • Reações sorológicas: pesquisa de IgG para as formas invasoras intestinais ( 60 a 70%) e extra- intestinais( 90%).

  20. Tratamento: • Etofamida: adultos e crianças maiores de 7 anos, 200 mg, 3 vezes ao dia, durante 5 dias e menores de 7 anos, metade da dose. Eficácia 90%. • Metronidazol: crianças, 30 mg/Kg/dia, e, adultos, 750 mg, divididos em 3 tomadas, durante 10 dias. Eficácia90%. • Tinidazol: crianças, 50 mg/kg/dia, e, adultos, 2 g ao dia, durante 2 dias. Eficácia 90%. • Secnidazol: 30 mg/Kg/dia, dose única. Eficácia 98%. • Forma Extra-Intestinal • Metronidazol: idem forma intestinal • Secnidazol: 30 mg/Kg/dia, de 5 a 7 dias.

  21. Ascaridíase: • Ascaris lumbricoides. Enteroparasitose mais comum na pop mundial • Ingesta do ovo -> eclosão no intestino delgado -> l. rabditóide -> circulação sanguínea -> pulmões -> ascendem até faringe -> deglutidas -> intestino delgado -> forma adulta. • A fêmea deposita até 200 mil ovos/dia • Os ovos são muito resistentes. Sobrevivem inclusive na poeira doméstica.

  22. Ascaridíase

  23. Quadro Clínico: • S. de Löeffler: sintomas pulmonares, alterações radiológicas e eosinofilia • Manifestações de hipersensibilidade: urticária, prurido nasal • Cólicas intestinais, náuseas, vômitos, eliminação de vermes • Semi-oclusão ou oclusão intestinal • Volvo: rara • Migração para árvore biliar, ducto pancreático, apêndice e fígado.

  24. Larva do Áscaris no Pulmão

  25. Tratamento: • Mebendazol: 100 mg, duas vezes ao dia, durante 3 dias. Eficácia 90 a 100% • Albendazol: 400 mg em dose única. Eficácia de 90 a 100%. • Suboclusão: Piperazina 75 mg/Kg dia, dose única diária, durante 5 dias. Óleo mineral a cada 2 horas.

  26. Ancilostomíase: • Ancylostoma duodenale e Necator americanus • Larvas filariformes -> pele ->pulmões-> deglutidas -> intestino delgado -> verme adulto • Fixação por ventosas, espoliação de ferro • Quadro clínico: • Assintomático • Lesões urticariformes, dermatite pruriginosa, S. de Löeffler c) Sintomas digestivos, geofagia

  27. Diagnóstico e Tratamento: • Exame das fezes • Hemograma Tratamento: • Mebendazol • Albendazol

  28. Caso 3 • Criança do sexo masculino, 8 anos de idade, natural e procedente de Vitória da Conquista. Há 2 dias apresenta diarréia aquosa, volumosa, 10 dejeções ao dia, sem muco, sangue ou parasitos, vômitos, 4 a 5 vezes ao dia e dor abdominal epigástrica intensa. Ausência de febre. Realizou hidratação venosa e sintomáticos em Itabuna e transferido de avião para Salvador, por persistência dos sintomas e necessidade de investigação diagnóstica.

  29. Caso 3 • Chegou ao CAP em REG, eupnéico, referindo dor epigástrica intensa, com sinais de desidratação. Abdômen flácido, doloroso em epigástrio, sem VMG, Blumberg e Giordano ausentes. • Solicitado HEM, VHS (2mm), PCR ( <7), glicemia capilar,TGO, TGP, amilase, lipase, GAV, sódio, potássio, SU, Gram da urina, US de abdômen ( normais ). • Realizado reposição de perdas com SF a 0,9%, Dramin IV, Novalgina, Buscopan e Morfina IV, Omeprazol IV, sem melhora significativa. • Solicitado EDA, com pesquisa de H. pilori , aspirado duodenal para pesquisa de giárdia e larvas de estrongilóides, além de biópsia de esôfago, estômago e duodeno. • Baermann do aspirado duodenal foi positivo para estrongilóides. Introduzido Tiabendazol VO com melhora dos sintomas após 24h.

  30. Estrogiloidíase: • Strongyloide stercolaris • Auto-infecção endógena: l. rabditóide-> l. filariforme. Auto-infecção exógena: pele da região perianal. • Quadro clínico: • Assintomática • Dor abdominal , perda de peso, náuseas, vômitos, má absorção • Sintomas cutâneos. S. de Löeffler • Forma invasiva larvária: dor abdominal alta, diarréia, vômitos, distenção abdominal, desidratação, bacteremia, dispnéia, tosse, hipotensão e óbito.

  31. Diagnóstico e tratamento: • Diagnóstico: pesquisa de larvas • Tratamento: • Tiabendazol: 25 a 30 mg/Kg/dia, em 2 tomadas, por 2 a 3 dias. Contra indicado em casos de Insf. renal , hepática e doenças neurológicas graves. • Albendazol: 400 mg/dia, durante 3 dias. Eficácia em torno de 85% • Irvemectina: menos efeitos colaterais que o tiabendazol Repetir após 10 a 15 dias

  32. Teníase: • Taenia sollium (porco) e Taenia saginata • Proglotes -> ovos -> hosp. Intermediário -> inestino delgado ->embrão -> circulação -> músculo -> ingestão de carne mal cozida -> liberação no parasita no intestino delgado-> proglotes (90 dias). • Quadro clínico: dores abdominais,constipação, diarréia, fome intensa. Cisticercose.

  33. Teníase

  34. Diagnóstico e Tratamento: • Diagnóstico: Tamização, swab anal, exame das fezes • Tratamento: • Praziquantel: 25mg/Kg/dia em dose única. Eficácia de 100% • Mebendazol: 200mg, 2 vezes ao dia, por 4 dias. 90% • Albendazol: 400mg/dia, por 3 dias.

  35. Tricocefalíase: • Trichuris trichiura • Habitat: intestino grosso • Predomina em pré-escolares • Prolapso retal, anemia ferropriva • Tratamento: Mebendazol( 75 a 80%) e Albendazol ( 65 a 85%)

  36. Oxiuríase: • Enterobius vermicularis • Habitat: intestino grosso • Prurido anal noturno é o principal sintoma • Tratamento: todos da família Mebendazol, Albendazol, Pamoato de pirantel ( 10mg/kg dose única).

  37. Lembre: • Profilaxia: O Pediatra tem papel de educador • Bibliografia: Infectologia Pediátrica Calil Farhat, Eduardo Marcondes, Luíza Helena Carvalho, Regina C. Succi Editora Atheneu 1999 Pediatria, IMIP Fernando Figueira, Otelo S. Ferreira e João Guilherme B. Alves Editora Medsi – 2a. Edição

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