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Doenças pulmonares ocupacionais e construção civil

Pneumoconiose

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Doenças pulmonares ocupacionais e construção civil

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Presentation Transcript


  1. DOENÇAS PULMONARES OCUPACIONAIS E CONSTRUÇÃO CIVIL Dr. Jefferson Benedito Pires de Freitas Departamento de Medicina Social da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Tel: 3222-3812 –jeffersonpfreitas@uol.com.br jefferson.freitas@fcmscsp.edu.br

  2. Para se entender as Pneumoconioses • O que é um aerodispersóide?

  3. Aerodispersóides  Dispersão de partículas sólidas ou líquidas no ar, de tamanho reduzido, que podem manter-se em suspensão por um longo tempo (faixas de diâmetro entre 0,01 a 100 m).

  4. TIPOS DE AERODISPERSÓIDES • Poeiras  partículas sólidas (ruptura mecânica de sólidos) • Fumos  partículas sólidas (condensação ou oxidação de vapores de substâncias sólidas à temperatura normal) • Névoas  partículas líquidas (ruptura mecânica de líquidos) • Neblinas  partículas líquidas (condensação de vapores de substâncias a temperatura normal)

  5. Para se entender as Pneumoconioses • Quais as principais características das poeiras?

  6. POEIRA Origem • Inorgânica • Orgânica Dimensão • Respirável (inferior a 10 m) • Não respirável Ação biológica • Fibrogênica • Não fibrogênica Outras ações biológicas • Alergênicas/Irritantes/Cancerígenas/Tóxicas/ • Efeitos cutâneos

  7. PNEUMOCONIOSES • Doenças pulmonares que resultam da deposição de poeira mineral nos pulmões e uma subseqüente resposta do hospedeiro. (Wilt et al, 1998) • Termo derivado do grego e aplicado desde o inicio do século XIX. (Meiklejohn Br J Med.,9, 93-8, 1951)

  8. Fonte:www.sobiologia.com.br

  9. Fonte: www.afh.bio.br/resp/resp1.asp

  10. PNEUMOCONIOSES • Pneumoconioses não fibrogênicas • Pneumoconioses fibrogênicas

  11. PNEUMOCONIOSES • Epidemiologia • A maior casuística nacional de silicose provém da mineração de ouro subterrânea de Minas Gerais, na qual já foram registrados cerca de 4.000 casos.

  12. PNEUMOCONIOSES • Epidemiologia • A ocorrência de silicose varia de 3,5% no ramo de pedreiras (exploração de granito e fabricação de pedra britada) a 23,6% no setor de indústria naval (operações de jateamento com areia).

  13. PNEUMOCONIOSES • Epidemiologia • Com relação à exposição ao asbesto, ou amianto, os poucos estudos publicados mostram prevalência de 5,8% de asbestose no setor de fibro-cimento (fabricação de telhas e caixas d’água) e ocorrência de 74 casos de asbestose (8,9%), e 246 casos de placas pleurais (29,7%) em população selecionada de ex-trabalhadores desse mesmo setor da indústria do amianto.

  14. PNEUMOCONIOSES • Epidemiologia • Na mineração de carvão no Brasil, restrita à região Sul, existem mais de 2.000 casos diagnosticados, e foi estimada em 20% a probabilidade de ocorrência de pneumoconiose após 15 anos de trabalho subterrâneo.

  15. Epidemiologia Estudo realizado na Carolina do Norte com trabalhadores da construção civil mostrou um excesso de mortalidade por doenças relacionadas ao asbesto (asbestose, câncer de pulmão e mesotelioma). (Wang E et al, Appl Occup Environ Hyg, 1999)

  16. Epidemiologia Estudo com 212 trabalhadores de túneis comparados com 205 trabalhadores de construção civil pesada, através de espirometria, questionário de sintomas respiratórios e hábito de fumar, mostrou uma maior prevalência de DPOC nos trabalhadores de túneis (14%) do que nos da construção civil pesada (8%). (Ulvestad B et ak, Thorax, 2001)

  17. Epidemiologia Estudo de coorte de 317.629 trabalhadores suecos da construção civil seguidos de 1971 a 1999 mostrou um aumento da mortalidade por DPOC, devido a exposição a poeiras, fumos e gases, especialmente os não fumantes. (Bergdahl IA et al, Occup Environ Med, 2004)

  18. Epidemiologia Estudo com 651 trabalhadores da construção civil no período de 1989 a 2002 na Noruega, mostrou que exposição cumulativa a dióxido de nitrogênio parece ser o maior fator de risco para quedas da função pulmonar em trabalhadores de túneis, embora outros agentes como fumos de solda, emissão de fumaça diesel, poeira também possam contribuir para esta queda. (Bakke B et al, Occup Environ Med, 2004)

  19. Epidemiologia Diagnóstico de 1147 indivíduos com diagnóstico de pneumoconiose no HCUNICAMP/Campinas/SP de 1978 a 2003, sendo 1075 homens e 72 mulheres, mostrou 1061 casos de silicose (92,5%), 51 casos de pneumoconiose por poeira mista (4,45%), 15 casos de asbestose (1,31%), 13 casos de pneumoconiose relacionada a rocha fosfática (1,13%) e 7 casos de outros tipos de pneumoconioses (0,5%), incluindo exposição a carvão, grafite e metais duros. (Lido AV et al, J Bras Pneumol, 2008)

  20. Epidemiologia Prevalência de 7,1% de casos de silicose entre 70 lapidadores de pedras semipreciosas em Joaquim Felicio, MG, com idade média de 21 anos e 7 anos de exposição, em trabalho informal, com condições de trabalho rudimentar e intensa exposição a poeira de sílica. (Ferreira LR et al, Cad Saúde Pública, 2008)

  21. Epidemiologia De 952 casos de mesotelioma classificados como devido exposição ao asbesto no período de 1987 a 2006, na região do Veneto, Itália, 251 (26,3%) eram trabalhadores da construção civil. Devido a alta prevalência de mesotelioma em trabalhadores da construção civil, todo caso ocorrido em trabalhadores deste setor devem ser classificados como portadores de doença ocupacional. (Merler E et al, Med Lav, 2009)

  22. Epidemiologia Comparação de 60 casos de cânceres relacionados com exposição ocupacional ao asbesto (41 casos de câncer de pulmão e 19 casos de mesotelioma) ocorridos durante 15 anos (1993 a 2007) na Coréia do Sul, os trabalhadores da construção civil foram o 2º grupo mais acometido de câncer de pulmão. (Ahn YS, Kang SK, Ind Health, 2009)

  23. PNEUMOCONIOSES – MÉTODOS DIAGNÓSTICOS • História Ocupacional • Questionário de sintomas respiratórios • Métodos de imagem • Radiografia de tórax • Tomografia computadorizada de alta resolução de tórax • Provas funcionais respiratórias • Biópsia pulmonar

  24. MÉTODOS DIAGNÓSTICOS • Radiografia de tórax • O método de referência para a análise de radiografias convencionais de tórax é a Classificação Radiológica da OIT, cuja última versão é a de 2000.

  25. MÉTODOS DIAGNÓSTICOS 3. Métodos de Imagem: Radiografia de tórax • O método de referência para a análise de radiografias convencionais de tórax é a Classificação Radiológica da OIT, cuja última versão é a de 2000.

  26. International Labour Office - Geneva

  27. PNEUMOCONIOSES NÃO FIBROGÊNICAS • Doença pulmonar causada pela exposição à poeiras com baixo potencial fibrogênico; • normalmente ocorrem após exposições ocupacionais descontroladas e de longa duração; • não costumam causar sintomas respiratórios e geralmente o diagnóstico incidental ou por um achado de exame periódico.

  28. PNEUMOCONIOSES NÃO FIBROGÊNICAS • Exemplos: • siderose; • baritose; • estanhose; • rocha fosfática. • Ocupações de risco: • Soldadores de arco elétrico; • trabalhadores de rocha fosfática; • mineração e ensacamento de bário e estanho.

  29. PNEUMOCONIOSES FIBROGÊNICAS

  30. PNEUMOCONIOSES FIBROGÊNICAS • Silicose • Doenças relacionadas ao asbesto • Pneumoconiose por poeira mista • Pneumoconiose do Trabalhador do Carvão (PTC) • Pneumoconiose por abrasivos • Pneumopatia por metais duros • Pneumopatia por berílio • Pneumonites por hipersensibilidade

  31. SILICOSE Doença pulmonar crônica caracterizada por uma fibrose pulmonar progressiva e irreversível, decorrente da inalação de partículas de sílica livre e cristalina.

  32. Onde está presente a sílica livre cristalina? • Quais as principais exposições ocupacionais de risco para a silicose?

  33. Fontes de sílica livre ou cristalina: • Areia; • Granito; • Arenito; • Silex; • ardósia e outros; • assim como certos carvões e alguns minérios metálicos. • Três formas mais comumente encontradas são: • Quartzo (o mais comum) • Tridimita • Cristobalita

  34. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL • Mineração, abertura de tuneis; • corte de pedras; • jateamento de areia; • usos industriais de areia (processos de abrasão e polimento); • fundições, fabricação de vidros, cerâmicas; • cavadores de poços; • lapidadores de pedras.

  35. SILICOSE • Pode-se apresentar de forma: • Crônica • Acelerada ou Sub-aguda • Aguda

  36. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 1. Crônica: • mais comum e ocorre após longo tempo do início da exposição de 10 a 20 anos (ex. trabalhadores de cerâmicas); • com a progressão da doença há a coalescência dos nódulos, podendo evoluir para grandes conglomerados;

  37. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 2. Acelerada: • Alterações radiológicas mais precoces com 5 a 10 anos de exposição (cavadores de poços); • Sintomas respiratórios costumam ser precoces e limitantes; • Maior potencial de evoluir para formas mais complicadas da doença.

  38. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 3. Aguda: • Associada a exposições maciças à sílica livre, por períodos que variam de poucos meses até 4 a 5 anos (jateamento de areia, moagem de pedra); • a dispnéia é incapacitante e pode evoluir para morte por insuficiência respiratória.

  39. DIAGNÓSTICO • História ou anamnese ocupacional e exame radiológico dos pulmões. TRATAMENTO • Tratamento é apenas paliativo, visto tratar-se de doença de caráter progressivo e irreversível. • Estar atento as principais complicações já citadas anteriormente, dentre elas a tuberculose o que piora sobremaneira o prognóstico.

  40. COMPLICAÇÕES • Associação de tuberculose à silicose é relativamente freqüente e constitui complicação muito grave; • outras infecções oportunistas podem ocorrer, principalmente nas formas aceleradas ou complicadas; • maior incidência de infecções de vias aéreas; • presença de doenças auto-imunes.

  41. DOENÇAS RELACIONADAS AO ASBESTO • TIPOS DE ASBESTO Palavra grega “asbesta” - indestrutível, inextinguível, incombustível.  Conhecido comercialmente como amianto, designação proveniente do latim “amianthus” e que significa não-contaminado, incorruptível.

  42. TIPOS DE ASBESTO 2 Grupos: • Anfibólios – amosita (amianto marrom), crocidolita (amianto azul), antofilita e tremolita; • serpentinas – crisotila (amianto branco), representa 90% da produção mundial.

  43. PROPRIEDADES DO ASBESTO • Alta resistência a tração mecânica; • incombustibilidade e grande resistência a altas temperaturas; • baixa condutibilidade elétrica; • resistência a substâncias químicas agressivas; • capacidade de filtrar microrganismos; • durabilidade; • resistência ao desgaste e abrasão. 

  44. Quais as principais exposições ocupacionais de risco para as doenças relacionadas ao asbesto/amianto?

  45. EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL • Mineração; • indústria de cimento amianto; • indústria de autopeças; • isolantes térmicos; • indústria de juntas e gaxetas; • construção civil.

  46. HISTÓRICO • 1908, casos de fibrose pulmonar em indústria textil na Inglaterra. • 1955, Doll relata os 61 casos de câncer de pulmão. • 1960, Wagner et al., na África do Sul, demonstram pela primeira vez a associação entre asbesto e mesotelioma de pleura. • MAGNANI et al. 1995, a relação entre mesotelioma de pleura e exposição não-ocupacional é estabelecida.

  47. DOENÇAS RELACIONADAS AO ASBESTO • Asbestose • Doenças pleurais não malignas • Câncer de Pulmão • Mesotelioma maligno de pleura

  48. NEOPLASIAS RELACIONADAS AO ASBESTO • Câncer de Pulmão • Período de latência, normalmente mais de 30 anos, para o desenvolvimento da doença. • Existe um sinergismo entre o hábito de fumar e a exposição ao asbesto. (Selikoff and Hamond, 1979)

  49. NEOPLASIAS RELACIONADAS AO ASBESTO 2. Mesotelioma de Pleura • Estudos epidemiológicos sugerem que 75% a 80% dos casos de mesotelioma maligno de pleura estão associados à exposição ao asbesto (Período de latência de 30 a 40 anos). Não existe uma maior prevalência de mesotelioma maligno entre fumantes. (Mossman and Gee, 1989)

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