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AUTOR DO TCC: FERNANDA SOARES DA SILVA BONATO [1]

EXPERIÊNCIA COM ALUNA SURDA EM SALA DE ALFABETIZAÇÃO E PÓS-ALFABETIZAÇÃO DA EJA. AUTOR DO TCC: FERNANDA SOARES DA SILVA BONATO [1] ORIENTADOR DO TCC: RONY CLÁUDIO DE OLIVEIRA FREITAS[2].

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AUTOR DO TCC: FERNANDA SOARES DA SILVA BONATO [1]

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  1. EXPERIÊNCIA COM ALUNA SURDA EM SALA DE ALFABETIZAÇÃO E PÓS-ALFABETIZAÇÃO DA EJA AUTOR DO TCC: FERNANDA SOARES DA SILVA BONATO [1] ORIENTADOR DO TCC: RONY CLÁUDIO DE OLIVEIRA FREITAS[2] [1] Professora de Matemática e Intérprete de Libras, Pós-graduada, Escola Estadual Maria Angélica Marangoni Sant’Ana, Cachoeiro de Itapemirim, ES. E-mail: nandasoaresdsa@hotmail.com [2] Educador Matemático, Doutor, Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Vitória, ES. E-mail: joaosantos@gmail.com 1. INTRODUÇÃO Portanto, levando em consideração a fala da professora alfabetizadora, o estudo que subsidiou a pesquisa que envolveu uma aluna surda e minha experiência com alunos surdos, verifiquei que as pessoas surdas possuem certa limitação no processo de ensino – aprendizagem devido à sua deficiência. Pois, o que um aluno considerado normal leva, por exemplo, dois dias para aprender, o aluno surdo precisa do dobro do tempo ou mais para alcançar os objetivos da aprendizagem, muito disso por demandar estratégias diferentes e o próprio processo de tradução. Na escola, a aluna frequentemente é a primeira a chegar à sala de aula, copiar e responder as atividades. É observadora e questionadora, sempre atenta, responsável e desejosa de aprender mais. Ainda que tenha suas limitações, é possível perceber o entusiasmo e dedicação pelos estudos. Durante o processo educacional a professora sempre faz uso das experiências de seus alunos, pois é possível perceber que a mesma tem consciência de que “A experiência é o livro didático vivo do estudante adulto” (LINDEMAN apud FREITAS 2010, p. 95). As dificuldades encontradas por mim no momento das interpretações se da pelo fato da aluna não ter total conhecimento da sua própria língua. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é relevante na vida de muitas pessoas que não tiveram a oportunidade de concluírem os seus estudos em idade apropriada. Sabemos que é um processo desafiador, pois os sujeitos dessa modalidade de ensino são pessoas com idade, cultura e características diversificadas. Mas, o que fazer quando no meio de tanta diversidade surge a presença de mais um fator que requer um tratamento mais especial ainda na educação? Essa é uma pergunta que permeia os ambientes escolares devido à educação inclusiva. E as dificuldades encontradas pelo professor nesse percurso são muitas, o que se intensifica quando ele precisa encontrar formas de não somente encontrar estratégias para ensinar, mas também ajudar estudantes a superarem alguma limitação física. É o que acontece ao se ensinar a alunos surdos que se revestem de características e dificuldades específicas. E, nesse contexto, de acordo com Bonato, Oliveira e Tiengo (2009, p. 14): a valorização e respeito às diferenças é muito importante para a Educação Inclusiva, por isso é necessário estar atento as potencialidades e necessidades de cada aluno, para que todos possam caminhar juntos progressivamente num processo de ensino – aprendizagem. 4. Considerações finais Em todo o processo da investigação a professora se preocupou com a educação de sua aluna surda, buscando caminhos para que a aluna se desenvolvesse plenamente. Todavia, é possível perceber as dificuldades encontradas pela mesma. A professora deixa explícitos os problemas que enfrenta quanto à leitura, escrita e interpretação de textos, principalmente, nas aplicações do conteúdo de matemática. E mesmo com a presença de uma intérprete de LIBRAS, as dificuldades ainda persistem em alguns momentos. Em outros aspectos, a professora demonstra satisfação pela a aluna surda. Pois, considera a mesma, ainda que com suas limitações, uma aluna com iniciativa, dedicada, persistente e desejosa em aprender, que supera os demais alunos. Outra satisfação da professora está na presença da intérprete como mediadora entre os ouvintes e a aluna surda na sala de aula. Como mediadora do saber e através dessa experiência que tenho tido o prazer de vivenciar, vejo que a caminhada para uma inclusão eficaz é longa e com circunstâncias críticas. Para todo o processo é fundamental dedicação e persistência. Por outro lado sabemos que muitas coisas ainda estão para ser aprendidas por professor e intérprete quando nos referimos à educação de estudantes jovens e adultos surdos. Metodologias adequadas, materiais didáticos apropriados e ações que possam contribuir com uma formação adequada a sujeitos com tantas especificidades ainda devem ser buscadas. • As experiências que tenho como professora e intérprete de alunos surdosme levaram a formular minha questão de pesquisa: que estratégias são utilizadas por professores e intérpretes de Libras para colaborarem com a aprendizagem de uma aluna adulta surda? • Delimitando, assim, o objetivo geral: levantar as práticas e as dificuldades encontradas pela professora e pela intérprete de Libras no processo de ensino-aprendizagem de uma aluna surda da EJA. Por trás desse objetivo, os específicos foram elaborados como sendo: • Levantar as dificuldades e as ações relatadas por uma professora da turma de alfabetização e pós – alfabetização da EJA ao trabalhar com uma aluna surda em sala de aula; • Levantar as dificuldades encontradas pela intérprete ao interpretar atividades de diferentes áreas do conhecimento; 2. metodologia Para tal estudo optei por realizar uma pesquisa exploratória, qualitativa e de pesquisa-ação. Esta última se justifica por eu ser parte integrante dessa pesquisa, uma vez que um dos sujeitos em questão da pesquisa é a intérprete de Libras, função que exerço há dois anos na mesma escola onde foi realizado o estudo. Porém, diferente do ano de 2010, este ano atuo como intérprete de uma aluna surda da EJA, que funciona no turno noturno. A pesquisa foi realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental “Maria Angélica Marangoni Sant’Ana”, localizada no bairro Zumbi, que é considerado um dos bairros mais violentos da cidade de Cachoeiro de Itapemirim. A escola funciona nos três turnos, sendo matutino e vespertino dedicados a educação regular de 1º ao 5º ano, e o noturno ao 1º e 2º segmento da EJA, com turmas multisseriada, respectivamente, de 1ª a 4ª série (alfabetização e pós-alfabetização) e, 5ª a 8ª série (sendo inturmação entre 5ª e 6ª e entre 7ª e 8ª). Especificamente, o estudo que subsidia o presente trabalho envolveu uma aluna surda, de 32 anos, moradora do bairro, que está matriculada na turma de alfabetização e pós-alfabetização da EJA dessa escola. Essa aluna mora com a família da irmã, possui um casal de filhos e voltou a estudar no ano de 2010, e sempre contou com a presença de um intérprete de Libras. Para a realização da pesquisa foram utilizados como instrumentos entrevista com a professora Ana Lúcia e observações das aulas pela intérprete. A partir dos dados coletados foram verificadas as práticas e as dificuldades encontradas pela professora e a intérprete. aGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por toda força e sabedoria que me deu para concluir esse trabalho. Ao meu esposo Leandro Alves Bonato que esteve comigo em todo o percurso dessa especialização. Ajudando, incentivando e como colega de curso. Ao professor Rony Cláudio de Oliveira Freitas, meu orientador, que não desistiu de mim quando eu estava “sumida”, que me ajudou muito e com quem eu aprendi nessa etapa da minha vida. À professora Neuma Pagotto, minha tutora presencial, que não permitiu que eu desistisse do curso por tantas vezes, me incentivando sempre a persistir e acreditar que “no final, tudo daria certo”. À professora Ana Lúcia Guimarães Bastos, colega de trabalho, que contribui significativamente na construção dessa pesquisa. REFERÊNCIAS ABENHAIM, E. Os caminhos da inclusão: breve histórico. In: SMEHA, L.N; SEMINOTTI, N. Educação inclusiva: perspectivas da diferença no grupo de alunos [internet]. Revista educação: Santa Maria, v. 33, n.2, p. 305-322, maio/ago. 2008. Disponível em: <http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reveducacao/article/viewFile/38/48>. Acesso em: 03 set. 2011. BONATO, F. S. S; Oliveira, S. M; Tiengo, C. G. O Ensino de Matemática na Diversidade: Educação Inclusiva. Cachoeiro de Itapemirim: Centro Universitário São Camilo, 2009. BRASIL. Lei nº Nº 12.319 oficializada em 1º de setembro de 2010. _______. Lei nº Nº 10.436 oficializada em 24 de abril de 2002. _______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.394/96 – 24 de dez. 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1998. _______. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos – MEC/CNE. Disponível em: < http://www.forumeja.org.br/files/legisla%C3%A7%C3%A3o%202_0.pdf> Acesso em: 28 ago. 2010. FERREIRA, M. J. R. Refletindo e organizando o trabalho pedagógico na EJA e no PROEJA. Vitória: IFES, 2010. FONSECA, Vítor da. Tendências futuras da educação inclusiva. Educação, Porto Alegre, v. 49, p. 99-113, mar. 2003. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra. Coleção Leitura, 2000. FREITAS, R. C. O. Produções Colaborativas de Professores de Matemática para um currículo integrado do PROEJA – IFES. Tese de Doutorado em Educação. Programa de Pós-Graduação de Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória: UFES, 2010. LINDEMAN, E. C.The meaning of adult education. In: FREITAS, R. C. O. Produções Colaborativas de Professores de Matemática para um currículo integrado do PROEJA – IFES. Tese de Doutorado em Educação. Programa de Pós-Graduação de Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória: UFES, 2010. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Ensinando a turma toda - as diferenças na escola. Pátio – revista pedagógica – ARTMED/ Porto Alegre, RS, Ano V, nº 20, Fev/Abr/2002, pp.18-28. OLIVEIRA, E. S. G; GLAT, R. Educação Inclusiva: ensino fundamental para os portadores de necessidades especiais. In: AGUIAR, A. L. A. C. A Educação Inclusiva e o Ensino de Matemática [internet]. Ceará, 2007. 36 p. Disponível em: <http://www.matematicauva.org/monografias/2007_educacao_inclusiva_antonia_livia.pdf>. Acesso em: 03 set. 2011. TRIPP, David. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educ. Pesqui.,  São Paulo,  v. 31,  n. 3, dez.  2005 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022005000300009&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  16  out.  2011.  http://dx.doi.org/10.1590/S1517-97022005000300009. 3. Resultados e discussão A professora Ana Lúcia Guimarães bastos é formada em pedagogia magistério com ênfase em supervisão e orientação e pós-graduada em processo ensino e aprendizagem. Seu tempo de experiência profissional na área de educação é de 24 anos, seis desses dedicados à educação de jovens e adultos. Quando perguntada sobre a sua experiência com alunos surdos, as dificuldades encontradas e estratégias usadas, a professora fez o seguinte relato: Tenho dificuldades em fazê-los relacionar a escrita com os sinais, fazê-los compreender o tempo dos verbos, produção de texto e palavras. A estratégia é trabalhar com as imagens ligadas a sua escrita e o sinal em LIBRAS. As maiores dificuldades encontram-se no conteúdo de matemática, devido necessitar de muito raciocínio, interpretação, associação entre os números e as operações. Percebo que a aluna tem dificuldades ao resolver situações problemas, pois necessita da compreensão do todo, e não somente das partes. A aluna tem dificuldades na leitura, pois a mesma é semialfabetizada na língua portuguesa. Problemas precisam ser interpretados para se chegar à resolução dele. Mesmo com a ajuda da intérprete, que faz a tradução da língua portuguesa escrita para a língua de sinais, às vezes, ela ainda não compreende.

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